MEIO, NÃO FIM

Hoje vamos refletir sobre algo que incomoda. Sim incomoda porque mexe com a essência do nosso trabalho, e da finalidade do nosso leitor. Talvez já tenham lhe feito essa pergunta, mas quero que ela se dirija a você mesmo:

Para que você presta concursos?

A pergunta, por mais óbvia que seja, não merece uma resposta simplista como: “ora, porque quero ser empossado em cargo público”. Explico.

Há os que adotaram a profissão “concurseiro”. Entende-se, entretanto, que essa profissão seja temporária, cujo desejo maior de quem nela ingressa seja uma escada para algo bem melhor. A profissão temporária de concurseiro exige tempo e dedicação exclusivos, por vezes cobrará sábados, domingos e feriados, roubará tempo com família e amigos e, pior, paga pouco e para a qual se investe muito.

O problema, então, está não em quem encara essa profissão, mas em quem quer ficar nela para sempre. E não são poucos os que se enquadram nessa situação.

Aqueles que não lutam com disciplina e dedicação estão fadados a ficarem onde mais lhe seja conveniente: ou um “emprego qualquer” ou na profissão de concurseiro.

Aqueles que veem a vida de concurseiro como algo alegre, desafiador, mas não se preocupam com a aprovação, pois “o mais importante é o processo, não o resultado”, são candidatos ou a um “emprego qualquer” ou a permanecerem na profissão de concurseiro.

O problema maior é pensar que a vida de concurseiro é “tudo”, criando uma obsessão sobre a “profissão de concurseiro”. Por essa “profissão”, criam-se várias suposições, e a mais grave é a de que ela é o “passaporte para a felicidade “. Não há glamour em ser concurseiro. Quem está na luta sabe o quanto é árduo até que se receba aquela ligação ou aquele telegrama comunicando a data da posse. Também se nota que tratam o “passar” mais importante do que o “ser empossado”: há tantos que passaram, mas se encontram completamente insatisfeitos com a carreira para a qual dedicaram muito tempo de estudo.

Concurso não é o fim, mas um meio. E um dos meios.

Se não está dando certo agora, persista, mas não fique obcecado. Você já está bem ciente das dificuldades que o cercam, e que não se limitam às despesas. Abra seu leque de opções, mas esteja sempre atento às oportunidades de realizar seu objetivo maior, que não se limita a uma prova. É uma carreira, um meio de ganhar a vida: esse é o foco.

RESUMO DA ÓPERA - Concurso não é o passaporte para a felicidade; encare-o mais como uma estrada apertada, na qual não se deseja ficar, mas que conduz ao sucesso.

CLEBER OLYMPIO, concurseiro que sabe das suas metas.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um(a) revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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