Cursos preparatórios, o que são e como escolher?

É impressionante a quantidade de cursos preparatórios para concursos públicos que surgem a cada dia e que prometem verdadeiros milagres, como se a aprovação do candidato dependesse integralmente da participação em um desses cursos. É preciso saber de antemão que qualquer que seja a técnica usada para o estudo (independente de concursos), esta será apenas mais uma peça, um apoio para reforçar o conhecimento e servir de motivação, lembrando que nenhuma técnica substitui o estudo realizado em casa, sozinho.

Entre esses cursos temos:

Online – É um curso onde o professor disponibiliza o material através de diversos recursos multimídia (texto, vídeo, áudio etc.) e acompanha seus alunos através de fóruns, e-mail etc. É muito procurado por pessoas que não possuem muito tempo para estudar ou moram em lugares onde não existem cursos preparatórios, além do principal motivo que é a excelente qualidade do material, que dependendo do curso, conta com professores renomados, especialistas em concursos públicos.

Videoaulas – Outra oportunidade bastante interessante de assistir aulas de professores especializados na área de concursos públicos de todos os cantos do país. Os cursos são veiculados através de diversos vídeos gravados e que são acompanhados com exercícios em textos (disponibilizados para downloard para os alunos matriculados). Ótima ferramenta para quem não tem horário fixo para estudar e que através de um celular ou um aparelho de MP4 pode acompanhar as aulas em qualquer lugar (metro, ônibus, filas, sala de espera etc.).

Telepresencial (Curso à Distância) - Idêntico ao curso presencial, porém a única diferença é que o professor não se encontra na sala de aula, o que não impede que as perguntas sejam respondidas como se ali estivesse através de vários recursos (áudio, Chat). Geralmente esse tipo de curso consiste em reunir vários alunos em uma ou várias salas, em dias e horários pré-definidos, para assistir, em um telão, a transmissão de uma aula ou uma palestra que está sendo ministrada em outra cidade. Antes era necessário viajar ou esperar para assistir as aulas gravadas.

Presencial – Sendo esta a forma mais tradicional e a que apresenta mais reclamações por parte dos alunos. Geralmente os preparatórios vendem pacotes de cursos extensivos (sem edital publicado), entretanto, o seu carro chefe são os pacotes específicos (com edital publicado), com duração em média de três meses. Muitos alunos preferem comprar as matérias isoladamente, aquelas desconhecidas e que sentem mais dificuldade em aprender.

Agora que já conhecemos um pouco desses cursos são necessários alguns cuidados na hora de escolher qualquer um deles:

- O principal cuidado antes de comprar um curso preparatório é assistir uma aula demonstrativa (teste drive). Se o curso não disponibilizar esse serviço, esqueça e procure outro.

- Procure informações sobre cursos preparatórios através dos próprios concurseiros, nos fóruns, blogs e sites afins. Se o curso tiver algum problema eles não mediram criticas e reclamações contra o mesmo. Investigue também sobre os professores.

- Não compre cursos que disponibiliza uma aula de cada matéria por semana, principalmente se estiver iniciando agora o contato com essas matérias. Passar muito tempo sem rever as matérias pode levar sua motivação para o espaço.

- Desconfie daqueles cursos que apresentam altos índices de aprovação, pois na sua grande maioria, são apenas cursos caça níqueis, utilizam a mídia para mostrar vários candidatos que passaram em primeiríssimos lugares e que é sabido que esses mesmos candidatos já estudavam há vários anos para concurso e nem mesmo frequentaram esses ou outros cursos.

- Outro ponto bastante importante na escolha do curso é a metodologia usada nas aulas como os exercícios, os simulados, o acompanhamento individual do aluno. Muitos deles desistem logo no início por conta de não acompanharem a metodologia usada no curso.

- Não escolha o curso apenas por causa da apostila ou outro material disponibilizado “gratuitamente”, isso também é um truque bastante usado, uma espécie de isca para atrair alunos desinformados. Muitos cursos somente copiam a legislação na internet, formatam o texto, imprimem e encadernam, como se esse material fosse suficiente para o aluno acompanhar as aulas e o conteúdo programático exigido nos editais dos concursos. É muito comum ouvir os alunos perguntando, por exemplo, logo no primeiro dia de aula: “que dia vou receber a minha apostila professor?”.

- Leia todo o contrato e se for o caso, recorra ao órgão de proteção ao consumidor (PROCON). Quanto mais denuncias, melhor será a qualidades dos cursos oferecidos.

Resumo da ópera – Toda técnica usada para melhorar o aprendizado é sempre bem-vinda e dentre essas técnicas os cursos preparatórios são uma ótima ferramenta para manter-se atualizado, motivado e em forma para enfrentar as provas dos concursos. Contudo, é necessário ter uma boa dose de precaução antes de escolher um desses cursos, pois além do valor investido (uma boa grana), também está em jogo o seu valioso tempo e o desejo certo pela aprovação, que poderá ser frustrado por conta de uma opção errada.

Tenho seis regras que me ensinaram tudo o que sei: O quê?, Porquê?, Quando?, Como?, Onde?, e Quem?”. (Rudyard Kipling)

FONTENELE é um concurseiro que estuda em cursos preparatórios sérios.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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Feriados para servidores públicos

É interessante como muitas percepções que o público (cidadãos e concurseiros) têm do serviço público s mostram falsas quando passamos a integram as fileiras da Administração Pública.

A visão que ainda se tem no Brasil do serviço público, e sou o primeiro a dizer que não totalmente sem razão, é de ineficiênia, privilégios demais e vontade de trabalhar de menos. Logo, a visão que concurseiros têm do trabalho no serviço público é de tranquilidade, poucas exigências, baixo volume de serviço e, claro, altas remunerações.

Pois bem, a coisa não é bem assim, não.

Quem trabalha na iniciativa privada, quando vai chegando algum feriado que cairá na terça-feira ou quinta-feira, vai logo pensando em algum jeito de "emendar o feriado" e, inevitavelmente, pensa "como é boa vida de servidor público que emenda todo e qualquer feriado sem sofrer desconto nenhum no pagamento".

Sou servidor público federal a quase dois meses e nesse meio tempo o feriado de semana que vem (de Finados) será o primeiro que emendaremos na ANAC! E só haverá essa "emenda" porque a folga do Dia do Servidor Público, feriado previsto em lei para o dia 28 de Outubro, foi transferido para segunda-feira (01/11) ... e por "necessidade de serviço" e não para fazer um agrado para os servidores públicos!

