Começando a se preparar

“Faço 2º ano do ensino médio, mas já tenho grande interesse por assuntos relacionados a concursos públicos, quero passar em um futuramente. Queria sua ajuda, pois desejo de alguma forma já começar a estudar para tal, mas não sei nem por onde começar, pois também tenho o colégio (Anônimo)”.

A resposta para esse questionamento vale não somente para quem ainda não terminou o segundo grau, mas também para quem vai começar agora a estudar para concursos públicos, já que ambos estarão começando o zero.

Acredito que a melhor receita para quem está começando a estudar agora pensando em prestar o primeiro concurso somente daqui a seis meses ou mais, é estudar sério três matérias que são exigidas em qualquer prova de concurso público.

PORTUGUÊS – Não adianta espernear, o candidato que não souber muito bem gramática, interpretação de textos e redação, terá pouquíssima chance de ser aprovado em concursos públicos. Em uma prova de português com 30 questões, se o candidato não acertar no mínimo 23 delas, está praticamente fora da disputa. É dureza, sim, pode ter certeza de que é. Então mãos à obra e vá estudar português. Para quem ainda está no colégio, como nosso amigo que está no 2º ano do colegial, melhor ainda, pois terá um ou mais professores para auxiliá-lo nos estudos e tirar suas dúvidas, o que é uma grande vantagem. Para quem não está mais estudando, vale até pagar um professor particular de português por uma ou duas horas por semana somente para tirar as dúvidas.

INFORMÁTICA – São raros os concursos públicos que não cobram informática em seus concursos. E não é informática prática, mas teórica, ou seja, teoria de Windows e Internet, teclas de atalho, menus, comandos. Isso significa que quem pretende provas para concursos públicos deve estudar informática com o dobro de esforço, dando atenção especial a parte teórica. Aqui vale tanto se inscrever em algum bom curso de informática (o Sesi/Senac/Senai oferecem ótimos cursos por preços baixos em todo o país), como estudar com livros e apostilas encontrados gratuitamente na Internet. Treinar digitação com os dez dedos também ajuda muito e para isso há programinhas gratuitos na Internet que ensinam e treinam como fazer. Conheço vários casos de pessoas que foram muito bem nas provas e reprovadas nos testes de digitação em concursos para cargos com salários de 3, 4, 6 mil Reais.

DIREITO CONSTITUCIONAL – Tecnicamente todos os brasileiros deveriam estudar a Constituição Federal, afinal de contas, essa é a lei maior do Brasil ... claro que isso é tecnicamente, porque a não ser quem é da área jurídica ou que estuda para concursos públicos, praticamente ninguém está nem aí para ler a constituição. Não adianta nada estudar direito constitucional sem antes ler duas ou três vezes, com atenção, a constituição. Aí está, leia a constituição com cuidado várias vezes. Não precisa nem compra um exemplar, basta enviar alguns emails para deputados federais ou estaduais (os emails estão disponíveis nos websites das câmaras), que seus assessores lhe enviaram um exemplar atualizado da constituição gratuitamente ... não porque eles são bonzinhos, nada disso, mas porque há verbas especialmente destinadas para isso, ou seja, você que pagou com impostos).

Prontinho. Essas três matérias podem ser estudadas tanto por quem ainda está cursando o segundo grau, quanto por quem está começando a estudar para concursos públicos agora. O candidato que tiver o domínio dessas matérias terá “matado” pelo menos 25% da matéria de quase todos os concursos públicos que possam aparecer e estarão na frente de uma multidão de candidatos. Claro que não adianta só estudar lendo, lendo, lendo, mas também fazendo muitos exercícios para fixar a matéria. Para isso existem as apostilas só com exercícios gabaritados publicados por editaras de concursos e provas anteriores disponibilizadas gratuitamente nos websites das organizadoras de concursos públicos.

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Sete erros na hora de fazer prova

No domingo passado prestei prova para mais um concurso público e mais uma vez pude observar algumas pessoas cometerem alguns mesmos erros que já vi serem cometidos em outros concursos. Chega a ser engraçado observar os mesmos erros sendo repetidos em concursos diferentes com pessoas diferentes, como se fossem algum tipo de comportamento instintivo.

1º Erro – Não ter idéia do local de prova.
É um absurdo o número de candidatos que vi próximo e no meu local de prova com a cartinha da organizadora do concurso na mão sem a mínima idéia de onde fariam prova. E olha que quando vi isso faltavam somente 40 minutos para o fechamento dos portões. Não tem desculpa esse tipo de desorganização. Todo candidato tem acesso ao local de prova via Internet pelo menos uma semana antes do dia da prova e, geralmente, recebe a carta com o local via correio alguns dias antes. Se o local de prova é em outra cidade, deve-se chegar com pelo menos três horas de antecedência para procurar o lugar, se possível procure um mapa ou referência pela Internet alguns dias antes. Se for na própria cidade onde o candidato reside, deve-se ter certeza de que se sabe onde é o endereço, confusões são comuns quando se acha que se conhece todos os endereços da cidade.

CORRETO: Se não souber exatamente como chegar ao local de prova, procure se informar com antecedência e vá procurar o lugar no dia da prova no dia anterior ou com pelo menos três horas de antecedência, para ter certeza de que terá tempo de achar.

