Somos estranhos mesmo, e daí?!

"No final de semana fui a um churrasco da minha turma da faculdade que realizamos anualmente desde que nos formamos. Fomos juntos eu e dois colegas com que tenho contato frequente já que estamos no mesmo cursinho para concursos públicos. Chegamos um pouco atrasados, já que tínhas aula cedo no sábado. Quando nos perguntaram porque estávamos atrasados e dissemos que era porque estávamos no cursinho, todos nos olharam como se estivéssemos fantasiados, tamanha a estranheza nos olhares. Fiquei muito constrangida com a situação. Porque será que as pessoas ainda insistem em tratar concurseiros como alienígenas?"

Realmente concurseiros ainda são visto como estranhos por muita gente, principalmente porque ainda é muito comum a velha crença do "concurseiro é vagabundo dando desculpa para não trabalhar", uma desculpa, infelizmente, ainda muito utilizada por quem quer fugir do trabalho ou fingir que está fazendo algo para melhor de vida quando na verdade não está.

Essa é uma daquelas coisas que ninguém avisa a quem decide estudar sério para concursos públicos, de que terá de enfrentar críticas e cobranças de muita gente, além, é claro, de uma tonelada e meia de falta de compreensão e mais algumas de preconceito.

No começo temos a tendência de tentar nos justificar. Fazemos o papel de bons moços (moças) e explicamos o que é estudar sério para concursos públicos, as vantagens de se tornar servidores públicos e tudo o mais. Com o tempo vamos deixando de fazer isso porque notamos que para muita gente o que dizemos "entra por um ouvido e sai pelo outro".

Com o tempo temos é de aprender tanto a:

- Não nos deixarmos incomodar por cobranças, críticas e falta de compreensão alheia;

- Não perder tempo tentando nos justificar e explicar nossa decisão de estudar para concursos públicos.

RESUMO DA ÓPERA - Claro que situações como a que viveu a leitora que nos enviou o email que abre esse artigo são chatas e um tanto constrangedoras. Temos de procurar evitar ou pelo menos minimizar as chances de tais situações ocorrerem, porém temos também de estar preparados para o caso de acontecerem. Se acontecerem, o negócio é respirar fundo, fingir que não é com você e evitar perder tempo e esforço explicando que não adiantará muito.

CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.
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Resenha – "Como passar em Concursos de Tribunais" - Editora Foco

Para concurseiros que têm como meta os Tribunais do nosso Brasil, Raquel Monteiro preparou uma resenha muito especial. Trata-se de uma grande ferramenta para tais concursos. Confira!

Autores: Wander Garcia, Robinson Sakiyama Barreirinhas, Luiz C. M. Sabre, Magally Dato, Helder Dato, André Braga Nader Justo, Flávia Moraes Barros, Maria do Carmo P. Milani, Teresa Melo, Tiago Queiroz de Oliveira, Eduardo Dompieri e Ana Paula Garcia
Editora: Foco Jurídico
Número de páginas: 890
Edição:
ISBN: 9788562168437

Olá, concurseiros. É um prazer estar de volta com as nossas resenhas. Hoje trago ao conhecimento de vocês não uma nova resenha de uma obra antiga, mas de um material reformulado. Afinal, as necessidades dos concurseiros vão mudando de tempos em tempos, não é verdade?

Escolhi resenhar tal publicação porque sei da importância de resolver questões na preparação para as provas objetivas de concursos. Chega em um momento dos meus estudos que eu não aguento mais ficar lendo e relendo livros. Sinto necessidade de praticar, formatar meu cérebro para receber as pegadinhas das bancas que organizam os principais certames do Brasil no segmento dos Tribunais.
Além disso, percebo que é muito útil estudar por meio desse tipo de material depois que se lê muitos livros teóricos ou de forma entremeada. Digo isso porque considero uma forma bastante dinâmica de fixação de aprendizado, bem como é um meio bastante lúdico de relembrar a matéria. Trata-se de uma experiência bem divertida.

