A competição será feroz

Foi publicado na semana passada o edital do novíssimo concurso do Ministério da Fazenda com nada mais nada menos de exatamente 2.000 cargos públicos para serem ocupados por novos servidores.

Convenhamos, gente, é vaga pra caramba, coisa de encher os olhos de qualquer concurseiro ... e também de quem não é concurseiro e no meio dessa crise está vendendo a mãe em troca de estabilidade no trabalho.

Deu uma olhada por cima no edital e destaco alguns pontos interessantes.

- Há vagas para TODOS os estados da federação;

- A remuneração é razoável para vagas no interior do estado e aceitável para capitais para quem já mora por lá, R$2.792,42;

- Não é preciso ter diploma de curso superior para concorrer a uma das vagas;

- Há um tempo relativamente confortável para estudar as matérias do edital;

- Será possível prestar provas na capital de qualquer estado da federação;

- O volume de matéria para estudar é razoavelmente tranquilo para concurseiros sérios.

Agora, não se enganem, meus amigos, aposto minhas moedinhas de um real que esse concurso terá uma das maiores concorrências do ano. Junta crise, muitas vagas oferecidas, desnecessidade de diploma de curso superior para concorrer, o resultado é uma avalanche de concurseiros paraquedistas (tudo bem, esses nem contam), mas também de concurseiros sérios que não se importam de ir ganhando seus quase R$3 mil até passarem no concurso público de seus sonhos.

Até quarta-feira meu monitor novo será entregue e então poderei voltar a postar artigos diariamente no blog e um dos primeiros será uma análise completa do edital desse concurso, que com certeza contará com minha presença como candidato e, com a graça de Deus, como um dos aprovados.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

Dificuldade para estudar matérias jurídicas

“Amigos do Concurseiro Solitário, estou mandando esse email para pedir socorro. Comecei a estudar para concursos públicos faz apenas dois meses e estou tendo muita dificuldade para estudar as matérias jurídicas. Sou formada em Letras e nunca tive contato com essas matérias, que são cheias de palavras complicadas, têm uma forma de organização muito própria. Vocês poderiam me dar algumas dicas de como estudar corretamente essas matérias?”

Realmente para quem nunca estudou alguma matéria jurídica na vida, encarar os bons companheiros do concurseiro que são o Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Civil, Direito penal e tantos outros direitos, o osso é duro de roer, muito duro.

Eu mesmo, antes de começar a estudar para concursos públicos, tive apenas um contato muito superficial com essas matérias quando na faculdade tive um semestre de Introdução do Direito, que, sinceramente, não ensinou praticamente nada de útil ... pelo menos que me lembre.

No começo dos estudos para concursos públicos tive minha cota de dificuldade para lidar com o estudo das matérias jurídicas, me acostumar com o linguajar com cara de ultrapassado, com o jargão um tanto afetado, com a organização aparentemente confusa de artigos, incisos e tal.

O pior, algo com que demorei a acostumar, é a constante modificação das leis. Graças ao bom Deus recebi bons conselhos no início da minha luta e um deles foi para colher as leis direito do website do Palácio do Planalto, onde todas estão sempre fresquinhas como pão francês recém saído do forno da padaria da esquina.

Hoje já estou acostumado a estudas com essas matérias e as estudo como qualquer outra matéria, mas isso demandou um bom tempo de adaptação, não só necessário, como também inevitável. Ou seja, todos que não são formados em direito (e por incrível que pareça até alguns formados na carreira) precisam ter paciência para passar por esse período de adaptação.

No estudo de matérias jurídicas para concurseiros iniciantes, considero três conselhos fundamentais:

1º - Leia tudo com cuidado e atenção lentamente. Note são três quesitos que devem andar de juntos de mãos dadas ... cuidado + atenção + lentamente. Assim você garantirá as melhores condições para entender o que é colocado e evitará não entender nada ou, pior, entender algo errado.

2º - Sempre tenha um bom dicionário de língua portuguesa à mão. Só assim você poderá entender as palavras mais complicadas e pouco usuais, que são comuns e constantes nas matérias jurídicas. Vale muito a pena investir na compra de um bom dicionário, que pode ser em papel ou digital (instalado no computador).

3º - Sempre que puder, estude usando leis comentadas. Nesse tipo de material, as leis são comentadas por um autor do ramo jurídico artigo por artigo, facilitando o entendimento e, principalmente, pegar o jeito do que uma lei quer dizer em palavras comuns do dia-a-dia. Nesse caso, claro, sempre deve-se ter muito cuidado com os artigos, parágrafos e incisos que estão desatualizados, para tanto basta ter uma versão atual da lei e ir comprando os itens antes de estudar.

Resumo da ópera – Paciência, meus amigos, é um dos ingredientes mais importantes para o concurseiro sério em sua luta pela vitória em concursos públicos. Precisamos ter paciência para aprender a como estudar com eficiência, a como estudar algumas matérias, a como continuar estudando apesar das derrotas. E será a paciência que nos coroará com a vitória.


Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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Contratempos ...

É, gente, vida de concurseiro é mesmo cheia de contratempos, eu que o diga.

Nesse carnaval fui para um sitio de forma a poder estudar com tanquilidade durante os festejos de Momo, o que fiz muito bem, obrigado. Ontem voltei para minha humilde residência, liguei meu computador e dez minutos depois de começar a checar os emails e tal, o monitor apagou sem aviso e parou a somente emitir um “tec tec tec” contínuo e irritante.

Como sou macaco velho no uso de computadores, Internet e afins, saquei de cara o problema. Simplesmente, do nada, meu monitor queimou ... não exatamente monitor, mas um de seus principais componentes chamado Fly Back. “Putz, que droga”, murmurei desgostoso. Meu monitor ainda era do tipo antigo, de tubo, mas era um senhor monitor de 17 polegadas de tela plana para uso profissional, meu fiel companheiro por cinco anos e que, finalmente, deu seu último suspiro.

Então cá estou eu impossibilitado de usar meu computador. Pânico. Como todo bom concurseiro sério moderno e usuário da informática e Internet, dependo dessas ferramentas para um bom estudo. Sorte minha que para poder estudar no sítio, onde não há computador, porque não há eletricidade além da fornecida por um pequeno painel solar que alimenta as luzes da casa durante a noite, levei um punhado de material de estudo impresso, que agora é minha salvação.

Meu início de pânico tem haver com uma prova de concurso que se aproxima inexoravelmente, marcada que está para o segundo final de semana de março. Justificável então, convenhamos.

O que quero dizer com toda essa narração são duas coisas.

1º - Concurseiros devem estar preparados para lidar com contratempos inesperados. Eles acontecem, muitas vezes não são de solução fácil e/ou rápida, mas temos de lidar com eles da melhor forma possível e ponto final. Na hora que acontecem é normal vivermos um momento de desespero, de pânico, mas o importante é esfriar a cabeça rapidinho e pensar racionalmente para encontrar a melhor solução, a melhor saída.

2º - Por conta desse contratempo, talvez não consiga atualizar o blog diariamente até a chegada de um novo monitor, que comprei agora mesmo pela santa Internet. Por isso peço perdão e cem gramas da sua compreensão.

No mais espero que todos tenham tido um bom carnaval. Quem tirou o feriado para descansar um pouco, agora é hora de voltar a estudar a todo vapor. Quem tirou o feriado para estudar, o negócio é continuar estudando sem esmorecer.

Resumo da ópera – Contratempos acontecem e concurseiros não estão imunes a eles, portanto, esteja preparado.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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Carnaval: não é para todo mundo...

Para mais de 4 mil famílias daqui de São José dos Campos, será um carnaval triste, sem festa.

Ontem, a Embraer mandou embora 20% do seu quadro de funcionários devido a grande crise mundial. Apesar do Brasil não ter sentido tanto ainda a crise, mas 90% dos clientes da Embraer estão no exterior, justamente onde está o problema.

