RESENHA – “Direito Administrativo” de Fernanda Marinela

Hoje trazemos para vocês, concurseiros leitores, a resenha do novo livro de uma professora muito conhecida entre concurseiros, principalmente, por suas aulas online de Direito Administrativo, Fernanda Marinela.



Autor: Fernanda Marinela
Editora: Impetus
Páginas: 1.030
Edição: 4ª edição, 2010, Rio de Janeiro
ISBN: 978857626404-0

Direito Administrativo é uma daquelas matérias das quais não há como escapar de estudar quando o assunto é concursos públicos. Nem poderia ser diferente, uma vez que a matéria trata diretamente dos aspectos legais mais importantes da Administração Pública. Essa matéria não é chata e muito menos complicada, é, sim, pródiga em detalhes, o que torna a escolha do material de estudo para a mesma de suma importância para o concurseiro que quer estudar com mais eficiência sem precisar perder tempo “traduzindo” o que o autor quis dizer.

Fernanda Marinela é professora de Direito Administrativo conhecida por um sem número de concurseiro, principalmente por suas aulas em vídeo da matéria. Ela é mestranda pela Universidade Federal de Alagoas, Especialista em Direito Público pela USP, Professora da Pós-Graduação da UFBA, Professora de Direito Administrativo da rede IELF - Pro Omnis e da rede Prima, Professora de Direito Administrativo no JusPodivm-BA e da Escola Superior do Ministério Público de Alagoas. Ou seja, tem um curriculum invejável.

Num primeiro momento esse livro assusta com suas 1.030 páginas e sisuda capa marrom com letras douradas. Não deixe, porém, as aparências o enganarem. Por tratar da matéria que trata, esse livro tem um tamanho justo. Enganam-se os concurseiros que acham que essa matéria é tratada devidamente em duzentas ou trezentas páginas.

Em termos de qualidade de impressão, do papel, da encadernação, enfim, não há outra coisa a dizer que não que esse livro foi feito com extrema qualidade e para durar. É um livro preparado para acompanhar as andanças, “abre e fecha” dos estudos para concursos públicos para vários concurseiros!

O livro está divido em quatorze capítulos da forma tradicional para livros de Direito Administrativo. Chama atenção a forma extremamente organizada que os capítulos estão divididos em tópicos e sub-tópicos, o que facilita em muito o estudo não seriado, uma vez que a localização de pontos específicos da matéria é assim muito mais fácil e rápido.

É marcante a forma como a autora imprime em sua obra a didática que adquiriu nos longos anos de aulas em cursinhos para concursos públicos, tornando o ensino da matéria muito dinâmico, claro e direto. Inclusive essa questão da clareza é algo que considero muito importante em livros voltados para quem estuda para concursos públicos, uma vez que uma grande parte dos concurseiros, exatamente como eu, não é egresso dos bancos das faculdades de Direito e, portanto, tem seu primeiros meses de estudo das matérias jurídicas caracterizados por uma certa estranheza. Conheço muitos concurseiros que começaram a estudar matérias jurídicas por autores que não prezavam pela clareza em suas obras e com isso sofreram mais que o necessário para entenderem o emaranhado de termos, conceitos e teorias jurídicas existentes em matérias como Direito Administrativo, Direito Constitucional, Direito Cível e por aí vai.

A questão do dinamismo merece destaque especial. Considero um professor dinâmico quando este consegue alinhavar sua exposição da matéria de forma que um conceito “puxe” outro, tornando-a assim um encadeado de informações relevantes repassadas de forma natural e rápida, tornando suas aulas em verdadeiras fontes de conhecimento que não exigem dos alunos, no entanto, um esforço sobre humano para conseguir acompanhá-lo. E a autora consegue passar exatamente essa impressão nesse livro, como se o concurseiro que estuda com ele estivesse assistindo a uma aula sua, uma aula muito proveitosa e dinâmica. Acreditem, são poucos os autores que conseguem fazer isso.

É sabido que a matéria de Direito Administrativo é muito extensa e profunda, possuidora de uma meia dúzia de excelentes autores que muitas vezes se contradizem. Saber ensinar o que realmente é cobrado em concursos públicos torna um livro uma peça estratégica nos estudos dos concurseiros ou uma grande perda de tempo. E a autora dessa obra, respaldada por sua já citada longa experiência como professora de cursinhos preparatórios para concursos públicos, conseguiu transpor para as páginas do livro exatamente esse tipo de conhecimento específico e que “vale ouro” para qualquer concurseiro sério.

Atos Administrativos é um daqueles tópicos “figurinha carimbada” na maioria dos concursos públicos que cobram essa matéria. A autora dedica 80 páginas de seu livro à exposição minuciosa desse tópico, que divide em 12 subtópicos, e estes em quase 30 “sub-subtópicos”. Ou seja, simplesmente “fecha” o assunto em todas as frentes cobradas pelas principais bancas de concursos públicos. Confesso que já sofri para estudar esse tópico com livros de autores famosos, que por utilizarem uma linguagem menos clara e uma estruturação menos dinâmica tornaram seu estudo lento, denso, chato, difícil ... para no final não cobrirem 100% do tópico! Acreditem, o mesmo não acontece de forma alguma nesse livro. Estudei com tanta tranqüilidade as 80 páginas desse tópico que me surpreendi quando terminei, visto que foi um processo muito proveitoso, natural, longe de ser cansativo, além de ser extremamente proveitoso.

Destaco nesse livro três características muito importantes:

- A existência de um capítulo introdutório feito sob medida para concurseiros novatos com noções preliminares muito importantes quanto ao Direito Administrativo no universo do Direito Público;

- A presença de referências claras nas notas de rodapé, inclusive com a citação da edição e até página das referências bibliográficas;

- Pontuação dos tópicos e subtópicos mais importantes e controversos abordados com discussões doutrinárias e jurisprudenciais muito pertinentes.

Um ponto muito importante quando da escolha de um livro é saber se tal título está de acordo com o nível de conhecimento, experiência e tempo de estudo do concurseiro. Afinal de contas, não adianta nada um concurseiro novato comprar um livro mais adequado para um concurseiro veterano ou vice-versa. Algumas obras, no entanto, possuem a rara e desejada característica de serem adequados para concurseiros de qualquer nível de conhecimento, de serem um “livro coringa” para o estudo da matéria de que tratam. Essa obra da professora Fernanda Marinela faz parte desse seleto grupo e pode ser utilizado, tranqüilamente, por qualquer concurseiro sério com grande proveito.

Outra preocupação dos concurseiros é de fazerem seu investimento financeiro em um livro realmente valer a pena, afinal de contas, para a maioria dos concurseiros a grana é contada e não dá para ficar “testando” livros. É preciso, pelo contrário, analisar com cuidado cada compra e somente adquirir o que realmente será usado e terá utilidade para vários concursos públicos. Não digo que esse título deva ser o único de Direito Admintrativo na estante do concurseiro, mesmo porque acredito que estudar com uma certa diversidade de autores é necessário para o devido aprendizado de qualquer matéria, mas da mesma forma acredito que esse livro é um dos poucos da matéria que podem ganhar o selo de “indispensável”. Explico.

Considero indispensável um livro que preza pela clareza na exposição da matéria, atualidade, abrangência e, principalmente, utilidade para o estudo para diversos concursos públicos. Ou seja, um livro que valerá o investimento do primeiro ao último dia de estudos para concursos públicos, aquele que buscamos para estudar aquele tópicos “batata” de ser cobrado em prova, para tirar dúvidas e usar como base nos estudos.

Resumo da ópera – Você quer um livro de Direito Administrativo completo, muito bem escrito, com conteúdo claro e dinâmico para valer o investimento, então considere seriamente adquirir um exemplar do “Direito Administrativo” de Fernanda Marinela, um excelente livro que recomendo fortemente para qualquer concurseiro.
Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———

E vocês acham que eu perderia a chance de entrevistar a autora dessea excelente obra? De maneira alguma! Confiram nossa entrevista exclusiva com FERNANDA MARINELA.