É, meus amigos, no feriado passado que também caiu na terça-feira (o do dia 12 de outubro) trabalhei na segunda-feira normalmente.

Muitas empresas privadas também costumam fazer o famoso recesso de final de ano, ou seja, não há expediente na semana entre o natal e o ano novo. Se teremos isso na ANAC? Quando perguntei a resposta foi um desanimado "bom se fosse assim". O máximo que acontecerá é de alguns servidores poderem antecipar uma semana das férias se quiserem folgar nessa data!

E não são poucos os concurseiros que depois de serem empossados se decepcionam enormemente com a realidade que encontram no serviço público de muito trabalho a ser feito, pouco pessoal para fazê-lo, várias exigências a serem satisfeitas, além de ainda ter de lidar com as críticas e cobranças do público, dos amigos e parentes, mesmo porque todos vão acham que você ganha bem demais para fazer pouca coisa! Digo isso com conhecimento de causa, visto que conheço várias pessoas que já decepcionaram desse jeito, duas ao ponto de pedirem exoneração e voltarem para a iniciativa privada!

Resumo da ópera - Se você imagina, pensa ou quer encontrar no serviço público a tão desejada "vida boa de sombra, sol e água fresca", é melhor rever rapidamente seus conceitos, porque a não ser que se torne servidor público através da indicação de algum político para um cargo comissionado, a vida não será nem um pouco fácil e tranquila quanto você quer ou imagina que seja. Servidor concursado ganha bem e tem estabiliade, mas em troca trabalha-se muito troca, podem ter certeza disso.

CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário.

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Vale a pena fazer estágio jurídico?

Passei alguns meses me dedicando em tempo integral ao estudo para concursos públicos, e devo dizer que ter tanto tempo disponível é algo positivo em nossa vida de concurseiros, mas que deve ser equilibrado com outras atividades importantes em nossa vida de estudo, isso porque ninguém pode apenas estudar, sem se atentar a outros pontos essenciais em nossa qualidade de vida (como lazer, exercícios físicos, relacionamentos, espiritualidade, etc).

E depois de vários meses dessa modalidade de estudo surgiu uma oportunidade de realizar um estágio de pós-graduação com o juiz criminal da Comarca em que vivo. Com carga horária de 6 horas por dia e uma bolsa-auxílio agradabilíssima aos meus padrões.

E fiquei me questionando: Será que estágios são inconvenientes no estudo para concursos públicos? Bom, é sobre isso que gostaria de tratar hoje, me restringindo ao estágio em si, e não a bolsa-auxílio ou quaisquer opções de retributividade financeira.

Eu penso que não. Não é um empecilho, e pelo contrário, se bem aproveitado, pode ser algo que realmente auxilie nessa etapa de nossas vidas. Darei 2 bons motivos:

. Em estágios profissionalizantes ou de pós-graduação, como no meu caso, a possibilidade de se atuar em feitos de maior complexidade é maior (já que os estagiários já estão graduados em sua área de formação, o que – se não demanda mais conhecimento, que obviamente independe de certas qualificações técnicas – possibilita a certeza de um primeiro contato com vários aspectos do Direito e, portanto, maior abertura para se empenhar em questões mais dificultosas), o que permitiria estudo aprofundado sobre matérias que certamente poderão vir a cair em concursos públicos.

2º. A realização de tarefas práticas e que se espelham na rotina de cargos públicos, como o de juiz estadual, promotor de justiça, entre outros, pode nos auxiliar na realização das provas prático-profissionais de vários certames. É evidente que alguém que se dedicou por certo período de sua vida a auxiliar um promotor de justiça na interposição de Ações Civis Públicas, por exemplo, terá boas chances de se sair bem na consecução de uma Ação Civil Pública no ínterim da prova prática, por exemplo.

O importante é que saibamos que nossas atitudes como estagiários podem contribuir para a consecução das próprias finalidades da instituição a que estamos vinculados, e por vezes até esclarecer qual nossa verdadeira vocação profissional e a que cargo público (ou de agente político, como queiram) gostaríamos de nos devotar.

Para tanto, vale a pena sim, em minha opinião, fazer um estágio profissionalizante ou de pós-graduação, desde que estejamos conscientes do tempo disponível para estudo exclusivo (exclusivo porque estágio também é uma forma de estudo, contudo é alternativa) que ainda resguardamos em nossa rotina diária (conscientes também dos eventuais sacrifícios de horários destinados a outros afazeres e direcionados ao estudo a partir da decisão), sendo certo que devemos nos empenhar para bem realizar as tarefas que nos forem solicitadas, deixando para trás o falso estigma de que estagiários não são sempre compromissados com a causa que defendem, e pelo contrário, podem fazer de tudo para aprender com cada acontecimento que permeia sua rotina de profissionalização.

Resumo da ópera - No final das contas, após fazer minha lista de prós e contras, eu gostei mesmo de minha decisão em começar tal estágio de pós-graduação, e tenho enxergado tal oportunidade como forma clara de estimular meus conhecimentos a respeito da Magistratura Estadual (Paraná) e de angariar tantos outros, que poderão fazer a diferença entre a aprovação e a espera.

PAULA OLIVEIRA é Concurseira por vocação.

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Diga não ao reducionismo

Esse recado eu darei àqueles que já fizeram inúmeros concursos e colecionaram alguns resultados ruins. Não deixe com que a prova meça você.

Simples, você é muito maior que um simples exame de concurso!

Digo isso porque sofremos revezes, ouvimos críticas, cobranças veladas ou diretas. Sem querer, ouvimos previsões pessimistas e nossa auto-estima decai. De tanto a gente ouvir que fracassou, começamos a acreditar erroneamente nisso. É a máxima de que, quanto mais repetimos uma mentira, mais cremos nela e a tornamos verdade.

Andei uns dias meio preocupada, chaeada e parei para pensar nisso. Só que deu um estalo em mim. Peraí! Eu sei a matéria! Só não consigo lembrar de todos os detalhes dela tim-tim-por-tim-tim. Aliás, quase ninguém lembra de tudo. Por isso, eu sou maior que a prova.

Sou maior que o teste porque sei raciocinar, ser exercer minha profissão com paixão. Sei opinar sobre temas jurídicos. Estou sempre ligada no que é atual, mas às vezes não consigo lembrar daquele prazo ou daquele quórum que a prova quer.

