A prática que leva à perfeição

Cada um tem a sua história, o seu caminho, as suas lutas pessoais. E cada pessoa chega no topo de sua vida de um modo diferente. Assim também é com a maneira de estudo. É individual! É algo pessoal!

Fico temeroso em dar conselhos sobre métodos de estudo, pois “se conselho fosse bom a gente não dava! Vendia!”.

Mas como um grande amigo meu se atreveu a me aconselhar, hoje me deem licença para fazer o mesmo.

Durante esses seis anos nessa caminhada que se chama “guerra dos concursos”, notei algo que hoje tento fazer sempre: praticar!

Mas praticar o quê? O Charles, dia desses, postou um excelente artigo sobre a importância do exercício físico para aqueles que se embrenharão na difícil disputa em um desejado cargo que exige o temido teste físico. Da mesma forma, praticar exercícios é imprescindível para uma boa pontuação seja em que prova for.

Como diz aquele velho ditado, “é errando que se aprende”. Pois bem, faça um teste: resolva uma prova. Garanto-te: você vai errar, E MUITO! Não vai prestar atenção em muitos detalhes minúsculos, porém essenciais para resolver a prova, vai colocar a mão na testa e soltar um “MINHA NOSSA! COMO PUDE ERRAR ESSA QUESTÃO? EU SABIA A RESPOSTA!!!” e etc.

Fazer prova, hoje, não é só pintar as bolinhas ou quadradinhos no final do teste, não é fazer u-ni-du-ni-tê nas questões, pois concurseiro sério não age assim. Longe disso!

Atualmente, como cansativamente já repetimos aqui, o nível das provas e a preparação dos concurseiros é muito diferente do que há alguns anos atrás.

Preparação é a chave do sucesso! Então, meu conselho amigos, é que façam MUITOS, mas MUITOS EXERCÍCIOS!

Parece que não, porém você grava muito estudo com esse simples e eficaz método. Além do mais, dependendo do órgão, este simplesmente repete muitas questões que já foram usadas.

Fazer provas anteriores também conta. A questão é treinar, treinar e treinar, como todo bom esportista (por exemplo, aquele que está na mídia, o grande César Cielo, o “Césão”), para que chegue na hora da prova você esteja acostumado com o tipo de prova, a maneira que é perguntada a matéria para não se enganar mais e ao invés de se equivocar, ser certeiro como um flecheiro experiente.

Resumo da ópera - A prática leva à perfeição, e perfeição é exatamente o que buscamos para sermos aprovados em um concurso, não a ponto de gabaritarmos as provas, mas sim o suficiente para passarmos dentro do número de vagas disponíveis.

Jerry Lima, um Concurseiro Profissional.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA

Gosto muito do grupo Oasis. Espero que gostem dessa música entitulada "Little by little".


Sobre o tal do Linux

Sistema Operacional Linux e pacote BrOFicce , dois tópicos cada vez mais freqüentes em editais de concursos públicos. O primeiro é o concorrente de código livre do famoso e onipresente Windows e o segundo é o pacote concorrente do também famoso pacote Microsoft Office (Word, Excel, PowerPoint, ...). As duplas são bastante parecidas, mas também são muito diferentes e saber trabalhar com um não significa saber trabalhar com o outro.

Pois bem, acredito que o melhor modo de estudar informática é na prática, ou seja, usando o sistema operacional ou o software. Pensando nisso resolvi instalar em meu desktop o Linux como segundo sistema operacional, para usar algumas horas por dia e assim pegar uma certa intimidade com o mesmo, otimizando assim meus estudos para concursos públicos.

Não digo que sou expert em informática, mas estou uns dois níveis acima do usuário padrão. Desde 1994 tenho contato quase diário com computadores em ambiente Windows e trabalho com o pacote Office. Eu mesmo monto e instalo meus computadores, nunca precisei dos serviços de um técnico de informática para isso, muito pelo contrário, vira e mexe ganho uma graninha fazendo o papel de técnico de informática para amigos e parentes.

Desde anos atrás ouço que Linux é não é um sistema operacional muito amigável e fácil de lidar, ficando por isso restrito aos entendidos de informática que têm aversão aos produtos da Microsoft. E por conta disso que esse sistema operacional ainda não se tornou padrão no mercado de informática apesar de ser de código aberto, gratuito em muitas versões, mais estável e praticamente imune aos famosos vírus de computadores. Recentemente novas versões do Linux têm sido lançadas com a finalidade de serem mais amigáveis, mais bonitas e familiares aos que sempre utilizaram Windows e querem migrar para a nova plataforma.

Minhas dificuldades começaram na escolha da, digamos, roupagem do Linux que usaria, isso por que há no mercado diversas roupagens, gratuitas e pagas, como o Ubuntu, Mandriva, Kurumim e tantas outras. Depois de colher informações esparsas aqui e ali, escolhi o Mandriva Spring 2009 por ser considerado um dos mais modernos, bonitos e amigáveis. Ótimo, baixei o pacote do tal e então vieram as dificuldades para descobrir como instalar a coisa. Se para instalar o Windows não há segredos, basta ir clicando e entrar com o serial do danado, no Linux Mandriva a coisa não foi bem assim e somente consegui fazer a instalação depois de assistir algumas vezes a um vídeo de tutorial de instalação no YouTube e ler alguns manuais vagos que encontrei na web. Se no Windows é fácil instalar os drivers de placas de som, de vídeo e demais periféricos para fazer tudo funcionar, isso quando o próprio Windows já não instala tudo sozinho, no Mandriva penei por semanas em fóruns e pesquisando aqui e ali apenas para poder conectar a Internet e fazer o som funcionar. Ontem, depois de cinco semanas quebrando a cabeça com o tal, desisti.

O principal problema que encontrei não foi com o sistema operacional em si, que realmente é muito estável e bonito, mas com o fato do mesmo ser pouco amigável para quem não é iniciado em programar linhas de código e tal, quem não é iniciado nos mistérios do Linux. Além disso, infelizmente, notei uma grande falta de boa vontade e paciência das comunidades de usuários de Linux para com novatos no sistema operacional. Freqüentei três dos principais fóruns de Linux do Brasil e a má-vontade em ajudar com minhas dúvidas básicas estava presente em todos. Agora, como o pessoal que defende com unhas e dentes o Linux quer que o uso do mesmo se popularize se eles mesmos não ajudam ao se recusarem a ser mais solícitos e gentis com os novatos no sistema? Sinceramente, não sei.

Acredito que não vai demorar muito para que sejam lançadas roupagens do Linux que sejam tão fáceis de instalar como o Windows, o que irá, isso sim, dar um grande impulso na adoção desse sistema operacional por usuários em geral, que hoje, simplesmente, não têm acesso ao mesmo por conta da dificuldade de instalação e falta de suporte para aprenderem a fazer isso.

Resumo da ópera – Se você pensa em fazer o mesmo que eu fiz, instalar o Linux como segundo sistema operacional em seu computador para ter mais contato com ele e assim poder otimizar seus conhecimentos para as provas de informática de concursos públicos, faça isso tendo em mente o que eu disse. Agora, se você não tem muita familiaridade com a parte técnica da informática ou um amigo que entenda bem de Linux, então melhor nem tentar instalar a coisa sozinho.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA



O clipe de hoje é um túnel do tempo de volta aos anos 80. "There Must Be An Angel (Playing With My Heart)" foi um dos grande sucessos dessa década e tornou mundialmente famosa o Eurythmics.

Quando vale a pena investir em um notebook


Notebook, investir na compra de um ou não, eis a questão. Essa dúvida se já não passou ou não passa na cabeça do concurseiro sério, com certeza passará.

Que o computador é uma ferramenta essencial para o estudo eficiente, isso é fato, só que hoje ainda é muito mais barato investir na compra de um computador desktop, os computadores fixos com CPU, monitor, teclado e mouse separados, que na compra de um notebook, computador compacto com tudo junto. O problema é quando a falta de mobilidade do desktop começa a afetar os estudos.

Até agora estava tranqüilo tendo apenas um bom computador desktop. Tudo bem que de vez em quando achava muito cansativo ler longos textos sentado na frente do computador, mas dava para levar. Como narrei no artigo dessa segunda-feira, agora conto com um novo local de estudo, a biblioteca renovada da faculdade de Direito da cidade, que agora conta com as últimas edições dos melhores livros jurídicos, muitos utilizados para o estudo para concursos públicos.