Alguns concurseiros podem até retrucar, dizendo que encontram questões para baixar nos sites das próprias organizadoras. Ok, isso é bom, mas você precisa poupar tempo! Tempo para sistematizar mais rapidamente e corretamente seu conhecimento. Tempo para descansar, tempo para aprender mais coisas. Esse material poupa tempo e energia. Sabe o por quê disso? Vou explicar.

O livro “Como passar em concursos de Tribunais” possui questões separadas por matéria, por tema. Ademais, tem o gabarito definitivo abaixo juntamente com comentários. Sim, comentários feitos por professores especializados em cada assunto. Muitos deles lecionam nos principais cursos preparatórios de concursos do país e estão dividindo o próprio conhecimento com o leitor.

E saibam vocês que procurar a resposta de uma questão, quando estudamos sozinhos, é algo muito trabalhoso. Eu mesma, antes de conhecer esse trabalho, já perdi uma tarde pesquisando sobre uma questão. Olha quanta perda de tempo! Afinal, precisamos saber o que estamos errando. Quando acertamos a questão é ótimo. Mas quando erramos, como é que nós iremos saber o que precisamos aprender? O livro traz os comentários para suprir essa necessidade. Realmente, os organizadores entendem de boa didática!

Outra vantagem que aponto como diferencial são os comentários de redações de alguns concursos. Eu, particularmente, vejo esse aspecto de forma muito positiva. Realmente, muita gente deixa a redação de lado porque acha que sabe escrever, pois trata-se da língua-mãe, a portuguesa e esse livro nos mostra a atenção que devemos ter com o assunto. Além do mais, nos é mostrado como deve ser a estrutura do nosso texto, coisa que jamais vi em livro algum. É como se fosse um passo a passo para quem quer treinar nos moldes de uma determinada banca examinadora.

Um aspecto interessante é a atualização que é possível fazer da obra no site da editora. Isso porque nosso país possui constantes modificações legislativas e novos concursos surgindo e provocando rebuliço entre os estudantes. Atentos a isso, os professores que escreveram tal livro, deixam os leitores a par dessas novidades.

Chamou minha atenção o capítulo de Direito Administrativo trazer revisões de conceitos antes de começarem as questões. Assim, a gente já vai entrando no espírito da matéria e consegue render melhor ainda nos exercícios.

Percebi que a quantidade de questões para cada assunto é muito bem dosada. Não há um número excessivo de exercícios por cada tema, de modo a prejudicar o estudo das demais matérias. Falo isso porque alguns livros têm tantas questões, que o estudo acaba parando tempo demais e a gente não consegue avançar. Isso causa muita angústia em alguns estudantes. E, neste livro, o número é suficiente para nos fazer memorizar, fixar e internalizar a matéria.

Mais uma vez, preciso destacar que os comentários que são feitos nas questões versam sobre os pontos mais nevrálgicos da matéria. Citam-se autores de renome como Carl Schimitt e Maria Helena Diniz para embasar as respostas de forma consistente.

Noto que os autores do livro não passam as mãos em nossas cabeças, o que é bom mesmo! Eles nos treinam para o pior, aliás, o melhor (treinam para que detonemos a prova). Aliás, as questões colocadas possuem textos enormes e cansativos. Ficou curioso(a)? Veja a seção de Direito Eleitoral. Na página 861 e seguintes, você encontra uma tonelada delas para ir vencendo. No pain, no gain!

A publicação enfrenta também o que se classifica como “Outras Disciplinas Jurídicas”. O que são? Bem, tratam-se daquelas que o graduando ou o graduado em Direito geralmente não aprende na faculdade e precisa se virar nos 30! Ou, então, são aquelas matérias exóticas ou as que não são cobradas em todos os concursos. Apenas em alguns certames. Com isso, tais temas são tratados com muita propriedade. Em direito internacional, por exemplo, há até a menção de fontes de pesquisa adicionais para auxiliar o estudo da matéria.

Ao final, há 3 folhas pautadas para anotações. É um espaço para sua personalização. Você pode deixar em branco, pode preencher, pode fazer o que quiser com esse campo.

