Gotinha aqui ... gotinha ali ...

Esse final de semana tive a oportunidade de bater um papo com um amigo que não via fazia tempo, desde que ele se mudou em outubro do ano passado para Brasília para exercer um cargo público num ministério.

Conversamos sobre a vida de servidor público em Brasília, ele reclamou do alto preço dos aluguéis na capital federal, falou do alívio que ainda sente de estar empossado após 28 meses de estudo contínuo e tal. Lá pelas tantas o assunto chegou na boataria de que a crise está fechando a torneira dos concursos públicos.

Muda pouca coisa, cara. O que rola no ministério é que a ordem é para ao invés de fazer grandes concursos com centenas ou milhares de vagas, fazer vários concursos menores para no máximo cem vagas. A idéia é não abrir a torneira toda de uma vez, mas ir gotejando. E você sabe, é de grão em grão que a galinha enche o papo”, ele me disse.

O que esse amigo disse é exatamente o que vinha achando que iria acontecer. Então, meus amigos concurseiros, olha aí mais um sinal para a mudança de estratégia. Que mudança? Bem, vejamos o que representa essa mudança de cenário.

Se antes da crise eram comuns concursos do tipo:

Concurso do Ministério do Planejamento oferece 2.054 vagas” ou “SEFAZ/SP promove concurso para 600 vagas

Por algum tempo teremos:

SEBRAE/GO lança edital com 37 vagas” ou “Alagoas - Ufal lança concurso público com 23 vagas de até R$ 6,8 mil”.

O que isso significa em termos de necessidade de mudança de estratégia? Vejamos.

1 – Será preciso ter bem em mente que áreas do serviço público você almeja, pois com dezenas de concursos de diferentes órgãos e entidades pipocando, a perda de foco poderá ser fatal.

2 – Prepare-se para estudar muito mais, pois com vários concursos acontecendo, os editais variarão muito.

3 – Prepare-se para gastar mais com viagens para fazer provas de concursos.

Daí muitos concurseiros perguntam “você não vai dizer que os concursos ficarão mais concorridos também?”. Sinceramente, acho que o efeito será contrário, os concursos ficarão um pouco menos concorridos, isso em termos reais, no quantum de concurseiros sérios concorrendo realmente às vagas oferecidas, não no número de inscritos, que é uma medida irreal de concorrência. Pensem comigo, quando há poucos grandes concursos, a conseqüência é a concentração maior de um bom número de concurseiros sérios concorrendo às vagas oferecidas. Agora, quando há vários pequenos concursos ocorrendo simultaneamente, há também a dispersão dos concurseiros sérios entre eles, diminuindo a concorrência efetiva.

Resumo da ópera – É isso aí, gente, começamos a assistir uma mudança no cenário dos concursos públicos no Brasil, por conta da crise vão-se por enquanto os grandes concursos, e vêem os pequenos concursos, mas em quantidade respeitável. Ou seja, muda-se apenas o formato, mas os concursos públicos continuam existindo e ainda são uma ótima opção para quem busca estabilidade profissional.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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CLIPE DO DIA



Essa vem direto dos anos 90 ... é para levantar da cadeira e dançar um pouco ... hehehe ... eu faço isso de vez em quando ... é bom. Com Razalla o sucesso "Everybody´s Free".

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