Motivação negativa e estudo

William Douglas Resinente dos Santos, em sua obra “O que Você Precisa Saber sobre Como Passar em Provas e Concursos”, ensina que a motivação interna negativa é prejudicial ao rendimento de estudo do concursando, ao contrário da positiva, a qual legitimaria o esforço do candidato (pg. 52 da 12aEdição). Recentemente, eu me deparei com uma situação em que a motivação negativa para estudo inicialmente falou mais alto, conforme pode ser verificado do relato a seguir.

Após vários concursos prestados, fui aprovado em concurso público realizado pela Corregedoria de um Tribunal de Justiça estadual, sendo esse um “concurso escada”, uma vez que pretendo colocação em tribunal regional federal ou no Ministério Público da União. Pois bem, após ser nomeado, por quatro anos acomodei-me com relação aos estudos, sem obter aprovação em concurso com pontuação suficiente para ser nomeado.

Tal situação me traz à mente aquela história do sapo que é cozinhado conforme se aumenta gradativamente a temperatura da água da panela, ao contrário daquele que salta imediatamente após ser jogado na água fervente, uma vez que fui notando aos poucos as vicissitudes do órgão em que ingressei, culminando com o evento que mencionarei em breve.

Apesar de haver pontos positivos nesse cargo, como, por exemplo, ser muito bom e harmônico o relacionamento entre os servidores no setor em trabalho, percebi que com o passar do tempo o volume de serviço foi aumentando, sem, no entanto, haver novo concurso público para contratação de pessoal. A remuneração, suficiente para se manter um bom padrão de vida, mostrou-se reduzida quando comparada com o que ganha quem trabalha nos órgãos federais. Assim, eu vinha relevando os pontos negativos até que, em fevereiro deste ano, na esteira dos escândalos que envolveram o Tribunal de Justiça desde dezembro de 2008, nós, os aprovados no último concurso para servidores, fomos confrontados com a possibilidade de esse certame ser anulado pelo Conselho Nacional de Justiça, uma vez que há indícios de fraude que beneficiou candidatos parentes de desembargadores.

Ao receber a notícia, percebi que aquele era mais um impulso para que eu estudasse de forma comprometida e obtivesse minha aprovação. Ao mesmo tempo, retornando à ideia do parágrafo inicial, lembrei-me das palavras de William Douglas, questionei a validade de minha motivação e cheguei a um meio termo.

Então decidi o seguinte, persistirei no objetivo de obter aprovação em um órgão público federal, a fim de ingressar em um órgão que realize concursos públicos periodicamente, o que amenizaria a sobrecarga de trabalho, e ter uma remuneração melhor, dentre outras motivações positivas, mas ao mesmo tempo manterei como motivação um pouco da insatisfação e da indignação com o ocorrido em doses homeopáticas, insuficientes para sabotar meus estudos.

PABLO CASSIANO Santos é um concurseiro retomando os estudos.

Esse artigo foi um dos finalistas da promoção "Envie-nos um artigo legal e ganhe um bom prêmio".

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