Hoje, avaliaremos um livro que começou como um e-book, inicialmente feito para o Ponto dos Concursos. O sucesso de aceitação foi grande. Surgiu, então, uma parceria entre a editora Método e o Ponto que deu muito certo. Assim, o e-book virou livro em papel.

Falar deste livro é falar do meu amigo virtual Igor Rodrigues, um dos autores dessa obra. Sob a batuta do atual www.pensandodireito.net e antigo blog do Igor (que hoje não existe mais), esse blogueiro já postou diversas dicas interessantes que já incorporei aos meus estudos. Digeri muitas delas. Obrigada, ao Igor e aos seus amigos colaboradores!

Igor também já fez resenhas de alguns livros e sempre mantém uma postagem com boa bibliografia básica de estudos para concursos em seu site. Compartilhou também, generosamente, sua grade de estudos. Detalhe: ele trabalhava e estudava! Ainda assim, conseguiu passar para ser Procurador Federal. Ah, e como não poderia deixar de mencionar, ele também já nos brindou com um artigo para o blog. Confira aqui:

Pra quem não conhece os autores, Igor Rodrigues é Procurador Federal do Rio Grande do Sul. Já foi, também, Técnico Judiciário. Colecionou diversas aprovações em concursos. Além disso, é mestrando em Direito justamente no segmento deste livro: Linha de Fundamentos da Integração Jurídica.

Camila Vicenci também não fica atrás quando falamos de qualificação profissional sobre Direito Internacional. Mais focada na área acadêmica e de pesquisa, a autora é Mestra em Direito na Linha da Integração Jurídica pela UFRS e atualmente cursa o doutorado pela mesma instituição. Além de ter muitos trabalhos publicados neste segmento, é aluna do “International PHD Program in Law and Society” da Universidade de Milão, na Itália. Em suma, estamos diante de um livro escrito por grandes conhecedores deste ramo do Direito!

A importância dessa resenha se deve a essa disciplina ser o terror de muitos bacharéis em Direito que não tiveram uma boa base na graduação. Não foi o meu caso, pois tive aula com o excelente Nilton César Flores, porém o enfoque para concursos é bem diferente daquele aprendido na universidade. Aliás, esse é também o mote da nota dos autores no livro.

E essa resenha veio a calhar, pois os boatos de um novo concurso da AGU estão se fazendo presentes. Claro! Essa matéria é um clássico no conteúdo programático. Sempre cai. Convém se preparar com bastante antecedência, inclusive, em Direito Internacional.

No que toca ao conteúdo, percebemos que os autores fizeram um levantamento minucioso de questões do CESPE sobre o tema. Há questões de 2002 até os últimos concursos realizados pelo CESPE que cuidaram dessa matéria. Felizmente, o livro tem 253 páginas e pode-se perceber que Direito Internacional é devidamente destrinchado e desmistificado.

Sem grandes complicações e com muita objetividade, para você não perder tempo, os autores traçam comentários rápidos, mas muito pertinentes a respeito dos assuntos trazidos em cada assertiva exposta. Diz-se isso porque a maior parte das questões feitas por esta banca são do estilo C (Certo) e E (Errado). Então, o livro é estruturado no comentário de cada uma das assertivas.

Cada capítulo é estruturado da seguinte maneira. Separa-se por assunto cada um, geralmente, do jeitão como vem nos editais que o CESPE elabora, e coloca-se todas as questões sobre ele. Em negrito, está a indicação da banca, o cargo e o ano do concurso.

Em seguida, temos os gabaritos, separadamente das questões. Isso é pensado justamente para você não dar uma de “espertinho(a)” e colar as respostas. Notem que coloquei entre parênteses porque a técnica de estudo proposta perde a eficácia se você for lá ver a resposta. O gabarito seco, portanto, sem comentários vem em uma tabelinha separada e muito bem organizada.

Esse sistema é muito bom para quem estuda pela tríade de doutrina, leis (no caso tratados, acordos etc.) e jurisprudência em segmentos. Desse modo, quando você termina a unidade do seu livro de doutrina e passa pelas outras leituras setoriais, é bom praticar com exercícios. Ajuda, e muito, a fixar o conteúdo e trabalhar bem para não cair nas armadilhas sob forma de pegadinhas do CESPE.

Mais adiante, temos os comentários propriamente ditos. Eles estão numerados de acordo com a ordem dos enunciados das questões. Gostei muito dessa sistemática porque é meio cansativo ir procurar as respostas no fim de alguns livros. Assim, a gente tem uma unidade fechadinha de conhecimento.

Como eu disse, os comentários são sucintos, mas não perdem nada em conteúdo. Eles foram pensados justamente para que o(a) concurseiro(a) não perca tempo lendo coisas enormes. Afinal, há muitas outras matérias para estudar!

Quanto à estrutura, ressaltamos que a capa é flexível e bem leve. Não amassa tão facilmente. O papel usado é de boa qualidade, bem de acordo com o padrão da editora Método. As fontes são de tamanho pequeno, mas para caber mais conteúdo e não sobrecarregar no volume de páginas. No entanto, ficam bem nítidos, pois não embaralham em nossos olhos. Os títulos são grandes e cada enunciado e resposta ficam bem separadinhos e organizados. O aspecto do papel é bem clean, com contraste forte entre o branco da folha (nada transparente) e a fonte (bem escurinha).

Os autores, como pude ver, colocam a prova todos os conhecimentos acumulados com suas experiências. Não se deixou de lado o viés constitucional e jurisprudencial em momento algum. Essa foi uma característica que pude presenciar. A abordagem foi interdisciplinar, de modo que eu só tenho elogios a fazer sobre o livro. Não há o que criticar (Igor, essa foi pra você). Sei mesmo como a obra foi elaborada com carinho e cuidado minuciosos por parte dos autores e dos Coordenadores Vitor Cruz (o vampiro) e Leandro Cadenas Prado.

RESUMO DA ÓPERA - Igor e Camila, vocês estão de parabéns pelo pioneirismo e pelo cuidado na execução deste trabalho. Concurseiros, recomendo essa obra para quem prestará concurso para AGU e demais outros cargos que cobrem Direito Internacional Público organizados pela banca CESPE.