Eu te disse, mas eu te disse, não te disse?

Semana atrás recebi um email que, sinceramente, não esperava receber, vindo de um amigo que sempre foi bastante crítico e cético quanto a opção de estudar para concursos públicos a fim de se tornar servidor público. Para ele isso era perda de tempo, afinal de contas "concurso público é jogo de cartas marcadas" e "ser funcionário público não é tudo isso que dizem".

Pois bem, ele pedia para conversarmos uma hora pelo Skype (programa que permite ligações de voz pelo computador), pois queria tirar umas dúvidas comigo. Curioso marquei dia e hora. Depois de um pouco de conversa fiada, o cara foi direto ao ponto, ou melhor, "chorou as pitangas". A questão era a seguinte, ele estava com data de demissão agendada e declarada, visto que a empresa onde trabalha fechará as portas depois do carnaval do ano que vem, e por ver que eu e uma amiga em comum passamos em concurso público e agora somos servidores, convenceu-se que é possível vencer nessa guerra e, principalmente, que vale a pena lutar por essa meta.

Isso é algo muito comum, essa descrença e ceticismo nos concursos públicos e na escolha do serviço público como profissão por parte de gente que não entende nada do assunto e, principalmente, não quer saber. Não é para todo mundo encarar uma longa jornadas de alguns anos estudando "feito um condenado" para passar nos difíceis e concorridos certames. Por conta disso muita gente prefere fazer como a raposa das história das uvas. Você não conhece essa história? Se não, agora vai conhecer.

Uma raposa esfomeada passou por uma vinha e viu uns cachos de uvas muito apetitosos.

- Estas uvas parecem muito sucolentas – pensou ela. – Tenho que as comer!

Tentou apanhá-las saltando o mais alto que pode, mas em vão, porque as uvas estavam fora do seu alcance. Então desistiu e afastou-se. Fingindo-se desinteressada, exclamou:

- Pensei que estavam maduras, mas vejo agora que ainda estão muito verdes!

E olha que a raposa da parábola pelo menos teve o mérito de saltar para tentar alcançar as uvas, enquanto muita gente que critica e desacredita quem estuda para concursos públicos nem ao menos faz isso, apenas passa vontade depois que descobre que algum conhecido corajoso se tornou servidor público e está feliz da vida.

Resumo da ópera - Quando se depararem com gente que critica e não acredita que você possa vencer a guerra dos concursos públicos, lembre-se do velho ditado popular que diz que "quem desdenha quer comprar", ou seja, as críticas e e descrença vêm mais de uma frustração dessas pessoas de não ter a disposição ou mesmo coragem de fazer o mesmo que você está fazendo.

CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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1 Response to "Eu te disse, mas eu te disse, não te disse?"

  1. Unknown says:

    Oi, Charles. Meu nome é Luciana. Sou bacharel em Direito e servidora pública estadual. Após mais de 1 ano de estudo p/ concursos públicos, resolvi, não por verdadeira vontade, mas por necessidade, fazer concurso para nível médio. Passei entre os primeiros colocados e fui nomeada 7 meses depois. Nesse meio tempo, continuei firme nos estudos. Ao assumir minha vaga ( de nível médio) , me deparei com vários "colegas" que lá já estavam que teimam em comentar: "mas vc já é formada", "mas vc é advogada", "mas isso é concorrência desleal", "olha que eu tenho um colega que disse que era só enquanto ele não passava em outro e ele já está nesse trabalho há 6 anos!" e por aí vai... Cabe dizer que muitos desses colegas são temporários e podem ser exonerados a qq tempo. Talvez isso os incomode mais do que a mim. Apesar de eu ainda não ter passado em nenhum concurso p/ minha área, já ser servidora estadual me garante alguns privilégios, como: trabalhar até as 13 da tarde, ter uma renda garantida, ter o resto do dia p/ estudar, e poder pagar meus cursinhos preparatórios, comprar livros, pagar inscrições, pois é um investimento bastante oneroso. Se eu fosse advogar, teria q trabalhar o dia inteiro pra ganhar uma grana e meu tempo de estudo talvez fosse mais escasso. Mas eu me sinto bem melhor do que na época em q eu não tinha nada nas mãos. E tento não ligar p/ os comentários maldosos.

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