Não somos super-heróis!
06:51
Concurseiro Solitario
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4 Comments
É engraçado como algumas coisas mudam rápido.
Quando comecei a estudar para concursos públicos, no ano passado, concurseiro era sinônimo de vagabundo, gente que arrumava no estudo uma desculpa para não trabalhar. Quem fazia pós-graduação ou MBA, no entanto, era visto como gente séria, estudiosa, inteligente, digna de elogios. Notícias sobre concursos públicos, só em jornais especializados ou em notas de rodapé de jornais comuns, para ser assunto de TV só se houvesse algum escândalo de fraude.
Hoje os concurseiros são cada vez mais vistos como super-heróis. Gente séria e inteligente que se mata de estudar para ser aprovada nos concursos públicos mais difíceis do país, alcançar a tão desejada estabilidade no emprego e a honra serem vencedores nessa guerra, além, claro, de receber mensalmente salários de fazer inveja. Concursos públicos se tornaram assunto de destaque em jornais e revistas. Telejornais anunciam os novos concursos, o grande número de candidatos inscritos, a dificuldade de passar e os doce sabor da vitória dos aprovados.
Só que essa fama repentina também tem um efeito muito negativo na cabeça de todos, concurseiros ou não.
- Pais e amigos passam a fazer mais pressão sobre os concurseiros, mesmo que seja inconscientemente e de boa vontade. Ao ficarem naquela expectativa de que tenhamos sucesso para que, de forma indireta, eles também tenham sucesso, nos cobram além da conta.
- Desconhecidos, ao saberem que somos concurseiros, também nos olham como se não fôssemos vítimas da fadiga e derrota. Afinal de contas, somos parte daquele seleto grupo de gente que resolve encarar a terrível seleção dos concursos públicos que atraem centenas de milhares de candidatos.
- Nós mesmos acabamos, vez ou outra, acreditando nessa história e passamos a nos cobrar além da conta, a sentir com mais intensidade os contratempos, as derrotas, nossas deficiências.
Só que nós, concurseiros, não somos super-heróis. O próprio William Douglas, guru de toda uma legião de concurseiros, vive repetindo isso. Os aprovados no concurso do TST, da CGU, do INSS, AFRF, da magistratura, nenhum deles é super-herói, mas gente como a gente, só que mais bem preparada nas matérias exigidas nesses concursos públicos e que já teve sua parcela de inseguranças, preocupações e derrotas.
Nesse mês tive duas derrotas, não fui para a segunda fase do concurso do TST e fui mal no concurso da CGU. Tem horas que bate o desânimo. Tem horas que acho que não tenho mais lugar no cérebro para armazenar tantas matérias. Não é porque estou estudando para concursos públicos que meus problemas pessoais tiraram férias, aguardando minha posse, nada disso. Tenho de estudar, tenho de me motivar, tenho de resolver meus problemas, tenho de montar estratégias, rever estratégias. Fico cansado e super-heróis não casam, logo, não sou um super-herói. E isso acontece que todo concurseiro sério, sem exceção.
Apesar dos pesares, de toda a pressão e agora de toda essa história de concurseiros super-heróis, temos de levantar após cada queda e continuar lutando. É isso ou colocar a perder todo o esforço que fizemos até agora. E, afinal de contas, quem disse que seria fácil?!
Resumo da ópera - Nossa guerra não é fácil, ela é dura sangrenta, impiedosa. Se você não estudou o suficiente, não vai passar e ponto final. Além disso, o Super-Homem somente é super-herói porque foi mandado para a Terra. Se Kripton, seu planeta natal, não houvesse sido destruído, não duvido que ele tivesse de ralar meses e meses estudando para algum concurso público kriptoniano.
Quando comecei a estudar para concursos públicos, no ano passado, concurseiro era sinônimo de vagabundo, gente que arrumava no estudo uma desculpa para não trabalhar. Quem fazia pós-graduação ou MBA, no entanto, era visto como gente séria, estudiosa, inteligente, digna de elogios. Notícias sobre concursos públicos, só em jornais especializados ou em notas de rodapé de jornais comuns, para ser assunto de TV só se houvesse algum escândalo de fraude.
