“Estou estudando para concurso”
08:27
Concurseiro Solitario
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Eu morava no interior de Minas quando chegou a época de estudar para o vestibular. Decidido pelo curso de Economia, enfrentava um preconceito duplo. De um lado por estar estudando para o vestibular, que naquele lugar e naquela época era coisa de rico ou de pobre enrolando para arrumar um trabalho (eu era pobre). De outro porque não escolhi um curso “sério” como Medicina, Direito, Odontologia ou Engenharia. Hoje isso acabou, qualquer “gato ou cachorro” presta vestibular para qualquer curso, acabou o preconceito como acabaram os chamados “cursos sérios”.
Só que o preconceito obedece à Lei de Lavoisier segundo a qual “na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma” e agora o preconceito é contra quem diz “estou estudando para concurso”. É só falar isso para que já te olhem com aquele olhar de “mais um vagabundo que não quer procurar trabalho”. São muitos os concurseiros que relatam o incômodo que sentem por conta desse preconceito vindo de pais, irmãos, parentes, amigos.
Infelizmente, esse preconceito tem um fundo de verdade. Eu mesmo já conheci pelo menos meia dúzia de pseudo-concurseiros. Segundo o dicionário Houais, “pseudo” é um anteposto que significa “falso, enganador, mentiroso”.
O pseudo-concurseiro é aquele que realmente se escuda no “estudar para concurso” por não querer/conseguir trabalho ou melhorar de vida. Já encontrei os dois tipos. O primeiro, claro, é mais problemático, porque com essa conversa se livra de ter de trabalhar e ainda por cima é sustentado por familiares. O cara vai para festas, baladas, cervejadas, dorme até tarde, finge que estuda meia-hora por dia e acha que está enganando o mundo inteiro. O segundo tipo trabalha, mas ganha pouco e o trabalho não é lá essas coisas, muitos têm curso superior, para justificar a comodidade em que vivem (afinal de contas, preocupar em correr atrás de trabalhos melhores dá muito trabalho, assim como dará se conseguir um) dizem que estudam para concurso e vão levando a vida sem maiores preocupações.
Enquanto isso, concurseiros sérios que estão nessa para vencer têm de conviver com o preconceito causado pelos pseudo-concurseiros. Agora, deixar que isso atrapalhe seus estudos e mine sua motivação depende somente de você e, claro, não pode acontecer.
Ponha na sua cabeça dura três coisas:
1ª - Quando o assunto é opiniões alheias, só valem serem ouvidas as construtivas, as que podem acrescentar algo positivo à sua missão, ajudar a melhorar seu desempenho, a corrigir falhas.
2ª - Se é fácil criticar, também é fácil não dar ouvido a essas críticas. É como diz o velho ditado ... “entra por um ouvido e sai outro”.
3ª - Ao invés de ficar chateadozinho, com a moral baixa, se sentir humilhado ao ouvir críticas desse tipo, vai estudar que você ganha muito mais!
Muitos concurseiros perdem tempo e energia precisos que deveriam usar para estudar ao dar atenção para críticas, preconceitos, opiniões alheias, rumores. O concurseiro deve ter o bom-senso de saber o que escutar, ao que dar atenção. O sucesso depende de muito estudo, de muitas HBC (horas de bunda na cadeira), então o que você deve fazer é dar um “foda-se” para tudo o que pode atrapalhar sua jornada para a posse em um belo cargo público.
Só que o preconceito obedece à Lei de Lavoisier segundo a qual “na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma” e agora o preconceito é contra quem diz “estou estudando para concurso”. É só falar isso para que já te olhem com aquele olhar de “mais um vagabundo que não quer procurar trabalho”. São muitos os concurseiros que relatam o incômodo que sentem por conta desse preconceito vindo de pais, irmãos, parentes, amigos.
Infelizmente, esse preconceito tem um fundo de verdade. Eu mesmo já conheci pelo menos meia dúzia de pseudo-concurseiros. Segundo o dicionário Houais, “pseudo” é um anteposto que significa “falso, enganador, mentiroso”.