O único defeito do livro – que não o compromete – é o tamanho da letra nos textos de língua portuguesa. É muito pequeno para pessoas que usam óculos como eu. Apesar disso, a organização visual é de primeira qualidade. As letras são bem escuras e não se misturam. O livro não é pesado demais e permite o transporte para estudar fora de casa. As folhas são presas firmemente na brochura, permitindo o uso e abuso nos estudos. Não são transparentes.

Ora, bolas! Para quem serve esse livro, Raquel? Paremos de suspense e vamos dizer. Serve para os bacharéis em Direito, para os que conquistarão o nível superior em qualquer área e que desejam abraçar a bela carreira dos tribunais. Serve também para outros concursos que tenham estratégia de estudo semelhante.

RESUMO DA ÓPERA - Essa obra é muito boa porque concentra todas (ou quase todas) as matérias que caem nos concursos de Analista de Tribunais. Assim, você não precisa ficar comprando dezenas de livros de questões para ficar bem preparado(a). Eu recomendo sem moderação!

RAQUEL MONTEIRO é uma legítima concurseira carioca.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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Você pode adquirir seu exemplar desse ótimo livro com total segurança e um bom desconto na LIVRARIA CONCURSAR, parceira do blog.


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SOBRE PRESTAR CONCURSOS EM OUTROS ESTADOS – PARTE 2

Depois de analisados todos os prós e contras da decisão de prestar concursos em outros estados, agora é hora de saber como chegar ao local da prova no dia e hora marcados pela organizadora.

Como vimos no artigo anterior, viajar para prestar prova de concurso não é nada parecido com um passeio turístico, onde nesse caso, a atenção principal está voltada exclusivamente para o lazer. A viagem para o concurso é totalmente diferente, porque envolve, além do alto gasto financeiro e emocional, uma série de outros cuidados, entre eles, um planejamento cuidadoso antes mesmo da publicação do edital, como:

- reservas de passagens e hospedagem (antecipadamente). Deixar isso para a última hora pode prejudicar todo o planejamento;

- conhecimento prévio do local onde será realizada a prova. Recomendo utilizar o Google Maps, ótima ferramenta para localização do local da prova, ruas, hotéis, restaurantes, pontos de ônibus etc. Basta imprimir e levar como um roteiro de busca (eu recomendo);

- checar algum problema de saúde preexistente (dor de dente, enxaqueca, enjoo em viagem etc.) e levar medicamentos para qualquer emergência;

- conferir a documentação que será exigida para entrar no local de prova (documento original com foto) que pode ser a carteira de identidade, motorista ou carteira de trabalho (recomendo levar pelo menos dois desses documentos em locais diferentes), além do cartão de confirmação de inscrição e o respectivo boleto da taxa de pagamento.

- Levar dinheiro em espécie somente para as despesas com alimentação. O mais prático e seguro é usar cartões de crédito ou débito para outras despesas de maior valor.

Feito todos os ajustes necessários no planejamento da viagem, é chegado o momento da escolha do meio de transporte que será usado.

O meio mais prático, rápido e confortável é o avião, principalmente em distâncias acima de 1.000 km, porém nem todo concurseiro dispõem de tal recurso (uma verdadeira fortuna, dependendo do local). Então, só resta mesmo a opção mais econômica e também a mais desconfortável e cheia de cuidados, que é por via terrestre, de ônibus.

Nesse tipo de transporte o concurseiro dispõe de duas opções para viajar, são elas:

1. INDIVIDUAL – você compra as passagens em ônibus que fazem o itinerário normal para seu destino (vários horários diários).