Tenho um problema seríssimo com minha caligrafia, que é muito ruim desde que me conheço por gente e não houve professor ou caderno de caligrafia que desse jeito. Entendo 95% do que escrevo, mas há algumas coisas que depois de um tempo apanho para sacar o que é. Pois bem, enquanto estudava somente em casa na frente do meu desktop, usava o processador de textos para fazer meus resumos. Agora que comecei a estudar na biblioteca da tal faculdade, tenho de fazer todos os meus resumos a mão em um caderno. Para não correr o risco de daqui a algum tempo penar para estudar por esses resumos em virtude da minha caligrafia, achei por bem chegar em casa e passar tudo a limpo no processador de texto. Problema. Digitar esse material se mostrou um gasto de tempo que não me posso dar ao luxo de ter. Para cinco horas de estudo na biblioteca, gastei pouco mais de duas horas digitando, tempo esse que poderia estar estudando se tivesse tudo bonitinho digitado desde o começo. Daí uma vozinha me sussurrou um “é, amigo, acho que está na hora de você investir em um notebook”.

Estou longe de ser um concurseiro endinheirado. Quando decidi estudar para concursos me desfiz de praticamente tudo o que tinha para ter grana para bancar os estudos, daí que cada investimento tem de ser analisado três vezes antes de ser feito, ainda mais agora depois de dois anos de estudo quando a grana está rareando. Agora, uma coisa é não querer/poder gastar demais na compra de algo, outra coisa completamente diferente é fazer um investimento mal feito por conta disso. Em certas coisas, simplesmente, não dá para querer poupar demais. É o caso da compra de um livro essencial para os estudos, caso em que o melhor é comprar a edição mais recente, como é o caso da compra de um notebook, caso em que o barato pode sair caro.

Como tenho um pé na área de tecnologia, guio minhas compras na área pela boa e imortal máxima “compre o melhor que seu dinheiro permitir”. Explico. Tecnologia é algo que está em constante evolução e o equipamento de ponta de hoje já não o será daqui a dois meses e estará fora de linha em menos de dois anos, daí que comprando um equipamento topo de linha ou próximo disso hoje irá otimizar o investimento. Seguindo essa lógica, descartei de cara os tais netbooks, pois estão muito caros para o que oferecem por conta de terem se tornado moda. Parti então para os notebooks e aí o bicho pegou, pois são muitos os modelos, várias as configurações e também os preços, terreno pantanoso e ideal para fazer um mau negócio.

Antes de continuar, acho pertinente explicar a diferença dos novíssimo NETbooks para os tradicionais NOTEbooks. Note que não é o nome a única diferença entre eles. Os NETbooks são computadores pequenos, com telas de 10 polegadas no máximo, com baixa capacidade de processamento e idealizados para tarefas simples como navegar na Internet, ler documentos em PDF, fazer tarefas simples em processadores de texto e planilhas eletrônicas, são computadores pequenos, leves e de fácil transporte. Já os NOTEbooks são versões portáteis dos desktops, mais potentes, maiores e mais pesados, que permite rodar programas mais pesados e executar tarefas mais exigentes em termos de máquina.

Meu conselho, descartem a compra de notebooks que custem menos de R$1.500,00 e sejam de marcas “populares” como Positivo, Intelbrás e tal, visto que esses computadores trazem processadores e placas-mãe defasadas e fracas, apesar de muitas vezes oferecerem números vistosos de memória RAM e tamanho de HD. Agora, entre R$1.500,00 e R$2.000,00 há várias ótimas opções de marcas melhores como Microboard, DELL, Lenovo, HP, Acer, Toshiba e outras. Particularmente acho recomendável notebooks com no mínimo processadores Intel Core Duo, 2 gigas de memória RAM e 250 gigas de HD, menos que isso é bobagem, pois tornará a máquina defasada muito mais rápido.

Resumo da ópera – Estudar para Concursos Públicos não é algo barato, isso é fato e todo concurseiro sério sabe (e nossos bolsos sabem), só que devemos ver isso como investimento e não como gasto. Quando compramos um livro caro, um notebook ou viajamos para longe para prestar uma prova, estamos investindo em um futuro mais confortável e tranqüilo. É a velha história de plantar e colher, agora é a hora de plantarmos, mesmo que isso nos aperte financeiramente e signifique ter de abrir mão de alguns confortos, ficar sem grana ou mesmo ter de pegar um grana emprestada.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA


Asim, já postei esse clipe aqui, mas a música é legal e o clipe é divertido, então vale o repeteco. Com Beyonce o sucesso "Single Ladies (Put A Ring On It)".

É tanto material para estudar ...

Na cidade onde moro há uma tradicional faculdade de direito que por conta de alguns anos com média muito baixa nos exames da OAB de seus formandos, foi obrigada pelo Ministério da Educação a passar por uma boa reentruturação e a receber pesados investimentos a fim de melhorar a qualidade de ensino e o nível dos formandos. Pois bem, a biblioteca dessa faculdade, que até então era um cômodo com uma dúzia de prateleiras cobertas de livros velhos, agora é uma bela biblioteca moderna, informatizada, climatizada, e recheada com o melhor e mais atual em termos de bibliografia jurídica.

Como bom concurseiro em tempo integral que preza seu rico, suado e cada vez mais curto dinheirinho, resolvi aproveitar essa dádiva aberta ao público em geral e ontem comecei a estudar metade do dia nessa biblioteca. Nossa, esse está sendo um presente de natal antecipado. É um lugar calmo, quieto, com pouca gente e que oferece as últimas edições dos melhores e mais recomendados títulos das matérias cobradas em concursos públicos.

Ontem estava estudando Direito Constitucional, mais especificamente revisando a parte sobre Poder Executivo e quando parei para respirar que notei que tinha sobre a mesa, além da onipresente Constituição, três grossos livros cheirando a novo de autores conhecido. Então pensei, “putz, nunca acreditaria que teria de estudar desse modo para concursos públicos”.

É impressão minha, gente, ou estudar sério para concursos públicos se tornou algo mais exigente e complexo que estudar para um mestrado (nem digo graduação). Se pensarmos bem no assunto, isso chega a ser algo bastante absurdo. Nunca acreditaria a alguns anos se me dissessem que teria de estudar livros usados em cursos de Direito, notem bem o plural do “livros”, para poder enfrentar uma prova de concurso público. Sinceramente, estudo muito mais e com mais qualidade para concursos públicos hoje do que estudei durante todo meu curso de Economia na USP, sério.

Agora, não é bom nem falarmos muito em termos de investimento. Um dos livros que usava ontem na biblioteca, recém saído da gráfica em sua belíssima 28ª edição, custa novo quase R$200,00. Tempos atrás, com alguns amigos, fizemos as contas de quanto uma pessoa gastaria em um ano para se tornar um concurseiro solitário com material ideal, somando desde a cadeira que a pessoa fosse usar, passando por todo o material necessário, até a academia de musculação para manter sua forma física. O valor chegou a R$30 mil, ou seja, o preço de um bom carro zero quilômetro.

Mas deixemos essa questão do custo do investimento de lado e voltemos para o quanto temos de estudar. Converso com muita gente que já está empossada desde o ano passado e retrasado, além de professores de cursinhos para concursos, e é unânime a opinião de que de três anos para cá o nível de dificuldade das provas de concursos públicos e também o nível dos candidatos aumentou muito, mas muito mesmo. Se era intenção da Administração Pública atrair para suas fileiras os melhores dos melhores profissionais, estão conseguindo fazer isso sem problema algum. Hoje o concurseiro tem de ser muito bom em termos de conhecimento, disciplina e dedicação para conseguir garantir uma nomeação em cargo público.

Resumo da ópera – Dou graças a Deus por poder contar agora com uma ótima biblioteca para auxiliar nos meus estudos, estava mesmo precisando disso. Por outro lado fico triste ao pensar que há por aí muita gente boa que tem de ralar estudando sem uma biblioteca para auxiliá-lo, por mais simples que seja, assim como tem gente que estuda sem ver problema em gastar R$1.000 aqui e R$1.000 ali com livros para concursos públicos. Mas a vida é assim mesmo e temos de fazer a melhor limonada possível com os limões que nos atiram. Estou certo?

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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CLIPE DO DIA



O clipe de hoje é de uma música muito gostosa de ouvir da uma cantora e compositora escocesa Amy MacDonald. A música se chama "This is the life" e faz parte do seu primeiro CD com o mesmo nome. A voz meio rouca dessa menina combina muito bem com a música e seus olhos azuis são de tirar o fôlego.

