A influência de depoimentos na vida dos concurseiros

Empatia - Experiência pela qual uma pessoa se identifica com outra, tendendo a compreender o que ela pensa e a sentir o que ela sente, ainda que nenhum dos dois o expressem de modo explícito ou objetivo.

Qual o concurseiro que não gosta de ler o relato de outro concurseiro que já alcançou a vitória, que já foi empossado, que diz o quanto é bom a nova vida como servidor público, que afirma com todas as letras que você também pode conseguir? Claro que existem alguns “espírito de porco” que não gostam, mas são casos raros, exceções, por que a maioria dos concurseiros gosta e muito de ler relatos desse tipo.

Esse gosto vem da empatia que sentimos por esses concurseiros. Como já diz a definição aí em cima, a empatia permite que nos identifiquemos com esses concurseiros vitoriosos, que compreendamos e sentimos alegria e realização que eles sentem, e, com isso, possamos antecipar um pouquinho da nossa própria alegria e realização quando da nossa própria vitória nessa guerra.

Esmiuçando melhor esse nosso gosto por ler depoimentos de concurceiros vitoriosos, vejo que procuramos três coisas ao fazer isso.

1ª coisa – Provas de que a vitória é possível, que vencer na guerra dos concursos públicos é algo real, viável, “alcançável”, não apenas uma miragem, um produto de nossas imaginações desesperadas.

2ª coisa – Garantia de que nosso esforço valerá a pena, de que o prêmio para os vencedores é mesmo tão bom que justifica todos os sacrifícios que estamos fazendo.

3ª coisa – A esperança de que em um desses depoimentos encontremos desvendado algum tipo de segredo misterioso que tornará nossa luta muito mais fácil, alguma fórmula mágica que será nossa chave para a vitória.

É algum pecado ler depoimentos vitoriosos procurando essas coisas? Claro que não. Se essas leituras e essas buscas nos ajudam a estudar melhor, ter mais tranqüilidade e paciência para lidar com a pressão de ser concurseiro, a acreditar mais na vitória, então é válido, sim.

Agora, quando disse que a maioria dos concurseiros gosta de ler depoimentos vitoriosos, excetos alguns “espíritos de porco”, estava me referindo àquelas pessoas que vêem nesses depoimentos não uma fonte de inspiração e motivação, mas motivo de inveja dura, fria e impiedosa. Sim, existem concurseiros assim. Esse pessoal não se alegra com a vitória de outros que prenuncia nossa própria vitória, ao contrário, se roem de inveja, se torturam desejando que fossem eles os vitoriosos e que estivessem em sua pele os autores dos depoimentos. Infelizmente existe gente assim.

Agora, há algumas coisas que muitos concurseiros ignoram quanto aos depoimentos vitoriosos encontrados por aí na Internet. Vejamos.

Nem tudo que se lê é verdade – Muito cuidado com o que você lê. Não acredite 100% nos depoimentos que você encontrar por aí. Infelizmente, há muita inverdade em muitos depoimentos. Alguns trazem apenas algumas mentirinhas, outros são tão verdadeiros quanto uma cédula de quinze reais. Portanto, leia desconfiando do que lê.

Pílulas douradas – Muitos “depoimentistas” tendem a glamurizar demais sua vitória, ou seja, a torná-la mais atraente, heróica e encantadora do que é na verdade. Tudo bem que nenhuma luta nessa guerra é fácil, mas também não são todas as lutas que são extremamente difíceis. Portanto, leia desconfiando do que lê.

Depois da vitória tudo parece mais fácil – Também temos de considerar que depois da vitória, a luta nos parece muito mais fácil do que na verdade foi, do mesmo modo que enquanto lutamos a luta parece muito mais dura do que na verdade é. É um tipo de “efeito halo” que altera nossas percepções. Portanto, leia desconfiando do que lê.

