Quando a banca faz provas malfeitas

Sempre estudei muito a matéria teórica e a letra da lei. Contudo, recentemente, eu comecei a ficar meio “entediada” com meu material de estudo. Explico: eu já li meus cadernos de cursinho, já li uns livros importantes e percebi que faltava algo: era resolver exercícios. Assim, parti para alguns livros que comentavam questões que foram resenhados por mim no blog.

Realmente, depois que comecei a fazê-los, meus estudos de bons ficaram turbinados. Os livros explicam tudo, fazem belas revisões da matéria que ficou esquecida e dissecam item por item as alternativas das questões objetivas.

Ocorre que eu fiquei mal acostumada com tanta facilidade. Eu esgotei um dos meus livros de questões uma banca famosa e peguei um outro para resolver sem gabaritos comentados. Meu Deus, que dificuldade é estudar assim, pois acabo levando o dobro e, às vezes, o tripo de tempo para elucidar uma questão! É muito improdutivo quando comparo com o didatismo da outra modalidade.

Eu também peguei provas anteriores de uma banca menos tradicional para resolver questões passadas, mas meu susto foi ainda maior. Como os gabaritos não foram justificados, como é regra entre as organizadoras, eu tenho penado para entender a razão de ser deles. Isso porque, não raro, as provas são incrivelmente malfeitas. Pena não existirem livros que comentem as questões dessas bancas.

Poderia parecer soberba de minha parte achar as provas mal-elaboradas, mas não é. Em alguns casos, em que pedi ajuda a alguns amigos concurseiros e aos colunistas do blog e eu realmente estava errada; mas na maioria das vezes, havia questões sem resposta, outras com duas respostas corretas ou gabaritos super equivocados.

Eu percebi os erros porque já fiz muitos cursinhos, aproveitei cada um deles e tenho acumulado uma excelente bagagem de estudos. Além disso, eu consultei diversas obras nas quais as questões foram embasadas e constatei que realmente havia problemas nelas.

O que me espanta nisso tudo é que as bancas deveriam ter pessoal extremamente qualificado para fazerem seus trabalhos. Afinal, elas são escolhidas justamente por essa especialização intelectual. Além disso, por esse mister exercido, são bem remuneradas. Por isso, eu fico perplexa quando vejo uma prova elaborada sem cuidado técnico, com problemas logísticos. Fico lamentando ver conflitos acontecerem entre as organizadoras e os candidatos. É de cortar o coração abrir os jornais especializados em concursos e me deparar com notícias assim.

Resumo da Ópera – Apesar dos problemas constatados - parafraseando a famosa frase - ainda considero que fazer questões não seja um obstáculos, mas um caminho para a aprovação. Não se deixe abater por esses problemas e continue estudando. Tire sempre suas dúvidas!

RAQUEL MONTEIRO é uma legítima concurseira carioca.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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3 Response to "Quando a banca faz provas malfeitas"

  1. Marcello says:

    desculpa fugir um pouco do foco do assunto mas tem uma grande duvida
    daltonismo reprova em concurso publico? poxa ate onde eu sei os concursos militares todos reprova mesmo e os outros senado-mpu ministerisos etc. area mas adiministrativa,sera que na hora de exames reprova.

    Marcello says:

    desculpa fugir um pouco do foco da comu mas tem uma grande duvida
    daltonismo reprova em concurso publico? poxa ate onde eu sei os concursos militares todos reprova mesmo e os outros senado-mpu ministerisos etc area mas adiministrativa,sera que na hora de exames reprova.

    Raquel says:

    Marcello, tudo depende do edital do concurso. Há certames que não contemplam tal eliminação. Contudo, se o daltonismo não comprometer o exercício da profissão e houver proibição editalícia nesse sentido, há entendimento jurisprudencial que admite a discussão sobre esse item pela via judicial. Nesse caso, é preciso consultar um advogado para examinar detalhadamente o caso concreto.

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