Vantagens:

- preço baixo e escolha do melhor horário para viajar (manhã, tarde, noite);

- em caso de defeito, o ônibus pode ser rapidamente substituído;

- o revezamento dos motoristas é fiscalizado (menos perigo de sono no volante);

- escolha livre do hotel, pousada ou pensão, próximo ao local de prova (facilita muito no momento do deslocamento);

Desvantagens:

- risco de não conseguir local de hospedagem;

- muitas paradas na estrada e em pontos de alimentação, exclusivos da empresa (sem alternativas para os passageiros);

- muitas empresas ainda utilizam ônibus velhos e sem manutenção (banheiros sujos e cadeiras sem cinto de segurança);

- contato com pessoas desconhecidas e risco de assaltos;

2. EM GRUPO OU EXCURSÃO – Você compra um pacote turístico, com direito a hospedagem e translado para o local da prova.

Vantagens:

- em geral os ônibus são novos e confortáveis;

- percurso rápido e paradas em locais agradáveis para café, almoço e jantar;

- hospedagem garantida e previamente informada para os usuários do pacote (geralmente são boas acomodações com direito o café da manhã);

- grupos de pessoas conhecidas e que estão em busca do mesmo objetivo (mais tranquilidade durante a viagem);

Desvantagens:

- Em caso de defeito, não tem como substituir rapidamente o ônibus (nesse caso o passageiro teria que lançar mão da primeira opção);

- poucos motoristas no revezamento durante toda a viagem (perigo de sono no volante);

- a propaganda do local de hospedagem pode ser enganosa. Por exemplo, o hotel três estrelas pode se transformar em uma pensão ou uma quitinete em cima de uma borracharia. Nesse caso, a única solução é tentar encontrar outro local e pagar do próprio bolso (aconteceu comigo);

- perigo de chegar atrasado ao local da prova, por falta de planejamento do organizador da excursão (dependendo do concurso, a cidade pode ficar com o transito congestionado);

Em ambas as situações, aconselho os candidatos a tomar as seguintes providências:

- informe-se com professores e alunos de cursos preparatórios sobre as empresas que realizam excursões e desconfie de preços baixos (isso evita surpresas desagradáveis);

- nos pontos de apoio ou rodoviárias, evite comer alimentos exóticos e frituras (prefira frutas, biscoitos e bebidas engarrafadas);

- fique atento com pessoas estranhas e nunca deixe sua bagagem de mão no ônibus (não aceite nenhum tipo de alimento, mesmo uma simples e inocente bala).

- a bagagem deve ter somente aquilo que você realmente irá precisar. Nada de levar material de estudo como livros e apostilas (acredite, as suas anotações e resumos serão a melhor companhia).

- se for possível, reservar um horário para conhecer antes o local onde será realizada a prova;

- evite chegar atrasado, reserve um táxi ou mototáxi (caso exista esse serviço no local).

Viajar de ônibus para fazer prova em lugares distantes e desconhecidos, é uma aventura mesmo! Porém é a única alternativa econômica para quem precisa viajar várias vezes por ano, como é o caso de quem estuda para concursos de Tribunais, PRF, Fiscal etc. Mesmo sendo um tiro no escuro, eu recomendo viajar em excursão, principalmente para mulheres, pessoas que tenham problemas de saúde e para os marinheiros de primeira viagem.

Finalmente fica a última dica: além da própria viagem, convém tocar em outro assunto que muita gente esquece, se você pretende morar sozinho e não sabe nem fritar um ovo, além de estudar bastante para valer todo o sacrifício da viagem, comece desde já a aprender a cozinhar (pelo menos o básico) ou lavar e passa a roupa, por exemplo.

RESUMO DA ÓPERA - Espero que todas essas dicas (experiências pessoais) sejam realmente úteis e que nenhum concurseiro fique perdido, perca sua valiosa concentração ou a própria prova por falta de aviso.

FONTENELE é um concurseiro que está sempre pronto para novos desafios e oportunidades.

"Estudar para concurso público é apenas uma decisão, já a aprovação é a consequência de um trabalho sério e comprometido." (Fontenele)

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Reta final para o fim do ano

Outubro chegou, concurseiros, e com ele a reta final para o fim do ano. Não demorará muito para começarem a veicular comerciais de TV natalinos e venderem panetones nos supermercados. Em um ano relativamente magro de bons concursos públicos muitos concurseiros se perguntarão "Valeu mesmo a pena ter lutado até agora? Valerá continuar lutando?".

Pois bem, vamos por partes como diria nosso bom amigo estripador, Jack.