Qual foi sua intenção ao escrever um livro de Direito Administrativo para concursos públicos tendo em vista a grande variedade de títulos da matéria existentes no mercado editorial?

Bom, é que apesar de minhas pesquisas com quase todas as obras existentes no mercado, vi que faltava uma que abordasse o tema numa linguagem objetiva e direcionada para o "concurseiro". Nada contra as obras aí existentes, de inegável valor científico e didático, o que ocorre é que não enxerguei em nenhuma obra a visão necessária para aquele que quisesse estudar e aprender o direito administrativo em relativamente pouco tempo e visando a um concurso público.

Assim, minha intenção foi tentar escrever a matéria completa e de uma forma agradável para ler, sem esquecer o programa, pois de nada adianta fazer uma leitura agradável que não vai ser útil ao leitor na hora da prova.

Quais os maiores diferenciais desse livro em relação a esses outros títulos? Por que você o recomenda para os concurseiros em geral?

A grande diferença desta obra em relação às outras é o foco no concurso. Para isso o livro precisa ser bastante atual, conter a jurisprudência mais importante a atualizada acerca de cada tema, bem como deve explicar a "estória" de cada tema polêmico, para que o leitor entenda como determinadas situações (P. Ex. Aposentadoria) tem a configuração atual no nosso ordenamento.

Nesta obra, não digo simplesmente que "o STF entende do modo tal...", procuro explicar o por quê de o STF - ou o STJ - terem chegado a tal entendimento. Deste modo, fica muito mais fácil o aprendizado.

Também a obra é bastante atual, objetivo que busco ao máximo e sempre pressiono a editora (e esta tem se saído muito bem), pois quero que o livro chegue aos leitores o quanto antes para que estes possam ler o que há de mais novo no Direito Administrativo.

Independente do tamanho da obra, todo autor tem sempre uma preferência particular em relação a um tema específico, quais unidades deste livro você destacaria como suas favoritas?

Minha paixão é o capítulo que trata de servidores públicos, tanto que depois que terminei o capítulo, o mesmo ficou tão grande que acabei por transformá-lo em um livro à parte (Servidores Públicos - Ed. Impetus, 2010) e tive que reduzi-lo para transformá-lo em capítulo para o livro. Para aqueles que querem se aprofundar no tema, é uma boa sugestão.

O que você diria para aqueles que consideram o Direito Administrativo uma matéria difícil, por demais densa e complicada?

É o seguinte: O direito administrativo é uma matéria cheia de nuances, complexa, mas não é complicada. Não tentem começar pelo "meio". Direito, como dizia Pontes de Miranda, é lógica. Deste modo, tem que começar a estudar a matéria a partir do primeiro capítulo. Especialmente a parte de princípios. Os princípios do direito administrativo são um tema que, uma vez dominados são um facilitador tremendo para os demais temas. Pois tudo deve seguir a lógica dos princípios.

Em segundo lugar, o Aluno deve ler a Constituição, várias vezes. Não precisa ler a Constituição comentada não, tem que ler a CF "seca" mesmo. Com isso passará a notar outras nuances e fixará os princípios do Direito Administrativo.

Digo ainda que não se deve "compartimentar" o direito. O Direito é um só, especialmente o público, tudo está ligado, e por isso determinados princípios constitucionais, ou mesmo de filosofia do direito tem muito a ver com o Direito administrativo.

Finalmente, encare a matéria sem preconceitos, abra a mente e comece do começo. Daí tudo fica mais fácil quando não se tem o pré-conceito que a matéria é complicada.

Quais suas dicas para que os concurseiros possam estudar melhor não somente Direito Administrativo, como também as demais matérias usualmente cobradas em concursos públicos? Como estudar melhor e de maneira mais eficiente?

1. Disciplina: O concurseiro deve ter disciplina, tem que elaborar seu horário e deve segui-lo rigorosamente;

2. Perseverança: Quando se entra no mundo dos concursos, não se entra para passar, mas ATÉ passar;

3. Procure a sua felicidade: Não encare a aprovação como a solução para a tua vida. Ser aprovado é uma grande alegria, mão não pode ser o único objetivo na vida de uma pessoa;

4. Obtenha o apoio incondicional de sua família: O apoio de seus entes queridos é um fator muito importante para a sua estabilidade emocional, vai te garantir tranquilidade;

5. Creia em Deus e ore: Acreditar que tem um ser superior que te ama, e reservar um tempinho para orar é uma atividade muito importante para a mente;

6. Pratique alguma atividade física: o corpo precisa estar sintonizado com o ritmo mental. Nem que seja caminhar por meia hora, a atividade é necessária;

7. Faça o bem de modo desinteressado: praticar a caridade nos ajuda a ficar bem conosco, é uma sensação muito boa;

8. Tente ter BOAS horas de estudo, e não necessariamente MUITAS horas. Encontrar este equilíbrio é importantíssimo;

9. Procure se relacionar com pessoas que estão na mesma situação que você, isso vai te fazer sentir mais "normal", pois a vida do "concurseiro" é bem diferente.

10. ACREDITE EM VOCÊ, na vida, tudo é uma recompensa do que você planta. Se você estudar de modo disciplinado, constante e contínuo, não tem jeito, um dia você passa!

———«»———«»———«»———

Para facilitar sua vida, já que sabemos que grana de concurseiro é para lá de contada e que bons livros para estudar para concursos públicos sofrem uma variação de preço muito grande dependendo de onde são vendidos, sugerimos dois lugares para você comprar esses livros.

Um deles é através loja virtual
da própria editora (clique na imagem abaixo):



E outro é na excelente livraria especializada em concursos públicos e livros jurídicos Última Instância, que agora é parceira do blog (clique nas imagens abaixo):


PODCAST ESPECIAL


Nesse podcast você ouvierá sobre:

- O Concurseiro Solitário foi destaque do informativo de julho da Rede FMB (clique aqui para baixar esse informativo);

- Concurso relâmpago "Pergunta para professor especialista em concursos fiscais" valendo um exemplar do "Manual de Direito Tributário" de Eduardo Sabbag (Editora Saraiva) valendo apenas até domingo (03/07);

- Surpresa especial somente para quem ouvir o podcast;

- Sobre a versão semi-virtual do Workshop de Planejamento de Estudos por Horas Líquidas.

Ouça agora mesmo aqui no blog (basta usar o player embutido aí em cima) ou baixe o arquivo MP3 para ouvir no seu computador, tocador de MP3, celular, ...

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.


———«»———«»———«»———

Concurso público x nome "sujo" no SPC/SERASA: o que fazer?

Estou com meu nome no cadastro de inadimplentes (SPC/SERASA) e pior! Não tenho como pagar. E agora? Será que posso prestar concurso, assumir um cargo público, caso seja aprovado? É muito comum hoje em dia esse tipo de questionamento de muitos candidatos a cargos públicos que estão com o “nome sujo” nos vários cadastros de inadimplentes.

A crise econômica gerando o desemprego em massa e os apelos cada vez maiores do consumismo desenfreado, insitam o consumidor a cada vez mais contrair enormes e impagáveis dividas. O uso descontrolado de cartões de créditos, financiamentos de veículos com taxas de juros astronômicas, lideram a enorme onda de endividados em todo o país. São muitas as razões que podem levar uma pessoa a ter seu nome inserido num desses cadastros, desde a dificuldade econômica e financeira ocasionada em virtude de desemprego, doenças, uso do nome como avalista, fiador e a sua inclusão indevida, sem o devido amparo legal, gerando até mesmo, na maioria dos casos, indenização por dano moral.