A empresa se encontra com aviões no pátio (Dá pra imaginar??? Aviões estacionados esperando, como se fosse pátio de agências de automóveis?!) pois os donos não foram buscá-los! Imagine só: um avião custa mais ou menos $40 milhões e demora aproximadamente um ano para ficar pronto. Se o avião está pronto hoje, foi por que o pedido foi feito no mínimo há um ano, onde a situação ainda não estava assim. Logo, não imaginavam que aconteceriam tantas coisas em um ano.

Por que estou falando tudo isso? Simples! Com este exemplo básico temos certeza que só os funcionários públicos estão bem nessa época de crise.

Exatamente por esse motivo passarei o carnaval pulando junto com meus livros, também por que (pela Graça Divina) continuo sendo filha de funcionário da Embraer. E justamente por isso, vivemos com medo! Não sabemos a dimensão que isso poderá a chegar.

Escutando uma conversa daqui de casa eu ouvi: “Hoje, só os funcionários públicos estão bem! Eles estão vivendo outra realidade, completamente diferente. Como se vivessem num outro mundo!” Pois é, num mundo sem crise.

Amigos concurseiros! Este momento histórico, da crise mundial, é mais um motivo para lutarmos com mais garra e vontade para sermos funcionários públicos e viver neste mundo à parte! Esse mundo paralelo em que podemos comprar e gastar sem nos preocuparmos com o amanhã.

Claro que vai chegar um momento que a crise passará e o sol brilhará a todos, mas não devemos esquecer, como dizia Maquiavel que: “Sendo a história cíclica, ou seja, sendo a história um conjunto de fatos provocados por ações e ambições humanas que tendem a se repetir criando um ciclo entre ordem e desordem, entende-se, conseqüentemente, que é impossível “domesticar” a natureza humana. Dessa forma, surge a política como forma de enfrentar conflitos e “organizar as ambições” humanas, nem que seja provisoriamente.”

Resumo da Ópera - Com a instabilidade do mundo, eu vou lutar até conseguir a minha estabilidade, assim nenhuma crise que vier a surgir irá me amedrontar, assim como espero que os concurseiros sérios também não desistam! A Embraer é um pequeno exemplo do que está acontecendo no exterior e o que ainda poderá a vir a ocorrer no Brasil. Com fé de que isso passará logo e com forças renovadas para lutar ainda mais.

Thaís Dias é uma concurseira que não desiste apesas das dificuldades.

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CLIPE DO DIA

Eu adoro essa música pois sua letra é mais profunda do que parece. “Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia, tudo passa, tudo sempre passará. A vida vem em ondas, como o mar. Num indo e vindo do infinito.”

ESQUINDÔ, ESQUINDÔ!?!

Mais um Carnaval e eu aqui estudando...

Isso é ruim? Claro que não!

Sempre tiro um feriadão para cumprir metas, pois o telefone não toca, os e-mails ficam mais contidos, celular toca só pra me convencer que "É só um dia! Vem pra festa!!"

Mas mantenho o meu foco! Sim! Estou com o foco nos estudos e na aprovação!

Quero muito passar num concurso e tenho direcionado todos os meus esforços na minha aprovação!

Não tenho qualquer mágoa que a cidade toda fica vazia e eu fico aqui estudando.

Nesse Carnaval termino a minha monografia para a conclusão da minha pós-graduação em Processo do Trabalho. No anterior, terminei o meu trabalho para a Pós de Processo Civil, e como valeu a pena!!! Quatro dias de sossego para estudar o que eu quiser, como eu quiser!!

Chegou num ponto da minha vida que não tenho mais mágoas que eu poderia estar na farra em vez de estar estudando. Ah! Mas um "diazinho" não vai fazer diferença. Ah! Faz sim! Depois de uma noitada de festa e farra, levamos em média uns dois dias para se recuperar, reidratar o corpo e o cérebro para podermos ter um retorno aos estudos de qualidade. Eu quero esses dois dias na frente dos meus demais concorrentes! Não tem casos que ficamos por uma questão? Uma questão não faz a diferença entre a aprovação e a reprovação? Eu já senti isso na pele! Sei bem como é e não quero repetir mais!

RESUMO DA ÓPERA - Esse ano, mais uma vez, ficarei no Carnaval muito bem, feliz e contente estudando em casa, para que no ano que vem eu passe o Carnaval muito bem, mas não em meio de livros, mas dessa vez em Veneza!!!

Fabiana Pacheco é uma concurseira gaúcha que não desiste nunca.

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CLIPE DO DIA

Só concurseiros são deprimidos?

Conversando esses dias com um amigo concurseiro, ele me perguntou, “será que somente concurseiros são tão deprimidos?”. Fiquei encasquetado com a pergunta e pedi para ele explicar melhor o que queria dizer com aquilo. “Veja bem, acho que depois das secretárias, concurseiros são os maiores consumidores de auto-ajuda que existem no Brasil. Não conheço um concurseiro que não leia, pelo menos uma vez por semana, algum texto de auto-ajuda para servir de fonte de motivação. Fico me perguntando por que concurseiros são tão deprimidos, por que sempre andam com a motivação tão baixa”.

Tudo bem que esse meu amigo está sendo um pouco radical demais, pero no mucho. Realmente a maioria dos concurseiros vivem atrás de motivação ... mas peraí, existem concurseiros e concurseiros, aí que está a resposta à pergunta dele.

Realmente, falsos concurseiros (quem não sabe o que é isso, basta fazer uma pesquisa pelo termo que encontrará em artigos antigos aqui no blog a definição correta ... mas como estou bonzinho, vou ajudar, são aqueles concurseiros que não estudam com seriedade, que fingem que se dedicam, mas que têm o estudo para concursos públicos em terceiro ou quarto plano, longe de ser uma prioridade em suas vidas) sempre procuram mesmo uma solução mágica para seus problemas e o nome dessa solução é motivação.

O cara esta com preguiça de estudar ... diz que é por falta de motivação.

O cara deixa de estudar para se divertir ou dormir a tarde inteira ... diz que é por falta de motivação.

O cara nunca melhora seu desempenho em provas de concursos públicos ... diz que é por falta de motivação.

Para concurseiros sérios a falta de motivação é derivado direto do tempo necessário para se vencer na guerra dos concursos públicos versus o esfoço constante que deve ser empregado para atingir esse propósito. É muito tempo lutando muito duro para se alcançar a vitória ... e, muitas vezes, concurseiros sérios precisos de algumas palavras de alento e coragem para poderem continuar lutando bravamente.

Agora, não somente concurseiros sérios que precisam de doses regulares de motivação, não. Conheço estudantes e profissionais de áreas diversas que precisam da mesma coisa. O problema é que como a figura do concurseiro anda em evidência, nossa necessidade de motivação torna-se mais visível.

Agora, convenhamos, se alguém achar que é fácil enfiar as fuças nos livros por meses e meses, deixar de lado sonhos e diversão, tudo para alcançar um futuro melhor e mais estável profissionalmente é algo fácil, é porque não se trata de um concurseiro. É muito fácil ter uma opinião crítica em relação a outras pessoas quando não se está usando os “sapatos apertados” dela.

Concordo que motivação deva ser utilizada com cuidado. O cara também não pode viciar na coisa e precisar de fontes externas de motivação todo o tempo. Antes de tudo o concurseiro deve ser capaz de se auto-motivar. Fazer isso nunca é fácil, aprender a como fazer é mais difícil ainda, mas é algo necessário. Não se pode depender apenas de fontes externas de motivação. Não quero dizer com isso que o concurseiro deva se privar de ler bons artigos de motivação concurseira, nada disso, apenas acredito que deva fazer isso com moderação, como complemento para sua auto-motivação.