Meu gigantismo e o seu está em pensar que podemos ter perdido uma batalha, mas não perdemos a guerra. Afinal, só termina quando a gente for empossado, seja lá quando isso for. Como o Éric diz, a gente precisa parar de pensar que estuda por causa de um problema, mas porque buscamos uma solução para eles.

Isso, sim, é ser gigante. Isso, sim, é levantar-se, esticar-se. Afinal, se só olharmos para o problema, a vida fica insuportável demais. Estudar vira um fardo pesado demais para carregar.

Resumo da Ópera – Vamos tirar as bigornas, os pianos e as cruzes de cima de nossos ombros. Estamos trabalhando seriamente. Não temos controle sobre mais nada que não seja relacionado aos nossos esforços. Vamos crescer e dizer não ao reducionismo, pois diante de nossos sonhos, não temos tamanho mensurável.

RAQUEL MONTEIRO é uma legítima concurseira carioca.

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Falta de grana

A falta de dinheiro realmente é um empecilho por ocasião do estudo para concursos públicos. Isso porque é notório, e até estimulado de forma incessante aqui no Blog, que para atingir nossa meta, nos utilizemos de bons materiais (em relação à sua qualidade e procedência), tenhamos certo tempo à disposição para estudo, e eventualmente participemos de palestras, cursinhos, aulas virtuais ou módulos específicos de aprendizagem.

E tudo isso tem custo, evidente!

Além disso precisamos nos atentar ao pagamento de taxas de inscrição, viagens para realização de provas e diversos outros gastos, que ocupam espaço em nosso orçamento particular ou familiar.Seria uma grande inverdade, contudo, se eu dissesse aqui que tal “dificuldade” não tem solução. Pois tem, e eu a autodenomino: técnica do “dê seu jeito!”

Isso porque grande parte da porcentagem dos aprovados em concursos públicos não são aquelas que tiveram todas as vantagens e oportunidades na vida para tal mister. Pelo contrário, trabalharam e estudaram ao mesmo tempo, cuidaram de sua família, pagaram as próprias contas e não raras vezes, priorizaram o estudo, deixando de lado o convívio familiar, os prazeres menores, sonhos particulares, relacionamentos, etc, para estudar e se dedicar a esse projeto de aprovação.

Por isso, nós também podemos “dar nosso jeito” quando a falta de dindin aperta! Seja prestando processo seletivo para ganhar bolsas em cursinhos (que sempre disponibilizam bolsas integrais e em percentuais para alunos que prestam seleção periódica); trabalhando em meio-período para dedicar o outro ao estudo; empregando livros e materiais de bibliotecas universitárias, artigos disponíveis na internet e que tenham boa procedência e liberalidade na distribuição, etc.

O importante e prioritário é se conscientizar quanto a importância de superar essa e outras dificuldades para se alcançar nosso sonho. Se tem que trabalhar, então que o faça de forma digna, e que de cabeça erguida, sacrifique finais de semana, horas de sono e de lazer para estudar o tempo que for possível. O mesmo se diga em relação a bolsas de estudo, estágios não integrais, entre outros. Sempre com dignidade, o importante é assumirmos nossa condição de vida, sem nos envergonhar do auxílio de terceiros podem prestar, ou mesmo de lutar para conquistar novos postos e modificar nossa situação atual.

No futuro, após empossados, esse exercício de humildade nos ajudará a nos manter equilibrados e estáveis ante as artimanhas que o status e a estabilidade financeira podem trazer. E no futuro, façamos o mesmo por outros que necessitarão de auxílio para perseguir seus sonhos e chegar à mesma aprovação que nós.

Resumo da ópera - Por isso, dê seu jeito! Porque reclamar de falta de dinheiro, não raras vezes, é um exercício de fuga e desculpite. Sim, parece insensível de minha parte, mas não é. Não ter todo o dinheiro do mundo disponível em nossa conta bancária, no mínimo, deveria nos estimular a nos sacrificar para melhorar nossa situação, além de, claro, nos possibilitar uma mudança de paradigma que nos permita cuidar de nossa família e ajudar nossos familiares queridos e que tanto fizeram por nós, no futuro. Dê seu jeito!

PAULA OLIVEIRA é concurseira por vocação.

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"Calma, calma, não criemos cânico!"

"O ano acabou, já tem até panetone nos supermercados, e eu ainda não passei em nenhum concurso público. Me angustia só de pensar que terei de esperar até depois do carnaval para haver bons concursos. Estou em pânico sem saber o que fazer, para onde ir, que desculpas dar."

Recebi sábado esse desabafo misturado com pedido de socorro de uma concurseira que estuda desde o início do ano e está um tanto desesperada. Pois bem, como costuma dizer nosso herói "terceiromundista" Chapolim Colorado "Calma, Calma, não criemos cânico!" (só para constar, ele diz cânico ao invés de pânico).

Para começo de conversa, achar no final de outubro que o ano já acabou para quem estuda para concursos públicos é um baita nonsense, uma ideia sem o menor cabimento, mesmo porque não existe final de ano para concurseiros sérios que ainda não foram empossados, apenas uma fase onde estudar é um pouco mais difícil por conta da maior quantidade de distrações externas.

O que pode deixar muitos concurseiros meio desanimados é o fato de que esse mês foi realmente pobre de novos bons concursos públicos, mas saibam que para novembro e dezembro está prevista a publicação de muitos editais de concursos federais e estaduais, a maioria com prova em janeiro e fevereiro, ou seja, o final de ano promete ser de muito estudo para quem é concurseiro realmente sério e comprometido. Então, esqueçam essa bobagem de que "só depois do carnaval" para haver novos bons concursos na praça, visto que isso não tem cabimento algum, é uma grande mentira.

Quanto à cobrança decorrente do ano estar chegando ao fim e de ainda não se ter sido empossado, saibam que ela é natural e comum a praticamente todos os concurseiros sérios. Eu passei por essa amargura de terminar o ano sem estar empossado por dois anos e sei como é. Nessa época é tradicional a tal da revisão do que fizemos ou deixamos de fazer ao longo do ano e é realmente duro encarar que não atingimos nossa meta de nos tornarmos servidores públicos. É exatamente nesses momentos que temos de ter em mente que a luta só está perdida para quem deixa de lutar. Se continuamos lutando com garra e determinação, já vencemos de certa forma.