Estar com restrição de crédito (SPC, SERASA, CADIN) ou em outros bancos de dados não significa necessariamente que o candidato a um cargo público tenha agido de má-fé ao assumir espontaneamente uma dívida ao qual, por diversos motivos, entre eles, sua própria condição de desemprego, não tenha tido condições de honrar com o compromisso financeiro assumido. Resumindo, a simples inclusão de uma pessoa em um cadastro de inadimplentes não implica dizer que o mesmo é um estelionatário (o famoso “171”), uma pessoa incompatível para o exercício de um cargo publico ou mesmo privado, já que sua a sua situação financeira é meramente momentânea, passageira e não seja o mesmo um devedor contumaz, ou seja, aquele que já tem a prática costumeira de agir de forma criminosa, de má-fé. O simples fato de o candidato estar na luta por uma vaga, um emprego, já sinaliza sua pretensão de honrar com as dividas pendentes.

O afastamento ou impedimento de um candidato a o acesso cargo público, por motivo do mesmo ter seu nome inscrito em um cadastro restritivo de crédito, é uma medida abusiva e que pode ser combatida por meio de ações judiciais, como a ação de conhecimento e o mandado de segurança (remédio constitucional), para assegurar a vaga e sua participação em todas as etapas do certame. Para ingressar com qualquer uma dessas ações o candidato deve procurar a orientação de um advogado ou um defensor público (caso não tenha condição financeira).

Além de extremamente abusiva, o afastamento de um candidato a cargo público mesmo, por tal regra, fere a Constituição Federal no que dispõe no seu art. 37, incisos I e II, sobre a obediência que a administração publica (direta ou indireta) deve ter aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, aos direitos aos cargos, empregos e funções públicas que todos os brasileiros devem ter desde que preencham os requisitos estabelecidos em lei, que no caso concreto, tais requisitos são disciplinados pela lei nº. 8112/90 e dispostos no seu art. 5º, e incisos que dispõem o seguinte:

Art. 5 º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

I – a nacionalidade brasileira;

II – o gozo dos direitos políticos;

III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais (no caso do homem);

IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

V – a idade mínima de dezoito anos;

VI – aptidão física e mental.

Essas exigências acima, são as mesmas que verificamos na maioria dos editais de concursos públicos publicados e neles percebemos claramente que não consta nada em relação à questão de dívidas. O grande problema reside no § 1º do artigo citado acima, o qual prevê que “As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei”, como é o caso dos concursos para cargos da área policial (PM, PC, PRF e PF), cargos área fiscal (AFRFB, AFT, AFR – FISCAL DO ICMS) e principalmente cargos para área bancária (BACEN, BB, CEF), que na fase de pesquisa social, faz uma investigação sobre a vida pregressa do candidato, a fim de descobrir se o futuro servidor possui alguma restrição que impossibilite seu ingresso no funcionalismo público. Entre essas ações de investigação, sem dúvida nenhuma está a consulta aos órgãos restritivos de crédito (SPC/SERASA). Cabe então ao administrador responsável por essa seleção, analisar individualmente todos os casos que se apresentem, a fim de evitar cometer injustiças, sabendo separar aquelas pessoas de comportamento errôneo, daquelas de comportamento idôneo (o joio do trigo). Caso o mesmo não respeite o direito liquido e certo conquistado pelo candidato para sua nomeação (ato vinculado da administração), cabe ao mesmo preitear junto à justiça esse direito constitucional.

O Poder Judiciário tem decidido em diversas ações judiciais a favor das pessoas prejudicadas em concursos públicos pelo motivo em questão. Entre essas ações as mais conhecidas e mais divulgadas estão:

Apelações Cíveis n° 70002436368 e 70001495092 do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. As mesmas estão disponíveis no site:


Vejam um trecho do voto do Desembargador Otavio Augusto Stern, na Apelação Cível n° 70002436368, que demonstra com exatidão a injustiça deste tipo de restrição: “Aceitar tal argumentação implicaria em deixar ao desamparo total aqueles que mais necessitam, jogando-os em uma petição de princípio: porque está desempregado e precisa sobreviver, contrai dívidas; se possui dívidas não pode assumir um emprego (no caso, público), permanecendo desempregado e contraindo dívidas…”.

Outra dica valiosa para quem está nessa situação junto aos órgãos de restrição de crédito e está precisando de orientação, é o site Endividado, que além de dicas, ainda auxilia os inadimplentes com assessoria jurídica, prestadas por grandes profissionais, operadores do direito. O endereço do site é:


Vale relembrar daquele caso de um ex-morador de rua que passou no concurso do Banco do Brasil e estava impossibilitado de ser nomeado pelo motivo de ter uma dívida financeira no valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais). Depois de negociar e parcelar a referida dívida, o mesmo foi nomeado e empossado no cargo de escriturário do Banco do Brasil na cidade de Recife-Pe. Vejam a reportagem:


O conselho dos vários especialistas no assunto e que eu particularmente acho muito prudente é que não existem “artimanhas”, “formulas mágicas”, capazes de retirar o nome de alguém das listas de inadimplentes, como prometem aqueles kits de procedências duvidosas que vendem na internet e das pessoas que de forma criminosa se passam por advogados, tentando vender essa ilusão. Basicamente, a melhor alternativa é enfrentar o problema de acordo com o que se pode fazer no momento. Veja algumas dicas que podem melhorar bastante a situação:

Pagando ou negociando a dívida – Essa sem dúvida é a melhor alternativa para quem foi aprovado recentemente em um concurso. O Código de Defesa do Consumidor obriga que após o pagamento ou negociação da dívida, o nome do devedor seja excluído do cadastro de inadimplentes no prazo máximo de 05 (dias);

Prescrição do direito de cobrança da dívida – A perda do direito de cobrar as dívidas na justiça, assim como o prazo máximo de cadastro em órgãos de restrição ao crédito, como SPC e SERASA é de 05 (anos), a contar da data em que a dívida venceu (data em que deveria ter sido paga), e não da data em que foi feito o cadastro. Nesse caso a dívida “caduca”, ou seja, a justiça pode determinar e exclusão do nome do devedor, do banco de dados dos órgãos restritivos de crédito.

Prescrição do título que originou o cadastro – Alguns títulos de créditos, protestados em cartórios, tais como cheques, notas promissórias, duplicatas possuem prazos de prescrição, e que após seus vencimentos não podem ser mais cobradas, segundo o Código Civil ou a Lei do Cheque.

Discussão judicial da dívida que originou o cadastramento – A cobrança abusiva de juros e taxas é uma prática muito usada pelos bancos, operadoras de cartões de crédito, empresas de telefonia celular e internet banda larga, quando houver alguma discussão judicial sobre essas cobranças abusivas, a justiça pode determinar a suspensão do cadastro enquanto o processo estiver em andamento.

Resumo da ópera - “Devo não nego, pago quando puder”, com essa afirmação quem tem alguma pendência financeira, pode dormir e estudar tranquilo, sabendo que quando conseguir seu tão sonhado cargo vai poder quitar suas dívidas e recuperar seu valioso crédito. Por fim, fica a última dica, mesmo para quem não tem o nome inscrito num cadastro de inadimplentes, planeje sempre seu orçamento, analise todas as alternativas antes de assumir compromissos financeiros em longo prazo, como ser avalista ou fiador de alguém, por exemplo, extrapolar o limite do cartão de crédito ou do cheque especial comprando aqueles objetos que nunca vai usar. Seja prudente e lembre-se de um ditado antigo que diz: “dor de barriga não dá só uma vez”.

Fontenele é um concurseiro que está se reeducando financeiramente.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———

O coelho e a tartaruga

Quem não conhece a velha história da disputa em uma corrida entre o coelho e a tartaruga?