Resumo da ópera – Se você gosta de ler depoimentos de concurseiros vitoriosos ou mesmo de concurseiros que ainda lutam pela vitória como você e isso lhe faz bem, então continue lendo-os. Apenas faça isso com cuidado, para não comprar tudo o que tentam lhe vender. Como já diz aquele comercial famoso do filtro solar ...

“Tenha cuidado com as pessoas que lhe dão conselhos, mas seja paciente com elas. Conselho é uma forma de nostalgia. Dar conselho é uma forma de resgatar o passado da lata do lixo, limpá-lo, esconder as partes feias e reciclá-lo por um preço maior do que realmente vale.”

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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9 Response to "A influência de depoimentos na vida dos concurseiros"

  1. Camisa 9 says:

    É verdade..nem tudo são flores e nem tudo são espinhos.

    Eu gosto de ler os depoimentos para sentir um pouco da felicidade que me espera!

    Vamos continuar estudando para passar também. :D

    Bons estudos

    Unknown says:

    Parabéns Charles, acredito que por isso o blog tenha tanto sucesso: pela "empatia", pois quem é concurseiro sério sabe que o que os "posts" aqui do Concurseiro Solitário fazem sentido e são escritos por quem sabe do que está falando. É realmente curioso notar como a notícia de uma aprovação realmente afeta as pessoas de forma diferente: umas ficam mais motivadas e até tem gente que nem era concurseira e entra nessa vida a partir do exemplo de um aprovado, já outras pessoas fazem "cara de indiferança" e não querem nem mais falar com a pessoa depois da aprovação.

    Unknown says:

    Perdi a conta de quantas vezes me empolguei e o quanto aprendi com os depoimentos dos vitoriosos antes que eu mesmo começasse a ficar entre os primeiros nas listas de concursos. Acho que o verdadeiro concurseiro, que tem vontade de vencer, nunca enxerga o amigo de estudo ou um colega vitorioso como concorrente ou com inveja, pelo contrário, é mais uma confirmação de que é possível e que está no caminho certo.

    É mais fácil ganhar na loteria do que não ser nomeado por apenas 1 candidato (seu colega), mesmo que o concurso só tenha 1 vaga... acho que poucos atentam para isso. Quando alguém dizia por brincadeira que era meu concorrente eu sempre rebatia dizendo que tinha vaga para os dois e outros tantos amigos nossos e por isso ele não deveria pensar assim (o que é a mais pura verdade).

    Unknown says:

    obs: desculpem os erros de digitação, regência e concordância, mas sem o recurso de "preview" como o que tem no correioweb e com esse teclado, as coisas ficam difíceis para os catadores de milho acostumados ao modo escriba.

    Brás says:

    Realmente, não é bom acreditar em tudo que se vê. Após ler depoimentos de algumas pessoas, temos em mente é que é preciso se isolar do mundo, não falar mais com ninguém, não passear, não amar, não ter sentimentos etc.
    Alguns dizem que estudaram 14 horas por dia, para ser aprovado.
    Isso é totalmente desmotivante! Quem trabalha lê um depoimento desse e já desiste. Presta concurso, mas já tem em mente que não tem chance.
    Aí é bom que apareça outro aprovado e diga que estudou apenas 2 horas por dia, durante tal período (anos ou meses).
    Para estudar 14 horas por dia, ou o cara é muito ruim (tem extrema dificuldade para aprender e ler) ou o cara tem poucos dias para estudar .
    Mas eu já conheci pessoas que estudavam de 12 a 18 horas (incluindo o horário de cursinho)
    Uma eu vi, já a outra me falou.
    As duas entraram em Medicina-USP.
    Mas vale a pena dizer que fazer contas não é o mesmo que ler. Ler desgasta bem mais. Fazer contas (Fís, Matem e Quí) é só aplicar o conhecimentos, exercitar.
    Apesar da carga horária, uma fez 3 e a outra,4 anos de cursinho.
    Não acho que foram reprovadas por falta de conhecimento, mas sim por não terem matada algumas charadas de exatas.