Quanto a dar desculpas ... hummm ... realmente no final do ano as cobranças de familiares, parentes e amigos aumenta. Particularmente, descobri que o melhor é não dar desculpa alguma, mesmo porque apenas nos desculpamos quando fazemos algo errado e se estudamos com seriedade mas ainda não fomos empossados, não estamso fazendo nada de errado que demante pedirmos desculpas, simples assim.

Agora, quanto a não saber o que fazer ... vamos lá, sejam sinceros, vocês sabem, sim, o que fazer ... CONTINUAR ESTUDANDO COM MUITO P2D (Planejamento, Disciplina e Determinação) ... ou existe outra forma honesta de passar em concursos públicos?!

Resumo da ópera - Esperem o dia 23 de dezembro para começar com essa conversa de "o ano acabou", porque até lá ainda há muito chão!

CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário.

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O que é o que é?

Imaginem um diálogo.

- O que é, o que é. É algo de que todo concurseiro necessita, mas só percebe de que precisa quando perde?

- Raquel, eu respondo! Eu respondo! - Diria um leitor animado.

- Pode responder, meu caro.

- É paz! É paz! Só a paz para estudar tem essas características. Quando a gente a tem, não percebemos como é fundamental para mantermos nosso equilíbrio. Só com o espírito calmo nós conseguimos render bem nos estudos. A calma nos permite fazer uma prova bem feita e nos deixa com uma sensação de dever cumprido.

- Perfeito, leitor! Certísima resposta.

Contudo, permita-me fazer uns acréscimos. Às vezes, somos cobrados, criticados e sofremos pressões. Conseguimos relevar, pois temos jogo de cintura e coragem para lutar. Ocorre que, algumas vezes, essas situações são tão intensas, de sorte que perdemos a paz. Daí, estudar vira um fardo pesado a carregar. Qual a solução? Bem, não existe uma fórmula mágica da qual podemos lançar mão, mas o diálogo revela-se muito eficaz. Ter metas possíveis, realistas, conseguindo-se dosar o desafio face os momentos de descanso parece ser algo tranquilizador.

Outra coisa muito apaziguadora é, depois de esgotar todos os meios para resolver um problema e não não conseguir, é deixar que a vida se encarregue e solucionar a questão. Estou falando de aprender a conviver com o problema. É o famoso “entregar para Deus”. É assim que eu procuro fazer, ainda que eu esqueça disso às vezes e perca minha paz.

Resumo da Ópera – Se você vive em paz, valorize esse momento. Não fique procurando situações de conflito ou dificuldades para sair do tédio. Procure a quietude para estudar e você verá que é uma tremenda aventura, não é, leitor?

RAQUEL MONTEIRO é uma legítima concurseira carioca.

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HOJE é o ÚLTIMO dia para participar!


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Para não viajar no concurso do MTUR

O Ministério do Turismo (MTUR) abriu recentemente concurso de admissão a 112 vagas que exigem nível de escolaridade tanto médio quanto superior. Até dia 4 de outubro o sítio www.universa.org.br> recebe as inscrições para 99 vagas de agente administrativo, com salário de R$ 2.131,43, e as demais distribuídas para 7 administradores, 4 contadores e 2 engenheiros, com remuneração entre R$ 3.156,55 e R$ 4.834,22. O exame para todos os cargos está marcado para o dia 5 de dezembro. Os dados são do sítio do MTUR.

De fato uma ótima oportunidade para quem almeja ingressar no serviço público e, em virtude de atrair um número considerável de inscrições, o concurso do MTUR exige do candidato dedicação e disciplina, a fim de que o preparo até o dia da prova ocorra sem atropelos. Seguramente, muitos que ainda não ingressaram na “carreira concurseira” podem estranhar quando falamos que há, sim, um preço a se pagar para a aprovação; outros sequer tem ideia de como começar a estudar. Foi o caso de uma leitora do nosso blog que nos procurou via correio eletrônico.

Diante da proximidade da prova, da abrangência do edital e de outros fatores que possam influir o candidato, propomo-nos a compartilhar as dicas que encaminhamos à nossa leitora. Elas foram feitas especialmente para quem não sabe como iniciar o seu preparo.

1) Tenha o edital em mãos. A essa altura do campeonato, o concurseiro que está familiarizado com essa dura rotina de estudos sabe que, sem ler o edital por completo, não há que se cogitar em aprovação. A “lei do concurso” precisa ser bem conhecida, e ela ajuda a delimitar a matéria a ser estudada. Leia bem o edital e separe o que realmente vai cair na prova. Se você estuda também para outros concursos, dê prioridade às matérias em comum, como o caso da Língua Portuguesa.

2) Separado o que vai cair na prova, passe a procurar em – preferencialmente – livros atualizados a matéria que vai cair, não se esquecendo da legislação, que pode ser encontrada na Internet no sítio . Não queira estudar tudo, isso não é necessário agora.

3) Nunca estude apenas uma disciplina por vez. O tempo é curto, e você possui capacidade cognitiva para absorver um conteúdo maior do que o compreendido em somente uma única matéria.

4) Separe os dias e as horas que você tem até a prova para estudar. Veja se nesse período você terá condição de estudar, suficientemente, todo o conteúdo cobrado no edital, e haverá tempo para pelo menos uma revisão rápida da matéria. Isso requer um preparo que leve em conta o que você já estudou em outras oportunidades. Se são matérias completamente desconhecidas, procure ver o que é mais cobrado, por meio de análise de provas anteriores, as quais você também pode encontrar pela Internet. O próprio MTUR disponibiliza informações sobre concursos anteriores no hipertexto .

5) Faça resumos, grife – se o livro for seu – e procure meios de gravar a matéria em sua mente. Pratique com exercícios, oferecidos no mínimo pelas provas anteriores. Envolva-se com o concurso. Trate-o de um modo especial.

Resumo da ópera – Aproveitando o trocadilho do título, “não viaje” para se preparar para o concurso do Ministério do Turismo. Não complique as coisas. Pense na prova como um quebra-cabeças: procure ter uma visão do todo, veja como encaixar as peças e fazer as primeiras conexões. O resultado, o quebra-cabeças pronto, é a possibilidade de uma merecida aprovação.

CLEBER OLYMPIO, um concurseiro que não viaja nas provas.