Estive filosofando essa semana e concluí que quantos não ficam pelo caminho pelo simples fato de desanimarem com os estudos? Quantos acham que sabe m tudo e acabam relaxando no caminho? Há ainda aqueles que acham que vai dar tempo para estudar todo o conteúdo do edital.

Há aqueles que pensam que só de estarem fazendo um cursinho já é o suficiente e não precisam de dedicação total. Acreditam que saíram na frente por poder contar com muitos artifícios e facilidades que nem todos os concurseiros têm.

Esse clima de que “já passei” causa um certo desconforto e tristeza nos que estão ali, comendo pelas beiradas.

E assim seguem as tartarugas, humildes, a passos lentos. Sem recursos, correndo contra o relógio, mas principalmente tendo coragem e confiança.

Enquanto os coelhos “dormem” na metade do percurso, as tartarugas se privam do convívio da família, amigos e até de relacionamentos para poderem seguir em frente. Elas começam a estudar antes mesmo que saia o edital. E devagar vão caminhando. Nem vêem a qual distância o coelho está.

Quem ganha, quem perde? O final dessa história todos nós conhecemos. Nessa guerra dos concursos públicos não há lugar para o egocentrismo. Não adianta entrar na corrida com o clima de “já ganhei”. Nem sempre os fortes vencem, nem sempre os melhores vencem. Só chega ao final da corrida aqueles que entendem suas fraquezas e tenta corrigi-las, sem nunca desanimar.

Resumo da ópera - E nessa corrida quem é você, coelho ou tartaruga?

Simone é uma concurseira que sabe o que tem de fazer e para onde deve ir para ser vitoriosa na guerra dos concursos públicos.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———

Raquel Monteiro entrevista Baltazar Rodrigues

Olá, concurseiros! Hoje eu tenho o prazer de entrevistar Baltazar Rodrigues, aprovado no concurso de procurador do estado do Rio de Janeiro.

Baltazar foi colega de faculdade de alguns amigos meus, o quais lembraram que sou colunista deste site e sugeriram esta entrevista. Obrigada, amigos que colaboram com nosso querido blog!

Nosso entrevistado, por sua vez, respondeu gentilmente às minhas perguntas de forma muito didática e detalhada. Eu realmente mudei minha visão sobre o concurso da procuradoria. Antes desse bate-papo com Baltazar, eu pensava que era exigido um conhecimento jurídico muito mais profundo do que o realmente necessário. De fato, o concurso é difícil, mas é possível ter sucesso se houver esforço. Vejam a entrevista abaixo.

1 - O que te motivou a estudar para um concurso tão difícil como o de Procurador do Estado do Rio de Janeiro?

O que mais me motivou foi o carinho e o amor que eu acabei adquirindo pela instituição. Fui estagiário da PGE durante 2 anos (de junho/06 a junho/08) e eu gostava muito. Tinha muito trabalho, mas todos eram muito amigos (procuradores, funcionários, estagiários). Depois a PGE abriu concurso para Residente Jurídico (para aqueles recém-formados em Direito). Prestei o concurso, passei e fiquei na função por 10 meses (de novembro/08 a setembro/09), até tomar posse em outro concurso. Agora em julho/2010 estarei de volta, para exercer o cargo de Procurador. É muito gratificante, porque, como se pode ver, foi um longo processo de "amadurecimento". Eu costumo dizer que tudo (desde um dia comum até toda a sua vida; desde um bilhete num papel de pão até um recurso extraordinário) tem começo, meio e fim (3 fases bem distintas): você inicia o caminho, vai se preparando, para no final conseguir algo. Acho que nessa pequena história que eu relatei foi possível ver essa idéia claramente. Disso se pode depreender outra noção, de que nada vem por acaso, de que tudo é fruto da sua determinação.

Outro motivo para fazer o concurso da PGE/RJ foi que eu sempre tive predileção por matérias relacionadas a Direito Público: Administrativo, Tributário, Processo Civil. Meu foco em termos de concurso sempre foi a advocacia pública por conta disso (AGU, PFN, PGE, PGM). Isso não é determinante (há pessoas que passam sem entender essas matérias), mas certamente acaba ajudando.

2 - Como você planejou seus estudos?

Estudo é algo muito pessoal, e não necessariamente o que dá certo pra um acaba dando certo pros demais. Não existe fórmula mágica ou pote de ouro no fim do arco-íris. Essa é a única certeza que eu tenho quanto a isso. Mas eu pude notar alguns pontos que são comuns às pessoas que têm êxito.

Primeiro, nada de desespero. É muita matéria pra estudar? Sim, sem dúvidas. Mas, como eu disse antes, tudo tem começo, meio e fim. Vai levar um tempo pra abranger todo o programa (ou boa parte dele, o que é muito mais provável), mas uma hora isso acaba acontecendo. Portanto, sem despero e nada de desistir.

Segundo, organização. Eu sou extremamente desorganizado, mas vi que isso seria um grande problema com os estudos. Solução: encarar o problema de frente e montar uma estratégia. Conversando com algumas pessoas mais experientes (meus ex-chefes, por exemplo), vi que não era preciso um estudo muito aprofundado para passar em 90% dos concursos (afinal, concurso não é prova de mestrado) - e, convenhamos, conseguir passar em 90% dos concursos já é um feito. Assim, escolhi 1 livro de cada matéria (pode ser qualquer um, desde que você goste da linguagem), que eu lia uma parte dele todo dia. A cada dia, eram 3 matérias. Quando terminei o curso que eu fazia (quase 10 meses depois que comecei a estudar com afinco), passei a ler principalmente o caderno, apenas complementando de vez em quando com os livros (como podem imaginar, a essa altura eu já os tinha lido várias vezes, o que facilitou a apreensão e a manutenção das informações).

Terceiro, repetição. De nada adianta ler um excelente livro uma vez na vida. A menos que você só precise usar aquele conhecimento pra uma prova específica, leia seus livros diversas vezes. Consequencia natural: a informação vai ser lembrada com mais facilidade, especialmente na hora da prova. E, ao usar apenas 1 livro pra cada matéria (como eu falei acima), a sua memória visual será facilitada (parece algo pouco importante, mas não é). Então, juntando as informações que temos, você pode perceber que eu lia uma parte do livro de cada matéria por dia. Ficava mais ou menos assim: segunda e quinta -> civil, empresarial e processo civil; terça e sexta -> tributário, constitucional e trabalho; quarta e sábado -> administrativo, financeiro e processo do trabalho. Eu dividia cada matéria (no caso, pelas páginas dos livros de cada uma) de uma forma que todas elas eram lidas num determinado espaço de tempo (digamos, em 2 meses). Quando eu terminava, adivinhe, eu recomeçava tudo. Conclusão: num espaço de 1 ano, eu teria revisto todas as matérias várias vezes, o que ajuda muito.

Quarto, disciplina. Montou a estratégia, ela tá dando certo, beleza. Tem que cumprir, a ferro e a fogo. Pode compensar estudando mais num dia e relaxando mais em outro, mas o quadro tem que fechar. De nada adianta uma belíssima estratégia no papel que não se concretiza na prática. Tem que ser disciplinado e determinado.

3 - Quais foram as maiores dificuldades que encontrou em sua trajetória?

Acho que as mesmas de todos: falta de dinheiro pra comprar livros, falta de motivação, chateação causada por algumas pessoas impertinentes. Esse é um ponto importante, porque muitos acham que quem passa em concurso não enfrenta dificuldades (eu até brinco dizendo que parece que a pessoa acordou um belo dia e pensou: "Por que não fazer uma prova pra juiz? Estou aqui de bobeira em casa, sem nada pra fazer... Até que é uma boa..."), especialmente sobre falta de motivação.