2º Erro – Chegar em cima da hora.
Só saber com certeza o local de prova não é suficiente. Todo concurso tem sua leva de candidatos que chegam depois do horário de fechamento dos portões. Daí não adianta choradeira, reclamações, ameaças, desespero. Lembre-se que o trânsito é uma caixinha de surpresas e que pode ser que um caminho que você achava que levaria 20 minutos para percorrer, por conta de algum congestionamento ou acidente de trânsito, pode demorar uma hora e daí tchau prova.

CORRETO:
Chegue ao local de prova com pelo menos uma hora de antecedência para evitar de perder a prova de bobeira.

3º Erro – Falta de noção com o que levar.
Quando se vai prestar provas de concursos públicos deve-se levar lápis, borracha, régua pequena, pelo menos duas canetas de tinta preta (como está previsto no edital), além de um analgésico para o caso de dor de cabeça, uma garrafinha de água para matar a sede e um chocolate ou barrinha de cereais para aplacar a fome. Só que tem gente que simplesmente perde a noção e leva vinte canetas de todas as cores, os vários lápis, borrachas e régua, canetinhas, marcadores de texto, água, refrigerante, suco, frutas, caixa de chocolates, meia dúzia de barrinhas de cereais. Sério, tem gente que pensa que está indo para um piquenique. Já fiz prova onde teve gente querendo entrar na sala com garrafa térmica com café ... sério.

CORRETO: Leve somente duas canetas preta, uma lapiseira, uma borracha, uma garrafinha de água e um chocolate pequeno ou barrinha de cereais, um analgésico, além, claro, do relógio analógico (de ponteiros) para controlar o tempo.

4º Erro – Não saber se vestir.
Imagine fazer prova numa tarde de domingo vestindo smoking (vestido longo no caso das mulheres), calçando um sapato apertado, talvez usando um casaco de inverno em pleno verão. Claro que seria muito incômodo e atrapalharia o fazer da prova. Mas parece que tem muita gente que não entende isso e vai fazer prova usando roupas desconfortáveis, apertadas demais, soltas demais, muito quentes ou muito frescas. Se sua prova não será de banca (onde você será observado também no quesito da aparência), use roupas confortáveis e adequadas para a estação do ano. Simples assim.

CORRETO: Vista-se confortavelmente e de acordo com a estação do ano e temperatura do dia. Dia de prova não é desfile de moda.

5º Erro – Começar a prova de forma errada.
Definitivamente pelo menos metade de quem presta provas para concursos públicos nunca ouviu falar que existem estratégias para fazer provas. Quando se recebe o caderno de questões, não é só abrir e começar a resolver na ordem. Nada disso. Esse assunto é extenso e vou tratar dele mais para frente. De pronto fique sabendo que fazer isso é uma burrada.

CORRETO:
Se você não quiser esperar para ler os artigos que escreverei sobre estratégias de fazer prova, basta uma pesquisa no Google para encontrar vários links sobre o assunto. Os livros do William Douglas também tratam do assunto.

6º Erro – Deixar se desesperar com os “saintes”.
Todo concurso é igual. Após duas horas de prova pelo menos metade da sala fica vazia. Chamo esse pessoal de “saintes”, que geralmente são os que sacaram que não sabem nada e que não adianta ficar ali perdendo tempo e os que acharam que sabiam tudo e gabaritaram a prova. Quando esse pessoal começa a abandonar a sala, tem muito concurseiro que simplesmente se desespera pensando que o tempo acabou ou que está ficando para trás e acabam perdendo a concentração ou entregando a prova mais cedo do que deveriam. Saber que ignorar os “saintes” é pré-requisito para aprovação.

CORRETO: Simplesmente não dê bola para quem está saindo antes de você, afinal de contas, você tem de prestar atenção única e exclusivamente em sua prova, só isso.

7º Erro – Falta de cuidado com o preenchimento do cartão de respostas.
Em todo e qualquer concurso os fiscais de prova devem alertar os candidatos para que tenham cuidado no preenchimento dos cartões de resposta. Mesmo sem aviso nenhum, as pessoas deveriam ter o bom senso de tomar esse cuidado. Não é o que acontece. São muitos os casos de candidatos que simplesmente se ferraram em concursos públicos porque erraram na hora de preencher os cartões de respostas, não só candidatos de primeira viagem, mas também com mais experiência.

CORRETO: Tome cuidado triplo ao preencher o cartão de respostas. Primeiro transcreva as respostas a lápis, depois vá conferindo novamente e só então assinalando com caneta preta.

RESUMO DA ÓPERA - Agora que você sabe quais são os sete erros mais comuns na hora de fazer provas de concursos públicos, você não pode mais cometê-los ... entendeu, amigão?

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DICAS

Atualidades (Uma ótima dica publicada pelo Prof. Douglas em seu blog http://www.professordouglas.com)

Guardem o nome dessa cidade:

Abaetetuba, 130 km de Belém

Foi lá que uma menina de 15 anos (L.), acusada de tentativa de furto, permaneceu na mesma cela com mais de 30 homens. Ela foi abusada sexualmente, violentada e estuprada seguidamente por pelo menos 20 dias.