Voltemo-nos inicialmente para o passado. A resposta para o fatídico "Valeu mesmo a pena ter lutado até agora?" dependerá do quão sério você vem estudando desde o começo do ano, qual tem sido seu comprometimento com o estudo de qualidade e com a meta de passar em concursos públicos.

Uma desculpa que vem sendo muito utilizada por concurseiros desde o anúncio do governo federal na redução dos concursos do executivo federal é de que isso desmotiva, de que não há impulso para estudar que resista a tão poucos novos certames de relevo. Note que isso é DESCULPA ... e como você sabe, concurseiros sérios não dão desculpas, estudam sério ou então assumem o erro.

Se no final das contas você concluir que não estudou tão sério como deveria até agora, bem, a boa notícia é que isso não o etiqueta automaticamente como concurseiro "não" sério, nada disso, mas mostra um problema que você tem de resolver, rápido, para ontem. Se você concluir que estudou com seriedade, parabéns e continue assim.

Vamos agora ao futuro para tentar responder a pergunta mais fatídica ainda "Valerá continuar lutando?".

Escreveu certa vez o poeta que "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena". Ouso parafraseá-lo "concursidicamente" a fim de dizer que "Tudo vale a pena quando o vontade de ser empossado do concurseiro não é pequena".

Trocando em miúdos, ponha uma coisa em sua cabeça de uma vez por todas ... concurseiro sério não acha que vale a pena estudar com seriedade, tem certeza. Essa questão não é algo passível de discussão, afinal de contas, estudar com P2D é um fato consumado e ponto final.

RESUMO DA ÓPERA - A não ser que você tenha a consciência pesada por realmente não ter estudado o melhor que poderia desde o começo do ano, não há porque se rende à terrível sensação de "pedi tempo precioso", mesmo que seja seu caso, nunca é tarde para começar a fazer as coisas do jeito certo. Agora, quanto ao futuro, se você vinha fazendo as coisas da forma certa, continue ... se vinha fazendo da forma errada, passe a fazer a coisa certa, porque, afinal de contas, para quem estuda sério a posse é líquida e certa.

CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário.

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RACIONALISMO MERCADOLÓGICO E OS ESTUDOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Você sabe o que é racionalismo mercadológico?  É a teoria jurídica e econômica de que cada pessoa sabe o que é melhor para si mesma, e esse racionalismo – que atua em todos os setores de nossa vida – acaba sustentando a ideia de liberalismo e neoliberalismo (conforme o contexto), liberdade de mercados e capitalismo.

Aplicando essa teoria ao universo dos Concursos Públicos, não obstante suas críticas teóricas e reflexos econômicos que não tratarei aqui é possível depreender que se cada pessoa sabe o que é melhor para si mesma, ela age e decide em acordo com o que é melhor, visando sempre seu objetivo final, de modo que pessoas racionais praticam atos tendentes à aferir melhores benefícios a si mesma. Junte-se a isso a ideia proposta pela teoria dos círculos concêntricos, eminentemente jurídica, mas que também não me cabe ressaltá-la, a fundo, neste texto.

Desse modo, se uma pessoa almeja ser professora universitária, ela dirigirá suas posturas pessoais para uma boa pós-graduação, mestrado, doutorado, e irá, academicamente, buscando os títulos e graduações relevantes para lograr êxito em seu intento precípuo que é ser professora universitária.

E isso moldará até as mínimas escolhas. Assim, não é qualquer pós-graduação (stricto ou lato sensu) que suprirá suas necessidades, porque uma boa educação fará a mais absoluta diferença no processo de aprendizagem que ela necessita para se preparar para o futuro profissional. E assim como se pensará nas instituições educacionais de relevância para a área escolhida (porque se pode ser professor universitário nas mais variadas disciplinas jurídicas ou não), também se procurará dedicação tal que viabilize preparação devida e otimizada.