A mesma história do sabão em pó

Nesse final de semana estava andando pelo centro da cidade quando uma entregadora de panfletos me deu um flyer de um novo cursinho que abriu as portas na cidade onde estou morando. Logo de cara me chamou a atenção a seguinte frase, “venha estudar com o cursinho que aprova os primeiros lugares nos principais concursos do país”. Não, não era uma filial do Obcursos ou qualquer outro cursinho famoso para concursos, nada disso.

Esse acontecimento me fez lembrar de algo que testemunhei muitos anos atrás em um supermercado. Estava fazendo compras e fui à seção de produtos de limpeza pegar alguns itens. Nisso tinha uma senhora escolhendo sabão em pó enquanto o filho, de uns sete ou oito anos de idade, aguardava pacientemente por perto. O menininho devia estar na fase de alfabetização na escola, pois queimava as jovens pestanas tentando decifrar o que diz um cartaz de propaganda. Lá pelas tantas ele perguntou para a mãe algo que também sempre me deixou em dúvida, “mãe, esse cartaz diz que o Omo está muito melhor e que limpa as roupas muito mais. Isso quer diz que o Omo antes era pior e não limpava as roupas direito?”.

Todo cursinho que se preze anuncia aos quatro ventos que é o melhor, que é o responsável pelas melhores colocações nos concursos mais concorridos, pelos maiores índices de aprovação. Daí o concurseiro que congita investir seu rico e suado dinheiro num curso para concursos fica naquela dúvida de qual está falando a verdade? Se todos se dizem os melhores, quais são os piores. Além disso, cada cursinho sempre anuncia algum novo método muito melhor que o anteriormente usado, que garantirá a aprovação dos alunos dedicados e tal.

Desde que comecei a estudar, até hoje não freqüentei um cursinho para concursos de forma regular. Já fiz alguns cursos relâmpago de final de semana no melhor estilo correção de provas ou resumão “the flash”. Agora, como escolher um cursinho para estudar seis meses, um ano? Sinceramente, não sei responder. Ainda sou partidário de perguntar para quem já está empossado, pois essas pessoas, sim, poderão dizer se um cursinho foi um bom investimento ou dinheiro e tempo perdidos.

Esse cursinho a que me referi no início do artigo veio para a cidade onde moro apostando em um local com excelente localização, propaganda pesada com flyers, faixas, outdoors e inserts nas rádios e TV locais. Além disso, estão oferecendo uma semana de test drive, ou seja, uma semana de aulas grátis sem compromisso para avaliar a qualidade dos serviços oferecidos. Estou tentando a checar esse test drive. Se não tiver mesmo de gastar nada, alguma coisa aprendo, então não será tempo perdido.

Resumo da ópera – Todo cuidado é pouco na hora de avaliar investir num cursinho para concursos, num livro ou apostila, há muitos cursinhos e títulos ótimos por aí, não há dúvida disso, mas há muito mais cursinhos e títulos de péssima qualidade, verdadeiros “caça-níqueis” cujo único proposto é fazer dinheiro fácil para donos, professores e autores às custas da “onda dos concursos públicos”. Portanto, fique de olho e valorize seu rico e suado dinheirinho.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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CLIPE DO DIA



Encontrei esse clipe muito legal na página de entrada do YouTube. A banda se chama The Saturdays, formada por meninas lindas, e a música "Forever is over", muito dançante a danada.

Disse que me disse

Bom dia Charles, sou leitora do seu blog há algum tempo, e você tem me ajudado muito nesta vida de concursos, admiro o trabalho que você faz, e a força de vontade de seus estudos. Lendo o artigo “Concursos públicos superpop” desta semana me remeteu a um comporamento parecido de pessoas não concurseiras.

Sou advogada, formada há dois anos e meio, e logo que eu formei eu comecei a trabalhar, e estudar loucamente para entrar no setor público. Após fazer milhares de concursos, e estudar MUITAS horas comecei ter aprovações, e num segundo momento a obtive primeira (e tão sonhada) nomeação.

Tomei posse como assistente administrativo, nível médio numa autarquia federal, e logo depois saiu a nomeação de outro concursos, também de nível médio com igual remuneração, cargo este que eu não assumi.

Alguns meses depois (semana passada) fui nomeada no Ministério da Fazenda (concurso que não vou assumir por conta de lotação em uma cidade que pra mim não vale a pena), sendo que mesmo não assumindo me deu um imenso gás para continuar estudando, estou num momento muito bom, minha auto estima está nas alturas e isso é um ótimo estado de espírito para me dedicar aos estudos.

O fato é que vem ocorrendo um fenômeno engraçado atualmente: as pessoas me abordam e ficam indignadas - “ué, por que você não vai fazer tal concurso?” É comum parentes ligando avisando que saiu concurso de Magistratura ou de Ministério Público, achando que eu deveria fazer que eu passaria, e quando eu explico que eu não tenho bagagem para um concurso deste, sempre tem a história de alguém, filho de fulana, que nem era tão inteligente, e passou!

Quando situações assim acontecem é que a gente percebe como as pessoas têm uma imagem errada (e até muito ingênua) sobre concursos. Eu passei em alguns concursos depois de muito esforço e dedicação, e não porque eu nasci muito inteligente, todos os que eu passei tinham matérias muito parecidas. E depois de muito tempo fazendo e não passando (o que ninguém se lembra) eu tinha muito das matérias básicas bem estudadas.

Agora começo fazer provas para cargo de nível superior (estou entrando numa segunda fase), escolhendo concursos com editais menores e que possam ser estudados na íntegra, e sei que, hoje, eu ainda não estou me preparada para um concurso “superpop”, mas assim que eu passar num concurso melhor eu vou escolher um e estudar exclusivamente para ele.

Resumo da ópera - Concurso é coisa séria que exige um planejamento lógico e realista até na hora da escolha, é importante saber o tamanho das suas pernas para saber quão longe você pode chegar. As pessoas ao seu redor como família e amigos, acreditam na aprovação en qualquer tipo de concurso quando começam a ver resultados, mas para quem está de fora é difícil saber a complexidade do que acontece nos concursos.

Tolima Rosa é uma concurseira que não acredita em contos de fadas concurseiros e sabe que para vencer é preciso muita luta.

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Sobre como está sendo estudar sem edital na mira


Desde a prova da ANAC passei a estudar sem ter um concurso marcado para correr atrás. Como já disse em outro artigo sobre esse assunto, é a primeira vez que faço isso. Desde que comecei a estudar para concursos públicos, sempre estudei tendo um concurso como alvo e um edital como guia, então estudar sem alvo e sem guia é para mim uma grande novidade.

Estudar dessa forma tem suas vantagens e desvantagens, mas de todas a que mais pega para mim é uma que tem duas caras, a falta de pressão. Explico.

Quando estudamos para um concurso com data marcada e edital publicado, temos a pressão de estudar tudo aquilo que está descrito no tal dentro do prazo que temos até a prova. Esse tipo de pressão é, de um lado, uma vantagem, visto que nos serve como parâmetro e motivador. Essa pressão nos impulsiona e nos faz dar o melhor que temos em termos de capacidade de estudo e de concentração. Por outro lado, é uma desvantagem pela sua tendência de nos fazer nos preocuparmos além dos limites, o que pode nos tirar o sono, afetar nosso rendimento e, principalmente, nossa saúde.

Hoje estudo sem essa pressão. De um lado ainda é algo estranho para mim, ainda não me acostumei com a coisa e de vez em quando me incomoda. Tenho de ter uma disciplina muito mais forte para conseguir estudar o que planejei no tempo estabelecido. A falta de pressão faz aparecer um bichinho muito chato chamado “não preciso correr com isso”, inimigo declarado dos planejamentos de estudo. Por outro lado, estudar sem pressão é estudar de forma mais tranqüila, mais zen, o que é algo muito bom, não posso negar.

Por enquanto estou de olho no concurso do Banco Central, que segundo algumas notícias divulgadas deve ter o edital publicado em Novembro com provas em Janeiro. Enquanto esse edital não é publicado nem aparece na praça algum outro bom concurso que esteja dentro do meu foco, vou estudando sem pressão. Estou no final de uma boa revisão de Direito Administrativo e Raciocínio Lógico, assim que terminar passo para Arquivologia e Direito Constitucional. Essas revisões são extremamente válidas, visto que são de matérias “arroz com feijão” em concursos públicos.