Trata-se de afronta gravíssima ao disposto na Constituição Federal, art. 5º, a saber:

XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;

XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;


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Tomando fôlego

No domingo fiz mais uma prova de concurso público. No sábado terminei a revisão da matéria e sinceramente não sobrou tempo para preparar um artigo para postar. Ontem não postei porque foi o que chamo de Dia do Fôlego e é sobre isso que vou escrever hoje.

Desde sempre existiu a lenda de que estudar no dia anterior à prova seria algo impensável, que poderia até provocar a morte do concurseiro. Congestão, perda de memória, infarto, diarréia, desmaio. Tudo isso e um pouco mais poderia acontecer ao imprudente que teimasse estudar no dia anterior à prova. Claro que isso um mito. Pelo menos comigo nada disso nunca aconteceu e eu sempre estudei no dia anterior a qualquer prova de concurso. Muito pelo contrário, isso sempre me ajudou a acertar questões e ganhar pontos preciosos.

Agora, o dia seguinte à prova é outra coisa. Fazer prova é estressante, cansativo, consome o candidato, exaure ... pelo menos para os candidatos que estudaram sério. E não é que tem gente que teima estudar no dia seguinte à prova e alguns mais “sem noção” até no mesmo dia da prova. Parece brincadeira, mas tem mesmo gente que depois da prova toma um banho, come alguma coisa e vai estudar. Eu conheço. Isso, sim, é loucura.

Se antes da prova o cérebro está ativo e pronto para o combate, depois da prova está exausto. É como acontece com os músculos. Pergunte a qualquer atleta profissional se depois de uma prova ele vai treinar? Você já viu jogadores de futebol treinarem depois de um jogo valendo pontos para algum campeonato? Já viu um maratonista sair para treinar depois de correr uma maratona?

Acho que o dia seguinte à prova deve ser de descanso absoluto. Nada de estudar, nada de pensar em provas, em matéria, nada de ler, responder emails, nada. É dia para ficar de papo pro ar, dormir até tarde, ficar zapeando a TV, assistir filmes, jogar vídeo game, ir para a piscina, para a praia, ou seja, somente descansar. Fazendo isso você está dando um tempo para seu cérebro se recuperar do desgaste da prova, você está tomando fôlego. Depois de um dia de descanso, aí, sim, você estará pronto para começar a estudar para o próximo concurso com qualidade e tranqüilidade, como deve ser feito.

Estudar para concursos é algo que requer planejamento, técnica e tranqüilidade. É algo muito diferente do que muita gente pensa, está longe de só pegar os livros e ler, ler, ler. Quem estuda com técnica, respeita seus limites e sabe como trabalhar para rompê-los, terá sucesso na guerra dos concursos. Quem estuda de forma burra e força seus limites de forma desrespeitosa não está condenado ao insucesso, nada disso, mas demorará muito mais e sofrerá muito mais até alcançar o sucesso. E se é possível fazer as coisas de forma mais fácil e menos trabalhosa, porque insistir em fazer da forma mais difícil e trabalhosa? Seria burrice. O pior é que, nesse aspecto, muitos e muitos concurseiros são burros e, não bastando, ainda acham que isso é motivo de mérito. Vai entender.

Resumo da Ópera - Estude forte no dia anterior à prova e descanse no dia seguinte. Exija do seu cérebro quando ele está preparado para isso e deixe-o descansar quando ele precisa.

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Depois de um dia de descanso, hoje volto ao estudo, dessa vez para o Concurso do TST em fevereiro. Como planejei estudar em dezembro somente Direito Constitucional, Direito Administrativo, Regimento do TST e Português, serão sobre essas matérias que postarei dicas e questões resolvidas.

Outra coisa. Obrigado pelos comentários aos artigos. Por enquanto são dois ou três por artigo, mas espero que esse número aumente ... por favor, deixe seu comentário. Foram enviadas algumas perguntas e sugestões para artigos, que vou aproveitar durante essa semana.

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Natal de concurseiro

O que você está planejando para o natal e reveillon? Já pensou em sair para comprar os presentes? Quantos parentes e amigos serão convidados para a ceia, churrascos, festas? Será que vai chover na praia na passagem do ano? Se você tem perguntas como essas na cabeça, lamento dizer que você tem também um grande problema.

Costumo dizer que há três tipos de concurseiros. Os xiitas, os estrategistas e os sem noção. Vejamos alguns detalhes de cada tipo.

Xiitas – São aqueles concurseiros que querem ser aprovados em concursos públicos de qualquer maneira e para quem não tem feriado, final de semana, horário de descanso, pausa, nada. Para esses concurseiros a vida se resume a estudar o máximo possível, deixando a qualidade de estudo em segundo plano.

Estrategistas – São concurseiros que também querem ser aprovados o mais rápido possível e estudam tanto ou até mais que os concurseiros xiitas, porém fazem isso de forma inteligente, planejada. Para esses concurseiros as pausas e os descansos são tão importantes quanto as horas de estudo, ou seja, têm uma função.

Sem noção – Tecnicamente são concurseiros, mas dão tão pouca importância para o estudo que alguns acham que não merecem serem chamados de concurseiros. Para essas pessoas estudar é reservado para aquela horinha mais ou menos diária quando não há nada melhor para fazer.