Muitos me perguntam: "Você alguma vez pensou em desistir? Em largar tudo?"; resposta categórica e imediata: "Com certeza. Na verdade eu pensava nisso todo santo dia ao acordar". E não é mentira, isso é sério. Mas o mais importante não é não pensar em desistir, mas sim qual a sua atitude diante disso. Eu particularmente sempre tive em mente que desistir era o pior caminho, que um belo dia o meu esforço certamente seria recompensado (é o processo de começo, meio e fim); mas para isso acontecer, eu tinha que colaborar (estudando e não desistindo no meio da jornada).

4 - Que estratégias deram certo e quais deram errado nos seus estudos?

Deram certo:

a) repetição dos conteúdos;

b) disciplina;

c) não dar ouvidos àqueles que queriam te perturbar (acredite, a maioria das pessoas não faz nenhuma idéia do perrengue que a gente passa e, pior, não quer fazer idéia, pois não tem a coragem necessária pra sentar e estudar - afinal, ficar procurando caminhos alternativos é mais fácil, não?).

d) ter foco (sair atirando pra todos os lados não é algo que costuma dar certo).

Deram errado:

a) não estudar alguns conceitos básicos (geralmente a gente acha que já sabe eles de cabeça, e na hora da prova escrita ou da prova oral fica perdendo tempo pensando; é algo que já deveria ser repetido também, junto com o conteúdo geral);

b) estudar de forma desequilibrada (eu estudei menos civil e empresarial; são matérias que eu já tinha dificuldade e que devia ter estudado mais, mas que acabaram ficando em segundo plano).

5 - O concurso que te deu vitória tem diversas fases. Cada uma delas exigiu de você um método de estudo diferente? Quais você adotou para cada uma?

O meu método "geral" de estudos sempre foi o mesmo: repartir as matérias em pontos para estudar um pouco a cada dia e depois poder repetir. Eu procurei sempre manter esse ritmo, como se fosse um "básico".

Para a prova da primeira fase (prova discursiva, todas as matérias num só dia, 2 questões de cada, 15 linhas para cada questão) eu estudei pelo "básico" e, ao longo do mês que antecedeu a prova, li as últimas 4 revistas da PGE (1 por semana). Além disso, dei uma olhada nos Informativos mais recentes do STF e do STJ (separei os acórdãos por matéria, algo que recomendo muito, pois facilita o estudo) durante a última semana.

Para as provas da segunda fase (provas discursivas, 1 de cada matéria, em dias diferentes, com limite total de 20 páginas) eu mantive o "básico" e na semana que antecedia cada prova eu enumerava alguns tópicos mais importantes da matéria e estudava com mais cuidado. Isso parece um jogo, uma aposta. E na verdade é mesmo. Mas mesmo que não acabe caindo exatamente a matéria, o ponto que você estudou mais detidamente, você pode fazer algum gancho na prova. Tudo pode ser aproveitado.

Para as provas orais (1 de cada matéria, em dias diferentes) eu segui a dica de um amigo e me foquei nos conceitos básicos das matérias, que são difíceis de serem explicados, especialmente na frente de uma banca examinadora. Procurei livros bem básicos de cada matéria e me foquei nos conceitos.

6 - Que livros mais te ajudaram a se preparar? Qual o tipo de livro que você considera mais indicado para quem deseja ser Procurador do Estado?

Como eu disse antes, não existe livro "certo" ou "ideal". Na verdade é bom que você conheça o pensamento de quem está na banca, mas não é algo absoluto. Saber raciocinar é muito mais importante do que despejar conhecimento inútil. E isso você pode conseguir de várias formas (lendo outros livros, advogando, etc.). Assim, recomendo a leitura de livros agradáveis, de linguagem agradável, o que fará com que, naturalmente, você adquira o conhecimento necessário.

Uma dica mais específica seria a aquisição de livros que compilam a jurisprudência dos Tribunais Superiores. Eles facilitam muito o estudo.

7 - Qual a ênfase que esse processo seletivo dá em suas matérias?

O peso das matérias é exatamente o mesmo. Mas há bancas que tradicionalmente são tidas como mais rigorosas (o que, em tese, te demanda mais estudo): são os casos de Administrativo, Processo Civil, Constitucional e Tributário. Apesar de todas as matérias serem importantes (também cobram Civil, Empresarial, Trabalho, Processo do Trabalho e Previdenciário), recomendo olhar com um pouco mais de carinho as 4 que citei antes.

8 - Existe alguma bibliografia específica ou algum(s) autor(es) específico(s) que seja(m) necessário(s) conhecer para ter sucesso neste concurso?

Autor específico e necessário não. Muitos dizem que tem que ler os livros dos professores que compõem (Tepedino, Diogo de Figueireido, Barroso, etc.), mas eu não creio nisso. Conheço diversos procuradores que passaram ser ler esses livros. Eu mesmo nunca li um livro do Tepedino e do Diogo de Figueiredo, mas mesmo assim consegui ir adiante. Como eu falei, raciocinar é muito mais importante. Claro: se conseguir ler os livros da banca, melhor ainda.

9 - Se você pudesse dar uma dica aos nossos leitores que pensam que esse cargo é algo intangível, o que diria a eles?

Simples: não pensem que é inatingível. Nada é inatingível. Apenas será difícil de atingir (mas, convenhamos, se fosse fácil não teria graça, não é mesmo?). Como eu disse, precisa de esforço, disciplina, determinação. Mas que é possível, é. A cada 2 anos existem aproximadamente 20 provas vivas de que isso é possível.

10 - Deixe uma mensagem para os concurseiros.

Eu agradeço muito o convite, pois pra mim é um prazer enorme participar do site. Minha mensagem final se resume em três palavras: amor, determinação e fé. Tendo isso em mente, nada é impossível.

Resumo da Ópera - Parabéns pela sua suada vitória, Baltazar!

Raquel Monteiro é uma legítima concurseira carioca.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———



Notícias do front ...

Nos últimos dois dias estive na cidade de São Paulo e consegui arrumar um tempinho para almoçar como nosso colunista Jerry Lima, há pouco mais de um mês trabalhando advogado do CREA-SP (cargo concursado), e pudemos conversar sobre estudar para concursos públicos, sobre o blog, sobre o trabalho depois da posse (no caso dele contratação, já que conqusitou um emprego público) e por aí vai.

Anotei mentalmente três pontos da conversa para comentar com vocês. Vejamos.

1 - A realidade do serviço público

Jerry comentou que está gostando muito do trabalho, onde tem tomado contato com um front da advocacia com o qual ele tinha tido pouco contato até então, mas que se revelou muito interessante e desafiador. O clima de trabalho é muito bom, segundo ele, apesar de ter notado um certo despreparo dos colegas de trabalho com mais tempo de serviço público no tocante a novas tecnologias e métodos de trabalho. No geral ele está muito satisfeito.

2 - O orgulho da família

Uma vez ouvi o guru William Douglas dizer numa palestra algo do tipo "depois que você for empossado, ninguém se lembrará mais dos concursos em que você não passou". E não é que o Jerry confirmou que isso é mesmo verdade! Ele disse que depois de ter começado a trabalhar no CREA, nunca mais recebeu cobranças, apenas parabéns. "Ninguém se lembra que não passei em mais de dez concursos!", disse ele. Algo engraçado que relatou foi quanto a dormir até mais tarde nos finais de semana, antes motivo de reprimendas por parte dos familiares, agora defendido por todos com um cândido "fique quieto, ele está cansado, assim você vai acordá-lo". É, meus amigos, o sucesso muda tudo!

3 - Continuar estudando para concursos públicos

Jerry mora numa cidade da chamada Grande São Paulo e demora em média duas horas no percurso entre sua casa e o CREA, percurso que faz num ônibus fretado. Ele relata que no primeiro mês foi tudo mais difícil por conta de ter de acordar bem mais cedo que o que estava acostumado, chegar em casa bem mais tarde e tudo o mais. "Não conseguia estudar mais que uma hora por dia", disse. Agora ele já se acostumou com a rotina, com a primeira remuneração pôde comprar um notebook e está voltando a ativa, aproveitando essas duas horas de trânsito para estudar e escrever para o blog.