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Você tem somente até DOMINGO para participar!


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Quando nosso rendimento fica abaixo do esperado

A boca fala do que o coração está cheio” (Mateus, 12:34) e hoje, ao perceber que meu rendimento no concurso para o provimento de cargos do Ministério Público da União não foi o que eu internamente esperava, é disso que quero falar.

Extremamente difícil passar vários meses se preparando para um certame, com afinco, dedicação e disciplina, e notar que o rendimento que você esperava na correção da prova, não agradou. Certo?

Isso porque nosso coração concurseiro, invariavelmente e por vezes até de forma inconsciente, cria certas expectativas, não apenas em relação à proximidade ou não da aprovação dentro do limite de vagas de provimento imediato, mas até em se presumir que se foi bem na realização da prova. É uma sensação deliciosa sair da prova com a sensação de que se foi bem.

Mas nem sempre nossas expectativas encontram eco na realidade, e é importante que estejamos preparados para isso. Como assim?

Bom, o primeiro passo a fazer é renovar suas próprias forças e motivação de estudo após a chateação. Que é normal, natural e até esperava, sobretudo quando se tem um caminho de estudo, se sonha e se tem planos. Como todos nós.

Depois é imprescindível que se observe os acontecimentos com objetividade. Sim, objetividade. Isso porque a chateação pode nos deixar “cegos” e impossibilitar que vejamos com a serenidade necessária, e de forma criteriosa, o que nos separou do rendimento que esperávamos.

Foram os mínimos nos conhecimentos gerais? Ou foram as específicas que me fizeram desandar? Se passei para a segunda fase, e minha queda foi na redação, em quais critérios de correção eu falhei?

Um exemplo: eu, pessoalmente, sou apaixonada por Direito Penal. Sempre adorei estudar, discutir, analisar cada detalhe dos processos, circunstâncias que se liguem ao Direito Penal ou a ciências correlatas (criminologia, psicologia forense, etc). Contudo, Direito Penal é uma das matérias que mais me reprova nos concursos públicos, enquanto em Direito Comercial (que não me diverte nada nada) eu faço sempre os mínimos necessárias.

E porque isso?

Porque passei muito tempo estudando Direito Penal com foco na vida acadêmica e não na aprovação para concursos públicos. Penso demais cada questionamento, como se todos fossem dissertações de mestrado individuais, e perco a objetividade imprescindível na resolução, que me acompanha em outras matérias, como o citado Direito Comercial.

Esse é apenas um exemplo de como analisar os motivos que ensejaram a queda de rendimento na prova é essencial. Porque é o rendimento próprio é nosso “termômetro” nesse projeto de estudo, e no caso que citei acima, por exemplo: Aprendi, com minha chateação particular, que não obstante eu ame estudar Direito Penal, preciso ser mais objetiva e criteriosa ao participar de concursos que exigem menos polêmica doutrinária e mais conhecimento prático e legal.

RESUMO DA ÓPERA - Se chatear é horrível, mas pode ser analisado sob um ângulo positivo e que enseje amadurecimento. Analisar os motivos da baixa de rendimento, para melhorá-los é o que nos diferencia daqueles que estudam para concursos públicos e que efetivamente são aprovados. Os que não são aprovados são os inflexíveis, que não ousam admitir os próprios erros e mudar. Não sejamos assim!

PAULA OLIVEIRA é Concurseira por vocação.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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RESENHA - Vade Mecum 2010. 6ª edição. Organizador: Nylson Paim de Abreu Filho. Editora Verbo Jurídico

A resenha dessa semana fica por conta da Raquel Monteiro, concurseira carioca que vem obtendo alguns bons resultados em concursos. Enquanto a nomeação não vem, ela se prepara para novos desafios como advogada e professora.

Organizador: Nylson Paim de Abreu Filho
Editora: Verbo Jurídico
Edição: 6ª edição, 2010, Porto Alegre
Páginas: 1.876
ISBN: 978-85-7699-300-1

A resenha de hoje é fruto dos inúmeros e-mails que venho recebendo sobre bibliografia a utilizar para concursos. Dentre as dúvidas que recebo, uma delas diz respeito sobre se usar um Vade Mecum é útil para o estudo e qual deles escolher.

Primeiramente, digo-lhes que o uso de um Vade Mecum é muito útil porque reúne as principais leis que os profissionais usam para consulta. É importante porque o concurseiro também vai achar os códigos e legislações mais cobrados em concursos nela. Uma das boas boas opções que há no mercado é o Vade Mecum da Verbo Jurídico.

Uma das vantagens é que a editora lança duas vezes ao ano um Vade Mecum. Isso porque nossas leis mudam em uma velocidade incrível e nossos livros de legislações ficam cheios de rabiscos e papéis quando atualizamos manualmente, tendendo a ficarem confusos para nossa consulta. Acreditem, isso é um grande diferencial para o estudante que gosta de ter um material impecável, como eu. Detesto bagunça e fico desesperada com tanto papel dentro do meu Vade Mecum. Principalmente quando alguém deixa cair tudo e tenta me ajudar a colocar tudo no lugar de novo! (risos)

Nylson Paim de Abreu Filho é autor de outras obras jurídicas e teve o minucioso trabalho de organizar essa compilação de leis. Fez, por sinal, de forma excelente!

Vamos aos detalhes descritivos da obra. A fonte usada é pequena, mas não muito miúda, como todo Vade Mecum deve ser. Afinal, se forem muito grandes, agrupar tantas leis tornaria-se impossível.

Apresenta um índice na contracapa, o que já é útil, uma vez que esse espaço ficaria inaproveitado em outras publicações do gênero. Não obstante, apresenta um índice remissivo por assunto. Assim, se você estiver fazendo uma prova com consulta, poderá lembrar ou aprender algo na hora. Basta apenas procurar.

Achei a escolha das leis perfeita. É muito completo esse Vade Mecum, pois contempla os principais códigos e leis extravagantes. Além disso, possui o Código Penal Militar e o Código Processual Penal Militar. Para mim, é muito bom ter tudo isso reunido num lugar só para estudar. Eu vou para a biblioteca, de vez em quando, com ele sem precisar carregar mais de uma fonte de consulta.

Quanto à legislação complementar, cabem uns parênteses. Eu estava estudando para o concurso do MPU pelo site do Planalto porque meu Vade Mecum antigo não possuía a LC 75/93 e outras normas super importantes. Quando vi que nesse da Verbo Jurídico essas leis estavam lá, fiquei aliviada.

