Um dos problemas que o concurseiro encontra no caminho é o emocional

Esse é o grande agente que anima ou desanima os corpos. Muitos sofrem com os os diversos reveses que o projeto “ser empossado em um cargo público traz”. Dói, dói, mas vence que supera a dor e fica calejado.

Eu mesma já passei por vários desafios dessa vida, mas estou aqui firme e lutando. Sei que existem pessoas com problemas muito graves e, quando olho para elas, eu me sinto uma fraca diante dos meus pequenos dilemas. Por isso, vou continuar incentivando para que sejamos fortes e nos blindemos contra essas adversidades.

Uma das coisas ruins é ser muito reprovada, bater muito na trave e, às vezes, não conseguir entender onde estou errando. Isso é uma coisa muito agoniante porque, nem sempre, a gente consegue traçar um diagnóstico preciso daquilo que precisamos corrigir para caminharmos em direção à vitória. Você reestuda seu livro, as suas provas e...nada. Ainda bem que a minha persistência sempre me faz acabar descobrindo depois aquilo que tanto buscava. E eu consigo vencer aquele problema.

Algumas vezes, vem aquela falta de crença em mim mesma. É aquele pensamento extremamente maléfico que arruína todo o seu bom histórico como estudante. Você fica achando que nunca estará pronto para fazer boa prova ou que sabe muito pouco. Então, é bom parar logo com isso, pois de tanto pensar nisso, vai que seu cérebro começa a acreditar nessa ideia?! Aí, é que você vai de mal a pior (risos). Eu trato logo de respirar fundo, lembrar do quanto já caminhei e não do quanto falta caminhar. Se você estiver estudando com seriedade e compromisso, não vejo porque cair nessa armadilha de sabotagem própria.

Outra coisa que arrasa nossas emoções é a permanente sensação de estar atrasado diante do bombardeio de informações que o mundo nos proporciona. Desde que fizeram quase tudo virar interativo, quando fazemos uma escolha, renunciamos outra. Como é óbvio, quando optamos por estudar para concursos que enfatizem um tipo de área do conhecimento, é normal ficar meio defasado com as demais. Só que acende aquela luz interna de preocupação: não estou lendo muitos jornais, não decorei bem aquela lei, não estudei informativos do STF e STJ, não estudei bem o português etc. Aff, vamos parar com isso! Eu já me senti assim muitas vezes, mas logo percebi que essa cobrança é muito injusta comigo mesma! Afinal, o tempo que gastei não foi me divertindo em excesso, mas estudando! É assim mesmo, ora! Então, diga não à sua neura!

Por fim, duas coisas que já foram devastadoras para mim, mas não me atingem mais são: as comparações e aquele pessoal que passa em concurso e diz ter estudado 14h por dia.

Antigamente, alguns conhecidos meus viam uma pessoa aprovada com a minha idade ou com o mesmo tempo de estudos que eu e começavam a me criticar. Eu ficava aborrecida e me importava com esses comentários. Contudo, depois, criticamente fui percebendo que estou sempre aprendendo, não fazendo nada de errado. Notei que cada um de nós tem uma história de vida. Isso mesmo! Cada um tem mais ou menos facilidade para assimilar conteúdo, controlar a ansiedade. Cada indivíduo reage de forma diferente aos estímulos de estudos e às experiências de vida. Enfim, assim como não existe uma pessoa igual a outra, cada um tem seu tempo. Até os irmãos gêmeos têm diferenças! Por isso, um dia eu chegarei ao ponto necessário para ser aprovada. Não sei quando será, mas sei que acontecerá. Por tal razão, parei de me importar com esse falatório.

No que toca o pessoal das 14h, eu comecei a dividi-los em pessoas que não sabem contabilizar as próprias horas de estudos e pessoas esnobes. Gente, o corpo não suporta estudo até a exaustão. Você pode (e eu recomendo) estudar até ficar cansado, mas não exagera, vai! Você precisa ter saúde para tomar posse. Por isso, eu também não caio mais naquela “conversa-pra-boi-dormir” de algumas pessoas que querem que a gente os veja como seres especiais, que têm uma capacidade maior que a de qualquer outro ser humano. É pura vaidade! Isso, portanto, não me causa nenhum tipo de rebuliço.

Resumo da Ópera – Não adianta você ter dinheiro, os melhores livros, poder pagar pelo melhor curso se suas emoções não estiverem balizadas. Procure refletir e identificar o que está te impedindo de evoluir e tente resolver a questão para ontem. Afinal, ser feliz é algo urgente!

RAQUEL MONTEIRO é uma legítima concurseira carioca.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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2 Response to "Um dos problemas que o concurseiro encontra no caminho é o emocional"

  1. Unknown says:

    Raquel, excelente texto.
    Abaixo as comparações!
    Abraço,
    Ricardo, SP

    brbobo says:

    Oi td bem,Estou vendo seu blog pela primeira vez e gostei muito deste texto.Realmente o emocional faz muita diferença em concursos.Estudar 14 hs eh complicado hein rsrrsrs pelo menos comigo 6h de estudo o corpo ja reclama.

    Um abraço e Parabens.....Continuamos na luta pela aprovação

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