Qual será a programação desses grupos para o período entre os dias 23 de dezembro e 03 de janeiro?

Xiitas – “Ué, vou estudar como tenho estudado todos os dias. Porque iria mudar minha rotina? Enquanto estarei estudando, sei que um monte de candidatos estarão festejando e com isso terei vantagem sobre eles no próximo concurso”.

Estrategistas – “Vou tirar um tempinho para ficar com a família e amigos no dia de natal e na passagem de ano, mas continuarei estudando sério a maior parte do tempo”.

Sem noção – “É ruim estudar no final de ano. Tenho de ir a vários churrascos, ceia com a família, balada depois, e na passagem do ano é baladona na praia. Só louco para estudar nessa época”.

Não sou eu que vou dizer em que grupo você deve estar, mas digo que você não deve estar no grupo dos sem noção se você realmente pretende ser aprovado em concurso público. Não tem jeito, estudar é coisa de todo dia para concurseiros e vestibulandos. Quem passou para a segunda fase de vestibulares importantes como Fuvest e Unicamp estará estudando nessa época ... concurseiros que têm provas marcadas também estarão estudando ... concurseiros sérios também estarão estudando mesmo sem ter provas marcadas.

Resumo da ópera – Se você quiser tirar folga no final do ano, dar um tempo para os livros e apostilas, isso é com você. Eu e muitos outros concurseiros estaremos estudando duro para podermos comemorar o natal de 2008 e o ano novo de 2009 com muito mais satisfação e dinheiro no bolso, já como funcionários públicos empossados. E você?

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“Não vou conseguir estudar tudo isso a tempo”

É engraçado como todo concurseiro tem uma tendência natural ao que eu chamo de “super-dimensionamento dos problemas”, que se traduz em reclamações do tipo “é muito difícil”, “é muita concorrência”, “é muita coisa para estudar”, “não vai dar tempo” e por aí vai. Dizem alguns professores com mais experiência no universo concurseiro que isso é um reflexo direto da insegurança em relação ao alto nível de exigências dos concursos públicos.

Esse comportamento é muito comum quando os concurseiro encaram o edital dos concursos que pretendem prestar. Tudo bem, os editais são mesmo pouco amigáveis com suas dezenas de páginas de regras e, principalmente, com a descrição das matérias que serão cobras no dia da prova. O concurseiro vai lendo, lendo e então dá de cara com uma batelada de Direito Constitucional, Direito Administrativo, Português, Raciocínio Lógico-Matemático, Estatística, Administração, AFO e por aí vai. É inevitável pensar que será muito, muito difícil estudar toda aquela matéria até o dia da prova, bem o suficiente para poder concorrer com alguma chance de ser aprovado.

Outro pensamento ronda a cabeça dos concurseiros nesses momentos, algo totalmente desconexo com a realidade que alguns especialistas afirmam ser criação de duendes maldosos dedicados a pouco nobre arte de atrapalhar a vida dos concurseiros, é o clássico “só eu não vou dar conta de estudar tudo isso, todo mundo conseguirá menos eu”. Claro que esse tipo de pensamento deveria ser descartado assim que surgisse na mente, afinal de conta não tem cabimento achar que algo assim irá acontecer, ainda mais quando não é segredo que a grande maioria dos inscritos em qualquer concurso simplesmente estuda muito pouco.

Ao verificar as matérias que serão cobradas em um concurso, é preciso ser frio e metódico como um cirurgião com décadas de experiência. Eu tenho uma metodologia baseada em três passos que acho muito prática:

Passo 1 – Separar as matérias em “tenho mais facilidade” e “tenho menos facilidade”. Com essa separação você saberá quais matérias necessitarão de maior dedicação e tempo de estudo e quais poderão ser estudadas com mais calma e em menos tempo, afinal de contas, enquanto dificuldade é como subir um morro (que demanda mais tempo e esforço), facilidade é como descer (e na descida todo santo ajuda).

Passo 2 – Separar os tópicos de cada matéria em “Estudei recentemente”, “Estudei faz algum tempo” e “Nunca estudei”. Segundo especialistas em memorização, matérias que ficam mais de 15 dias sem serem revisadas começam a ser descartadas da memória. Ao dividir as matérias segundo o tempo de estudo, você poderá programar ciclos de estudo para revisar primeiro as matérias que estudo faz algum tempo (para evitar que elas sejam descartadas da memória), depois para revisar as matérias que estudou recentemente (para fixação) e então para estudar as matérias nunca vistas.

Passo 3 - Verificar para quais matérias/tópicos você já tem material de estudo e pesquisar qual o melhor material de estudo para as matérias/tópicos para os quais você ainda não tem material. Como dinheiro não dá em árvores e concurseiro geralmente não tem dinheiro sobrando, esse inventário de qual material de estudo já se possui é importantíssimo para que se evite a compra de material que já se tem, ou seja, gastar dinheiro à toa. A pesquisa do melhor material de estudo para cada matéria também é de suma importância, já que não adianta nada estudar muito com um material de baixa qualidade, cheio de erros, de didática fraca.

