DIA DE CÃO

Todos nós temos, às vezes, nosso dia de cão. E embora cãezinhos normalmente me remetam à ideia de animais bem cuidados, com todo amor e carinho, comida na pata, água fresca, sombra e toda pompa e circunstância (como a gata de estimação dos meus pais) com direito a carinho na barriga, o termo alegórico se refere a situações vividas não de maneira saborosa. Ao contrário, o dia de cão é um dia péssimo, chato, medíocre e em que nada, sob hipótese alguma, vai dar certo.

O que é esquisito é que alguns dias também são mágicos. O estudo de seis horas parecem, milagrosamente (como um milagre de multiplicação de conhecimento), doze horas, e todos os nossos empreendimentos profissionais, pessoais (tem dias que até o beijo é mais apaixonante), bem, tudo está bem e tudo dá certo.

Embora não haja uma explicação razoável para esse misterioso fenômeno (não, os astros não são culpados disso), aqui vão algumas “dicas” absolutamente infalíveis para lidar com aqueles dias péssimos em que o estudo realmente não tem rendido o esperado.

1. Substitua a grade de matérias a ser estudada no dia do cão por disciplinas pelas quais você é apaixonado. É óbvio que não devemos estudar apenas aquilo que gostamos (já que não cai apenas tais matérias – e embora algumas bancas examinadores confundam conhecimento de atualidades com reality’s show’s – eu espero, sinceramente, que nenhum de vocês seja apaixonado por BBB), mas nesses dias em que nada parece render adequadamente, essa “flexibilidade” pode ajudar a contornar o drama.

2. Faça mais intervalos que o normal. Em dias em que nada parece funcionar e nossa cabeça está há mil quilômetros de distância dos livros, intervalos menos espaçados podem ajudar a manter a concentração em alta, desde que, claro, você volte para o local de estudos e estude.

3. Descarregue um pouco de adrenalina praticando algum esporte ou relaxando de alguma maneira que gosta (cuidado com os excessos). Quando estamos muito agitados (por motivos emocionais quase sempre) o melhor a fazer é diminuir essa agitação e, via de consequência, diminuir o ritmo. Não adianta, estudar requer vida regrada, disciplinada e muito rotineira. Nesse caso, quanto mais rotina melhor para o corpo e memorização.

4. Se nenhuma das alternativas funcionar, não se culpe se precisar simplesmente tirar o dia de folga, nadar, ir ao cinema, namorar, assistir novela ou correr atrás de tarefas pendentes (que normalmente agravam o quadro de estresse) e que têm tirado seu sono. Mas não se esqueça que essas miniférias devem ter o condão de te levar de volta ao seu foco principal que é continuar estudando.

RESUMO DA ÓPERA - Dia de cão todos nós temos. O importante é saber que o carinho na barriga só vem com muito esforço. Se precisar, diminua o ritmo e depois volte com tudo. Miniférias não são um pecado, mas as use com sabedoria.

ANA PAULA DE OLIVEIRA MAZONI é professora de Direito Constitucional e Direito Administrativo e espera que vocês tenham entendido que carinho na barriga significa aprovação em concurso público.

ANA PAULA DE OLIVEIRA MAZONI é professora de Direito Constitucional e Direito Administrativo e, portanto, absolutamente parcial nesse texto, torcendo por cada aluno seu.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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