Estado civil: concurseiro(a)!

Dia desses, eu estava vendo as atualizações do meu Facebook e um dos meus contatos postou essa figura. Achei hilário. Realmente, é verdade. Os estudos para concursos tomam tanto o nosso tempo, consomem tanto do nosso entusiasmo, que viram nossa paixão principal. Isso quando não chegamos à conclusão de que precisamos voar solo para obter sucesso nos concursos. Algumas pessoas até sofrem com essa segunda hipótese, mas veem que não há outro caminho a seguir.

Não estamos dizendo que é necessário ficar só em todos os casos para passar em concursos. Não, não é. Afinal, muitas pessoas são casadas, têm filhos e conseguem passar em concursos. Ocorre que nem sempre é possível conciliar. Seja porque o(a) namorado(a) ou companheiro(a) não entende suas ausências; seja porque você é colocado(a) diante de situações-limite que vão minando qualquer possibilidade de manter qualquer relacionamento. Muitas vezes, você fica estressado(a) e acaba protagonizando episódios de brigas desagradáveis. E o pobre do consorte acaba pagando o pato do nosso estresse.

Por isso, diz-se por aí que nem sempre é ruim ficar sem namorado(a) para estudar para concursos. Diz-se isso porque algumas pessoas sofrem por se sentirem sós, por não terem uma companhia, um amor com quem se importar.

No entanto, essa situação não precisa ser vista unicamente desta maneira. Se, por um lado, os finais de semana podem ser um pouco solitários, por outro, tem-se mais liberdade. Sim, fica-se livre para manejar seu calendários de estudos de forma maleável, possibilitando a diversão.

Outra coisa que observo é que algumas pessoas que fazem opção pelo voo solo, ou seja, pela solteirice, evitam uma série de contratempos que são inerentes aos relacionamentos. Entre eles está o sofrimento por ciúmes próprios ou com os ciúmes alheios. E isso toma tempo de estudo. Isso rouba as energias de quem está estudando, desviando as atenções para o problema.

Outra vantagem é poder prestar concursos para qualquer lugar do Brasil, pois o solteiro(a) não tem muitos vínculos. São pessoas que não precisam se preocupar com quem vão deixar ou levar junto na hora de considerar uma possa em outra cidade.

Há o ponto positivo de não se preocupar em ficar dividindo a atenção dos estudos com a atenção para o namorado(a). Nem mesmo precisar ficar dando satisfação para o sogro/ sogra e parentes para a pergunta mais cruel que existe: por que você ainda não passou em concursos públicos? Ora, é dolorosa, pois às vezes nem o(a) concurseiro(a) sabe! É bom porque foge-se daquelas indiretas igualmente inconvenientes: quando vocês casam? Ora, muita das vezes, o concurseiro(a) não tem emprego, mas está do lado de alguém para compartilhar sonhos e construir projetos de longo prazo.

Não, leitores, não virei a casaca. Apenas estou relatando algo que tenho observado entre muitos concurseiros com quem convivo. Sou entusiasta dos relacionamentos, mas desde que sejam viáveis. Todo mundo fala que relacionar-se é uma arte. Concordo! E essa arte fica ainda mais complexa quando estamos tratando de pessoas que estudam para concursos. Isso porque aquele que estuda fica com os sentimentos à flor da pele, só fala em estudo e matéria. Se o casal não estiver na mesma sintonia, o relacionamento naufraga. Já vi namoros e casamentos serem desfeitos quando uma ou ambas as pessoas estavam estudando para concursos. É uma fase bastante complexa.

RESUMO DA ÓPERA - Se você estiver solteiro(a) e for concurseiro(a), não fique triste e procure extrair as vantagens dessa sua condição.

RAQUEL MONTEIRO é uma legítima concurseira carioca.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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