Planejamento de estudos para concurseiros - PARTE 2

Antes de qualquer coisa, se você ainda não leu a primeira parte desse artigo, então leia ... basta clicar AQUI ... depois você volta para cá.

Pois bem, hoje falarei um pouco sobre as ferramentas que o concurseiro tem a sua disposição para planejar seus estudos, mesmo porque o planejamento de estudos começa exatamente por uma avaliação do que se tem disponível, do que o concurseiro poderá lançar mão a fim de estudar da melhor forma possível.

A fim de não deixar esse artigo por demais longo e chato, abordarei as quatro ferramentas que considero imprescindíveis para se fazer um planejamento de estudos adequado. Note que há outras ferramentas cuja utilização ou não dependerá de uma diversidade de fatores. Vamos lá.

TEMPO - Dizem alguns pensadores que o tempo é uma abstração pelos suíços para venderem relógios. Pode até ser isso mesmo, mas para concurseiros o tempo tem uma aparência bem real ... ou melhor, a falta dele, que pode vir travestida de formas diferentes:

- Falta de tempo para estudar de forma geral;

- Falta de tempo para estudar tudo o que é preciso estudar;

- Falta de tempo para fazer qualquer outra coisa se não estudar.

Vocês já ouviram falar de um moderníssimo dispositivo de auxílio no controle do tempo chamado agenda? Esse dispositivo é muito utilizado por médicos e dentistas, permitindo que sejam marcadas consultas ao longo do dia de forma organizada, evitando que consultas sejam marcadas para as mesmas horas enquanto outros períodos do dia fiquem sem consulta nenhuma marcada. Pois bem, a agenda nada mais é que uma ferramenta de planejamento do uso do tempo. Muitos concurseiros enfrentam falta de tempo não porque realmente são carentes desse recurso, mas porque não o usam de forma planejada.

Enfim, quem quer estudar sério para concursos públicos tem necessariamente de planejar a alocação diária do seu tempo a fim de evitar perder tempo com o que não deve e poder se dedicar aos estudos. Sem isso o concurseiro fica dependente do cruel "estudo quando sobra tempo" que somente impede a vitória na guerra dos concursos públicos.

LOCAL -Algumas coisas podemos fazer em qualquer lugar enquanto outras coisas não, isso é fato. Estudar com qualidade é rigidamente afetado por isso. Antes de falar disso, no entanto, vejamos exatamente do que é que estamos falando.

- Estudar com qualidade é fazê-lo de forma orientada, planejada e concentrada. A orientação é o alvo que você quer atingir (passar em concursos públicos), o planejamento é o caminho para atingir o alvo e a concentração é ... tomemos uma definição bonita e completa ... "Concentração é capacidade pessoal de provocar um estado de sensibilização para ficar em alerta, selecionando unidades importantes de informação entre milhares disponíveis. Ao mesmo tempo, bloquear o impacto de sinais irrelevantes e focar sinais relevantes da tarefa, direcionando os pensamentos para o plano de ação."

- Estudar sem qualidade é fazê-lo de qualquer jeito, quando der, do jeito que der, sem nenhum planejamento, com um foco pouco nítido.

Seres humanos são dependentes de estímulos externos. Desde bebês reagimos e interagimos com esses estímulos. Para muita gente dias nublados são deprimentes. Para outros o som distante de cães latindo irrita. Concurseiros são seres humanos, lógico, mas precisam estudar com concentração e isso não combina muito bem com essa interação constante com estímulos externos. Essa interação somente pode ser parcialmente anulada pelo concurseiro com a escolha de um local onde tais estímulos sejam minimizados. Por isso que estudar em uma biblioteca calma, silenciosa e visualmente neutra inspira muito mais a concentração que estudar no meio de um baile de carnaval.

Dessa forma, o estudo de qualidade implica em estudar em um local que propicia a concentração, simples assim.

MATERIAL DE ESTUDO -Esse é um ingrediente complicado na vida de muitos concurseiros. De cara digo que material de estudo de concurseiro sério é material de qualidade, algo que exclui quase a totalidade das famosas "apostilas para concursos públicos" existentes no mercado. É fato que material de estudo de qualidade não é barato. Também é fato que o concurseiro precisa de uma quantidade de material de estudo que está longe de ser pequena. A realidade dos fatos que podemos abstrair é o concurseiro tem apenas quatro opções nesse sentido. Vejamos.

- Investir na compra de todo o material de estudo de qualidade que precisar ... algo distante da realidade de grande parte dos concurseiros por conta dos altos custos envolvidos;

- Utilizar materiais de estudo de qualidade disponíveis em bibliotecas, emprestados de amigos, doados ... algo difícil para toda diversidade de material de estudo que o concurseiro necessita;

- Fazer um meio de campo adquirindo parte do material de qualidade enquanto a outra parte é utilizada de fontes gratuítas (bibliotecas, empréstimos, ...);

- Por fim, fingir que isso não é algo tão importante e tentar a sorte com as apostilas ... o que dá quase no mesmo de jogar um bilhete simples na Megasena acumulada e ganhar ... será que você tem tanta sorte?

CONHECIMENTO ACUMULADO - Concurseiros são seres com forte tendência a um tipo específico de distúrbio bipolar ... não sabe o que é isso? Vejamos então ... "o distúrbio bipolar é uma forma de transtorno de humor caracterizado pela variação extrema do humor entre uma fase maníaca ou hipomaníaca, que são estágios diferentes pela gradação dos seus sintomas, hiperatividade física e mental, e uma fase de depressão, inibição, lentidão para conceber e realizar ideias, e ansiedade ou tristeza".

No caso dos concurseiros observados o distúrbio bipolar ligado ao conhecimento previamente acumulados das matérias já estudadas, que é caracterizado por fases em que se tem uma noção real do conhecimento acumulado até o momento e outras em que se acha que não se sabe nadinha de nada ... ou seja, é "oito ou oitenta".

Note que o estudo de qualidade engloba, em minha humilde opinião, quatro fases:

Fase 1 - Nessa fase faz-se o aprendizado básico das matérias, ou seja, do conjunto de conhecimentos que forma a base da matéria;

Fase 2 - Já nessa fase faz-se o aprendizado do grosso dos detalhes da matéria, portanto é a mais demorada;

Fase 3 - Nesse momento a ideia é aprender os detalhes mais capciosos da matéria, aqueles de nível avançado que demandam o cumprimento a contento das fases anteriores;

Fase 4 - Aprendida base das matérias e seus detalhes dos mais básicos aos mais complicados, é hora de fixar tudo isso estudando resumos e fazendo exercícios.

Porque, afinal de contas, um concurseiro sério em sã consciências (apesar de muita gente acreditar que concurseiros são pessoas que não estão de forma alguma em sã consciência por optarem estudar anos para disputar algumas poucas vagas no serviço público) que esteja na fase 3 de estudo de uma matéria, por exemplo, recomeçaria os estudos da mesma do zero? Isso não tem sentido.

Note que o planejamento de estudos demanda que o concurseiro faça uma auto avaliação muito sincera e real dos conhecimentos acumulados das matérias que terá de estudar, a fim de otimizar os estudos e não ficar "batendo em ferro frio", algo que somente atrasa os estudos e, consequentemente, diminui as chances de sucesso do concurseiro, por melhores que sejam as intenções ao fazer isso.

RESUMO DA ÓPERA - Agora você conhece quais são os quatro principais ingredientes do planejamento de estudos. Na próxima parte desse artigo você conhecerá uma concurseira que precisa urgentemente planejar seus estudos e acompanhará como isso será feito.

CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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