Resumo da ópera - É, concurseiros, a vida depois da posse não é um "mar de rosas", mas também não deixa de ser muito melhor que nossa realidade atual. Os problemas mudam, mas sempre existem. Por isso sempre rebato aqui na teclado do "não ache que a posse irá resolver todos os seus problemas", uma vez que indo preparado para encarar uma nova fase da vida, com suas alegrias e percausos, é a melhor receita para evitar a frustração.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———





Sorry ...

Você está cansado, concurseiro? Não aguenta mais as cobranças e falta de compreensão alheia? Está preocupado porque parece que a vida está passando e você está perdendo o bonde da história? Sente-se deprimido, desanimado, desmotivado por tudo isso?

Sorry mas sua vida não vai parar só porque você ainda não passou ou mesmo não foi empossado em um cargo público. Lamento dizer que para o mundo, mesmo que você já tenha algumas ótimas classificações no bolso e a tão falada "mera expectativa de posse", enquanto você não for empossado para o mundo isso vale o mesmo que nada vezes nada.

A realidade é dura, meus amigos, e também cruel e fria. A vida nunca foi e nunca será fácil. As pessoas cobram mesmo, e não vão parar depois que você já for um "feliz" servidor público. A vida vai continuar andando e a sensação de correr atrás do bonde da história vai continuar após a posse, com menos intensidade, que fique dito, mas continuará. Motivos não faltarão para você se sentir deprimido, desanimado, desmotivado.

Digo tudo isso, desnudando ainda mais a dita "realidade nua e crua" porque vejo muitos concurseiros se engarem achando que a posse em cargo público será a panaceia para todos os poblemas, a cura para todos os males, a chave e a porta para uma vida de eterna felicidade e conentamento. Só que não é bem assim que as coisas funcionam, muito pelo contrário.

Quando eu era um vestibulando, o fui por dois anos, achava que ver meu nome na lista de aprovados do curso de Economia da USP seria algo assim mágico, três pedidos realizados de uma vez só pelo gênio da lâmpada. Ralei muito, estudei muito, emagreci uns dez quilos (essa parte é boa, não sei porque não funciona agora que sou concurseiro ... droga), mas consegui ... lá estava meu nome, dias depois eu estava matriculado em tal curso. por longos sete anos enfrentei toda sorte de problemas, contratempos, frustrações, desmotivações ... e alegrias, vitórias e blá blá blá. Ou seja, a vida continuou como sempre, nada ficou tão bom quanto eu imaginava, só diferente.

Diferente, essa é a palavra chave. Sua vida será diferente com a posse. Não, você não se tornará um magnata ganhando cinco ou dez mil reais por mês, mas poderá fazer e comprar muito mais coisas que pode hoje com a dureza financeira que lhe é inerente enquanto concurseiro. Mas os problemas continuarão a existir, e também as alegrias, assim como as vitórias e as derrotas, as motivações e sua gêmea má desmotivação. A vida continuará, apenas será diferente de hoje.

Resumo da ópera - Quero dizer com tudo isso que você não está vivendo no inferno, no purgatório ou algo que o valha enquanto é concurseiro, você está apenas vivendo uma outra fase da sua vida, das mais duras, sim, mas, acredite, nada tão mais extraordinariamente duro que outras fases duras. Portanto, concurseiro, alegre-se porque essa fase não foge à lei universal da entropia e uma hora ela irá acabar ... e só depende de você continuar lutando e resistir com determinação e coragem para que ela acabe muito bem.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———



Tenha um pouco mais de paciência

Paciência, palavrinha mágica muitas vezes repetida em pedidos e afirmações, porém pouco compreendida. Comecemos então por conhecer sua definições “dicionarescas”:

s.f. Virtude que faz suportar com resignação a maldade, as injúrias, as importunações etc.
Perseverança, constância.
Perder a paciência, começar a não poder mais esperar, suportar ou procurar.
Revestir-se de paciência, esperar com calma.
Nome de certo jogo de cartas.

Vejamos como cada um desses aspectos da paciência aplicam-se à vida do concurseiro que estuda seriamente para passar e ser empossado em cargos públicos.

Virtude que faz suportar com resignação a maldade, as injúrias, as importunações etc.

Se bem que nos últimos tempos estudar para concursos públicos esteja sendo melhor visto pelas pessoas, ainda existe um certo preconceito em relação a essa escolha profissional, não no tocante à trabalhar na administração pública em si, mas no período de estudo necessário para fazer frente à concorrência dos concursos públicos. Ainda há o preconceito de quem diz “estudo para concursos públicos” na verdade está “enrolando com a barrida”, ou seja, não está estudando coisa nenhuma e diz isso para enganar as pessoas ao seu redor, usando a “desculpa” de estar se preparando para concursos públicos como cortina de fumaça para a inatividade. Por conta disso, concurseiros sérios muitas vezes recebem olhares reprovadores, ouvem comentários nem um pouco motivadores, são alvo de piadinhas sem graça. É nesses momento que se deve ter paciência a fim de não “partir para a ignorância” ou se chatear com as pessoas, uma vez que se a pessoa estuda com seriedade e comprometimento para concursos públicos, nenhuma crítica, maldade ou piadinha realmente a atinge.

Perseverança, constância.

Estudar para concursos públicos não é fácil, é demorado, demanda muito esforço e disciplina. Para fazer frente a tudo isso é necessário ter muita perseverança, não se deixar abater com as dificuldades e eventuais derrotas e “mortes na praia” que fazem parte da jornada do concurseiro. É preciso, sim, muita constância nos estudos, na motivação, na vontade de vencer, que brotam justamente da paciência.

Perder a paciência, começar a não poder mais esperar, suportar ou procurar.

Acredito que não há nenhum concurseiro na face da terra que não gostaria de que sua luta fosse mais fácil e, principalmente, rápida. Não é para qualquer um encarar uma empreitada que durará um, dois, até três anos de estudos constantes. (In)Felizmente muitos desistem pouco tempo depois de começarem, não suportam as primeiras derrotas e dificuldades. São milhares aqueles que tomam a decisão de estudar para concursos públicos a fim de mudar de vida para melhor e meses depois desistem com um suspiro de “isso não é para mim”. Quem estuda com seriedade para concursos públicos deve ter paciência para estudar meses a fio com vistas somente na vitória, nunca considerando realmente desistir.

Revestir-se de paciência, esperar com calma.

Já diz o velho ditado popular que “Quem almeja, sempre alcança”. No caso dos concurseiros, esse “almeja” significa desejar a vitória enquanto se faz por merecer, ou seja, estudando com planejamento, disciplina e determinação. Quem estuda com qualidade, com comprometimento, está no caminho certo para a vitória na guerra dos concursos públicos e da tão desejada posse como servidor público, é preciso apenas paciência para se atingir a maturidade e “massa crítica” de conhecimento acumulado necessária para garantir a vitória, daí é “partir para o abraço”.

Nome de certo jogo de cartas.

Um jogo de cartas muito chato, diga-se de passagem!

Resumo da ópera – Então, concurseiro, que tal ter um pouco mais de paciência, hum? Não vai lhe fazer mal nenhum, muito pelo contrário ... garanto!

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———




Depressão e concurso público

“O Ministério da Saúde adverte: Concurso público faz mal a saúde”. Esta é uma brincadeira que sempre faço quando alguém me diz que irá iniciar seus estudos para concurso. Meu objetivo com isto não é o de inibir as pessoas para que desistam da tão sonhada aprovação, mas sim de alertá-las para os devidos cuidados que devem ter ao iniciarem os estudos.

