Prova de Verdade

Remuneração, altos salários, estabilidade, orgulho pessoal, vários são os motivos que levam pessoas a prestar concursos públicos. Cada uma tem sua história, algumas já pensam nisso desde os tempos da faculdade, outras acaba entrando nessa depois de pesar seus prós e contras. Os motivos são variados. Hoje, um concurso é muito mais que uma simples prova de papel.

Na escola fazemos provas simplesmente para a aprovação, e o mesmo na faculdade. Assim é nosso sistema de ensino, com erros e acertos. Mas, nessa época, estamos num ambiente familiar, com colegas e amigos dividindo a sala conosco. De certa forma é um ambiente conhecido.

Na guerra dos concursos públicos, as coisas mudam um pouco. Tudo, no início, parece ser grande. Os concursos se parecem com guerras, onde disputamos ponto a ponto nossa tão sonhada vaga. Investimos tempo nos estudos, e dispensamos tempo com os colegas e familiares. Estamos num novo mundo.

No começo, somos inexperientes, ainda não temos a percepção certa do quanto teremos que estudar. Não basta ler a matéria que está no edital. Não basta comprar a apostila que contém toda a matéria. Não imaginamos a quantidade de exercícios que teremos que resolver, a quantidade de resumos e anotações que faremos. Ganhamos a real percepção disso após conferir o gabarito das primeiras provas, e ver nossa (provável) débil colocação. A média 7,0 de antes não traz mais a aprovação. Não passar de primeira não é nenhum pecado, afinal estamos começando uma jornada, e é normal, que nos primeiros passos, ocorram acidentes de percurso. Aí é que começa um prova tão importante quanto o caderno de questões.

O estudo é outro. Os tempos são outros.. E nós também temos que ser outro tipo de estudante. Estabelecemos uma disciplina, organizamos nossos horários, ficamos mais tempo sozinhos e começamos a nos conhecer melhor. Levando a sério essa mudança, descobrimos a força que temos, os sacrifícios que somos capazes de fazer. Isso é realmente uma prova.

Concurseiros sabem que estão sujeitos a dois tipos provas: a Prova da Banca que o leva ao seu sonhado cargo; e a sua Prova Pessoal. Penso que a segunda deve ser feita primeiro para que a outra possa ser feita da maneira certa. Conhecer quem você é, como se estuda de forma eficaz, e se está sendo justo consigo. Esta prova não começa quando saí o edital; começa quando você decide realmente estudar. É constante.

Mas, pelo menos, nesse caminho encontramos outros como nós. Que também fazem essa “prova”. Pessoas de bem que compartilham com você o sonho de tornar a vida e o país melhor, através do funcionalismo público. Passam pelas mesmas “questões” que você.

Nossa cultura (capitalizada) ensina que se não se está fazendo algo produtivamente “concreto”, você não está seguindo o “esquema”. Ficar em casa estudando, é uma perda de tempo para alguns. Quem estuda para concursos seriamente tem uma visão de vida maior do que realmente é importante. Não há mal em dizer: Estou estudando para concursos públicos. É necessário ter um pouco mesmo de coragem para fazer isso seriamente.

Resumo da Ópera - Qualquer um pode passar num concurso, desde que esteja ciente do terreno em que está entrando e o que terá que fazer. Com coragem e muito estudo, as coisas acontecem...

Bernardo José é nosso leitor e um concurseiro corajoso.

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1 Response to "Prova de Verdade"

  1. Camisa 9 says:

    Um post dum concurseiro novo na área sempre é bem-vindo!

    Belo post, Bernardo!
    Realmente a guerra é dura e o processo é lento, porém para os que aguentam os trancos e barrancos os louros são muito agradavéis e recompensam todo o esforço.

    Gambate!

    Bons estudos, abraços.

    Éric

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