Resumo da ópera - “Mas como vou me auto-motivar?”, alguns de vocês devem estar se perguntando. Se você foi capaz de aprender a como estudar sozinho matérias que nunca viu antes e que são cobradas em concursos públicos, pode também aprender a se auto-motivar. Alguns concurseiros se auto-motivam praticando esportes, outros escrevendo, alguns, ainda, ajudando outros concurseiros em comunidades e fóruns. Maneiras há muitas, basta você descobrir a melhor para você.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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CLIPE DO DIA



Esse curta se chama "Signs" e é muito legal. Mesmo que você não leia inglês, vale a pena assistir, você entenderá perfeitamente o que rola.

Sem dor na consciência

Chegou o carnaval, a época do ano que é um verdadeiro inferno para a consciência dos concurseiros sérios apreciadores das folias do gorducho Rei Momo.

Amanhã, sexta-feira, o carnaval começa oficialmente e até, pelo menos, terça-feira da semana que vem, sobram por todo o país bailes de carnaval de todos os tipos e para todos os gostos. Ontem mesmo eu estava ouvindo uma rádio local enquanto dirigia e num intervalo de dez minutos foram três os anúncios de festas fechadas de carnaval. Diferente de alguns anos atrás, hoje essas festas não focam somente nos ritmos de carnaval. São tendas com músicas de carnaval, axé, sertanejo, pagode, samba, música eletrônica, com DJs ... falta apenas uma tenda com música clássica de câmara!

Como não sou muito festeiros e nunca gostei de carnaval, sempre preferindo viajar para algum lugar ou descansar no sítio, para mim a vida de estudos continua normalmente. Mas para os concurseiros festeiros de plantão a dúvida é dolorosa ... continuar estudando forte ou tirar uma folguinha e cair na folia?

Ao meu ver, essa pergunta tem apenas duas respostas viáveis:

Resposta 1 – Cair na farra por alguns dias e depois tirar o atraso nos estudos.

Resposta 2 – Esquecer que existe carnaval e continuar estudando como se fosse uma semana qualquer.

Daí você deve estar se perguntando por que eu não incluí uma terceira resposta conciliando estudo com folia. Bem, não fiz isso porque, simplesmente, não acho que isso seja possível. Sério, gente, pensem comigo. Como uma pessoa que ferve a noite inteira num baile de carnaval, chegando em casa com o raiar do sol depois de tomar todas, terá condições de estudar com qualidade após acordar lá pelo meio da tarde? Sem chance, impossível.

É aquela história, para cada cabeça, uma sentença. Analise com cuidado qual será a melhor opção para você. Se for para ficar diante dos livros remoendo não poder estar pulando carnaval, melhor nem tentar fazer isso. Tire de uma vez alguns dias de folga, divirta-se, pule bastante o carnaval, com muita responsabilidade, é claro.Agora, se você conseguir se desligar totalmente do carnaval para estudar, então faça isso.

O que importa é tomar uma decisão que depois não o deixe com dor na consciência de ter feito a coisa errada. Não adianta nada pular carnaval se sentindo culpado por não estar estudando. Ou estudar sentindo pena de não tirar uma folguinha para aproveitar o carnaval. Ambas as situações não são nada agradáveis e o rendimento/aproveitamento serão baixíssimos.

Eu mesmo estudarei normalmente, mas como já disse, não me ligo em carnaval. Tenho amigos concurseiros que estudarão até amanhã às 17 horas normalmente, depois só na quarta-feira a tarde, nesse meio tempo ferverão atrás de trios elétricos com seus abadás. Note que todos continuamos concurseiros sérios. Não seria sério o cara deixar de pular carnaval para ficar estudando “nas coxas”, ou seja, com má qualidade, por estar triste de não poder se juntar aos amigos na folia.

Além disso, todos precisamos de alguns dias de descanso dos estudos de vez em quando. Se é assim, por que não fazer isso justamente no carnaval? Não há motivo. Muitos concurseiros sérios se programaram para essa folga merecida justamente agora para unir o útil ao agradável ... e fazem muito bem.

Resumo da ópera – Não podemos ser radicais quando o assunto é disciplina de estudos. Não somos máquinas que podem ficar 24 x 7 x 365 estudando. Também precisamos descansar um pouco, espairecer, dar um tempo para o cérebro relaxar de forma que o estudo possa render muito mais depois. Também não adianta ficar sentando diante dos livros tentando estudar enquanto a cabeça está na folia. Se for para estudar no carnaval, estude com qualidade. Se for para pular carnaval, pule de verdade. Agora, nada de querer se enganar achando que dá para conciliar ambos, porque não dá.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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CLIPE DO DIA



Um música vinda lá dos anos 80 ... e continua linda. "I Touch Myself" com Divynals. Adoro esse clipe!

O medo de sofrer mais uma derrota

"Caro Concurseiro Solitário, preciso muito da sua ajuda. Tenho 32 anos, estudo para concursos públicos há um ano e meio e estou desesperada. Sou formada em arquitetura, já trabalhei na área, mas me cansei da falta de estabilidade, dos baixos salários em troca de muito trabalho, daí larguei tudo para me dedicar a estudar para passar em um bom concurso público. Já fui aprovada em três concursos em posições confortáveis e sei que uma hora serei chamada em todos eles. Só que enquanto não sou nomeada, continuo estudando com toda dedicação e seriedade. O problema é que ultimamente venho sentindo pavor de ser novamente derrotada em um concurso. No final do ano passado prestei o concurso do MTE, mas estudei errado, sem dar a atenção devida ao estudo da lei seca, e como resultado levei uma lavada. Agora estou estudando para o concurso da Antaq, mas já estou morrendo de medo de ser novamente derrotada, medo de estar novamente estudando errado. Não é só medo, é medo misturado com insegurança. O que faço para me livrar disso? Preciso de uma luz”.

Em primeiro lugar, colega concurseira, (in)felizmente isso que você sente é compartilhado pela maioria, se não todos, os concurseiros sérios ao longo de sua luta na guerra dos concursos públicos. Afinal de contas, quem não se cansa de tanta pancada, de tatos revezes, de tantas dificuldades que são colocadas no caminho dos concurseiros?!

Medo de prestar mais um concurso e não passar, ou passando ficar lá no final da fila? Não é novidade para mim. Confesso que todo concurso que presto vem acompanhado de uma dose de medo, de receio, de insegurança. É um brinde indesejável que somos obrigados a aceitar. Insegurança quanto a estar estudando certo, da melhor forma possível? Também convivo com isso todos os dias. Por melhor que seja a técnica de estudos que desenvolvamos, sempre parece que é insuficiente para dar conta de nos levar à vitória na guerra dos concursos públicos.

Não há dúvidas de que o medo e a insegurança são problemas na vida dos concurseiros. O problema é que não há como simplesmente sumir com um, outro ou ambos. O melhor que podemos fazer é minimizar seus efeitos em nossa vida, em nossa rotina, em nosso desempenho concursídico. É mais ou menos como uma pessoa diabética, desde que não há como se livrar da doença, ela faz de tudo para conviver com ela da melhor forma possível, tomando insulina como manda seu médico, fazendo de tudo para levar uma vida o mais próxima possível do normal.

Se pensarmos bem, o medo tem um lado bom. O medo não nos deixa acomodar, achar que estamos a salvo de qualquer coisa, que somos invencíveis. O concurseiro que tem sua luta temperada por uma pitada de medo procura sempre fazer melhor, melhorar suas técnicas de estudo, otimizar seu tempo, estudar melhor. O mesmo acontece com a insegurança, que é filha do medo.

Claro que tudo em demasia faz mal, de sorvete a auto-confiança. Medo e insegurança em demasia nos congela, nos faz ter medo de dar o próximo passo, de nos arriscar, de lutar, enfim, nos transforma em covardes e perdedores.

