A RATOEIRA E O CONCURSO PÚBLICO



Convivendo diariamente com concurseiros pude observar que poucos são aqueles que cultivam um espírito de solidariedade entre os colegas. Seja nas redes sociais ou em algum outro lugar, como curso presencial, por exemplo. O lema é sempre o mesmo: “cada um por si e todos contra todos”. A famosíssima “síndrome do concorrente”.

Há poucos dias criei vários grupos no Facebook, para troca de materiais gratuitos e de resoluções de questões, como uma forma de estimular àqueles que estudam para concursos públicos e que utilizam essa ferramenta apenas como passa tempo durante o trabalho, ou ociosidade mesmo. Recebi muitos elogios (obrigado!) e algumas críticas (obrigado também!): “Isso que você está fazendo é pura perda de tempo, quem está aqui, no Facebook, é porque não quer estudar mesmo”, “Esse pessoal fala quer estudar, mas na verdade não participa de nenhuma atividade, é só enrolação mesmo, nem vale à pena ajudar”. Diziam a turma do "isso não funciona” (e nem é para funcionar!).

Bem, eu concordo plenamente que, 99,99% dessas pessoas, realmente estão ali somente para “compartilharem” uma espécie de “masturbação mental”. Mas, entendo também, que muita gente precisa apenas de algum tipo de estimulo, ou uma simples orientação, o tal primeiro passo.

Na verdade isso tudo acaba sendo uma espécie de desafio, motivando-me ainda mais para realizar qualquer que seja a atividade (principalmente voluntariado). Então, sem nenhuma pretensão, a perder de vista, resolvi contribuir de alguma forma, adaptando algo que já existe e que funciona 24h (Facebook), para estimular o pessoal para o estudo (nem que seja meia dúzia deles). Tenho absoluta certeza que qualquer tipo de incentivo vai acabar ajudando alguém. Alguém que está necessitando estudar sério, e que carece apenas de um pequeno empurrão, um ponto de apoio para começar/recomeçar.

Aproveito para postar aqui uma história que ilustra muito bem essa nossa realidade:

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos – Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa! A galinha, disse:

- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me incomoda.

O rato foi até o porco e lhe disse:

- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!

- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranquilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.

O rato dirigiu-se então à vaca. Ela lhe disse:

- O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!

Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.

Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia caído na ratoeira. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia prendido a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher… O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha.

O fazendeiro pegou seu cutelo (pequeno facão) e foi providenciar o ingrediente principal. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro matou o porco.

A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral.

O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

Moral da história: Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco.

RESUMO DA ÓPERA - A nossa ratoeira pode ser a falta de interesse pelos assuntos políticos e sociais do local em que moramos, o descuido com o meio ambiente, o consumismo desenfreado, a falta de solidariedade e companheirismo com o próximo... No nosso caso, em especial, tudo que diz respeito aos concursos públicos, como por exemplo, a união de todos pela regularização de normas que protejam e façam valer os direitos dos candidatos, antes e depois da aprovação. Enfim, faça a sua parte, sem se importar com o que os outros estão fazendo ou deixando de fazer. Se ela existe, a “ratoeira”, todos nós devemos nos unir para enfrentá-la. Agora se este não é o seu problema, faça um favor a si mesmo... procure seu espaço, não atrapalhe!

"O problema de um é problema de todos quando convivemos em equipe." (autor desconhecido)

FONTENELE é um concurseiro que está apenas tentando fazer a sua parte.  

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.



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