Limitando-se pelo tempo?

Tempo, fator limitante para muita gente. Já dizia Napoleão Bonaparte que “espaço se recupera; tempo não”. O tempo naturalmente influencia a vida das pessoas, posto que não dá para se dissociar a vida humana dos fatores tempo e espaço: como parte da criação divina, estamos imersos nesses fatores que nos orientam e dão sentido. E se pudéssemos abstrair do eixo tempo?

Vi em certo fórum de concurseiros a opinião de uma pessoa que afirmava ser o “concurso” um atraso em sua vida, uma vez que há 5 anos ela buscava a aprovação e não conseguia. Alguém, no mesmo fórum, dizia com língua mordaz que “concurso não é para qualquer um”, como se roubasse a esperança do primeiro argumentante. Tudo possuindo a má influência da prisão do fator tempo.

O ser humano, por natureza, é imediatista. Quer algo para “ontem”, se possível, e na sociedade moderna a pressa já não é mais tratada como inimiga da perfeição, senão requisito indispensável para obter a produtividade com o menor índice de falhas possível. E por mais que o indivíduo tenha paciência tibetana, parece que sempre há com o que se preocupar quando o assunto é o tempo de obter as coisas, a concretização de projetos, a almejada ascensão social, dentre outros.

Acontece que em tudo que se deseja obter ou realizar, no qual haja valor agregado, é necessário que se empregue não apenas energia, recursos, mas especialmente tempo. Os trabalhadores vendem seu tempo; os psicanalistas atuam em favor do paciente em pequenas doses de tempo; em filas de banco, ou no trânsito gasta-se tempo. Até permite- se que o tempo passe logo, por meio de atividades lúdicas como palavras cruzadas! E tudo é uma mesma escala, imutável. Segundos após segundos, horas sobre horas, dias após dias, anos após anos.

Há muitos que se preocupam com esse fator, mas para viverem da mesma maneira que outros no passado: tempo de casar, de se formar, de passar férias com a família, de envelhecer e, finalmente, de morrer. Note-se, então, que a pessoa quer moldar sua vida através do modo como os outros trataram o fator tempo. Ora, quem disse que precisamos nos ater ao tempo alheio? Quem disse que, ao estarmos nos preparando para concursos – e com isso gastando horas e dias debruçados sobre materiais de estudo – estamos perdendo tempo na vida? Quem disse que o tempo, segundo a maioria, é a melhor forma de viver?

Repare, novamente: tudo o que construímos de valor requer tempo. E, o tempo que temos, só nós poderemos gastar com sabedoria e discernimento necessários, e produzir uma vida nova, um projeto que vai dar certo e que não se restringirá à posse em cargo público. Nisso devemos perceber os fatores que tentam nos limitar: possam haver até circunstâncias desfavoráveis financeiras, familiares e afins, mas que jamais nos prendamos a uma ideia de tempo que não convém a quem almeja construir uma carreira pública.

Resumo da ópera – Obrigado pelo tempo despendido em ler este artigo. Agora, use bem do seu tempo e vá estudar!

CLEBER OLYMPIO, há oito anos aprendendo que existe tempo para tudo.

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