Agora, como controlar o medo e a insegurança? Agora você me apertou. Acho que não existe uma “receita de bolo” para isso, mas um modo muito particular para cada pessoa exercer esse controle. Cabe a cada um descobrir como fazer isso da melhor forma. Alguns o fazem procurando alento e conforto com parentes e amigos, outros lêem livros de auto-ajuda, alguns meditam sobre o assunto. Enfim, não importa como você fará isso, mas que você faça isso ... e faça rápido.

É engraçado como concurseiros têm a mania de achar que somente eles são vítimas de medos, receios, fraquezas, imperfeições. Acham que todos os outros concurseiros são super-heróis que nunca se cansam, que nunca sentem medo, nunca se frustram, nunca desistem. Isso deprime, coloca para baixo, desanima. Nãooooooo, meus amigos, isso não é verdade. Todos os concurseiros têm medos, receios, fraquezas e imperfeições, todos pensam negativamente uma hora ou outra, todos são um pouco medrosos e um pouco frustrados.

Resumo da ópera – O mais importante, minha amiga, é que você sabe o que a está atrapalhando, agora é trabalhar isso de forma a fazer com que trabalhe a seu favor, não contra você. É assim que concurseiros sérios lidam com seus problemas, de forma também séria.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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CLIPE DO DIA



Bela versão de Louis Armstrong para o sucesso imortal da música romântica, "La Vie en Rose".

Ai, ai, ai, ai ...

Ontem fui a uma central de xerox para que encadernassem uma série de resumos que fiz das matérias do TRE-MG, cuja prova será daqui a pouco menos de um mês. Enquanto aguardava minha vez de ser atendido, testemunhei algo que me deixou pensando em como já fui um concurseiro lerdo e otimista demais.

Um rapaz e uma moça conversavam no balcão enquanto aguardavam seu serviço ficar pronto. Ambos na faixa dos 25 anos e pelo que pesquei da conversa, estudantes de direito da faculdade local. Ambos estavam na central de xerox para xerocarem, inteirinha, uma daquelas apostilonas para o concurso em questão ... daí pensei ... “será que eles não desconfiam que o xerox será mais caro que comprar uma apostila nova?

Vamos aos pontos mais relevantes, interessantes e ingênuos da conversa do casal de concurseiros.

1 – “Estudando direitinho essa apostila, não tem como não passar nesse concurso”. (Ele disse)

Concurseiro sério e informado sabe que essas apostilonas do tipo “todas as matérias do edial + 3.000 exercícios resolvidos” são, na realidade, altamente superficiais e cheias de erros. A maioria se limita a transcrever a lei seca, Deus sabe atualizada até quando, e pronto. Os exercícios são um mix de questões de concursos anteriores escolhidos sem critério algum e exercícios colhidos na Internet, muitos com respostas erradas no gabarito.

O concurseiro, por mais sério e esforçado que seja, não conseguirá se preparar adequadamente estudando apenas através de uma apostila dessas. Isso é fato.

2 – “Acho que esse concurso não será assim tão concorrido, já que todas as vagas são para o interior”. (Ela disse)

Essa menina terá uma surpresa desagradável. Já foi a época em que concursos públicos para vagas no interior eram relegados a segundo plano, bem como concursos para cargos com remuneração baixa. Hoje isso acabou. Seja na capital ou no interiorzão, com remuneração alta ou baixa, não há mais concursos pouco concorridos.

Com o concurso do TRE-MG não será diferente. Pelo que venho acompanhando em fóruns e comunidades desse concurso, tem gente vindo de todos os lugares do Brasil para tentar sua sorte e não estão nem aí se vão para uma cidadezinha com igrejinha e três ruas a cem quilômetros de Muzambinho.

3 – “Essa gente que acha que dá para passar em concurso públicos estudando sozinho está perdendo tempo. Só passa que faz cursinho”. (Ele disse)

Essa é velha! Desde que comecei a estudar para concursos públicos ouço isso e, também, desde aquela época tal não é verdade. Acho, pessoalmente, que nunca foi e nunca será. Muitos dos concurseiros aprovados ao longo do ano, pelo menos metade, para sermos bem modestos, passou apenas estudando sozinha com muita seriedade, compromisso e técnica.

Claro que freqüentar um bom cursinho para concursos ajuda e muito na luta pela aprovação, mas não é pré-requisito fundamental. Não fosse assim, não haveria concurseiros que freqüentam cursinhos e mesmo assim não passam em concursos públicos. Outro fato.

4 – “Eu não vou perder o carnaval para ficar estudando. Já me programei, vou dar uma lida na apostila até quarta-feira que vem, depois só estudo depois da folia. A maioria dos inscritos vão fazer a mesma coisa, tenho certeza”. (Ela disse).

Pode parecer maldade, mas quando ouvi isso deu vontade de dizer “isso mesmo, não perca a folia, vá se divertir sem medo” ... hehehehe. Mas falando sério, esse assunto tem de ser analisado com cuidado.

Se o concurseiro vem estudando desde dezembro ou janeiro para esse concurso, já passou e repassou a matéria várias vezes, daí acho justificável tirar alguns dias de descanso e cair na folia para descansar o cérebro. Depois, no retorno aos estudos, é só fazer uma boa revisão com o cérebro descansado para fixar os pontos que ainda não foram devidamente aprendidos e memorizados.

Agora, para quem começou a estudar mais tarde e/ou tem menos tempo de estudos para concursos públicos em geral, fazer isso é suicídio. Pensem comigo, o cara já está em desvantagem em relação a quem tem um, dois anos de estudo para concursos. Daí, ainda por cima, vai pular carnaval ao invés de estudar?! Tá se esforçando para não passar nesse concurso, isso, sim.

O problema para os concurseiros sério, que já estudaram muito para esse concurso e têm bagagem em termos de estudo para concursos públicos, é conseguir largar os livros para ir pular carnaval sem um mínimo de peso na consciência. Difícil, sei disso, mas em alguns casos indispensável para se poder descansar um pouco. Como diz o velho ditado popular, “para cada cabeça, uma sentença”.

Resumo da ópera – É, gente, esses dois concurseiros sem noção são uma boa amostra do grosso da concorrência nos concursos públicos, ou seja, gente que se prepara mal achando que está fazendo o melhor preparo possível. E no final ainda pagam caro xerocando uma apostila vagabunda!

Em tempo, ontem não consegui de jeito nenhum subir artigo no blog por problemas técnicos do hospedeiro. De vez em quando acontece. Sorry.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA



The White Stripes - "Seven Nation Army "

Torcida da sua vida

Pelo menos 99,9% dos concurseiros têm a fase de desânimo, cansaço, desmotivação e qualquer adjetivo que possa se incluir num quadro de depressão. A verdade é que, às vezes, nós mesmos ficamos decepcionados com nosso desempenho e em vez de trabalharmos nossos erros, damos brecha pra tristeza e acabamos a nos entregar a ela.

Isso também é um erro dos 99,9% dos concurseiros! Entregar-se ao desânimo é perder meses de estudo, dias de exercícios resolvidos e horas de concentração. Em vez disso, você ganhou meses de lamentações, dias de choro e muitas horas de sono.

Sei que a teoria é linda e é muito mais difícil por em prática, mas acontece que devemos entender que “...às vezes se está por cima, às vezes se está por baixo. A peleja é longa e, no fim, é só você contra você mesmo...”. Só você, concurseiro, é capaz de se levantar! De se orgulhar por ter chegado até aqui e que agora falta pouco para chegar a sua vez, de conquistar o seu lugar no serviço público.

Eu vi esse vídeo há alguns dias e passei a ter mais confiança:



Também espero que ele possa ajudar a todos. Abaixo está o texto do vídeo para que possa acompanhar.

Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você.
Tinha gente que torcia para você ser menino.
Outros torciam para você ser menina.
Torciam para você puxar a beleza da mãe, o bom humor do pai. Estavam torcendo para você nascer perfeito.
Daí continuaram torcendo...
Torceram pelo seu primeiro sorriso, pela primeira palavra , pelo primeiro passo.
O seu primeiro dia de escola foi a maior torcida.
E o primeiro gol, então?
E, de tanto torcerem por você, você aprendeu a torcer.
Começou a torcer para ganhar muitos presentes e flagrar Papai Noel.
Torcia o nariz para o quiabo e a escarola.
Mas torcia por hambúrguer e refrigerante.
Começou a torcer até para um time.
Provavelmente, nesse dia, você descobriu que tem gente que torce diferente de você.
Seus pais torciam para você comer de boca fechada, tomar banho, escovar os dentes, estudar inglês e piano.
Eles só estavam torcendo para você ser uma pessoa bacana.
Seus amigos torciam para você usar brinco, cabular aula, falar palavrão.
Eles também estavam torcendo para você ser bacana.
Nessas horas, você só torcia para não ter nascido.
E por não saber pelo que você torcia, torcia torcido.
Torceu para seus irmãos se ferrarem, torceu para o mundo explodir.
E quando os hormônios começaram a torcer, torceu pelo primeiro beijo, pelo primeiro amasso.
Depois começou a torcer pela sua liberdade.
Torcia para viajar com a turma, ficar até tarde na rua. Sua mãe só torcia para você chegar vivo em casa.
Passou a torcer o nariz para as roupas da sua irmã, para as idéias dos professores e para qualquer opinião dos seus pais.
Todo mundo queria era torcer o seu pescoço.
Foi quando até você começou a torcer pelo seu futuro.
Torceu para ser médico, músico, advogado...
Na dúvida, torceu para ser físico nuclear ou jogador de futebol. Seus pais torciam para passar logo essa fase.
No dia do vestibular, uma grande torcida se formou. Pais, avós, vizinhos, namoradas e todos os santos torceram por você.
Na faculdade, então, era torcida pra todo lado.
Para a direita, esquerda, contra a corrupção, a fome na Albânia e o preço da coxinha na cantina.
E, de torcida em torcida, um dia teve um torcicolo de tanto olhar para 'ela'...
Primeiro, torceu para ela não ter outro. Torceu para ela não te achar muito baixo, muito alto, muito gordo, muito magro.
Descobriu que ela torcia igual a você. E de repente vocês estavam torcendo para não acordar desse sonho.
Torceram para ganhar a geladeira, o microondas e a grana para a viagem de lua-de-mel.
E, daí pra frente, você entendeu que a vida é uma grande torcida. Porque, mesmo antes do seu filho nascer, já tinha muita gente torcendo por ele.
Mesmo com toda essa torcida, pode ser que você ainda não tenha conquistado algumas coisas. Mas muita gente ainda torce por você!!!

Carlos Drummond de Andrade

Resumo da Ópera - Seja o seu maior fã. O mais importante é a torcida. A torcida que vem da gente! A torcida do nosso coração impulsionando-nos a seguir no que acreditamos e que iremos conquistar.

Thaís Dias é uma concurseira que não desiste nunca!

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

Sucesso = soma dos fatores de produção

Ser um concurseiro de sucesso não depende somente da sua sabedoria, mas muito mais da sua resistência, força e disposição para remar contra a maré. Como se vê, são diversos fatores igual aos que a economia ensina (Charles conhece bem).

É engraçado escrever sobre algo tão notório para a grande maioria das pessoas que está inserida nesse nosso universo. Parece evidente, mas nem todo mundo pensa assim.

Sou uma pessoa muito sociável e, por conta disso, tenho conhecido muita gente que estuda para concursos. Ouço histórias de todo tipo, dos mais diversos concurseiros. Com isso, um tipo de concurseiro me chama a atenção: aqueles que sempre foram bons alunos.

Essa espécime caracteriza-se por ter tido uma excelente vida estudantil, seja fazendo pouco esforço, seja sempre estudando, mas com ritmo próprio. Esse tipo de candidato procura se aprofundar em tudo que estuda e tem cultura geral vasta. Entretanto, pasmem, tem imensa dificuldade de estudar para concursos.

Quando essa pessoa se depara com o desafio de estudar com estratégia, atendo-se ao certame, ligada à resolução de exercícios e ao posicionamento de uma banca, ela se sente amordaçada. Fica com a sensação de que está emburrecendo.

Por essa razão, seu cérebro cria mecanismos de autosabotagem, pois o estudo não está mais associado ao prazer de aprender de outrora. Essa pessoa não tem o hábito de estudar por necessidade, mas por deleite ou então nunca precisou de muito esforço para ter sucesso e agora precisa mudar. Isso é difícil e a tarefa torna-se muito chata.

Por outro lado, o concurseiro que não teve um passado tão brilhante como estudante, mas que é esforçado e resiliente acaba muitas vezes se sobressaindo em relação ao tipo de concurseiro mencionado. Foi isso que observei acontecer com ex-colegas de faculdade e atuais colegas de profissão.

Eles estudam muito, mas fazem diversos concursos diferentes e com matérias e focos distintos. Alguns querem abraçar o mundo e conquistá-lo de uma tacada só. Outros estudam, estudam, estudam e nunca fazem provas, pois nunca se sentem preparados, pois sempre foram perfeccionistas e ignoram que fazer provas é parte da preparação. Alguns procuram trabalhar como advogados porque acham que o trabalho e a prática irá ensiná-los. Ledo engano, pois estudar envolve escolhas e renúncias. Simplesmente, não dá para ser tudo, sob pena de não conseguir nada.

Resumo da Ópera - se você se identificou com o texto, sugiro que reflita e use suas potencialidades a seu favor. Aliás, todo concurseiro que se preze deve usá-las! Como já tive oportunidade de dizer em outra ocasião, estudo exige autoconhecimento quanto ao método a adotar. Aproveite a sua facilidade e corrija seu rumo, usando os fatores de produção corretos. Siga em direção ao sucesso e à realização pessoal!

Raquel Monteiro é a Raquel Solitária.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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CLIPE DO DIA



Adriana Calcanhotto - Fico Assim Sem Você (Karaoke de Surdo)

Como estudar no final de semana?

Vários leitores do blog que trabalham duro durante a semana e somente nos finais de semana é que têm mais tempo para se dedicarem ao estudo sério para concursos públicos, enviam perguntas de como fazer para otimizar os estudos nesses dois dias de folga? Como montar um planejamento de estudo eficiente.

Para tentar ajudar esses colegas concurseiros, andei matutando sobre como eu mesmo faria se estivesse em tal situação. Então pensei num concurso hipotético onde seriam cobradas em prova uma dezena de matérias, todas com o mesmo peso:

Português;
Informática;
Matemática;
Atualidades;
Direito Constitucional;
Direito Administrativo;
Arquivologia;
Regimento Interno;
Noções de Administração Pública;
Noções de Direito Internacional.

Certo. A primeira coisa que faço é dividir as matérias em três grupos de acordo com o quanto já estudei e sei delas.

Grupo I – Matérias que já estudei muito e preciso somente revisar

Português
Informática
Atualidades
Matemática
Arquivologia

Grupo II – Matérias que já estudei muito, mas não posso descuidar

Direito Constitucional
Direito Administrativo
Noções de Administração Pública

Grupo III – Matérias que nunca estudei ou estudei pouco

Regimento Interno;
Noções de Direito Internacional.

Certo. As matérias do Grupo I eu estudaria apenas durante a semana, no tempo que tivesse disponível, seja acordando mais cedo para estudar antes de ir trabalhar, nos intervalos do trabalho ou a noite quando voltasse para casa.

Então chega o final de semana e tenho os grupos II e III para encarar.

A primeira coisa que é preciso ter em mente, é que concurseiro que trabalha e se propõe a estudar sério abdica dos finais de semana em nome dos estudos “sem choro nem vela”. Claro que isso não significa abdicar de um pouco de descanso, do contato com familiares e amigos, de um pouco de diversão. Não, nada disso. Vou provar para vocês que é possível estudar com qualidade e seriedade, sem deixar de lado descanso, diversão e família.