    Brás says:

    Às vezes, os "depoimentos" influenciam até mesmo que não acreditava em concurso.
    Uma senhora da minha família, Merendeira, sempre tentava me dissuadir para me fazer desistir de vestibular. Porém, qdo passei, ela resolveu falar para o filho começar a prestar, tbm. Antes disso, ela achava q era impossível passar num vestibular. Tanto é que conseguiu deixar as outras filhas sem perspectivas. O jeito das moças subirem na vida é casando com homem "rico" (bem-remunerado; não precisa ser ricão).
    .

    Brás says:

    Eu me lembro de uma vez tbm, qdo um morador de rua passou no concurso do BB. Muitas pessoas se sentiram motivadas e esperançosas. Já outras não gostaram, porque julgaram que pegou mal para os concurseiros que ainda não passaram. Tbm acharam que ouviriam questionamentos do tipo: "até um mendigo passou, por que vc ainda não? Vc não está estudando!"


    Para passar no vestibular, eu tive como inspiração um amigo meu. Ele é quietão e nunca me incentivou, fortemente, mas ele é pobre e passou na USP (hj ele dá aula lá). Aí eu percebi que as vagas não eram compradas e que não era preciso nascer em um lugar nobre ou ter família inteligente, para passar no vestibular.

    Sempre que as pessoas me diziam que era impossível, eu citava aquele meu amigo. Uma outra amiga até me falou: "Ah! Vc viu o cabeção dele? Por isso que passou na USP!".
    E eu tbm consegui passar no vestibular para Engenharia.
    Uma vez, qdo prestei vestibular, alguns colegas riram da minha cara. Qro ver rirem da minha aprovação, tbm!rs


    Agora, eu quero mesmo é saber de concurso. E eu me inspiro muito nos depoimentos que vejo. Dá para perceber que ninguém nasceu sabendo. Todo mundo ralou para adquirir o conhecimento. Qdo vc abrir o livro e não conseguir entender, lembre-se de que um aprovado passou pela mesma coisa, mas persistiu e aprendeu.

    É isso aí!
    Abraço
    B.C ou Indiana Jones

    Fabiana says:

    Qdo vc abrir o livro e não conseguir entender, lembre-se de que um aprovado passou pela mesma coisa, mas persistiu e aprendeu. [2]

    Disse tudo!!!!

    Ae, muita calma nessa hora !

    Se o mendigo passou no concurso do BB, não quer dizer que você que não é mendigo deveria ter passado também.


    Se assim o fosse, não teríamos mais mendigos.

    Ele foi um caso a parte, tanto que virou matéria do fanástico (fantástico).
    Outra coisa, em que pese ser um mendigo, ele obteve ajuda porque soube procurar por ela, teve quem o ajudasse com comida, acesso a INTERNET (que ele mesmo disse ter sido fundamental) e tudo mais.
    Ou seja, tempo ele tinha de sobra, afinal, não fazia nada além de estudar, o fundamental nesse caso foi que ele soube os caminhos para aproveitar o tempo, indesejável, mas ocioso que ele tinha.

    Portanto amigos, o que vale neste mundo dos concursos é seguir a regrinha: Estudar, mas estudar certo.

    O cara que estudou 14 horas por dia, com certeza não estudou mais do que 5 efetivas.
    Temos de ter cuidado quando dizemos que "estudo 10 horas/dia", garanto que eu, no máximo, consegui estudar 6 horas efetivas, porém, foram 6 horas cronometradas, ou seja, cronometrei no relógio as horas que parava para comer, fumar, fazer xixi e tudo mais, se fosse para computar hora "cheia" teria ficado as 24 horas estudando.

    Ps.: Só garanto uma coisa, as histórias de vitórias existem sim, e com certeza vocês farão parte delas um dia, desde que não desistam, e se for desistir, desistam depois de entrar.

    Jorge Luiz

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