Não apenas porque ser dedicado aos estudos é, abstrata e culturalmente, interessante, mas porque faz parte dos seus planos que o ato de lidar com as aulas, provas, trabalhos, seminários, congressos, entre outros, com disciplina e eficiência, implique na concretização de seu intento particular, porque bem, cada pessoa sabe mesmo que é melhor para si mesma e desde que se encontre em níveis e condições normais de racionalidade, se decide por tal.

Achei extremamente relevante esse ponto teórico pois, o que tenho feito eu, enquanto concurseira, para perseguir os objetivos que almejo, já que obviamente pessoas racionais assim o fazem? Será que estou efetivamente buscando meus objetivos de modo a pautar minhas decisões pessoais, práticas e muitas vezes mínimas, por tais finalidades – que são essenciais em minha vida?

Perseguir nossos sonhos não é fácil e exige mudanças em nossa vida pessoal e até em nossas características pessoais e como exemplo cito um concurseiro que pode ser, naturalmente, mais desorganizado, mas que compreende – racionalmente – que apenas se tornando organizado e disciplinado ele logrará seu intento maior que é ser aprovado e que ser organizado por determinado período causa menos prejuízo pessoal do que não ser aprovado em prol da manutenção de determinada característica pessoal.

RESUMO DA ÓPERA - As pessoas mudam por interesses. Assim como decidem por interesses e fazem absolutamente tudo por interesses. Porque não aplicar essa teoria em nossa vida pessoal e, efetivamente, concretizar nossos planejamos de maneira prática e sadia?
ANA PAULA DE OLIVEIRA MAZONI é concurseira por vocação. 

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SOBRE PRESTAR CONCURSOS EM OUTROS ESTADOS – PARTE 1

Nessa série especial de artigos, vou dividir com vocês minhas experiências pessoais durante algumas viagens que fiz para prestar concursos em outros estados. Posso adiantar que não é uma decisão muito fácil, pois antes mesmo de colocar o pé na estrada o candidato tem que ter noção de que não se trata apenas de turismo ou algo parecido, mas algo que envolve, além do alto investimento financeiro, uma série de escolhas, que se não forem bem analisadas podem ter consequências desastrosas no futuro.

Inicialmente, é bom dizer que concurseiro que é concurseiro corre atrás de oportunidades (vagas), não fica limitado a um único local, ou seja, se essas oportunidades estão em outras cidades de regiões bem distantes da sua terra natal, em locais, que em alguns casos, não oferecem a estrutura básica dos grandes centros como: transporte, saúde, lazer, segurança, alimentação etc. Isso sem falar que em muitos casos ainda tem a questão do custo de vida incompatível com a remuneração recebida.

Mesmo tendo todas as condições favoráveis, é necessário, antes mesmo do planejamento da viagem, avaliar vários pontos como:

- custo de vida do local compatível com a sua remuneração;

- distancia da família e amigos;

- adaptação aos costumes, comidas, clima... ;

- estar bem de saúde (fisicamente e emocionalmente) para enfrentar viagens longas e cansativas, além do principal: estar preparado para a prova.

Os concursos mais procurados pelos concurseiros viajantes (melhor remuneração e condições de trabalho) são para os tribunais federais: TRTs, TREs e TRFs, que disponibilizam centenas de vagas em praticamente todas as áreas, e em todas as regiões do país. Temos como exemplos os cargos de Analista Judiciário (nível superior) e técnico judiciário (nível médio).

E quais seriam as melhores cidades para viver com uma remuneração de um Analista Judiciário de R$ 7.210,60 ou a de um Técnico Judiciário de R$ 4.652,17? Posso afirmar, sem precisar recorrer a nenhum especialista financeiro, que com toda a certeza dar para viver em qualquer lugar do Brasil com ambos os valores, a não ser que o futuro servidor seja um gastador compulsivo ou queira ostentar um padrão de vida incompatível com a remuneração recebida.

Mesmo assim, a preferência pela maioria dos candidatos a esses cargos é sempre pela região Nordeste, principalmente pelas cidades de Fortaleza, São Luís, Salvador, Recife, João Pessoa, Aracaju, Maceió, Teresina, Campina Grande, entre outras. Esses candidatos são atraídos, sobretudo, pela ótima qualidade de vida que essas cidades oferecem (valor da cesta básica, ótimas faculdades, investimento em saúde e transporte e infinitas opções de lazer), além de atrativos naturais como parques arqueológicos, praias, clima, festas regionais etc.