SÁBADO

Acordaria às 6:00 da manhã, animado para o estudo, de forma que às 6:30 já estivesse de rosto lavado e café da manhã tomado para começar a estudar.
Como logo após acordar ainda estamos meio sonolentos, o melhor é respeitar nosso corpo e na primeira meia hora de estudos, dar uma revisada no material de atualidades da semana. Essa matéria é tranqüila de estudar, pois são notícias do que anda acontecendo no Brasil e no mundo, portanto, é leitura leve.

Das 7:00 em diante, o negócio é pegar o touro pelo chifre. Até ao meio-dia são 5 horas livres de estudo. Tirando 20 minutos para um intervalinho, são dois blocos de 2:20 minutos. Em um bloco estudaria Direito Constitucional e em outro bloco Direito Administrativo.

Parada para almoço e às 13:00 estaria recomeçando a estudar. Até às 18:00 teria 5 horas de estudo, que dividiria em dois blocos de 2:20 cada, separados por um intervalo de 20 minutos. Num dos blocos estudaria o Regimento Interno e no outro Direito Constitucional.

Pronto, às 18 horas estaria livre para fazer o que quisesse até às 23 horas. Poderia sair com os amigos, comer uma pizza com a família, dormir, assistir TV, ir ao cinema.

DOMINGO

Repetiria a dose do sábado, que está ótima e me deixaria o domingo a noite para relaxar e poder começar a semana com o pé direito.

Resumo da ópera - Seguindo esse esquema simples, estudaria 22 horas líquidas com muita qualidade. Simples, fácil, prático. O que é preciso para seguir esse esquema? Apenas muita seriedade e compromisso com os estudos, além de um lugar tranqüilo para estudar, nem que seja sentado no banco do fundo de uma igreja ou sobre o telhado de casa ... porque para o concurseiro que quer vencer, dificuldade nenhuma é grande demais que não possa ser superada.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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CLIPE DO DIA



Na linda voz da cantora franco-israelense Yeal Naim, a simpática música entitulada "New Soul", para terminarmos a semana bem calminhos e contentes.

E dá-lhe bunda e cadeira

Essa semana está particularmente desgastante para mim em termos de estudos. Desde segunda-feira estou atacando uma das partes mais chatas do edital para o concurso do TRE-MG, o Regimento Interno.

Já tinha estudado o danado no mês passado, mas apenas via leitura. Essa semana estou estudando detidamente cada artigo e fazendo uma versão comentada do tal regimento, de forma que possa estudar melhor, sem ter de ficar parando para puxar leis aqui e ali quando em dúvida.

Além disso, estou encarando uma boa revisão disso, estou revisando a matéria que é o bicho-papão de um sem número de concurseiros, a temida Raciocínio Lógico e Matemático. Particularmente não considero essa matéria difícil, mas chatinha. Depois que se aprende o conjunto de regras que a estrutura, fica tudo bastante fácil. A parte chata é que são tantos dados, tantos “vai e vem” que requerem atenção, tanto que acaba se tornando, sob minha ótica, uma matéria enfadonha, tediosa.

Então estou nessa, pela manhã estudo Regimento Interno. A tarde estudo Raciocínio Lógico e depois um pouco mais de Regimento Interno. E haja bunda, cadeira e paciência para dar conta de tudo isso. Só no final da tarde, quando faço uma longa caminhada para exercitar, que aproveito para ir lendo alguns resumos de outras matérias do edital desse concurso.

Isso mesmo, caminho rápido lendo resumos. Faço um percurso de aproximadamente sete quilômetros, com exatos um quilômetro e quatrocentos metros de morro íngreme lá pelo meio do percurso. Essa caminhada é feita em um bairro muito calmo próximo de onde moro, com ruas largas e pouco movimentadas. Daí que vou caminhando com um resumo de matéria na mão, estudando tranqüilamente. Tudo bem que pareço um louco para muita gente ao fazer isso, mas não me importo nem um pouco.

Sejamos sinceros, essa é uma rotina cansativa, chata, desgastante. Por mais que me motive várias vezes ao dia desde o momento em que acordo, não posso fazer nada para mudar isso. Não digo que não acredito que exista gente que estude feito um condenado com um largo sorriso no rosto aproveitando cada minuto como se ao invés de atrás dos livros, estivesse tomando sol no deck de um iate de luxo no Mediterrâneo cercado de beldades. Não digo porque já conheci algumas pessoas do tipo. Infelizmente não sou assim. Não vou mentir dizendo que essa fase de concurseiro está sendo uma das melhores e mais divertidas da minha vida, porque não está. No entanto, ninguém me obrigou a isso, estou aqui por decisão própria, então tenho de encarar com seriedade e sem reclamar ... muito.

Como diz o velho ditado, “nada como um dia após o outro”. Quando as coisas ficam pesadas, chatas ou ambas, é assim que vou vivendo, um dia após o outro. De onde tiro paciência e força para isso? Em primeiro lugar de Deus e em segundo lugar dos pensamentos felizes que tenho pensando em como minha vida será muito melhor após a posse.

Todos os dias navego um pouco por fóruns e comunidades de concurseiros na Internet, no Orkut, e o que mais encontro são concuseiros cansados dessa rotina pra lá de massacrante que, às vezes, parece não ter fim. É até engraçado em com uma diversidade de pessoas, de todos os cantos do país, compartilham de uma mesma luta, de condições de estudo, de dificuldades com família, amigos, grana, tudo muito parecido, muito semelhante.

Resumo da ópera – Esse artigo está mais para um desabafo do que para um texto motivacional ou educacional, mas acredito que existe algo bom em compartilharmos nossas dificuldades, em sabermos que não somos somente nós que sofremos sentados dia após dias diante dos livros, que temos sonhos adiados, que ouvimos palavras duras, mas que não deixamos de acreditar na realização de nossos sonhos de uma vida melhor, mais tranqüila, estável e folgada financeiramente.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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Diplomacia comme Il fault

Há alguns dias, os amigos do CS me sugeriram que escrevesse um artigo sobre o Concurso de Admissão à Carreira Diplomática - a famosa prova de ingresso no Instituto Rio Branco. Confesso que, quando recebi a proposta, fiquei bastante reticente, literalmente na defensiva. Houve, porém, um fato fez com que o desejo de escrever se tornasse maior do que o receio. Hoje à tarde, fui questionada por alguém que, em área totalmente diferente da diplomacia, também segue uma carreira de Estado, sobre o porquê de estar exercendo o cargo público que hoje exerço, apesar de ter tanta qualificação. Na hora, pensei em várias respostas, mas a que saiu foi tão franca quanto dolorida: eu quero fazer Diplomacia.

A dor fica por conta de todas as voltas que dei, nos últimos anos, na tentativa de fugir dessa realidade irretorquível. Assim que me formei na UFF, comecei um curso preparatório pro Rio Branco, mas não cheguei a terminá-lo. As mensalidades eram caras, o curso não era lá essas coisas e, pra completar, eu estava muito confusa sobre o que realmente queria da vida. Foi nesse momento que resolvi fazer mestrado em História das Relações Internacionais. Durante os anos de estudo, me dei conta de que aquela discussão teórica era minha grande e absoluta paixão. Defendida a dissertação, decidi que era hora de começar a trabalhar, ou meu futuro seria eternamente incerto. Na época com 26 anos, iniciei minha carreira concurseira-atirando-para-todos-os-lados, engavetando mais uma vez o sonho do Rio Branco. Dois anos depois, estava aprovada em concurso e trabalhando efetivamente. Feliz? Não sei.