Muito úteis são as fitinhas, no total de 2, que servem para marcar as páginas lidas. A editora parece adivinhar que muitos concurseiros consultam mais de uma legislação concomitantemente durante os estudos. Sabem, também, que muitos de nós estudamos mais de uma matéria por dia. Todavia, fica a sugestão de colocar mais umas 2 para ser perfeito! Afinal, às vezes eu tenho que consultar um monte de leis a mais.

Quanto às folhas, achei a qualidade muito boa porque não são transparentes e não rasgam fácil. Isso é bom porque eu sou uma rabiscadora contumaz de legislações. Antes de aprender a usar mapas mentais, eu fazia um resumão nas bordas dos meus códigos. Por isso, pode abusar do lápis, do marca-texto colorido, pois você não vai manchar a página de trás.

Gostei do destaque que é dado no topo da página com o número da lei e o seu título, em ordem cronológica. Isso ajuda muito no tempo de pesquisa, pois a gente não precisa folhear tanto para encontrar aquilo de que necessita.

No que diz respeito às Súmulas tão cobradas nos concursos, o material é tão minucioso, que possui as de Uniformização dos Juizados Especiais Federais até as Súmulas do TSE. Muito bom mesmo. Contudo, faço a sugestão para atingir a perfeição: que incluam as Súmulas do STM.

Adorei a diagramação das folhas, pois são um convite ao estudo até para o concurseiro mais preguiçoso. As bordas as folhas são coloridas de azul claro, os artigos têm suas numerações em azul escuro.

Outras coisas importantes que foram cuidadosamente tratadas são as remissões de texto legal. Elas são uma mão na roda para o estudo, pois nosso ordenamento jurídico é um sistema que se relaciona em suas tramas de textos legais. Por tal razão, é bom ver com quais dispositivos o art. 5º da Constituição Federal, por exemplo, se relaciona. Da mesma forma, é bom ver o contrário, como o Código Civil nos remete a uma redação do texto constitucional.

Se tem uma peculiaridade que me chamou a atenção, foi o organizador do Vade Mecum ter destacado em azul berrante, em meio ao texto de fonte preta, as alterações recentes da legislação. Assim, eu sou alertada para a necessidade de dar atenção àquela novidade para o estudo. Muito legal!

Mais bacana ainda, foi saber que, cadastrando uma chavinha que vem na obra, você tem créditos para assistir a uma aula virtual. É como uma degustação.

Resumo da Ópera – Esse Vade Mecum da Verbo Jurídico parece ter sido pensado direitinho dentro das necessidades dos estudantes. Pensou-se em quais leis são importantes para consultar. Deu-se valor ao colorido. O organizador, provavelmente, quis trazer um pouco de alegria e movimento para os olhos dos leitores entendiados com a leitura estática. Eu gostei muito, pode ter certeza!

RAQUEL MONTEIRO é uma legítima concurseira carioca.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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Para facilitar sua vida, já que sabemos que grana de concurseiro é para lá de contada e que bons livros para estudar para concursos públicos sofrem uma variação de preço muito grande dependendo de onde são vendidos, sugerimos que vocês o adquiram da própria editora:


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Entrevista com LETÍCIA ROSA RAVACCI - membro no Ministério Público do Paraná

Ser aprovado em um concurso público de prestígio e que permita efetivamente modificar paradigmas sociais através da profissão é o sonho de todos nós, e nesse empenho temos devotado sacrifícios, horas de estudo e dedicação constante.

Muitos percorreram esse caminho antes de nós, e já venceram nessa guerra árdua pela consecução dos próprios sonhos e desenhos particulares. Por isso, é importante que olhemos com alegria para as conquistas alheias, aprendendo com a vivência daqueles que nos demonstram que a aprovação é possível e que o caminho pode ser igual para todos nós. Sem predileções ou sobrenomes. Trabalho, luta e vitória.

Hoje entrevistamos a Dra. Letícia Rosa Ravacci, aprovada, entre outras instituições de notoriedade, no Ministério Público do Estado do Paraná.

Com um semblante que expressa maturidade e respeito, ela firma o posicionamento de que são aprovados em concursos públicos aqueles que estudam com extrema concentração, mas que também sabem equilibrar e harmonizar os outros aspectos da vida, sumamente importantes para se manter a qualidade de vida, sendo este o segredo do sucesso: determinação e harmonia.

O que fez você optar pelos concursos públicos? E especificamente pelo Ministério Público estadual?

Quando iniciei a faculdade de Direito, na PUC-SP, não sabia ao certo se optaria entre a carreira pública ou privada. Por isso, acabei fazendo estágios em vários lugares diferentes. Iniciei no Ministério Público de São Paulo, quando ainda cursava o segundo ano. No terceiro ano, procurei a Procuradoria e Assistência Judiciária de São Paulo para estágio junto aos Procuradores que atuavam no Tribunal do Júri. No quarto ano, trabalhei em um escritório de advocacia que atuava na área cível e de família. Foi o estágio com o qual eu menos simpatizei. No quinto ano trabalhei como estagiária no departamento jurídico de direito ambiental da Sabesp. Assim que me formei, surgiu a proposta de trabalhar em um escritório que atuava na área tributária, sendo que os sócios eram advogados e juízes do Tribunal de Impostos e Taxas.

Me contrataram para emitir os votos nos julgamentos. Ao final desta trajetória, percebi que as matérias que mais me atraiam eram Direito Penal e Direitos Difusos e o local onde eu mais tinha me identificado tinha sido o Ministério Público.

A partir desta conclusão, parti para os estudos e me dediquei à carreira jurídica pública. Ainda que minha preferência sempre tenha sido o Ministério Público, sempre prestei os concursos para ingresso na magistratura dos Estados de São Paulo e Paraná.

Sabemos que ser aprovado em um concurso público demanda tempo, dedicação e perseverança. O que, em sua opinião, faz valer a pena o sacrifício?

