Saldo de batalha

Muitos concurseiros acreditam que as provas de concurso servem somente para testar os conhecimentos da matéria listada no edital e que após as provas resta apenas esperar pelos resultados. Nada mais errado, pois agindo dessa forma está-se deixando de aproveitar um importante dividendo que somente após fazer provas pode ser colhido, o que chamo de saldo de batalha.

É interessante como a maioria dos livros de técnicas de estudos para concursos públicos e professores de cursinhos frisam quase somente a importância das estratégias pré-prova. Poucos falam da importância das estratégias pós-prova e quando falam é de forma superficial. Além disso, os próprios concurseiros parecem não dar importância para essas estratégias e, com isso, ficam para trás de quem dá importância e as pratica.

Vou aproveitar o concurso do TST, que fiz as provas no final de semana passado, para ilustrar como faço a análise pós-prova.

Análise do modo de estudo das matérias – É somente fazendo provas que podemos saber se estudamos a material do edital da melhor forma para resolver as questões. É possível se basear em questões anteriores da banca que realiza o concurso, mas também é necessário ter em mente que a tendência pode ser quebrada, como aconteceu com esse concurso, em que as questões apresentadas pela Cespe foram muito mais profundas e densas (pelo menos para o cargo de analista). Como desde o começo achei que esse concurso não seria faço, estudei com atenção aos detalhes, portanto não tive maior dificuldade para responder às questões da prova, o que não significa, claro, que as achei fáceis ou acertei tudo.

Análise do peso dado ao estudo de cada matéria – Nos editais são especificados os pesos das matérias que serão cobradas nas provas, o que é uma informação muito importante. Porém, também é importante que o próprio concurseiro dê peso às matérias do edital de acordo com seu conhecimento de cada matéria. Mesmo que uma matéria tenha peso menor no concurso, o concurseiro deverá estudá-la com mais cuidado se não estiver tão bem versado nela. Nesse concurso fiquei bastante satisfeito com o peso que dei ao estudo das matérias. Concluí que poderia, no entanto, ter dado um pouco mais de peso para matemática financeira e às fórmulas de cálculo de algumas partes da matéria de administração.

Análise da estratégia de fazer a prova – A estratégia usada pelo concurseiro para fazer prova é muito importante, principalmente numa banca como a Cespe, para a qual uma questão errada anula uma certa. Como é dito para vários concurseiros e professores de cursinho, a prova da Cespe não é o tipo de prova para ser respondida totalmente. Se você não sabe uma questão ou não tem mesmo certeza da resposta, não marque resposta alguma, assim não correrá o risco de errar e anular um acerto. Além disso, faz parte da estratégia de fazer prova o controle de tempo. Fiquei satisfeito com a estratégia de prova que adotei. Controlei o tempo de forma a não correr o risco de ter de fazer alguma coisa na correria e quanto à marcação das questões, deixei pelo menos 20 questões sem resposta pois não tinha certeza ou não sabia a resposta.

Análise de outros itens – Há alguns itens que escapam às análises anteriores, por isso entram nessa última análise. Nesse concurso, por exemplo, tive dificuldade de lidar com o pouco espaço disponível para fazer contas e cálculos, o que me chamou a atenção para a necessidade de treinar fazer contas de questões inteiras em pequenos espaços de papel em branco.

Minha prioridade no concurso do TST era a prova de analista, mas como somente pegaria o ônibus de volta para casa no começo da noite, resolvi prestar também a prova para o cargo de técnico. A prova começou às 15:15 horas, mas como tinha de estar na rodoferroviária (nomezinho estranho, né?) às 18:00, fiz a prova a toque de caixa e às 17:00 a estava entregando para poder ir embora. Sinceramente, estou curioso para comparar o desempenho que tive nas duas provas, a primeira feita com cuidado e abundância de tempo e a segunda com menos cuidado e pouco tempo. Como não fiquei até os últimos quinze minutos de prova para poder levar o caderno de provas, somente saberei disso quando for divulgado o resultado oficial e os cadernos de provas digitalizados.

Resumo da ópera – Quando fizer uma prova de concurso, se dê um dia para descansar e então, antes de voltar a estudar para o próximo concurso, invista algumas horas para analisar a prova que você acabou de prestar e seu desempenho. É somente com esse tipo de análise que você poderá identificar suas deficiência, o que você fez de errado, o que poderia ter feito melhor, para então corrigir e poder ter um desempenho muito melhor no próximo concurso que prestar. Não fazer isso por não saber que tem de ser feito é até desculpável, mas agora que você sabe, se não fizer será uma burrice!

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MÚSICA DO DIA

Já escrevi num artigo anterior de como a música pode ser um excelente auxiliar de estudo. Além de anular o ruído de fundo e permitir uma maior concentração no estudo, também ajuda a controlar nosso ânimo. Se estou desanimado para estudar, ouço músicas animadas. Se estou muito agitado, ouço músicas calmas. Decidi, então, que seria interessante disponibilizar diariamente um link para uma música ou mix musical que costumo ouvir.


Hoje a dica é para um pouco de Beethoven, mas algo bem calminho. Nesse MP3 há uma sonata de piano e um opus para quarteto de cordas. Música para ouvir em dias agitados, pois acalma a mente e ajuda na concentração para estudo de matérias densas que exigem memorização.

1 Response to "Saldo de batalha"

  1. Camisa 9 says:

    Eu fiz isso em set/2007. Não tão bem como vc mostrou agr, mas fiz. E aprendi bem o que eu devo estudar mais e no que devo prestar mais atenção qdo estudar.

    É...serve como saldo de batalha tamem. :D

    Éu

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