Ainda sobre esse concurso do Banco Central, um leitor do blog perguntou se vou fazê-lo e se em caso positivo “acha que compensa pelo risco de ter que portar arma de fogo e fazer serviços de segurança?”. Bem, pretendo fazê-lo, como já disse, e não me preocupo com essa história de arma de fogo e serviços de segurança. Explico. Numa entrevista dada não faz muito tempo por um dos chefões do BC para um site de concursos, ele foi questionando sobre isso e explicou que não são todos os técnicos que passarem no concurso que irão para o setor de segurança, mesmo assim não irão trabalhar com segurança propriamente dito, algo que é feito por empresas terceirizadas, mas farão a supervisão desse setor. Além disso, o porte de arma é pro forma. Tem muita gente pensando que passando nesse concurso se vai trabalhar como segurança de carro forte, não é nada disso, gente.

Resumo da ópera – Estudar sem edital na mira não é algo ruim, mas também não é fácil. É preciso muita disciplina e planejamento. De qualquer modo estou aprendendo com isso e aprendizado nunca é demais. O que não se pode deixar de fazer é continuar estudando, pois nunca se sabe quando será publicado o edital de um ou mais ótimos concursos com prova para apenas um mês depois. Se isso acontecer, o que não é muito difícil, vencerão os que estiverem preparados.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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CLIPE DO DIA


Vocês sabiam que a música de abertura da novela Caminho das Índias (Globo) faz parte de um filme indiano que fez muito sucesso por lá chamado "Omkara"? Pois é verdade. Esse filme é uma versão suburbana do drama shakespeariano "Othelo", que versa sobre o ciúme. A música se chama "Beedi", nome de um tipo de cigarro popular e barato na Índia, e quem canta é Sizzling Bipasha. Esse clipe não tem imagem muito boa, mas legendas em inglês do que eles cantam. Esses filmes indianos com essas apresentações musicais são muito engraçados, hehehe. Gosto dessa música, muito dançante.

Considerações sobre o novo concurso do MPOG

Ontem foi publicado os editais de mais um dos grandes concursos do ano em termos de número de vagas, o concurso do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), que oferece 566 vagas para agente Administrativo, analista técnico-administrativo e analista em Tecnologia da Informação, com remuneração entre R$ 2.067,30 e R$ 5.843,28.

Só que esse concurso tem alguns porém que deverão ser levados em consideração:

- A grande maioria das vagas é para exercício em Brasília (DF);

- A banca escolhida foi a FUNRIO.

Mas há também alguns pros:

- O valor relativamente baixo das remunerações e a concentração de vagas em Brasília prometem não tornar esse concurso um campeão de concorrência;

- Por ser realizado nessa época de concurso da Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal, objetos de desejo de um sem número de concurseiros, promete não ser mesmo um campeão de concorrência.

Sobre a banca escolhida, a FUNRIO, devo dizer que nunca nem vi uma prova dela. Sei por informações colhidas em fóruns e comunidades de concursos públicos que é uma banca que cobra a literalidade da matéria, inclusive notas de rodapé, ou seja, é uma versão hardcore da Fundação Carlos Chagas, que é bastante desorganizada, com pouca tradição em concursos públicos e que já teve um caso escabroso de vazamento de gabarito antes da realização das provas. Essa mesma banca está responsável pela prova da PRF e a reclamação entre os concurseiros é enorme por conta desses e outros motivos.

O valor das inscrições é modesto em comparação com outros concursos, vai de R$48,00 a R$63,00 e as provas poderão ser feitas em diversas capitais.

Notem que as vagas fora de Brasília são apenas para o cargo de Agente Administrativo (nível médio), cuja remuneração é de pouco mais de R$2 mil, o que pode ser um problema para quem precisaria se mudar para essas capitais para exercer o cargo. Esse valor em Brasília ou em São Paulo é muito baixo para quem precisaria alugar um lugar para morar, montar casa e tal. Eu, particularmente, acho que não vale a pena a não ser se a pessoa já mora nessas cidades ou tem como se mudar para lá sem precisar pagar aluguel.

Os programas de matéria são bem enxutos e trazem indicação de bibliografia, com peso grande para português. Para vocês terem uma idéia, para o cargo de Agente Administrativo serão 22 questões de português e 28 de outras quatro matérias(!). Mas fiquem espertos que pelos comentários que encontrei, a prova de português dessa banca é gramática puríssima e refinada na veia.

Resumo da ópera – Esse concurso não é para mim. Particularmente continuarei estudando tranqüilamente para o Banco Central, que ainda não teve edital publicado. Mas se é para você, bons estudos e boa sorte.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA




Em homenagem a chuvinha que não para de cair, um sucesso dos anos 80 da banda Supertramp, "It´s raining again".

Estudar aos trancos não é uma opção

“Estou numa dúvida muito grande nos últimos dias e gostaria da sua opinião sobre o que seria melhor eu fazer. Tenho 32 anos e estou estudando para concursos desde julho do ano passado. Apesar de já ter conseguido uma boa classificação em dois concursos, nos quais ainda poderei ser nomeada até o final do prazo de validade, ainda não emplaquei uma classificação dentro do número de vagas do edital. Moro com meus pais para economizar e poder estudar melhor, mas o dinheiro que tinha, resultado de uma rescisão contratual do meu último emprego, está acabando e vejo que precisarei voltar a trabalhar para poder bancar meu material de estudo, inscrições, viagens para provas. Apareceu uma oportunidade na minha área, promoção de eventos, muito boa, mas que me tomará a maior parte do tempo do início do mês que vem até final de janeiro. Será que vale a pena eu agarrar essa oportunidade mesmo tendo de ficar alguns meses sem estudar, mas depois podendo estudar até o final do ano que vem com tranqüilidade, ou devo procurar outro trabalho que me permita continuar estudando? Não sei o que fazer”.

Quando recebi esse email de uma concurseira dias atrás, na mesma hora me veio à mente o sinal de trânsito de proibido parar e estacionar. A utilização dessa placa indica no trânsito um local no qual é proibido parar o automóvel mesmo que seja por um curto espaço de tempo, quanto mais por um longo espaço de tempo, que configura estacionar o mesmo. Essa placa me veio a mente justamente porque acho que essa concurseira não pode parar ou estacionar seus estudos por conta dessa boa oportunidade de trabalho. Explico.

É muito comum de concurseiros se verem obrigados a voltar ao mercado de trabalho a fim de ganharem dinheiro para bancar seus estudos. Eu mesmo estou perto disso, já que a grana que tinha economizado para tal está próxima do fim. Isso acontece e esses concurseiros têm de se virar para continuar estudando para concursos públicos, isso é fato, já que bons livros para estudar custam caro, inscrições de concursos custam caro, viajar para prestar provas custa caro. Só que trabalhar não pode, nunca, ser incompatível com estudar.

Um dos maiores erros, senão o maior, que pode ser cometido por concurseiros sérios é achar que é possível parar de estudar por um tempo para trabalhar e então voltar aos estudos alguns meses depois como se nada tivesse acontecido. Infelizmente não é assim que as coisas funcionam. Parar de estudar por uma semana, até um mês, é uma coisa. Agora, parar de estudar por alguns meses é algo completamente diferente.

Dar um tempo nos estudos por até um mês, seja porque se está muito cansado, seja porque se tomou posse num cargo público e se está ambientando, seja por qual for o motivo, é complicado, mas não é algo fatal. Notem que parar completamente de estudar não é nada saudável, visto que esquecemos muito rápido o que estudamos se pelo menos não lermos um resuminho uma vez por semana que seja. Mesmo assim é possível voltar a estudar com qualidade e dar conta do estrago com uma ou duas semanas de revisão intensiva.

Agora, quando uma pessoa fica três, quatro, seis meses longe dos estudos, o estrago no sentido de se esquecer o que se aprendeu com tanto custo é irreversível. Quando a pessoa voltar a estudar, será como recomeçar não do zero, mas próximo dele. Se pelo menos esquecêssemos das coisas de maneira uniforme, mas esquecemos coisas aqui e ali, daí nosso conhecimento fica cheio de furos, como um queijo suíço. Nessa situação é muito mais fácil estudar tudo novamente do que ficar perdendo tempo procurando os buracos para tapá-los.

Notem que a situação dessa concurseira não permite que, simplesmente, ela escolha não trabalhar. Ela tem de trabalhar para poder financiar seus estudos. Se ela tem uma boa oportunidade, então a melhor opção que ela dispõe é se desvirar em duas ou três. No seu lugar eu daria um jeito de estudar pelo menos uma horinha por dia. Na verdade esse estudo seria apenas uma revisão do que ela já estudou, um mecanismo para ela manter fresco na mente tudo o que já aprendeu, mas já é o suficiente para permitir que quando ela voltar a estudar em tempo integral possa continuar de onde parou. Para fazer isso uma boa programação é essencial, pois permitirá que ao longo dos dias, semanas e meses se possa repassar o máximo de matéria possível de forma rápida e otimizada, voltada, como já disse, para manter fresco na mente o que já se aprendeu.