Pronto, seguindo esses três passos você terá toda a matéria que terá de estudar devidamente destrinchada e classificada, que assim não será nem um pouco assustadora. Além disso, será muito mais fácil preparar o programa de estudos otimizado para qualquer concurso (assunto que tocarei em outro artigo).

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“Estou estudando para concurso”

Eu morava no interior de Minas quando chegou a época de estudar para o vestibular. Decidido pelo curso de Economia, enfrentava um preconceito duplo. De um lado por estar estudando para o vestibular, que naquele lugar e naquela época era coisa de rico ou de pobre enrolando para arrumar um trabalho (eu era pobre). De outro porque não escolhi um curso “sério” como Medicina, Direito, Odontologia ou Engenharia. Hoje isso acabou, qualquer “gato ou cachorro” presta vestibular para qualquer curso, acabou o preconceito como acabaram os chamados “cursos sérios”.

Só que o preconceito obedece à Lei de Lavoisier segundo a qual “na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma” e agora o preconceito é contra quem diz “estou estudando para concurso”. É só falar isso para que já te olhem com aquele olhar de “mais um vagabundo que não quer procurar trabalho”. São muitos os concurseiros que relatam o incômodo que sentem por conta desse preconceito vindo de pais, irmãos, parentes, amigos.

Infelizmente, esse preconceito tem um fundo de verdade. Eu mesmo já conheci pelo menos meia dúzia de pseudo-concurseiros. Segundo o dicionário Houais, “pseudo” é um anteposto que significa “falso, enganador, mentiroso”.

O pseudo-concurseiro é aquele que realmente se escuda no “estudar para concurso” por não querer/conseguir trabalho ou melhorar de vida. Já encontrei os dois tipos. O primeiro, claro, é mais problemático, porque com essa conversa se livra de ter de trabalhar e ainda por cima é sustentado por familiares. O cara vai para festas, baladas, cervejadas, dorme até tarde, finge que estuda meia-hora por dia e acha que está enganando o mundo inteiro. O segundo tipo trabalha, mas ganha pouco e o trabalho não é lá essas coisas, muitos têm curso superior, para justificar a comodidade em que vivem (afinal de contas, preocupar em correr atrás de trabalhos melhores dá muito trabalho, assim como dará se conseguir um) dizem que estudam para concurso e vão levando a vida sem maiores preocupações.

Enquanto isso, concurseiros sérios que estão nessa para vencer têm de conviver com o preconceito causado pelos pseudo-concurseiros. Agora, deixar que isso atrapalhe seus estudos e mine sua motivação depende somente de você e, claro, não pode acontecer.

Ponha na sua cabeça dura três coisas:

1ª - Quando o assunto é opiniões alheias, só valem serem ouvidas as construtivas, as que podem acrescentar algo positivo à sua missão, ajudar a melhorar seu desempenho, a corrigir falhas.

2ª - Se é fácil criticar, também é fácil não dar ouvido a essas críticas. É como diz o velho ditado ... “entra por um ouvido e sai outro”.

3ª - Ao invés de ficar chateadozinho, com a moral baixa, se sentir humilhado ao ouvir críticas desse tipo, vai estudar que você ganha muito mais!

Muitos concurseiros perdem tempo e energia precisos que deveriam usar para estudar ao dar atenção para críticas, preconceitos, opiniões alheias, rumores. O concurseiro deve ter o bom-senso de saber o que escutar, ao que dar atenção. O sucesso depende de muito estudo, de muitas HBC (horas de bunda na cadeira), então o que você deve fazer é dar um “foda-se” para tudo o que pode atrapalhar sua jornada para a posse em um belo cargo público.

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Gente, o blog tá mais devagar essa semana por um motivo justo. Domingo tenho prova e semana estou fazendo revisão das matérias, o que me deixa com muiiito pouco tempo livre. Amanhã, sexta e sábado haverão artigos novos, mas sem dicas de matérias. Semana que vem tudo volta ao normal com dicas de matérias, inclusive para o concurso do TST.

Amanhã cedo tem artigo novo ...

Assuma o controle ou ...

É engraçado como o universo concurseiro é polarizado. De um lado temos o pólo ensolarado onde os concurseiros estão motivados, acreditam que a vitória é somente uma questão de tempo e estudo bem orientado, não duvidam que serão recompensados pelos seus esforços. Do outro lado temos o pólo chuvoso, onde os concurseiros estão desmotivados, desanimados, sem conseguir acreditar que terão sucesso em sua luta pela conquista de um cargo ou função pública e temem estar desperdiçando tempo e esforço. Existe também uma enorme via de mão dupla que liga esses pólos e por onde nós, concurseiros, transitamos.

Vejamos alguns fatos, algumas verdades sobre esse universo, que você precisa enfiar em sua cabeça dura de uma vez por todas:

1ª Verdade – A derrota, o desânimo e a desmotivação fazem parte do jogo.

Sinceramente, não consigo entender como muitos concurseiros teimam em acreditar que somente sua luta na guerra dos concursos públicos é uma sucessão de derrotas, dificuldades e sacrifícios. Claro que isso não existe. Perder fazer parte do jogo para todos os concurseiros, assim como o desânimo e a falta de motivação. Só alguns poucos seres humanos com super-inteligência são capazes de estudar somente uma semana e abocanhar um dos primeiros lugares em concursos. Para nós, seres humanos normais, o negócio é estudar muito, ralar muito, ser reprovado um punhado de vezes, para então chegarmos a um ponto de maturidade suficiente para garantir o sucesso.