O pseudo-concurseiro é aquele que realmente se escuda no “estudar para concurso” por não querer/conseguir trabalho ou melhorar de vida. Já encontrei os dois tipos. O primeiro, claro, é mais problemático, porque com essa conversa se livra de ter de trabalhar e ainda por cima é sustentado por familiares. O cara vai para festas, baladas, cervejadas, dorme até tarde, finge que estuda meia-hora por dia e acha que está enganando o mundo inteiro. O segundo tipo trabalha, mas ganha pouco e o trabalho não é lá essas coisas, muitos têm curso superior, para justificar a comodidade em que vivem (afinal de contas, preocupar em correr atrás de trabalhos melhores dá muito trabalho, assim como dará se conseguir um) dizem que estudam para concurso e vão levando a vida sem maiores preocupações.
Enquanto isso, concurseiros sérios que estão nessa para vencer têm de conviver com o preconceito causado pelos pseudo-concurseiros. Agora, deixar que isso atrapalhe seus estudos e mine sua motivação depende somente de você e, claro, não pode acontecer.
Ponha na sua cabeça dura três coisas:
1ª - Quando o assunto é opiniões alheias, só valem serem ouvidas as construtivas, as que podem acrescentar algo positivo à sua missão, ajudar a melhorar seu desempenho, a corrigir falhas.
2ª - Se é fácil criticar, também é fácil não dar ouvido a essas críticas. É como diz o velho ditado ... “entra por um ouvido e sai outro”.
3ª - Ao invés de ficar chateadozinho, com a moral baixa, se sentir humilhado ao ouvir críticas desse tipo, vai estudar que você ganha muito mais!
Muitos concurseiros perdem tempo e energia precisos que deveriam usar para estudar ao dar atenção para críticas, preconceitos, opiniões alheias, rumores. O concurseiro deve ter o bom-senso de saber o que escutar, ao que dar atenção. O sucesso depende de muito estudo, de muitas HBC (horas de bunda na cadeira), então o que você deve fazer é dar um “foda-se” para tudo o que pode atrapalhar sua jornada para a posse em um belo cargo público.
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Gente, o blog tá mais devagar essa semana por um motivo justo. Domingo tenho prova e semana estou fazendo revisão das matérias, o que me deixa com muiiito pouco tempo livre. Amanhã, sexta e sábado haverão artigos novos, mas sem dicas de matérias. Semana que vem tudo volta ao normal com dicas de matérias, inclusive para o concurso do TST.
Pois é...essa aí era eu tempos atrás..até hj me incomodo um pouco, mas depois pensei: quem passa de 8 a 10 hrs estudando sou eu, quem perde os feriados e finais de semana estudando, sou eu...minha família me apoia...pq dar ouvidos aos outros??
Só me incomoda o fato de q ainda perco tempo meio que tentando provar para as pessoas q estudo muito, contabilizando as horas de estudo, q está muito difícil de passar (tem dois anos q estudo e nada ainda) essas coisas...é uma defesa, acho eu. Mas parabéns pelo texto, me senti confortada pq não sou o único "ET" q se sente assim! rss
Karla.
Muito legal seu blog;
Parabéns!!!
Saudações!
Mais um E.T. entre a multidão! Passo pelos dois lados da moeda: mamãe que diz "Pra que estudar tanto, menina!", marido que parece não dar muita atenção ao meu desejo de mudar de emprego, alguns amigos que fazem careta quando deixo de ir a algum
encontro por conta do estudo. É mole?! Dentro da própria casa! E com aqueles que deveriam apoir!
Mas meu grande incentivo é uma senhora que trabalha comigo que, quase toda manhã, pergunta: "-E aí, está estudando? Vai prestar esse ou aquele concurso? Isso mesmo, Valquiria, tem que estudar para melhorar!" Obrigada Kazuko, você é meu incentivo!
Obrigada também a você, Concurseiro Solitário, por estas dicas maravilhosas!
Valquiria
valquiriacon@ig.com.br