Sou psicóloga e “concurseira” e presenciei diversas doenças de fundo emocional que se desenvolveram com pessoas muito próximas. Neste artigo irei me deter a tão falada e, muitas vezes, não compreendida depressão. Inicialmente, vocês podem perguntar o que seria isto? Utilizando a classificação usada no CID 10 (Classificação Internacional das Doenças), 10ª revisão, temos o seguinte:

“Nos episódios típicos de cada um dos três graus de depressão: leve, moderado ou grave, o paciente apresenta um rebaixamento do humor, redução da energia e diminuição da atividade. Existe alteração da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição da capacidade de concentração, associadas em geral à fadiga importante, mesmo após um esforço mínimo. Observam-se em geral problemas do sono e diminuição do apetite. Existe quase sempre uma diminuição da auto-estima e da autoconfiança e frequentemente idéias de culpabilidade e ou de indignidade, mesmo nas formas leves. O humor depressivo varia pouco de dia para dia ou segundo as circunstâncias e pode se acompanhar de sintomas ditos "somáticos", por exemplo, perda de interesse ou prazer, despertar matinal precoce, várias horas antes da hora habitual de despertar, agravamento matinal da depressão, lentidão psicomotora importante, agitação, perda de apetite, perda de peso e perda da libido. O número e a gravidade dos sintomas permitem determinar três graus de um episódio depressivo: leve, moderado e grave”.

E aí? Ficou preocupado? Viu-se representado por esta classificação? CALMA! Como podemos ver muitos dos sintomas citados se encontram presentes em grande parte das pessoas que se dedicam aos estudos para concursos. Precisamos, no entanto, saber diferenciar a simples depressão, ou seja, aquela que todos dizem possuir da DOENÇA depressão. Enquanto a primeira ocorre de forma pontual e passageira, a segunda persiste por um tempo considerável. A pessoa que possui esta doença passa a grande parte do dia triste e este sentimento pode se prolongar por semanas, meses e até mesmo anos. Para que seja diagnosticada como tal, essa doença precisa permanecer, em média, por três semanas.

Como relatei inicialmente, vi pessoas amigas adoecerem e três delas tiveram depressão. Como tenho o conhecimento sobre o assunto pude orientá-las a procurar um psiquiatra, pois para o tratamento deste problema é necessário o uso de medicamentos, além de uma parceria entre o psiquiatra e o psicólogo. O grande problema existente na nossa sociedade é a redução da atenção que deveríamos possuir por esta doença. São muitos os que enxergam numa pessoa deprimida alguém acomodado ou pessimista o que dificulta o processo de cura.

A todos vocês, estudantes voltados para a área de concursos públicos, fica o alerta para que se observem mais e procurem utilizar o autoconhecimento para saber o momento de frear, de assistir a um filme, de ir a uma praia ou simplesmente de ficar deitado olhando para o nada!

Resumo da ópera - Quando decidimos ir em busca da nossa vaga, nos deparamos com cobranças por parte dos amigos, da família, da sociedade como um todo e, principalmente com as nossas próprias. Neste momento começa um processo de dúvida entre o parar e o continuar, entre ficar e partir, entre o adoecer e o persistir. Espero que o caminho trilhado por vocês seja repleto de sucesso e que este venha acompanhado de muita saúde física e emocional.

Bianca Pinto é psicóloga e concurseira.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———


Uma imagem vale mais que mil palavras

Tinha outra idéia para o artigo de hoje, daí fui procurar uma imagem para ilustrá-lo e me deparei com essa aí em cima ... tchã tchã tchã tchãããã ... tive outra ideia melhor ainda.

Para mim essa imagem resume o que é a luta do concurseiro sério, uma vez que nela estão os três principais símbolos dessa luta. Vejamos.

A PORTA representa a posse, objetivo final dos concurseiros sérios, entrada para uma vida melhor, mais próspera, farta e tranquila.

O TAPETE VERMELHO representa, por sua vez, conquistar a posse de forma honrada, sem trapaças, fraldes ou indicações, ou seja, entrar no serviço público pela porta da frente, triunfante, de cabeça erguida, sem "rabo preso".

A ESCADA representa a luta do concurseiro solitário até atingir a posse. Os degraus são cada fase da vida concurseira que tem de ser conquistada, as dificuldades que precisam ser vencidas.

Concurseiro sérios vêem essa foto com todos os seus elementos, ou seja, sabem que terão de vencer a escadaria para poderem entrar pela porta pelo tapete vermelho. Mesmo nos momentos mais escuros de sua luta, quando tudo parece mais dífcil, duro e distante, nunca perdem de vista essa imagem, que é sua fonte última de motivação.

Concurseiros não tão sérios vêem essa imagem de forma incompleta, geralmente sem a escada, sofrendo por isso muito mais do que deveriam sofrer.

Falsos concurseiros vêem somente a porta, nada mais, não importando o que isso pode significar em termos de deixar a moral e honestidade de lado.

Resumo da ópera - E você, vê como essa imagem?

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———

Cargo público: profissão ou vocação

Um dos grandes erros do candidato a cargo público é levar em conta só a questão financeira, a famosa “estabilidade”, esquecendo-se de algo mais importante e determinante para o seu sucesso que é a sua própria vocação para o desempenho do tão sonhado cargo.

Segundo o dicionário, vocação significa escolha, predestinação, tendência, inclinação, talento e aptidão, enquanto que profissão significa ofício, emprego, ocupação. O que podemos concluir que para desempenhar uma função, emprego ou ocupação pública com esmero, a vocação seria de vital importância para que o servidor pudesse gerar prazer, realização e satisfação pessoal, sem correr o risco de futuras frustrações e arrependimento pelo cargo escolhido.

Muitos optam pelo serviço público sem pesquisar antes quais as funções que deverá desempenhar no cargo pretendido. Se informar, visitando, por exemplo, os locais nos quais gostaria de trabalhar, conversar com quem já é servidor, verificar quais os benefícios do cargo como plano de carreira, gratificações adicionais, cursos de aprimoramento, consultar as atribuições dos cargos, com seus direitos e deveres, são práticas que estimulam ainda mais a preparação. Uma outra prática seria uma avaliação bem profunda sobre a afinidade e habilidade com a função pretendida. Imagine um candidato que nunca trabalhou, nunca teve experiência nenhuma de trabalho e depois de vários anos de preparação finalmente é nomeado e empossado num cargo público, numa área ao qual não tem nenhuma afinidade (área fiscal, bancária, administrativa, por exemplo). Pessoalmente, eu visito sempre o local que eu escolhi para trabalhar, pois tenho um colega que ocupa o mesmo cargo pretendido por mim e devido a isso já esclareci todas as minhas dúvidas, acerca das atribuições que futuramente deverei desempenhar no cargo.

Não são poucos os casos de servidores frustrados com seus cargos e funções que depois de certo período de exercício entraram em desespero, até mesmo desenvolvendo doenças como a depressão e a síndrome do pânico. Recentemente tive a oportunidade de vivenciar um caso de um concurseiro empossado num cargo de advogado numa empresa estatal que em menos de um ano de exercício pediu exoneração por não suportar a pressão no seu ambiente de trabalho. Confessou-me o mesmo, que as tarefas eram extremamente maçantes e insuportáveis de serem realizadas, o que tornava o seu trabalho no final do dia, estressante e improdutivo. Como ele mesmo disse: “assumir o cargo, foi como mergulhar em águas profundas e escuras, algo totalmente adverso do que eu imaginava que iria fazer. Sentir-me fracassado e despreparado profissionalmente”.