2ª Verdade – Ninguém fica todo o tempo em somente um dos pólos.

O universo concurseiro tem DOIS pólos. Isso significa que nenhum concurseiro está condenado a ficar o tempo todo em somente um deles. Alternamos momentos de ânimo e de desânimo, de motivação e desmotivação. Mas temos uma grande vantagem nesse universo. Somos nós que decidimos quanto tempo ficar em um pólo e no outro. Se não podemos evitar ir para o pólo chuvoso, nos cabe decidir quando voltar para o pólo ensolarado.

3ª Verdade – “Posso lhe indicar o caminho, mas cabe a você fazer a jornada”.

O que não falta no universo concurseiro são fontes de renovação de animação e motivação. Temos autores fabulosos como William Douglas e Lia Salgado, que já passaram pelo que passamos e hoje dividem seu tempo entre desfrutar do sucesso da carreira pública e ajudar outros concurseiros a não se renderem e continuarem lutando. Temos também concurseiros anônimos que se propõem a ajudar os companheiros de armas em meio à batalha que também lutam, como eu e outros. Somos placas que você encontra quando está perdido no pólo chuvoso, indicando a saída em direção ao pólo ensolarado, mas é você que está no controle e que decidirá quando deixar de ficar tomando chuva na cara e voltar para o pólo ensolarado.

4ª Verdade – O que importa não é quantas vezes vamos, mas o quanto demoramos para voltar.

Não se preocupe em pegar algum desvio errado que o levará para um passeio nada agradável ao pólo chuvoso. Isso acontece com qualquer concurseiro, geralmente quando menos se espera. Podemos evitar? Algumas vezes, sim, outras vezes, não. O que realmente importa não é quantas vezes perdemos a animação, a esperança, a motivação, mas o nosso tempo de reação, quanto tempo levamos para “sacudir a poeira e dar a volta por cima”, quanto tempo demoramos para tomar o caminho de volta ao pólo ensolarado.

Resumo da ópera – O universo concurseiro pode ser muito cruel, sei disso na carne, mas é assim que as coisas funcionam. Quando você estiver desmotivado, desanimado, “desesperançado”, você pode e deve procurar o apoio de amigos, parentes e concurseiros de sucesso (William Douglas, Lia Salgado), ou mesmo de concurseiros que ainda não alcançaram o sucesso, mas estão lutando como você está lutando (como esse Concurseiro Solitário que vos escreve), mas você também deve saber que ninguém irá tirá-lo da deprê, do pólo chuvoso, porque somente você tem o poder para fazer isso. Essa é uma daquelas situações simples e diretas que a vida nos apresente, quando assumimos o controle damos a volta por cima ou .... você já viu um carro de corrida capotando em chamas?

Estudar ouvindo música?

Tempos atrás vi a mensagem de uma concurseira em um fórum sobre concursos públicos, no qual ela relatava que não conseguiu se concentrar para fazer uma prova por conta da música que vinha de alguma festa que estava sendo realizada nas imediações do local de prova. Segundo ela, a música estava longe, era baixinha, mas que destruiu sua concentração, já que ela estava acostumada a estudar com um protetor auricular (tampão de ouvido), ou seja, com silêncio absoluto.

Já li e ouvi essa dica de usar protetores auriculares para estudar, mas não acho que seja uma coisa que se deva fazer por dois motivos:

1 – No dia da prova o uso desses protetores não é permitido;

2 – Por mais calmo que seja o local de prova, não haverá o mesmo silêncio que existe com o uso de protetores.

Sacaram o problema? O cara acostuma a estudar e se concentrar usando protetores auriculares, ou seja, no silêncio. Chega o dia da prova e ele não pode usar os protetores. Se tiver azar, prestará prova em um local barulhento, ao lado de uma avenida movimentada, por exemplo. Se tiver sorte, prestará prova em um local calmo, dentro de uma universidade vazia, por exemplo, onde o nível de ruído, por menor que seja, ainda assim existirá. Pronto, esse concurseiro não irá conseguir se concentrar o suficiente para fazer uma boa prova, porque parte de sua atenção estará ligada nos ruídos que seus ouvidos captam.

Qual a solução para isso?

Solução 1 – Estudar sem usar protetores auriculares, procurando se acostumar com os ruídos do ambiente onde você estuda. No começo será difícil, mas com o tempo você se acostuma e não dá atenção a eles, voltando sua concentração para o que está estudando.

Solução 2 – Estudar ouvindo musica, para de um lado “quebrar” o ruído ambiente e de outro não se acostumar com um nível artificialmente baixo de ruído.

Eu, particularmente, adotei a segunda solução desde muito antes de começar a estudar para concursos público e não abro mão disso. Para mim a música não só quebra o ruído ambiente, mas também me ajuda a focalizar minha concentração nos estudos. Quando vou fazer provas, simplesmente não tenho problemas com ruídos ou para focar minha concentração.

