Coluna do SOLITÁRIO CONCURSEIRO - Eu nunca vou estudar para concurso!

Quem nunca disse isso, parabéns! Você percebeu cedo que este poderia ser um bom caminho. Eu não. Falei e repeti essa frase várias vezes por 6 anos, sendo os 4 da faculdade e mais 2 anos trabalhando, em média, 12 horas por dia. Percebi que a vida ia além da profissão que eu tinha escolhido e que, em certo momento, meu corpo pediria qualidade de vida, tranqüilidade e um pouco de paz. Então mudei o rumo da vida, mordi fortemente a minha língua, catei os cacos da minha cara e decidi encarar de uma vez por todas o mundo dos concursos.

Essa decisão aconteceu há exatos 2 anos. No começo eu não tinha nem a faca, nem o queijo. Sabia como seria difícil consegui-los. Passei, então, 3 meses planejando os meus estudos. Busquei os melhores cursos, sempre em busca do melhor custo-benefício; li sobre métodos de estudos e dicas para novos concursandos; ouvi pessoas que já estavam na batalha há algum tempo; fiz aquisições de materiais e fui para a guerra. A idéia era de que eu precisava daquela “faca” pra cortar o “queijo” que saciaria os meus desejos.

A “faca” que eu precisava, em um primeiro momento, era o conhecimento. Não tinha nenhuma noção sobre as matérias de direito e precisava de uma base muito boa. Por 6 meses eu estudei apenas o básico: constitucional, administrativo, matemática, informática e português. Passado o primeiro ano de estudos e quase todas as matérias de direito na cabeça, no papel e nos livros, percebi que a “faca” já não era aquela de cortar o pão nosso de cada dia. Naquele momento senti que precisava de um “facão” ; este representa a dificuldade maior de todo concurseiro, manter o que aprendeu na memória, atualizando-se sempre e nunca parando de estudar. Neste último ponto eu falhei. Neste tempo todo não estudei todos os dias e acabei parando em alguns momentos para realizar outros projetos. Falha crucial para um concurseiro com objetivos claros.

O “queijo” é a experiência de fazer concursos, lidar com a ansiedade e o nervosismo na hora da prova. No começo o que eu desejava era uma “mussarela ou muçarela”, como queiram. Sabia que eu tinha que aprender a fazer prova e ficar colado na cadeira por infindáveis 4 horas. Como foi difícil me acostumar a essa nova rotina, logo eu que sempre fui agoniado ao fazer as coisas, sem muita paciência. Agora eu tinha que passar a semana sentada em uma cadeira e em pleno domingo de sol, tinha que ficar sentado, também em uma cadeira, olhando para um emaranhado de folhas que valiam o meu futuro. Com o tempo, usei a “faquinha” pra cortar toda a “mussarela” e fui me tornando experiente.

Após esse período, sinto que estou perto do legítimo “queijo” suíço. Preciso melhorar minha ansiedade, estimular minha criatividade para desenvolver mais técnicas e métodos de estudo. Ah! Também preciso continuar amolando o meu “facão” para nunca precisar recorrer à “faquinha” novamente. Esta eu uso apenas quando a matéria é nova, aí sim me recorro a ela. Se antes eu falei que nunca iria fazer concurso, hoje digo que não farei concurso até passar. Farei até alcançar os meus objetivos na carreira pública. Hoje sei que escolhi o melhor caminho, apesar de todos os obstáculos. Hoje tenho a faca e o queijo na mão. E você?

Resumo da ópera: Primeiro: nunca diga nunca, você pode quebrar a cara. Segundo: é preciso ter muita coragem para encarar a guerra dos concursos públicos. Terceiro: é preciso buscar e amolar as “facas” (conhecimento). Quarto, é necessário maturar o “queijo” (experiência), para que ele tenha sabor e consistência. Quinto: é fundamental, depois de ter a faca e o queijo na mão, saber cortar o “queijo” de uma forma que você possa desfrutá-lo da melhor maneira possível, rumo ao seu sucesso.

Tiago Gomes, um solitário concurseiro especialmente para o Concurseiro Solitário.

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Clipe do dia

Todos já viram ou ouviram falar do filme "Rocky – O Lutador". Apesar de muito novo, eu adorava ver os filmes do Rocky Balboa, me instigava. O personagem de Stalonne me ensinou muita coisa sobre como devemos encarar a vida. Hoje em dia, o filme é utilizado por vários consultores em palestras motivacionais. Sempre que posso, assisto aos filmes. No último que saiu, tem uma cena interessante e tem tudo a ver com o nosso momento em busca de um lugar ao sol dos concursos públicos. Vale à pena conferir!!!!



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Bate-papo do Concurseiro Solitário
(Amanhã, DOMINGO, a partir das 20:00)

Vá ao chat do IG (http://batepapo.ig.com.br)

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Escolha o canal Atualidades.

O bate-papo será na Sala 1

3 Response to "Coluna do SOLITÁRIO CONCURSEIRO - Eu nunca vou estudar para concurso!"

  1. Raquel says:

    Para o Tiago:
    Nunca diga "dessa água não beberei". A gente quebra mesmo a cara. Eu, quando estava na faculdade, pensava que fazer concursos não era pra mim. Pensava que a carreira pública seria muito chata e hoje estou aqui, correndo atrás dela.

    Charles, cadê meu artigo? rsrsrs
    O pessoal tá pedindo! hahahaha

    Raquel

    Raquel says:

    Para o Tiago de novo:
    Parabéns pelo artigo. Pelo visto, tempos o mesmo tempo de estrada. Vamos continuar a lutar para comer um bom camembert! rsrsrs

    Raquel

    Camisa 9 says:

    Eu já prefiro o "queijo" na lasanha mesmo!
    Mas esse demora mais pra fazer...
    GAMBATE!

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