Hoje os concurseiros são cada vez mais vistos como super-heróis. Gente séria e inteligente que se mata de estudar para ser aprovada nos concursos públicos mais difíceis do país, alcançar a tão desejada estabilidade no emprego e a honra serem vencedores nessa guerra, além, claro, de receber mensalmente salários de fazer inveja. Concursos públicos se tornaram assunto de destaque em jornais e revistas. Telejornais anunciam os novos concursos, o grande número de candidatos inscritos, a dificuldade de passar e os doce sabor da vitória dos aprovados.
Só que essa fama repentina também tem um efeito muito negativo na cabeça de todos, concurseiros ou não.
- Pais e amigos passam a fazer mais pressão sobre os concurseiros, mesmo que seja inconscientemente e de boa vontade. Ao ficarem naquela expectativa de que tenhamos sucesso para que, de forma indireta, eles também tenham sucesso, nos cobram além da conta.
- Desconhecidos, ao saberem que somos concurseiros, também nos olham como se não fôssemos vítimas da fadiga e derrota. Afinal de contas, somos parte daquele seleto grupo de gente que resolve encarar a terrível seleção dos concursos públicos que atraem centenas de milhares de candidatos.
- Nós mesmos acabamos, vez ou outra, acreditando nessa história e passamos a nos cobrar além da conta, a sentir com mais intensidade os contratempos, as derrotas, nossas deficiências.
Só que nós, concurseiros, não somos super-heróis. O próprio William Douglas, guru de toda uma legião de concurseiros, vive repetindo isso. Os aprovados no concurso do TST, da CGU, do INSS, AFRF, da magistratura, nenhum deles é super-herói, mas gente como a gente, só que mais bem preparada nas matérias exigidas nesses concursos públicos e que já teve sua parcela de inseguranças, preocupações e derrotas.
Nesse mês tive duas derrotas, não fui para a segunda fase do concurso do TST e fui mal no concurso da CGU. Tem horas que bate o desânimo. Tem horas que acho que não tenho mais lugar no cérebro para armazenar tantas matérias. Não é porque estou estudando para concursos públicos que meus problemas pessoais tiraram férias, aguardando minha posse, nada disso. Tenho de estudar, tenho de me motivar, tenho de resolver meus problemas, tenho de montar estratégias, rever estratégias. Fico cansado e super-heróis não casam, logo, não sou um super-herói. E isso acontece que todo concurseiro sério, sem exceção.
Apesar dos pesares, de toda a pressão e agora de toda essa história de concurseiros super-heróis, temos de levantar após cada queda e continuar lutando. É isso ou colocar a perder todo o esforço que fizemos até agora. E, afinal de contas, quem disse que seria fácil?!
Resumo da ópera - Nossa guerra não é fácil, ela é dura sangrenta, impiedosa. Se você não estudou o suficiente, não vai passar e ponto final. Além disso, o Super-Homem somente é super-herói porque foi mandado para a Terra. Se Kripton, seu planeta natal, não houvesse sido destruído, não duvido que ele tivesse de ralar meses e meses estudando para algum concurso público kriptoniano.
Acabei de mostrar seu blog e principalmente esse post pra minha amiga que vai prestar TRT/SC esse domingo dia 29/03. Ela tah estudando 14 horas a mais de 3 meses e está desmotivada e acha que não revisou a matéria direito. O que falar pra ela eu não sabia, então disse pra ela descansar e mostrei o seu blog à ela. Espero que tenha feito efeito. :D
Éric
Fio, ce tá achando ruim? E eu que trabalho, tenho esposa pra encher o saco e filha pequena que não me deixa estudar... ainda assim não desisti. Já dizia o ditado: "rapadura é doce mas não é mole não".
ps: eu já tou começando a acreditar naquela história do fulano que ficou doido de tanto estudar kkkkk
Marcos Ely.
Olá concurseiro. De fato, não somos super-heróis... Ainda bem que temos blogs como o seu para nos motivar (que poderia até dizer "nosso", tendo em vista a grande utilidade para os concurseiros que o conhecem, rs). Além disso, a força de quem presta concursos deve se renovar a cada dia, sob pena de cair em vão todo o esforça despendido até agora..
Dudu-Interior/SP
Parabéns pelo Blog.
Excelente o texto do super-herói.
Obrigado pelas palavras de motivação.
Erick Varela - Natal/RN