Resumo da ópera – Estudar para concursos não é como fazer algum tipo de artesanato que possa ser colocado de lado e retomado alguns meses depois como se nada tivesse acontecido. Estudar para concursos é algo muito delicado e sério, que precisa ser exercitado diariamente, seja por dez horas ou por uma hora, o que não pode acontecer é parar ou estacionar.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA




Para variar um pouco, hoje tenho para vocês uma apresentação muito engraçada de um ótimo ventríloco norte-americano, Jeff Dunham, com seu impagável personagem "Achmed, O Terrorista Morto".

Sobre provas físicas

Nesse final de semana encontrei um velho amigo que desde o início do ano também é concurseiro. Colocamos a conversa em dia, falamos dos amigos em comum, contamos sobre nossas jornadas na guerra dos concursos públicos e por aí vai. Lá pelas tantas começamos a falar dos próximos concursos que esse amigo prestará, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal, e lá pelas tantas o assunto girou em torno de algo muito importante em concursos desse tipo e, mesmo assim, deixado de lado por muitos candidatos.

“Então, estou cuidando da preparação física desde o primeiro dia de estudo. Hoje consigo dar conta de todas as séries de exercício exigidas no edital com folga e sem me cansar muito. Segui o conselho de outros concurseiros que passaram em provas teóricas e morreram na praia nas provas físicas”.

É, gente, a coisa é por aí mesmo. Eu também conheço concurseiros que se ferraram em provas físicas de concursos públicos exatamente porque não treinaram. O cara olha para o edital, vê as séries de exercícios e corrida que terá de fazer e pensa “será fácil, dou conta tranqüilo”, desconsiderando completamente que a vida bastante sedentária do concurseiro que passa o dia sentado estudando é um fator que não somente pode como deve ser levado muito em conta. Seis meses nessa vida sem prática física diária é o suficiente para fazer qualquer corredor de maratona perder o fôlego e meses, anos de treinamento.

Se você pretende prestar concursos militares ou para a área de segurança, nos quais provas físicas são regras é muito importante que você observe no edital do último concurso quais foram as séries de exercício exigidas e o tempo para realizar cada uma. Com essas informações você deve montar um programa de condicionamento físico que permita que você dê conta de 120% dessas séries no tempo exigido. Porque treinar para séries maiores do que foram pedidas? Simples. Primeiro porque fazendo mais séries em determinado tempo, você fará menos séries no mesmo tempo de forma muito mais tranqüila. Segundo porque o nervoso do dia dos exames físicos poderá (quase certamente) seu condicionamento físico, então treinando mais forte você compensará esse efeito. Terceiro porque ninguém sabe se a banca resolverá cobrar séries maiores que as do concurso passado, então se isso acontecer você estará preparado.

Resumo da ópera – Quem pretende prestar concursos em que são exigidas provas físicas deve dar tanto atenção para os estudos teóricos quanto para o condicionamento físico. Não há nada mais frustrante que ir muito bem na prova teórica e morrer na praia na prova física por falta de treinamento prévio constante e planejado.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA



O clipe de hoje é de um dos sucessos da banda Girls Aloud entitulado "The Promise", belo clipe por sinal.

Estudar sem concursos previsto

Eu vi um artigo com este titulo neste blog, é uma realidade que venho enfrentando há uns 02 anos. No meu caso, estou ainda cursando a graduação em Direito, o concurso para o qual estudo, ou quero estudar é o MPF.

Contudo, antes de entrar de cabeça nas matérias que caem no MPF, tenho que me preocupar para ser aprovado no Exame da OAB, o qual aqui no meu Estado (MS), teve uma aprovação somente de 16% dos bacharéis inscritos. Preciso passar na OAB, porque para assumir qualquer cargo no Ministério Público ou Magistratura (maioria dos cargos na área jurídica, com várias exceções) exige-se 03 anos de prática jurídica após a conclusão do curso (eu preciso advogar três anos).

Então, no momento só estou estudando as matérias que caem no Exame da OAB. A parte interessante é que muitas das matérias que caem na OAB caem também no MPF. Daí, eu já aproveito para estudar para as duas provas (isso me motiva). No entanto, não estudo todas as matérias que caem na OAB, já que algumas delas não caem para o MPF, como por exemplo Direito do Trabalho e Processo do Trabalho.

Além de eu cursar a faculdade no período noturno, faço estágio durante o dia inteiro (08:00 – 11:00, 13:00 – 17:00) num escritório de advocacia. Com isso, o meu tempo é bem exíguo para me dedicar aos estudos. Costumo estudar nos finais de semana, 1 hora na hora do almoço, 1 hora depois do estágio e antes da aula da faculdade e 1 hora antes de dormir, portanto 3h líquidas por dia. Com isso, mesmo que de forma devagar estou continuando nos estudos, atrás do meu projeto de vida.

Já fiz alguns cronogramas de estudo na planilha do Excel, com estudo programado de duas matérias por dia, mas não consegue seguir a risca, então mudei minha estratégia, estudo uma matéria por dia, e caso não consiga estudar muito a matéria reservo o dia seguinte também para a mesma matéria. Fiz uma seqüência de matérias que devem ser estudadas (Constitucional, Administrativo, Penal, Processo Penal, Comercial, Civil, Processo Civil, Ética, Consumidor, Tributário, Eca), faço exercício (questões da OAB) das últimas 07 provas para treinar (quem não treina não ganha jogo), e saber se tenho possibilidade de passar na OAB, afinal estou no 5º ano (10 semestre) do curso, e vou fazer o exame da OAB no final do ano, ou logo no começo do ano.

Se eu passar na OAB na primeira (vou fazer até passar não importa quanto), será no “mínimo” mais três anos de estudos longos, até concluir o três anos de atividade jurídica e estar preparado para passar no MPF.

A privação, a falta de baladas, mulheradas me faz falta. Mas, consigo superar esse momento de dureza, afinal escolhi um curso que se você não se dedicar para valer vai colocar o diploma na parede e não vai ter o que fazer.

Entro nesse blog quase todos os dias, para me motivar, ouvir conselhos e dicas de outros concurseiros. AGRADEÇO A TODOS VOCÊS, e hoje estou tentando dar minha colaboração, contando um pouco da minha experiência como concurseiro solitário.

Concurseiro Aldo Kawamura

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A Polêmica Resolução – Parte III

Fechando essa pequenina coleção sobre a Resolução, falarei um pouco mais sobre as etapas nº. 3, 4 e 5.

A terceira etapa sem grandes novidades (de caráter eliminatório). É o momento da inscrição definitiva, devendo o candidato instrui-la com os documentos que serão exigidos. A relação completa está na Resolução.

Nesta etapa, ainda, haverá o exame da vida pregressa do candidato (uma investigação profunda e complexa do passado do candidato), e o temido para uns e sem maiores traumas para outros do exame psicotécnico. Não me lembro de ter lido nos editais anteriores da magistratura de SP a possibilidade de a banca examinadora requerer exames complementares. Em todo o caso, essa faculdade é expressa na resolução. Assim, se a comissão não estiver satisfeita com o exame psicotécnico padrão, ela poderá requerer outros exames suplementares para aferir a sanidade mental do candidato.

A quarta etapa é a prova oral (de caráter eliminatório e classificatório). Aqui me permitam uma saliente e alegre satisfação pela vinda dessa Resolução.

Senhores, depois de anos de luta dos concurseiros para que pudéssemos, de alguma maneira, refutar a prova oral, a Resolução finalmente nos dá uma maneira de fazermos isso: as provas orais deverão ser GRAVADAS! Olha o que diz o art. 64, parágrafo único da Resolução: “Haverá registro em gravação de áudio ou por qualquer outro meio que possibilite a sua posterior reprodução”. Gente, essa é uma vitória sem precedentes na nossa vida de concurseiro para a magistratura, porque é possível hoje impetrar Mandado de Segurança, caso haja algum erro ou equívoco na sua prova oral. Isso era uma angústia para todos os concurseiros, pois era difícil se ter um comparativo para se saber se o candidato foi bem ou foi mal. Agora, com a gravação, vamos ter uma terceira opinião (do Judiciário), para sabermos se merecíamos mesmo sermos reprovados ou não (Risos).