Passar em concurso público exige muita dedicação e disciplina, não abstenção. Eu iniciei meus estudos em 2006 e em 2007 comecei a ver os resultados. Claro que eles foram progressivos, mas eles apareceram. Em 2007 passei para a segunda fase do Ministério Público de Minas Gerais, mas acabei ficando nesta fase. Em 2008, passei para a segunda fase do Tribunal de Justiça do Paraná, fui para a fase de sentença e acabei reprovada na sentença penal. Logo em seguida abriu o concurso para o Ministério Público de São Paulo, e fui para a fase oral. Ainda na fase oral, me inscrevi para o Ministério Público do Paraná e Magistratura de São Paulo. Acabei não sendo aprovada na fase oral, e sem me sentir fracassada ou desanimada, continuei e cheguei na mesma fase nos Estados de Paraná e São Paulo. Em São Paulo, mais uma vez não fui aprovada e no Paraná, fiquei muito bem classificada, sendo que em dezembro tomei posse.

O que tenho a dizer é que, todo esforço e não sacrifício, valeu a pena. Nunca deixei minha vida de concurseira ser algo sacrificante e isso, tenho certeza, contribuiu para que eu atingisse o meu objetivo.

Sempre tive uma vida normal, e acho que isso é fundamental, pois, o caminho é longo, mas não precisa ser árduo.

O que você acha que foi decisivo em sua preparação, para alcançar a aprovação que almejava? Como era sua rotina de estudo? Quais os métodos de aprendizagem que mais lhe serviram?

Sempre fui muito determinada. Recebi muitos "nãos" antes de minha aprovação, mas isso nunca me deixou triste. Em cada concurso que eu prestava e não passava, eu analisava meus erros e tentava me aperfeiçoar. Nunca me permiti ficar em casa uma semana triste porque não fui aprovada, mas também não me contentava. A cada “não”, eu estudava ainda mais as matérias em que encontrava falhas.

Sempre tive uma rotina de estudo. mas essa rotina nunca me estressou. Ia para a academia. Viajava em finais de semana. Saia com minhas amigas. Tinha tempo para namorar. Mas as horas que eu reservava para meu estudo, eu sempre estava concentrada e focada.

Com relação a métodos de aprendizagem, acredito que não existe uma regra. Cada um tem sua própria dificuldade e por isso, cada um deve procurar um método que melhor atender as mesmas.

O importante é não estudar para o cursinho, e sim para o concurso que almeja. Portanto, o estudo não pode ficar restrito ao que o cursinho ensina. Por exemplo, se o candidato quer o Ministério Público do Rio Grande do Sul, é importante acompanhar as notícias do site no MP-RS e ver as ações que estão propondo, as discussões e material didático exposto, pois o examinador vai fazer perguntas relativas aos temas que ele ou a instituição atuam no dia-a-dia.

O estresse ao sair o edital tão aguardado é comum entre a maioria dos candidatos. Como se deve agir neste período?

É normal a ansiedade quando sai um edital. O stress e nervosismo só atrapalham. O segredo é estudar todo o edital para a prova quando ele sai. Claro, focando em cada fase, pois o enfoque é diferente. Acredito que o stress maior se dá na terceira fase. Para esta fase o candidato precisa de muita disposição e energia. É nesta fase que se exige maior dedicação e tempo de estudo. Exceto no Ministério Público do Paraná, em que esta fase é quase homologatória, sendo a segunda fase muito desgastante.

Você poderia deixar um recado para aqueles que almejam no concurso público?

Se o seu sonho é passar em uma carreira pública, o importante é nunca desistir. Vale a pena. Sou muito realizada com a carreira.

Resumo da ópera - É lendo depoimentos como este que temos certeza de que estudar sério para concursos públicos com todos os sacrifícios que isso possa significar realmente vale a pena. É na palavra dos que já venceram que encontramos a certeza de que logo nossa hora também chegara.

PAULA OLIVEIRA, concurseira por vocação.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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DIÁRIO DE BORDO - Técnico Superior da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro

Olá, concurseiros! Esse ano tem sido extremamente produtivo para mim porque encontrei certames que se encaixaram no meu perfil de estudo. Eu tive a oportunidade de fazer 1 prova a cada trimestre do ano. Colecionei umas quase-vitórias, uns chutes para escanteios e, agora, um jogo complicado.

Eu prestei concurso para ser Técnica Superior da Defensoria Pública do estado do Rio de Janeiro. O salário é R$ 2.900,00 aproximadamente. O requisito para exercer o cargo é o bacharelado de ensino superior em Direito. A seleção tem sido organizada pela CEPUERJ, banca vinculada à Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

A remuneração do cargo não é muito atraente, mas eu quis fazer mesmo assim. Afinal, há a previsão de preenchimento de muitas vagas para o cargo. E eu estou nessa luta há tantos anos... Fui fisgada pela possibilidade de fazer um concurso-escada com boas chances de convocação.

Esse é o primeiro concurso da instituição para essa área de apoio. Soube que o concurso foi realizado por conta da necessidade de substituição dos terceirizados por concursados.

Bem, fui fazer a prova com toda calma do mundo. O local escolhido me beneficiou bastante porque era na minha cidade, na Universidade Federal Fluminense. As carteiras das salas de aula eram acolchoadas, mas pequenas. O ar condicionado ficou ligado o tempo todo, o que foi bom para nosso conforto. Nada me atrapalhou. Eu definitivamente não havia porque ficar nervosa, pois estou sempre estudando e dei uma focada na legislação estadual pertinho da prova. Fiz tudo direitinho como deveria ser.

Quais as minhas impressões? Bem, fiquei com a sensação de que a Defensoria Pública queria mesmo eram mais Defensores na instituição, mas só conseguiram conquistar vagas para esse quadro de apoio. Afinal, o salário do Defensor é muito maior que o do Técnico Superior e, provavelmente, isso acarretaria um custo com o qual o estado do Rio de Janeiro não poderia arcar no momento. Posso até estar errada, mas é minha opinião. Por isso, considerei o nível das questões, elevadíssimo. Esse foi, de longe, o concurso mais difícil que já fiz.

Eu fiquei insatisfeita. Notem que meu descontentamento não está relacionado ao nível da prova. Inclusive, considero que um exame difícil privilegia os melhores candidatos, aqueles mais bem preparados. E eu fiz todo o possível para me preparar bem, apesar de a CEPUERJ não divulgar as provas anteriores de outros concursos que já realizou. O problema estava mesmo nas questões mal elaboradas e naquelas que são cópias literais de outros concursos.

Há má formulação dos gabaritos e no mecanismo que parece ter sido concebido para inibir a interposição de recursos. O obstáculo está na cobrança da taxa de R$ 30,00 (trinta reais) por cada questão recorrida (item 10.2.1 do edital).