Entrei de coração aberto no mundo do Direito, totalmente disponível para um novo amor profissional que - ora vejam só - não aconteceu. No mês passado tive uma crise séria. Estava finalmente trabalhando, feliz por ter meu dinheiro, minha estabilidade, mas... e o futuro? Qual seriam meus grandes goals profissionais e pessoais? Entrei em pânico. Minha resistência caiu e fiquei doente por duas vezes seguidas. Disso tudo, só pude chegar a uma única conclusão: eu vou ter que encarar o concurso para o Rio Branco de novo, mais dia, menos dia.

O amigo leitor deve estar se questionando: por que, cargas d'água, eu me interessaria por saber das crises existenciais da Flavia Crespo? Eu respondo: porque as minhas crises são comuns a uma parte considerável das pessoas que almejam o Itamaraty ou outras carreiras de Estado, mas dispõem de recursos financeiros limitados e necessidades imediatas. Não é fácil se preparar por anos para uma determinada carreira, sem vida ou ganhos próprios, sob o absoluto risco de nunca lograr êxito. É uma pressão imensa, um peso danado. Dá pra entender a razão de muitas pessoas desistirem no meio do caminho.

Meses atrás, estava visitando uma amiga diplomata em Brasília e fazíamos juntas algumas reflexões sobre a trajetória dos aspirantes ao Rio Banco. Foi interessante reunir a minha visão, exógena, à visão dela, endógena. Juntas, chegamos à conclusão de que existem dois caminhos possíveis para a carreira diplomática. O primeiro deles é percorrido por aquelas pessoas que sonham há muito com o Itamaraty e, ao colar grau na universidade, internam-se no quarto e estudam por anos a fio, entre livros, cursos e que-tais, até conseguir a tão desejada aprovação. Esses ingressam no Rio Branco ainda jovenzinhos, com a mente fresca e muitos ideais. O segundo caminho, que é o da minha amiga e, quem sabe?, também o meu, é das pessoas que dão enormes voltas até chegar ao Rio Branco. Vivem experiências diversas, aprendem muito sobre o ser humano e o mundo, conhecem áreas profissionais diferentes até que, um dia, o rio finalmente corre para o mar. Como vantagem, agregam à função diplomática uma bagagem de vida rica e colorida, que vai ser de grande valia durante toda a carrière. Resta a você, amigo concurseiro postulante ao Itamaraty, decidir qual estrada quer trilhar.

Resumo da Ópera: neste artigo, optei por não abordar o edital para o Rio Branco por um motivo muito simples: este concurso, considerado por muitos o mais difícil do Brasil, não é para amadores. Quem realmente quer a carreira sabe que serão necessários anos de estudo e dedicação carinhosa para conseguir a aprovação. Se você viu o edital e se interessou, mergulhe de cabeça na bibliografia, afie seu inglês e, principalmente, não tenha pressa. Cultive a paixão com a calma dos bons amantes, para que ela se transforme em amor; é desse amor que virá a vitória maior da aprovação. Como dizem os franceses, bon courage!

Flavia Crespo é a Concurseira Crônica.

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Concursos públicos municipais

Vez ou outra algum leitor do blog envia uma mensagem reclamando que não falamos aqui de concursos públicos municipais, dando prioridade para os concursos federais e, em menor grau, aos concursos estaduais.

Para começar a conversa de hoje, vou tratar dessa questão do nosso foco no blog em concursos grandes. Infelizmente contamos com uma equipe enxuta de colunistas voluntários, todos, coincidentemente, focados em concursos federais e, algumas vezes, estaduais, mas nenhum de nós está de olho em concursos municipais. Desse modo, fica muito difícil abordamos temas relativos a concursos municipais, visto que não conhecemos sua dinâmica própria. De qualquer forma, grande parte do que falamos no blog pode e deve ser aplicada para concursos públicos de qualquer esfera do governo.

Por que não somos tão ligados em concursos públicos municipais? Não posso responder pelos outros colunistas do blog, mas vou dar os motivos que me fazem não focar nesses concursos.

Baixos salários – Já escrevi para o blog um artigo dizendo que sou um concurseiro mercenário e que não vejo problemas nisso. Sim, estou nessa de concursos públicos pela ótima remuneração e estabilidade, ponto final. Visto por essa ótica, a grande maioria dos concursos públicos municipais de se torna desinteressante. Vira e mexe dou uma olhada em editais de concursos públicos municipais que oferecem muitas vagas e o que vejo são 90% dessas vagas com remuneração mais baixa e o restante com ótima remuneração, porém reservados para médicos, algumas vezes para advogados. Como tenho diploma de curso superior em Economia, não posso disputar os cargos com melhor remuneração.

Problema com a localização – Sou um cara cosmopolita, não adianta. Fico me imaginando indo morar numa cidadezinha bem pequenininha encrava no interior rural do interior do estado. Não, para mim não rola, não. E como concursos municipais são mais freqüentemente observados em cidades pequenas do interior, está aí outro motivo para eu não prestar esses concursos.

Juntando essas duas coisas, ter de ir morar numa cidadezinha do interior ganhando menos do que desejaria, resulta em concursos públicos municipais não me chamaram a atenção. Mas essa é uma visão estritamente pessoal.

Por outro lado, conheço alguns concurseiros que, simplesmente, evitam concursos grandes e visados. Pelo contrário, eles preferem disputar vagas, justamente, em cidades menores em busca de uma melhor qualidade de vida, preferindo abrir mão de um pouco de remuneração para isso.

Na lógica das coisas, devemos considerar a relação o “valor” da remuneração vis-a-vis o tamanho da cidade. Uma remuneração X em uma cidade grande pode “valer menos” que metade dessa remuneração numa cidade pequena, tudo por conta da diferença brutal de custo de vida. Isso ocorre, inclusive, regionalmente.

Tempos atrás um amigo médico me ligou todo feliz por ter sido aprovado em um concurso público para a especialidade promovido por uma cidadezinha do interior do Piauí. Não me lembro direito, mas o salário era por volta dos dez mil reais. O cara foi. Três meses depois ele estava de volta, “de mala e cúia”. Conversando ele confessou “lá é tudo muito difícil, é tudo muito longe. Por conta disso, tudo é mais caro e demorado. Não me adaptei”. Por outro lado, um outro amigo médico, assim que se formou passou num concurso para o cargo no estado do Amazonas. Isso já faz mais de dez anos e ele está lá até hoje, feliz da vida, responsável pela saúde de meia dúzia de povoados ribeirinhos a duzentos e tantos quilômetro de Manaus.

Resumo da ópera – Concursos públicos municipais podem ser tanto uma boa pedida quanto uma má escolha, tudo dependerá do concurseiro, de seus anseios, do que procura por sua vida. Se o cara quer ganhar bem, consumir, morar em cidades grande, o melhor mesmo é apostar em concursos federais e estaduais. Agora, se o cara prefere uma vida pacata no interior, deve olhar com carinho para os concursos públicos municipais.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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Lute, concurseiro, lute!

Como está o nível de animação, de motivação para estudar forte para concursos públicos nessa segunda-feira, concurseiros? Nesse belo começo de semana, o quanto você acredita na sua vitória nessa guerra? O quanto você acredita em si mesmo, em seu esforço, em sua luta?

Não é fácil manter a motivação em alta, principalmente no começo de uma semana de estudos, que para quem não tem concurso marcado para um horizonte próximo será longa, mas que para quem tem concurso marcado para daqui a algumas semanas será muito curta. Essa é a vida do concurseiro. Motivação não é vendida por quilos no supermercado da esquina, nada disso, ela tem de ser trabalhada, construída, refinada, pelo próprio concurseiro, diretamente dos seus sonhos e anseios, algo difícil e trabalhoso de fazer, mas necessário.