Todavia, alegria de pobre dura pouco mesmo, pessoal. O lado ruim é que aquelas novíssimas matérias (Sociologia do Direito, Psicologia Judiciária, Ética e Estatuto Jurídico da Magistratura Nacional, Filosofia do Direito e Teoria Geral do Direito e da Política), serão abordadas na prova oral. Difícil, difícil porém NÃO IMPOSSÍVEL, ainda mais para concurseiros sérios!

A quinta e última etapa é a entrega de títulos, de caráter meramente classificatório. A lista de títulos válidos e sua correspondente pontuação estão discriminadas na Resolução. Já antecipo que muitas atividades nossas, principalmente aprovações em concursos públicos, terão uma pontuação boa e importante.

Resumo da ópera - A Resolução contém inúmeros outros pontos importantíssimos; porém, para não cansá-los deixo que vocês mesmos façam a leitura e retirem as suas próprias conclusões se ela foi bem vinda ou prejudicará por demais nós concurseiros.

Jerry Lima, um concurseiro profissional.

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Concursos públicos superpop

“A xxx Cursos tem um recado para você que tem diploma de curso superior em qualquer área. Foi publicado o edital para o concurso da Polícia Federal. Salário inicial de R$ 5.620. Aulas ministradas no Colégio abc por policiais rodoviários federais. Não perca essa chance de mudar sua vida para melhor. Mais informações pelo telefone xyz”.

Como alguns de vocês já sabem, no momento moro em uma cidadezinha no sul de Minas Gerais. Pois bem, ontem tive de fazer algumas coisas no centro da cidade e no caminho ouvi essa mensagem do parágrafo anterior dita pelo locutor da rádio local que é a mais ouvida da região. Assim que ouvi tal chamada comercial, pensei no assunto do artigo de hoje.

A Luciana Gimenez que me perdoe, mas vou me apropriar do nome do programa diário dela na Rede TV por não encontrar definição mais divertida e “tudo a ver” para alguns grandes concursos que entraram para o imaginário das pessoas como as grandes oportunidades em termos de concursos públicos, concursos que por isso se tornaram superpop. Um deles são os concursos da Polícia Rodoviária Federal, outro é o de Auditor Fiscal da Receita Federal, outro ainda são os concursos para magistratura.

O que há de errado com esses concursos superpop? Nada, não há nada de errado. Acho apenas interessante como essas coisas entram no imaginário popular a ponto de merecer comercial em rádio local. Não é a toa que esses concursos têm centenas de milhares de candidatos, afinal de contas, entre os concursos são celebridades.

Imaginem o que passa pela cabeça daquela pessoa que está desempregada ou insatisfeita com o trabalho atual quando ouve uma propaganda dessas no rádio ou então lê um cartaz ou panfleto distribuído na rua anunciando cursinhos para tal concurso. Claro que o cara vai pensar “putz, essa é a chance que eu preciso” e acha que estudando por aquela apostila comprada baratinho na banca de jornal da esquina ou fazendo um cursinho “meia boca” com três aulas por semana está preparado para encarar um concurso desse porte com chances reais de sucesso.

Quem se dá bem em concursos superpop? Digo que 90% de gente que já vem estudando forte para esses concursos há pelo menos um ano antes da publicação do edital e 10% de gente com alguma base das matérias a serem cobradas que estudam feito dementes 20 horas por dia com qualidade AAA após a publicação do edital.

Acho que o grande problema de um concurso ser superpop é o extra no aumento da dificuldade para passar pelo funil representado pelo enorme número de candidatos. A lógica é simples, se há um número muito grande de candidatos para um concurso público, a banca tende a dificultar a prova um pouco (ou um muito mais, vai saber) que o normal para evitar que muita gente alcance excelentes pontuações e no final tenho candidatos três, quatro, cinco vezes o número de vagas, empatados com pontuação alta.

Resumo da ópera – Se sua meta é encarar um concurso superpop, pode se preparar muito, mas muito bem, meu amigo.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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CLIPE DO DIA



O clipe de hoje é de uma música muito interessante, que foi a vencedora do concurso Eurovision, que escolhe anualmente a melhor música interpretada por representantes dos países europeus. O nome do cantor é Alexander Rybak, a música se chama “Fairytale” e ele representava a Noruega.


Sobre trabalhar e estudar

Uma concurseira leitora do blog postou no shoutbox um pedido de orientação para uma situação que está vivendo e que é muito comum a muitos concurseiros. Ela diz que desde o início do ano estava apenas estudando em tempo integral, só que a grana começou a faltar e agora ela conseguiu um emprego. Essa concurseira agora está com medo de não conseguir manter uma rotina de estudos por estar trabalhando, mas também não conseguiria estudar se não trabalhasse.

Esse tipo de situação, ter de conciliar trabalho e estudo é muito comum na vida dos concurseiros, antes ou depois da posse. Explico. Estudar e prestar concursos públicos não é barato, isso é fato. Bons livros e cursos são caros, inscrições de concursos públicos são caras, viajar para prestar prova é caro. Se o concurseiro não pode contar com o suporte financeiro da família ou de alguma poupança que tenha feito, então terá de trabalhar para bancar sua luta, simples assim Acontece muito também do concurseiro ser empossado em um cargo com remuneração menor e continuar almejando cargos melhores com remuneração do mesmo modo muito melhor que a que já tem garantida, daí terá de continuar estudando.

Mas como conciliar trabalho e estudo?

A resposta para essa pergunta pode ser respondida de duas formas:

RESPOSTA GENÉRICA – Com disciplina e muita força de vontade.

Tudo bem que “para bom entendedor meia palavra basta”, mas não precisamos ser tão condensados. Essa resposta indica um caminho, mas não é muito prática.

RESPOSTA PRÁTICA – Com planejamento, disciplina e força de vontade, da seguinte forma:

PLANEJAMENTO – Quem trabalha tem pouco tempo para estudar, isso é fato. São algumas horas por dia e os feriados e finais de semana. Há dois possíveis horários de estudo, antes de ir trabalhar (sim, você pode acordar às cinco da manhã e estudar) ou à noite, depois do retorno para casa. Qual o melhor horário? Dependerá da pessoa. Tem gente que estudar melhor pela manhã, enquanto outras estudam melhor à noite, outras ainda preferem combinar ambos e estudar um pouco antes de ir ao trabalho e um pouco após o retorno para casa. Quantas horas estudar? Também dependerá da pessoa, da intensidade do trabalho que se tem, da distância de casa. Uma pessoa que tem um trabalho que exige muito em termos mentais e mora longe, portanto chega tarde em casa, não poderá se exigir estudar cinco horas com qualidade. Do outro lado, se a pessoa tem um trabalho que exige pouco mentalmente e chega cedo em casa, poderá estudar um pouco mais. Note que também é preciso escalonar o estudo, ou seja, começar de leve nas duas primeiras semanas de conciliação de trabalho e estudo e então aumentar gradativamente a carga de estudos. Com planejamento, minha gente, tudo se faz, mas sem planejamento, bem, vocês já podem imaginar.

DISCIPLINA – A disciplina será indispensável para quem quiser estudar e trabalhar. Não é fácil chegar cansado em casa depois de um dia de trabalho e ainda ter de estudar com qualidade. Note que é muito fácil estudar “pelas coxas”, fingir que estuda, mas isso é perda de tempo e não leva a lugar nenhum, melhor gastar o tempo assistindo TV. O concurseiro disciplinado tem hora para começar e para acabar a jornada de estudo. Se é para estudar duas horas por dia, ele estuda e ponto final.

FORÇA DE VONTADE – Se a disciplina é o guarda que te obriga a cumprir uma rotina e os horários pré-estabelecidos, a força de vontade é o treinador que não o deixa desistir, que te dá força, que te motiva, que fica gritando nos seus ouvidos “continue, vá em frente, você está indo muito bem, força”. Sem força de vontade não há planejamento ou disciplina que posso te ajudar a estudar com qualidade paralelamente enquanto trabalha.

Resumo da ópera – Não, não é fácil trabalhar e estudar. Digo isso com conhecimento de causa, já que fiz faculdade à noite e trabalhei desde o segundo ano da graduação, primeiro como estagiário, depois como trainee. É rabo de foguete sair cansado do trabalho e encarar uma rotina de estudos até dez ou onde da noite. Mas me formei e muito bem, então dá para fazer. Como disse, se o concurseiro fizer um bom planejamento, ter disciplina e força de vontade, estudar e trabalhar será apenas mais uma fase no jogo que quando vencido o premiará com um belo cargo público com remuneração polpuda.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA


O clipe de hoje é de outra outra música da big band suíça chamada Movitz! (dias atrás postei outro clipe da banda). A música se chama "Fel Del Av Gården", juro que é esse o nome, que não sei o que significa e muito menos entendo o que cantam, mas que a música é boa e o clipe é divertido, isso são.