Claro que para ouvir música estudando demanda obedecer algumas regras:

- Ouça gêneros musicais mais calmos e lentos, como música clássica, jazz, trance (música eletrônica lenta) ou canto gregoriano.

- Evite músicas com letras em português, para evitar que parte de sua atenção seja automaticamente desviada para entender o que está sendo cantado. Se as letras forem em inglês ou outra língua, esse problema, geralmente, não existirá.

- Cuidado com o volume do som, que deve ser alto o suficiente para abafar o ruído ambiente somente.

Claro que não é todo mundo que consegue estudar ouvindo músicas. Se este for seu caso, estude sem música, mas evite a todo o custo usar protetores auriculares, pois isso pode atrapalhá-lo e muito no dia das provas.

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DICAS

→ Português

Ao invés de ou em vez de?

As duas formas estão corretas, cada uma com seu sentido.

→ "Ao invés de" significa "ao contrário de" e usa-se quando se colocam em oposição idéias contrárias.

Ex:
"Ao invés de economizar, Gilda gastou todo o dinheiro"
"Teria sido melhor se Mário, ao invés de falar, ficasse quieto".

→ "Em vez de" quer dizer "no lugar de" e usa-se tanto para idéias contrárias quanto não contrárias.

Ex:
"Manifeste-se, em vez de se omitir".
"Em vez de crase, estude regência nominal agora".
"Por que você não usa a blusa amarela, em vez dessa (de + essa) feiosa aí?"

OBS - Assim, é incorreto dizer-se "Ao invés de ir à padaria, foi ao supermercado", pois padaria não encerra idéia contrária à de supermercado.

Ame as matérias que você odeia

Um dos pontos mais importantes abordado pelo William Douglas em sua palestra no Fim de Semana dos Concursos organizado pelo Meta Concursos, foi a necessidade de amar as matérias que você odeia, pois de outro modo você não irá conseguir estudá-las bem o suficiente (em termos de tempo e qualidade de estudo), fazendo com que seu sonho de aprovação demore mais para ser realizado.

Essa é uma daquelas verdades incômodas que todos conhecemos, mas que somente aplicamos depois que alguém que respeitamos nos dá um bom puxão de orelha.

Ainda não conheci um concurseiro que não odiasse alguma das matérias que precisasse estudar, algumas vezes até mais de uma. Tem gente que odeia direito constitucional, tem gente que odeia raciocínio lógico e matemático, tem gente que odeia informática. Só que como o William disse, quando odiamos uma matéria, quando ao termos de estudá-la logo pensamos “putz, tenho que estudar essa matéria que eu detesto”, automaticamente criamos uma barreira para o aprendizado, ou seja, nos auto-prejudicamos conscientemente. A solução para esse problema é simples e clara, devemos nos chavear para ao invés de odiarmos aquela matéria, a amarmos. Isso mesmo, dar uma volta de 180 graus em nossa opinião sobre ela. Se é fácil? Claro que não. Muito pelo contrário, é difícil, mas precisa ser feito.

No meu caso, sempre odiei gramática portuguesa como resultado de uma série de terríveis professores de português que tive nos primeiro e segundo graus, com exceção de dois ou três. Como sempre gostei muito de ler, conquistei um bom nível de correção ortográfica e gramatical por conta disso. Quando prestei vestibular (Fuvest), isso me salvou, pois naquela época as provas de português primavam a interpretação de textos. As coisas são diferentes no universo dos concursos, onde as provas de português cobram interpretação de texto, ortografia e a maledeta gramática. Não foi preciso mais que duas reprovações para eu detectar que apesar de garantir em torno de 80% de acertos de português com o que sabia, os 20% que eu errava estavam me atrapalhando e muito, já que em muitos concursos o peso para as provas de português são maiores que para outras matérias, sem contar o número de questões, que sempre é maior para essa matéria. Comecei então a estudar português diariamente, mas forçado, o que tornava o aprendizado era lento e difícil por culpa do bloqueio. Então ouvi o que o William disse sobre esse assunto nessa palestra, “passe a amar essas matérias que você menos gosta e com isso deixe de sofrer para estudá-las”. Não foi fácil me chavear em relação à gramática, mas agora consegui e estudo com gosto e aprendo muito melhor e mais rápido que antes ... e já consegui aumentar em pelo menos 5% meu índice de acertos na matéria, o que, com toda certeza, me deixará na frente de muitos candidatos na próxima prova que eu prestar.

Na maioria das vezes, esse ódio por alguma (ou até algumas) matéria é flagrante, o que torna mais fácil esse processo de chaveamento. O problema é quando esse ódio é subconsciente, não é claramente identificado. Nesse caso, o concurseiro terá de analisar com mais cuidado para poder identificá-las. Vejamos algumas ferramentas de identificação:

1 – Analise as provas e simulados que você já fez e veja quais as matérias nas quais seu desempenho é constante apesar do estudo contínuo, podem ser matérias que você odeia.

2 – Se quando você vai estudar algumas matérias você sente sono em demasia, interrompe o estudo constantemente, sente a má vontade só de pensar que tem de estudá-la, pode ser que você a odeie.

3 – Se apesar de saber que aquela matéria é importante e que precisa ser estudada com cuidado, você insiste em pensar que sabe o suficiente e não precisa queimar alguns neurônios com ela, pode ser que você a odeie.