É claro que a oferta de vagas é muito maior nos tribunais localizados em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, devido, principalmente, pelo constante crescimento econômico e populacional dessas regiões.

Portanto, independente da escolha de qual cidade é melhor para morar, é bom saber que há possibilidade de remoção por permuta ou transferência para outros órgãos do poder judiciário, o que pode resultar num futuro retorno do servidor para sua terra natal.

RESUMO DA ÓPERA - Se você nem sonha em sair do seu estado para concorrer aos cargos mencionados e pode até ganhar metade da remuneração paga por eles, passando em concursos estaduais e municipais ou trabalhando na iniciativa privada, por exemplo, é melhor ficar na sua cidade. Porém, se você tem espírito aventureiro, gosta de aprender coisas novas e não tem medo de investir no seu crescimento profissional, recomendo continuar com o pé na estrada.

FONTENELE é um concurseiro que cruza as fronteiras dos Estados em busca de um cargo público.

“Às vezes precisamos alçar voos difíceis e distantes para encontrar o que realmente desejamos e precisamos para nossas vidas.” (Fontenele)
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Carta de uma leitora

Aqui onde moro, estou bem sem companhia (sem familiares pra me acompanhar em passeios), namorado mora em outra cidade, colegas de trabalho têm idade pra ser minhas avós (sou professora desesperada pra mudar de área), maioria de amigos não moram mais aqui....tenho colegas de ex- cursinho...trocamos ideias por email sobre conteúdos...mas ninguém que não seja casado ou goste de ir ao cinema, às vezes, tomar um suco ou ir à uma feirinha. Então estou me sentindo realmente uma concurseira solitária! Tento aproveitar essa falta de companhia pra cair de cabeça nos estudos...mas eu sei que isso faz mal também, usar esse 'incentivo' negativo pra estudar. O que vocês acham? Alguém já se sentiu assim?”  A leitora preferiu não se identificar.

A leitora que nos escreveu e preferiu não se identificar está vivendo algo que conheço um pouco de perto que é caminhar solo.

Muitas das vezes, somos obrigados a deixar tudo pelo caminho para estudar para concursos. Muitos, como o Charles Dias, mudam de cidade para ter calma e poder se dedicar ao seu projeto de vida. Há os que largam emprego, relacionamentos, vida social em prol desse objetivo.

Respondendo à leitora, entendo que fazer bem ou fazer mal depende de como a pessoa está encarando esse estilo de vida. Se, apesar de ter pouca vida social, você é bem resolvido com isso e não sente falta de estar na companhia de outras pessoas o tempo todo, não vejo como isso possa trazer-lhe males. Afinal, melhor está só que acompanhada de pessoas que possam desanimá-la, desincentivá-la, não é mesmo?

Por outro lado, se você está acostumada com a vida povoada por muitas pessoas, com amigos visitando sempre e familiares convivendo com regularidade, seria bom rever esse modo de viver. Sei que nem sempre é possível, mas nossa cabeça é a grande responsável e grande condutora das nossas ações. Se nossa mente não está bem, o estudo não irá bem. Assim, enquanto não resolvemos tais pendências, nada sai como o desejado.

Se você está com essa dúvida porque alguém lhe disse que viver assim não é saudável, não ligue tanto para isso, caso se sinta bem. Os leigos não sabem como é ser concurseiro! Contudo, se você sente falta de ver gente, aconselho praticar esportes coletivos, procurar fazer alguma atividade eventual que não tome tempo demais e que não interfira muito nos estudos.

RESUMO DA ÓPERA – Não existe uma resposta certa ou errada. O que existe é você se sentindo bem e confortável para perseguir seus objetivos. Encontrando esse equilíbrio, tudo fica menos penoso.  

RAQUEL MONTEIRO é uma legítima concurseira carioca.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos. 
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