Toda segunda-feira acordo pensando que devo estar motivado, que devo estar animado, muito animado, para a semana de estudos que começa. Já não é fácil começar uma nova semana diante de livros e apostilas, mais uma de uma longa série de semanas, então se não começarmos “com o pé direito”, a coisa complica e muito. Faz muito tempo que não começo uma semana desanimado e desmotivado, depois que comecei a acordar animado, mas já tive meus inícios de semana negros e sei como são nefastos seus efeitos e, principalmente, duradouros ao longo da semana, parece até que ficamos puxando um bode preto que torna todo estudo mais difícil chato e lento.

Para um minuto para pensar como está sendo suas segundas-feiras, como você acorda em termos de animação e motivação. Será que você não está se auto-sabotando ao começar a semana desanimado, desmotivado, triste, se sentindo mal? Pode acreditar, acontece com milhares de concurseiros. Não espere que ninguém o anime, seja esposa, pais, namorada, amigos, pois somente você tem o poder de fazer isso de forma profunda e permanente. Claro que outras pessoas podem nos dar um pouco de animação, mas é uma animação superficial por ser externa, pouco duradoura. O que conta mesmo é a animação que parte de dentro da gente. Não adianta que o mundo inteiro acredite que você é capaz de realizar seu sonhos se você mesmo não acredita nisso.

Acreditar que o sonho de aprovação em concursos públicos é possível. Quanto mais sério o concurseiro, mais difícil de acreditar nisso. Por que? Simples, porque o concurseiro sério sabe que é preciso estudar muito e por muito tempo, sabe que a concorrência é feroz, sabe que as bancas estão ficando cada dia mais exigentes, sabe que para poder acreditar na realização desse sonho é preciso estudar muito, trabalhar firme, ser forte, ser motivado. É uma série de coisas que tornam um sonho crível de ser realizado. Apenas concurseiros novatos ou falsos acreditam de olhos fechados, como se apenas querer fosse poder.

A guerra dos concursos públicos é muito parecida mesmo com uma guerra de verdade, guerra em termos bélicos. Numa guerra real o soldado profissional sabe que pode contar mesmo apenas com seu treinamento, porque no campo de batalha essa é sua única arma infalível, pois companheiros de pelotão são mortos, armas são perdidas, munição acaba, mas o treinamento, não, esse está sempre com o soldado e será a diferença entre sua sobrevivência ou sua morte. O concurseiro sério conta, no final, também apenas com seu treinamento, com seu estudo, com sua capacidade de auto-motivação, pois cursinhos acabam, amigos se afastam, livros não podem ser usados para ajudar a fazer provas.

Estou parecendo muito negativo? Muito trágico? Não pense dessa forma, estou apenas dizendo a verdade sobre a guerra dos concursos públicos. Gostaria eu que apenas ler uma frase de motivação como “você pode vencer! Você conseguirá!” fosse suficiente para me motivar para uma nova semana de estudos, mas não é. Seria muito bom, prático e fácil se fosse, mas não é mesmo. Eu tenho de acreditar na minha própria vitória, essa certeza tem de vir de dentro de mim, e não é fácil fazer essa motivação, essa certeza, essa crença brotar do coração e da mente em plena segunda-feira do final do 18º mês de estudo que estou vivendo, mas me esforço, me concentro, mentalizo, medito, faço o que for preciso para trazer tudo isso à tona e aqui estou 110% animado, motivado, crente na minha aprovação em vários concursos públicos e na realização do meu sonho de uma vida melhor, escrevendo para vocês.

Resumo da ópera – Você também pode conseguir começar essa nova semana de estudos muito motivado e animado, mas para isso você precisa parar uns minutinhos, fechar os olhos, respirar fundo, e fazer esses sentimentos brotarem de sua alma. Como disse o poeta, “não há vitória que mereça cser comemorada que não aquela que exija muito sangue, suor e lágrimas”.

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Cuidado com o que você deseja

Alguns anos atrás assisti a um filme de terror classe B onde um grupo de jovens descobria numa casa abandonada um tipo de lâmpada do Aladim, mas que guardava um gênio do mal. Como em todo “bom” filme desse gênero, os jovens fazem seus pedidos na brincadeira, o tal gênio do mal leva à sério, mas os realiza de uma forma que só ferra cada um deles, até que sobra um herói e uma mocinha que dão cabo dele no final, se livrando de uma morte certa e dolorosa.

O pior é que em se tratando de concursos públicos, também é preciso ter muito cuidado com o que se deseja, para que a alegria da vitória nessa guerra não se transforme num pesadelo como nesse filme de terror de classe B que assiti.

Explico.

Um amigo meu está inconsolável. O filho, com 23 anos, não querendo encarar uma faculdade, resolveu estudar para concursos públicos. Na verdade, para um concurso público específico, “Quero ser agente penitenciário”. O cara estudou bastante, passou na prova escrita, fez uma série de provas físicas, exames e avaliações psicológicas, e foi aprovado. Passou algum tempo, foi nomeado e empossado no cargo que tanto desejava, devendo exercer suas funções em uma cidadezinha turística tranquila do Sul de Minas, na cadeia da cidade. No dia 1º de setembro ele entrou em exercício, feliz da vida.

Ontem o pai dele, que é meu amigo, me ligou desconsolado porque o filho tinha pedido exoneração do cargo! Isso mesmo, menos de cinco meses depois de entrar em exercício. O problema é que o cara tem mulher e filha pequena, de três anos de idade, tinha comprado um automóvel financiado, se mudado para uma casa mais cara do que a que morava antes, com várias contas para pagar ... e agora voltou à estaca zero. O motivo, ele iria ser transferido para trabalhar em um presídio próximo a Belo Horizonte. “Ele disse que uma coisa era encarar alguns bebuns e ladrões pé de chinelo numa cidadezinha pequena, outra completamente diferente seria ter que lidar todos os dias com traficantes, assassinos e gente da pior espécie pertencentes à quadrilhas perigosas como o PCC e o Comando Vermelho”.

Esse drama me fez pensar em quantos concurseiros estão lutando para serem vitoriosos em concursos para cargos que não são exatamente o que querem, onde exercerão funções e terão responsabilidades muito diferentes das que imaginam. Esse é um caminho certo para a frustração e decepção.

Acho que essa questão é menos grave quando falamos de cargos administrativos. Nesse tipo de cargo, o cara sabe que vai lidar com papelada, com o público, bater carimbos, arquivar e desarquivar pastas, essas coisas. O problema maior, no meu entender, está nos cargos de fiscalização e os relacionados com segurança pública. Vejamos.

Nos cargos de fiscalização, como os de Auditor da Receita Federal ou Fiscal da Receita Fazendária, o cara vai agir diretamente com empresas e com os que devem pagar tributos ao fisco em geral. Tudo bem que há trabalho interno, onde o cara não sai da repartição, mas a maioria dos fiscais age em campo, ou seja, visitando empresas e contribuintes. Isso significa lidar com pessoas numa situação, muitas vezes, não muito agradável, afinal de contas, o fiscal é um tipo de cobrador e ninguém gosta de ser cobrado.

Nos cargos de segurança a coisa pega mais um pouco. Claro que há o glamour decorrente dos filmes de Hollywood, mas o cotidiano de policias e agentes de segurança está muito longe disso. Não é nada tranquilo ter de lidar diariamente com criminosos, correr o risco de morrer ou levar uma bala por conta de um tiroteio. Um policial, um agente da Polícia Federal, um policial rodoviário ou um agente prisional estão sujeitos a isso, sem glamour nenhum, estando mais para “Tropa de Elite” que para “Duro de Matar”.

Resumo da ópera – O concurseiro sério toma cuidado desde a escolha do cargo a que pretente prestar provas. Ele procura saber como é o cotidiano de trabalho desses cargos, avalia com cuidado se tem o perfil correto para o trabalho e não se deixa levar por glamour ou número sedutores da remuneração. Agora, o concurseiro lerdo que não toma cuidado com isso tem grandes chances de se decepcionar com o cargo conquistado e se ver forçado a abandonar tudo para recomeçar dolorosamente do zero.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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