Sei que muitos vão argumentar: “o edital prevê a gratuidade na interposição de recursos para os que foram beneficiados pela isenção de inscrição”. Realmente, essa é uma meia-verdade. Existe mesmo essa possibilidade para uma parcela da população.

Ocorre que existem muitos brasileiros que não estão inseridos programas sociais do governo e são obrigados a pagar a taxa de inscrição de R$ 100,00 (cem reais) e pelos eventuais recursos se quiserem concorrer às vagas. É um valor bem caro e dificultador porque não é qualquer pessoa dispõe de tamanha quantia em dinheiro para discutir os gabaritos. Eu, por exemplo, precisaria de R$300,00 (trezentos reais) para recorrer das 10 questões em que encontrei equívocos! É uma quantia de que não disponho. Valor que muitos inscritos não poderão pagar.

Corrijam-me se eu estiver errada, mas a cobrança pelos recursos interpostos pelos candidatos acaba sendo bastante injusta, além de passar uma impressão de que a banca organizadora procura com esse subterfúgio minimizar a quantidade de recursos interpostos. Por outro lado, ao gastar para interpor os recursos que considera necessários, os candidatos não têm garantia alguma de que os mesmos não serão todos indeferidos. Por isso, na minha opinião, esse sistema possui graves falhas. Outro aspecto triste é ver que essa recorribilidade é apenas formal e não material. Isso porque não há como eu discutir o gabarito, a não ser que eu tenha essa quantia para fazer meu direito valer. Logo em um concurso da Defensoria, que visa exterminar a exclusão social, eu presencio uma barreira dessas!

Só para exemplificar, uma das questões da prova de português dá como certa uma alternativa cujo conteúdo sequer existe no trecho apontado na questão.

“Questão 14)”...Tenho entrado com mares maiores, muito maiores. Você não imagina o que é um bom mar em hora bravia. É preciso nadar bem, como eu, e ter estes pulmões, disse ele batendo no peito, e estes braços; apalpa...”

Na passagem acima, o tom de informalidade da fala do personagem caracteriza-se pelo seguinte traço:

a) mistura do tratamento tu e você

b) utilização de orações intercaladas

c) emprego do verbo ter no lugar de haver

d) uso frequente de dêiticos e de formas possessivas”

O gabarito apontado pela banca foi letra A. Coloquei a questão assim mesmo porque o texto de onde foi extraída não nos influencia muito no momento de resolvê-la. No que tange à opção do examinador, só posso ficar perplexa diante dela porque entendo que nem mesmo existe resposta para tal questionamento entre as opções dadas. Ou você consegue identificar o uso do pronome “tu” no trecho? Se alguém achar, mostre para mim, por favor.

Outro problema foi a questão 20 que possui 2 respostas. Veja abaixo:

“Questão 20) Conforme dispõe o Art. 62 da Constituição Brasileira, o Presidente da República poderá editar medidas provisórias, com força de lei, sendo vedado o emprego desta espécie normativa para dispor sobre matéria pertinente a:

a) regulamentação de norma constitucional de eficácia limitada

b) direito penal, direito civil, direito processual penal e direito processual civil

c) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares de qualquer natureza

d) projeto de lei já aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal e já submetido à sanção ou ao veto do Presidente da República.”

O gabarito foi a letra D, mas a letra B também está correta. Veja o art. 62, §1º, I, “b”; mais adiante, veja o inciso IV, ambos da Constituição Federal. Realmente, a matéria de direito civil não é vedada, mas todas as demais são marcadas pela proibição apontada no enunciado. Por isso, tal questão não pode ser analisada pela metodologia de escolher a “mais errada” porque não existe isso. Ou uma opção é errada ou é certa. Não existe meio-termo.

Mais um dos equívocos foi a questão 82 que trata do critério do local do crime, segundo o Código Penal. Note que não cabe nenhuma divergência doutrinária ou jurisprudencial nesse questionamento, pois a teoria adotada já está consolidada entre nossos estudiosos do direito penal. Além do mais, a questão quer cobrar literalidade da lei.

“Questão 82) O Código Penal Brasileiro adotou um critério para a fixação do local do crime. A alternativa que apresenta o critério adotado é:

a) considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu o resultado, mas nunca no local da ação ou omissão

b) considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, mas nunca no local do resultado

c) considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado

d) considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, na sua integralidade, bem como onde se produziu o resultado, mas nunca no local onde ou deveria produzir-se o resultado”

O gabarito aponta como certa a letra B. Não há como salvar a questão. Veja que o art. 6º do Código Penal adotou a teoria da ubiquidade que está expressa na letra C! Caso contrário, na hipótese de considerar a B certa, os crimes à distância seriam fatos atípicos!

Outra confusão tremenda foi a questão 86. O examinador queria que fosse apontada a opção incorreta, mas não havia nenhuma assim para escolher!

Questão 86) Relativamente ao instituto da prescrição, está INCORRETO afirmar que:

a) as penas mais leves prescrevem com as mais graves

b) o curso da prescrição interrompe-se pela reincidência

c) o curso da prescrição interrompe-se pelo oferecimento da denúncia ou da queixa

d) o curso da prescrição interrompe-se pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis.

O gabarito aponta como certa a opção C, mas a verdade é que não há qualquer opção de resposta, uma vez que todas elas interrompem a prescrição. É o que nos informa o art. 117 do Código Penal.

No que tange às demais questões, não pretendo ficar repetindo e vou remetê-los ao site da professora Raquel Tinoco que corrigiu outras questões: http://professoraraqueltinoco.blogspot.com/2010/10/dpge-tecnico-supeior-comentarios.html e http://professoraraqueltinoco.blogspot.com/2010/10/dpge-t.html

Cabe colocar quem em vários fóruns de discussão na Internet, vários candidatos desse concurso estão apontando irregularidades na realização do mesm. A lista de reclamações é longa e vai desde pacotes de provas com lacre violado até candidatos falando ao celular nos banheiros durante a realização da prova. Esses candidatos estão, inclusive, se organizando para fazerem denúncias às autoridades competentes.

Resumo da Ópera – Bem, diante de tamanha confusão, só me resta esperar o desfecho dessa história. Não vou recorrer porque está caro demais para mim.

RAQUEL MONTEIRO é uma legítima concurseira carioca.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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