Não deixe de sonhar

Todo concurseiro sério faz duas coisas em seus primeiros meses de estudo, estudar desesperadamente sem técnica ou planejamento algum e sonhar com o que fará ou comprará quando estiver empossado ganhando uma boa remuneração mensal. Mas o tempo, aquele que em tudo dá um jeito, trata de lidar de ambos a seu próprio modo.

Quanto ao estudo desesperado, o tempo nos ensina que não é assim que devemos fazer. Aprendemos que é necessário técnica e muito planejamento, que as coisas devem ser feita do modo certo, na hora certa, na quantidade certa. Com o tempo passamos a otimizar o tempo de estudo, trocamos a quantidade pela qualidade. Descobrimos que estudar para concursos públicos é correr uma longa maratona, não cem metros rápidos.

Já quanto aos sonhos, bem, o tempo e as dificuldades dessa guerra de longa duração nos dão aquela mãozinha para os enterrarmos sob sete palmos de tristeza, frustração, dor e lágrimas. Com o tempo deixamos os sonhos de lado e passamos a viver exclusivamente da dura e fria realidade, visto que sonhar é acaba se tornando algo doloroso, um lembrete de que não vencemos tão rápido e facilmente quanto acreditávamos nos primeiros meses de estudo que seria possível.

Felizmente nem tudo que o tempo nos ensina é algo útil e uma dessas coisas é essa história de desistirmos de sonhar. Deixar de sonhar com o que se vai fazer ou comprar quando se estiver empossado ganhando uma boa remuneração mensal é como não querer comer mais nada além de pão de forma, água filtrada e um punhado de pílulas com vitaminas e demais complementos alimentares.

Sou apaixonado por fotografia. Não sei cantar, interpretar, tocar nenhum instrumento, pintar ou desenhar, mas sou um bom fotógrafo. Inclusive já fui fotógrafo profissional, fotografava modelos para agências e catálogo, fui professor e instrutor da arte, tive uma revista online de fotografia. Infelizmente é muito complicado viver de arte no Brasil, então deixei de lado essa paixão com a promessa de retomá-la quando estiver empossado, daí poderei fotografar por gosto, sem me preocupar em fotografar o que não gosto de modo a poder pagar as contas.

Pois bem, sempre recebo alguns catálogos de cursos e workshops de excelentes escolas norte-americanas e européias. São belos catálogos em papel de primeira, recheados de lindíssimas fotos, e cada curso e workshop de cair o queixo de qualquer apaixonado por fotografia, nos lugares mais fotogênicos e com orientação dos mestres da arte. Ontem mesmo recebi um desses catálogos e confesso que passei uma boa hora lendo sobre os cursos e workshops, deleitando-me com as fotos, avaliando todas as oportunidades e escolhendo as que mais me agradaram. Fiz até uma consulta de preço de passagens, listei os custos adicionais, finalmente descobri que um belo workshop de três dias em Tucson (Arizona – EUA) com um mestre na fotografia em desertos me custaria com tudo incluído (passagens, estadia, curso, alimentação, ...) US$2650, o que pelo câmbio de ontem daria algo em torno de R$4.800,00. Hoje não tenho grana para bancar uma bela viagem fotográfica dessas, mas não me custa nada sonhar, tanto não custa nada como não é perda de tempo, pois se de um lado tenho certeza de que vencerei essa guerra e terei condições financeiras para bancar uma viagem dessas umas duas ou três vezes por ano, por outro lado sonhar um pouco levanta minha moral, me faz deixar o pão e água de lado para abocanhar uma bela fatia de bolo com delicioso recheio e generosa camada de glacê.

Resumo da ópera – Não desistam de sonhar, amigos concurseiros. Para concurseiros sérios sonhar é antecipar um pouquinho da doçura da vitória na guerra dos concursos públicos, já que a vitória é uma questão de tempo, pois o esforço e dedicação a seriedade garante. Então sonhe com o carrão que você quer comprar, com a casa que quer construir, com as viagens que quer fazer. Sonhar é bom, não custa nada, desintoxica, dá ânimo, acalenta nossa moral cansada e judiada. Sonhar demais pode ser um problema, mas sonhar de menos também!

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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CLIPE DO DIA



O clipe de hoje é de uma versão moderninha, meio pop meio country, de um clássico dos anos 60 chamado "These boots are made for walking". A cantora é Jessica Simpson. Tudo bem que ela é bonitona, mas dessa fez confesso que prefiro o carrão do começo do clipe ... hehehehe ... é um legítimo muscle car Dodge com V8 ... uau ...

Quando é preciso ligar o foda-se


No final de semana li no site do Jornal dos Concursos um artigo muito interessante entitulado “A vida em parágrafos - Entre pilhas de livros e pesadelos” (clique no título para ler), que narra as desventuras de uma concurseira que larga tudo para estudar para concursos públicos, mas que apesar da dedicação ainda não conseguiu ser garantir a posse. O artigo mostra bem o drama pelo qual todos os concurseiros sérios passam de ter de estudar muito e mesmo assim não garantir a vitória rapidamente como queriam, a necessidade de enfrentar o cansaço e o desânimo, retrata também a incompreensão dos familiares e amigos com a necessidade de isolamento do concurseiro, visto que estudar não combina com se divertir regularmente com os amigos ou participar intensamente da vida familiar ... e é sobre esse último ponto que se trata esse artigo.

No artigo do Jornal dos Concursos lê-se o seguinte:

Os amigos nem mais compreendiam tamanho afastamento. Nessa época de clausura “obrigatória”, uma de suas irmãs ressentiu-se da pouca procura e achou até mesmo que Patrícia tivesse cortado relações. “Fiquei feito louca, não falava com ninguém. Não era nada com ela”, explica.

Que concurseiro sério não enfrentou situações desse tipo? Eu não conheço nenhum que não tenha passado por essas cobranças chatas uma hora ou outra. E parece que não adianta muito dar um toque do tipo “olha, gente, estou estudando para concursos, tenho de me dedicar 110% se quiser ser empossado, então não levem a mal que eu fique meio sumido, não é nada com vocês, não”, pois depois de algumas semanas as pessoas esquecem que você avisou e começam a agir como se você fosse um desalmado que abandonou família e amigos e não está nem aí para eles.

Se vocês querem saber, é nessas horas que vemos como muitos familiares e amigos estão mesmo mais preocupados com eles próprios que com a gente. Quem o fica acusando de sumido ou fica ressentido com seu afastamento para estudar na verdade está mais preocupado com a parcela do próprio bem estar que você
”roubou” deles com seu afastamento que com o seu bem estar, que na condição de servidor público será muito maior.É aquela velha história do “para mim tudo, para você as pedras”.

Penso assim, quem realmente gosta de mim e se preocupa com meu bem estar, não vai ficar me recriminando por ter de me tornar um monge concurseiro. Essas pessoas sabem que não estou fazendo isso porque é algo que me traz prazer, seja prazer por ficar o tempo todo sete dias por semana estudando, ou o prazer de as privar da minha companhia, muito pelo contrário, respeitam o momento que vivo e me apóiam como podem. Agora, quem me recrimina pelo meu afastamento está mais preocupado com os próprios interesses, daí porque teria de esquentar a cabeça com essas pessoas egoístas? Não esquento mesmo.

Já diz a boa e velha sabedoria popular que é nos maus momentos que reconhecemos os verdadeiros amigos. Não que estudar para concursos seja um mau momento, nada disso, mas não deixa de ser um momento duro e complicado em nossas vidas, como temos de abdicar do presente pelo futuro, abrir mão do pouco hoje pelo muito de amanhã. É mais ou menos quando se você tivesse um pickup daquelas que cabem dez pessoas mais uma tonelada de bagagem e leva os amigos e familiares para viajar, para a praia, para acampar, ajuda com mudanças e tal. Quando você resolve vender o carro para investir em algo em que acredita e fica a pé, a maioria o recrimina visto que perderam a carona, apenas um punhado compreenderá que você fez isso porque quer algo melhor, não porque gosta de andar a pé e não poder dar carona para ninguém por algum tempo.

