Entre 427 e 347 a.C., Platão defendia que todo e qualquer conhecimento na terra são sombras da verdade imutável e permanente encontrável no plano das ideias. Para ele, através da Teoria da Caverna (ou mito da caverna, como é conhecido por alguns), a única maneira de conhecer a verdade sobre as coisas e conceitos abstratos é atravessando a sombra da caverna, através da razão, e superando o conhecimento através dos sentidos (debatido mais tarde por Aristóteles, defensor do empirismo científico).

Aliás, o termo “amor platônico” significava um amor que apenas existia no mundo das ideias, no plano idealizado e não-material que não poderia ser sentido no plano natural, sendo, portanto, inatingível (o que romanticamente pode ser considerado como o amor não correspondido e inalcançável).

Tá, Ana Paula, mas o que isso tem a ver com meu estudo para concursos públicos?

Muito!

Sabendo, superficialmente, parte da ideia platônica eu pergunto a você: Seu estudo está no mundo real ou apenas no mundo das ideias?

Se para Platão sabemos o que é um cachorro porque nossa alma imortal que quer voltar para o mundo das ideias após a morte sabe qual a ideia de um cachorro, você realmente está estudando ou apenas imaginando como seria a rotina de um concurseiro se tivesse as condições ideais de estudo e harmonização de rotina?

Você sabe o que é o estudo porque estuda ou porque imagina um estudo ideal que não te pertence?

Onde você realmente se encontra hoje: na caverna, preso por amarras e enxergando sua vida através de sombras, ou realmente vê tudo na luz fora da caverna, com a “razão” por ele propugnada?

RESUMO DA ÓPERA - Nessa segunda-feira “filosófica” eu espero que você, caro concurseiro, esteja certo em saber em qual mundo realmente vive. E viva. E estude o estudo idealizado que sempre quis. E que não se engane com as sombras da caverna do autoengano.