Vejam esta excelente matéria produzida pelo Jornal Hoje, que fala exatamente sobre o assunto:


Alguns especialistas da área de Recursos Humanos recomendam o candidato a guia-se pela vocação, levando em consideração a sua área de formação e de experiência no setor privado. Exemplo: se o candidato não gosta de matemática, não se sente bem desempenhando serviços burocráticos, exercendo atividades externas como fiscalização de empresas ou atendimento ao público, não deve nunca prestar concursos para fiscal (Receita Federa, ISS, ICMS, Tribunal de Contas), ou para bancos. O importante, dizem os especialistas é a afinidade e habilidade com o cargo escolhido, em muitas das vezes, só consultando as disciplinas previstas no edital já é suficiente para se perceber isso.

Resumo da ópera - Caro concurseiro, um ótimo cargo com uma boa remuneração, não é e nunca será sinônimo de sucesso e felicidade (não confunda cargo público como solução para problemas financeiros). É necessário ao ingressar na carreira pública que o prazer pessoal, a realização profissional venham atrelados às necessidades pessoais. Mesmo que o serviço público não seja visto como vocação e sim, apenas como uma profissão, uma ocupação passageira, é importantíssimo que o mesmo seja realizado com um mínimo de responsabilidade e dedicação, a fim de que o seu resultado final seja benéfico para todos.

"Escolha um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida" (Freud)

Fontenele é um concurseiro que tem vocação para o serviço público.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———



Filosofia Ubuntu nos concursos públicos

Já que muitos estão em clima africano e de mundial do futebol, veja a seguinte citação.

"Uma pessoa com ubuntu está aberta e disponível aos outros, não-preocupada em julgar os outros como bons ou maus, e tem consciência de que faz parte de algo maior e que é tão diminuída quanto seus semelhantes que são diminuídos ou humilhados, torturados ou oprimidos." - Desmond Tutu

Antes que os mais antenados pensem que estou falando do sistema Línux, o qual está muito impregnado desta filosofia, pretendo mesmo é falar da ideologia original aplicada aos concursos.

A ideologia que mencionei, segundo a Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ubuntu_(ideologia)), prega acima de tudo o compartilhamento em toda a humanidade, o qual nos conduziria à evolução. Parece mesmo óbvio, pois quanto mais divulgada a informação, mais pessoas poderão ter ferramentas para melhorá-la. Não param por aí as considerações que podemos avaliar sobre a questão, mas vou deter-me apenas a essas.

Foi com este pensamento que surgiu o sistema operacional Linux, que veio pregar a evolução e o compartilhamento das informações por meio do software livre. Através desta ferramenta da informática, o acesso à informação e a consequente evolução da comunicação vem se intensificando.

Seguindo esse comportamento, e sem saber que vinha fazendo isso, o site concurseiro solitário vem procurando seguir esta filosofia. Claro que, com algumas adaptações! Não há humilhação ou tortura, pelo menos em princípio, na proposta de prestar concursos.

Nosso maior objetivo é contribuir para que os concursos sejam mais moralizados, transparentes e leais com seus candidatos à vaga. Por outro lado, existem pessoas que criticam o fato de eu me voluntarizar a escrever uma coluna semanal para este site, pois alegam que eu estou perdendo tempo com a minha preparação aos meus certames. De modo direto, pode até ser. Afinal, vivo correndo para lá e para cá. Fico sempre sem tempo para muitas coisas.

Pela via transversa, eu vejo eu me ajudo e auxilio uma coletividade. Afinal, a minha pequena contribuição não passa despercebida pela mídia e pela sociedade brasileira. Pessoal, não estou me gabando, mas o boca-a-boca é sempre poderoso. A informação, por isso, não pode ficar trancafiada entre menores grupos, sob pena de nós regredirmos.

Resumo da Ópera - Seja um Ubuntu e, se possível, colabore conosco! Ajude a trazer informações sobre os concursos. Ah, quanto à copa, vamos torcer pelo Brasil nas horas vagas.

Raquel Monteiro, uma legítima concurseira carioca.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

———«»———«»———«»———


keep walking, concurseiro



Ontem recebemos o seguinte email de uma leitora do blog:

"Depois de ler sobre mais essa sacanagem da quadrilha de fraudadores presa pela PF na tal Operação Tormenta, bateu um desânimo que acabou com meu dia. Estudo para concursos públicos já faz dois anos, integralmente. A grana é sempre curta, diversão é mínima, esforço é sempre enorme. Já passei em dois concursos, mas nada de nomeação até agora. Preciso de uma injeção de ânimo."

Anos atrás a marca escocesa de uísque Johnnie Walker fez uma campanha publicitária mudial com base no mote "keep walking", o que em bom português significa "continue caminhando, andando". A imagem acima é uma das dezenas dessa campanha publicitária. Basicmente ela quer dizer algo do tipo "putz, acabou o combustível, a energia, dureza, mas mesmo assuim continue andando, não pare".

Querem uma injeção de ânimo? Então "keep walking".

Querem palavras de conforto? Então "keep walking".

Querem algo para se motivarem? Então "keep walking".

Sim, amigos concurseiros, "keep walking", "keep walking", "keep walking" ... sempre ... porque para concurseiros sérios não há outra saída a não ser a da posse em cargo público.

Eu também estou nessa situação de estudar há mais de dois anos, de ter passado e ainda não nomeado e tudo o mais ... e quantas dezenas, centenas de concurseiros sérios também não estão na mesma situação?! Só que é aquela velha história, ficamos temp demais no ponto de ônibus esperando nossa condução para ir embora agora ... pode ser que mal viremos a esquina e nosso ônibus passe!

Esse negócio de motivação é algo muito engraçado. Vira e mexe precisamos de um pouco de motivação. Mesmo desmotivamos conseguimos motivar outras pessoas, mas nos automotivar é algo muito mais difícil. Quando "o bixo pega", apenas algumas palavras são suficiente para repor nossa motivação. Realmente, é algo muito estranho. O que importa, no entanto, é que não podemos ficar desmotivados por muito tempo sob o risco disso virar algo muito mais perigoso, como desânimo.

Resumo da ópera - Dificuldades e falta de motivação são figurinhas carimbadas na vida de qualquer concurseiro, inclusive dos sérios. Se não conseguimos nos auto motivar, não há nenhuma vergonha em pedir ajuda para outras pesssoas. O negócio, meus amigos, é "keep walking".

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.


———«»———«»———«»———

Resultado da promoção "Vale a pena ler de novo"

A ganhadora dessa promoção foi a Fernanda Zanchi com o seguinte comentário:

Artigo: Vencendo Gigantes
Link: http://concurseirosolitario.blogspot.com/2008/08/vencendo-gigantes.html
Assunto: Motivação
Autor(a): Concurseira Malu, publicado por Charles
Data: 05/08/2008

Quando a gente estuda para concursos, há muitos gigantes que temos que vencer. Todos os dias eu tenho um gigante na minha cabeça que me preocupa, fazendo até com que meu desempenho seja prejudicado. Hoje penso que mais de 7.000 pessoas vão se inscrever no concurso; amanhã penso que estou na luta há menos de um ano, e já há aqueles que estão há 4 anos e sabem muito mais que eu; depois de amanhã, eu leio em um fórum de concurseiros debates sobre questões que eu nunca nem ouvi falar; no outro dia, eu vejo que planejei estudar uma coisa, e não estou dando conta; aí no outro, o concurso dos meus sonhos (a onda perfeita) está em cima da hora, e se eu não passar agora, sei lá quando terá outro... e por aí vai...

Isso desanima, muuuito. Nessas horas (como agora), eu entro no blog, coloco uma palavra chave, pesquiso e leio algo aleatório. Faço uma oração e peço pra que eu volte a ter motivação. Penso na expressão de meus pais quando forem me assistir na posse, no palácio da justiça. Tento fingir que está tudo bem... mas no fundo, está tudo bem ... amanhã é outro dia.

Parabéns, Fernanda!

———«»———«»———«»———


powered by Blogger | WordPress by Newwpthemes | Converted by BloggerTheme | Blogger Templates | Low Interest Credit Cards