Resumo da ópera – Se você está enfrentando esses tipo de problema hoje, ou se enfrentar no futuro, simplesmente ligue o foda-se e pronto. Você que sabe o quanto está tendo de abdicar em sua vida hoje para ter um futuro mais tranqüilo e estável como servidor público, só quem está na mesma situação que você sabe o quanto esses sapatos são apertador, o quão dura é essa jornada, como é sangrenta essa guerra. Aproveite para guardar bem na memória quem realmente o apoiou e quem apenar o recriminou e criticou, pois só os primeiros merecerão sua atenção no futuro quando você estiver empossado, de carrão na garagem, grana no bolso e tempo para dedicar aos verdadeiros amigos, sejam familiares ou não.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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CLIPE DO DIA


O clipe de hoje é de uma música que tem no título um recado para quem fica nos criticando sem estar nem aí para nosso projeto de posse em um cargo público, "Fuck You (So Much)" com Lilly Allen.

Promessas que não serão cumpridas

Segundas-feiras são, por excelência, dias especialmente dedicados a promessas que não serão cumpridas. Que ouse discordar quem nunca prometeu para si mesmo um “na segunda-feira começarei a fazer isso”, “na segunda-feira deixarei de fazer aquilo” ou qualquer variação do tipo.

Todo mundo já tomou uma dessas resoluções em meio de semana, se comprometeu a começar na segunda-feira e nada, a promessa foi esquecida ou seu cumprimento adiado. Quantos regimes já não começaram na segunda-feira, quantas resoluções importantes deixaram de ser implementadas em segundas-feiras, quantas mudanças de vida nunca ocorreram nas segundas-feiras?!

Claro que promessas concurseiras também são feitas para serem implementadas a partir de segundas-feiras e nunca saem do universo do “vou fazer”. Programas de estudo sérios já deixaram de ser colocados em prática em segundas-feiras, milhares de revisões de matérias também deixaram de serem feitas nesse dia, assim como completas mudanças de vida no melhor estilo “deixarei de ser um falso concurseiro para me tornar um concurseiro sério”.

Especialistas dizem que o melhor modo de não começar algo é marcando esse começo para uma segunda-feira. Parece que já se tornou algo entranhado em nossa cultura de jogar inconscientemente para as segundas-feiras o início de atividades que na verdade não se quer começar. É mais ou menos como se nosso “eu” consciente tomasse a decisão, mas nosso “eu” inconsciente não concordasse muito com a história e para não criar polêmica dissesse “tudo bem, tudo bem, eu topo, mas só se for para começar a na segunda-feira” porque sabe que até a segunda-feira a motivação baixou a um nível em que a decisão tomada deixa de ser tão urgente.

Faz já um bom tempo em que deixei de marcar para a segunda-feira o início de projetos e atividades que considero realmente importantes. Se tenho de começar algo, começo no dia seguinte e pronto, seja lá qual for o dia da semana em que tome a decisão. No começo é complicado fazer isso, mas vai se pegando o jeito aos poucos. Isso tem sido especialmente útil quando o assunto é decisões relativas a minha vida como concurseiro solitário. Notem que é muito fácil começar a estudar uma matéria na segunda-feira quando se está inscrito em um cursinho, se vai a aula e o professor introduz a matéria. Agora, quem estuda por conta própria não pode, de maneira alguma, cair na armadilha da segunda-feira.

Resumo da ópera – Se você planejou de começar algo hoje, então o faça. Se não planejou, esqueça a segunda-feira que vem e comece amanhã mesmo.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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CLIPE DO DIA



A música de hoje é muito legal, apesar da língua usada para cantá-la ser incompreensível, e o clipe é divertidíssimo. A banda se chama Movitz, é suíça, e a música tem o sugestivo nome de "Äppelknyckarjazz".

A Polêmica Resolução – Parte II

Continuando a nossa sessão de artigos especiais, continuo analisando a Resolução. Neste instante, passo à definição de o que seria atividade jurídica.

Colegas concurseiros é agora que a porca torce o rabo. Creio que o momento crucial da Resolução é quando a mesma define, revogando a Resolução anterior (nº. 11 do CNJ), o que seria atividade jurídica.

A celeuma é geral. Muitos se desesperaram, pois pagaram fortunas em pós-graduações. O problema era tão grande que o STF tinha sido provocado para se manifestar se pós-graduação equivale à prática jurídica (não se é válido para contar como tempo; mas sim se a pós-graduação traz conhecimento que poderia ter sido como prática da profissão, ou simples estudo aprofundado de alguma matéria). Quem quiser dar uma olhada na notícia, acesse http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=105113. Pelo jeito, com a vinda da Resolução, ficou estabelecido que a pós-graduação é um estudo mais complexo, como o próprio nome já o diz, após a graduação do indivíduo. Todavia, não se desespere e não tranque o seu curso de pós-graduação se você iniciou antes da publicação da Resolução do CNJ. O art. 90 é claro quando dispõe: “Fica revogada a Resolução nº 11/CNJ, de 31 de janeiro de 2006, assegurado o cômputo de atividade jurídica decorrente da conclusão, com frequência e aproveitamento, de curso de pósgraduação comprovadamente iniciado antes da entrada em vigor da presente Resolução” (grifei).

A primeira definição de atividade jurídica é aquela exercida exclusivamente por bacharel em direito (art. 59, I, da Resolução). Incluem-se aqui: Delegado e consultores jurídicos. Para ser Delegado no Brasil não é preciso aprovação na OAB. Da mesma maneira, nem todos os consultores jurídicos tem a Ordem. A advocacia pública, como o próprio nome diz, já se presume que a pessoa tem que ser, no mínimo, advogada. Assim, essas situações se incluem no inciso II, do art. 59.

Como dito, no inciso II, atividade jurídica é o exercício da advocacia; sempre teve um problema muito grande em se definir quando o advogado estava advogando, para fins de contar o tempo e quando ele estava “embromando”. Bom, a Resolução bateu o martelo e decidiu que para contar o tempo o advogado tem que ter pelo menos 5 atos anuais privativos de advogado. Assim sendo, meu amigo, impetrar 5 Habeas Corpus não conta tempo para atividade jurídica, pois Habeas Corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, até pelo próprio preso sem que esse seja advogado.

Portanto, se você tiver 5 processos, nos três anos que se seguem após a inscrição na OAB, poderá fazer a prova numa boa. Porém, tome cuidado com os processos trabalhistas e administrativos disciplinares, pois há discussões doutrinárias e jurisprudenciais se o empregado tem ou não capacidade postulatória (de ajuizar a reclamação e tocar o processo trabalhista sozinho) e se a defesa técnica por advogado em PAD (Processo Administrativo Disciplinar) é dispensável ou não.

Mas em suma é isso: advogou por três anos, tendo 5 atos privativos de advogado anuais, tem o tempo suficiente.

O inciso III, sem dúvida, é o mais cabeludo de todos: “o exercício de cargos, empregos ou funções, inclusive de magistério superior, que exija a utilização preponderante de conhecimento jurídico”. Bom, podemos incluir, tranquilamente, os cargos de analistas da área jurídica de tribunais (analista de outras áreas não utiliza preponderante conhecimento jurídico), escreventes técnico-judiciários, oficiais de justiça, escrivões de Polícia e todo e qualquer cargo, emprego ou função, principalmente professor de faculdade de Direito (é óbvio que outros professores não usarão preponderantemente conhecimento jurídico), que exija a utilização preponderante de conhecimento jurídico. Não é porque o profissional atua em uma área específica (no caso, o escrivão de polícia só trabalha com crime; porém ele manuseia inquéritos policiais, produz termos de declaração, interrogatório, expede ofícios a vários lugares) que ele não exerce uma atividade jurídica. Se fosse assim, coitado dos escreventes que só trabalham com cível ou criminal ou trabalhista; e é mais do que pacífico que escrevente exerce atividade jurídica sim! Atividade jurídica, pessoal, é manusear processo, é produzir processo, é dar despacho de mero expediente (aqueles permitidos pela Constituição Federal, art. 93, XIV, com a modificação advinda da Emenda Constitucional nº. 45/04), é manusear e produzir inquérito policial, é isso! É trabalhar preponderantemente com o Direito!

Os outros dois incisos dizem respeito ao exercício da conciliação, pelo menos por 16 horas semanais durante um ano, e os árbitros que trabalham nos Tribunais de Arbitragem. Esses não precisam de uma maior interpretação.

Resumo da ópera - A Resolução veio com o fito de facilitar e uniformizar, como dito, a vida dos concurseiros que prestarão os concursos da magistratura nacional. Todavia, toda e qualquer norma sempre exige um mínimo de interpretação para aclarar a vontade dela. Espero que tenha ajudado a clarificar as palavras desta tão falada Resolução.

A última parte desse artigo será publicada na quarta-feira que vem. Não deixe de conferir.

Jerry Lima, um concurseiro profissional

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.


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