Resumo da ópera – Odiar uma matéria é jogar contra você mesmo. É muito simples o concurseiro sério deve fazer. Identificar as matérias que odeia, chavear sua mente para passar a amá-las, estudá-las com gosto e tornar uma causa de reprovação em uma vantagem competitiva que levará à aprovação. Simples assim, não tão fácil de implementar, mas extremamente necessário.

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MOTIVAÇÃO

10 dicas do campeão da natação Gustavo Borges

Amor - Não faça as coisas somente por fazê-las. Faça-as bem feitas e com o coração. Ame o esporte que praticar.

Objetivos - Tenha objetivos a curto e longo prazo. Os dois são importantes, principalmente os de curto prazo, que estão mais ao alcance imediato e que vão motivar o atleta a chegar ao seu objetivo maior. Suba um degrau de cada vez.

Paciência - Tudo tem seu tempo e sua hora. Quando eu tinha nove anos, muitas meninas no meu grupo ganhavam de mim.

Sacrifício - Saber o que sacrificar é muito importante. Eu nunca chegaria onde cheguei se não tivesse aberto mão de certas coisas. Muitas vezes deixei de sair à noite com meus amigos porque tinha treino no dia seguinte.

Confiança - Depois de fazer todo um treinamento intensivo, é preciso confiança em si próprio para poder botar em prática tudo aquilo que está acumulado dentro de você. Quando terminei minha preparação para Atlanta, eu sabia que nadaria muito bem. No momento em que subi no bloco, só tinha uma coisa dentro da minha cabeça: fazer meu melhor resultado.

Persistência - Este item vem mais ou menos junto com a paciência. Sempre há altos e baixos na carreira de um atleta. Depois de um certo ponto, para melhorar um décimo de segundo que seja, é muito difícil. Mas é nesta hora que a cabeça tem que funcionar e o atleta deve continuar batalhando. Depois de Barcelona, em 1992, eu só fui melhorar meu tempo nos 100 metros livre no Pan-Americano de Mar del Plata, em 95, três anos depois.

Técnica de Nado - É importantíssima para a formação do atleta. Realizar muito treino educativo durante o aquecimento é o caminho certo. Mesmo em treinamentos para as Olimpíadas, os educativos sempre foram prioridade para mim.

Descanso - Outro fator fundamental para conseguir bons resultados. Nosso corpo precisa de recuperação, principalmente quando temos de treinar, estudar e nos preocupar com outras coisas. Procuro dormir 8 horas por noite e descansar uma hora durante o dia.

Alimentação - É preciso se alimentar bem. Alimentação saudável significa bons resultados. Eu tive uma excelente nutricionista quando era pequeno: 'Dona' Diva, minha mãe.

Força de Vontade - Várias vezes eu acordei às 5 da manhã para treinar e me perguntava: "É isso mesmo que eu quero?" A última coisa que eu queria era pular numa piscina fria, às 5h30 da manhã. Mas nunca perdi um treino por falta de vontade. Podia estar cansado, ter dormido mal à noite, mas eu sempre ia treinar. É nesses dias que surgem os campeões. Enquanto outros resolvem ficar dormindo, você está lá buscando mais uma chance de melhorar. Os dias não voltam atrás.

A fila anda

Tempos atrás vi em um blog uma seqüência de fotos muito engraçada, que mostravam faixas trocadas entre um casal, ou melhor, ex-casal. Na primeira foto a faixa dizia algo como “Priscila, eu te amo. Não vivo sem você. Me perdoa”. Opa, o cara pisou na bola com a menina e levou o pé na bunda. A segunda foto mostrava outra faixa com uma nova mensagem do “pisão na bola”. “Minha vida sem você não tem alegria. Volta pra mim”. Pelo jeito o cara começou a ficar desesperado. Na terceira foto, uma nova mensagem. “Priscila, não seja teimosa, dê mais uma chance para o nosso amor”. Hehehe, a paciência do cara com a amada estava esgotando. Então na última foto da seqüência, finalmente a resposta da tal Priscila. “Tiago, se liga, minha fila já andou faz tempo”! (Para quem não conhece essa gíria, dizer que “a fila já andou” quer dizer que a pessoa já ficou ou teve outros(as) namorados(as) e que o(a) ex virou lembrança ... talvez nem isso).

A historinha é engraçada, mas nem por isso eu queria estar na pele do coitado do Tiago, como muitos concurseiros gostam de estar quando não se desapegam dos concursos nos quais já foram reprovados.

Teoricamente a jornada do concurseiro deveria seguir passos distintos, que resultariam com a tão sonhada posse em cargo público. Os passos seriam estudar, fazer a inscrição em um concurso, estudar, prestar as provas, aguardar o resultado, ótimo se for aprovado, se for reprovado analisar as causas da reprovação e então recomeçar o ciclo. O problema é que muita gente empaca quando é reprovado e fica chorando por não ter passado, perdendo com isso tempo precioso, esquecendo do que já estudou, massacrando o que sobrou de motivação e auto-estima.

Se você acha que conquistar um cargo público no Brasil atual é fácil, saiba que você está redondamente enganado. Pense bem. O desemprego é fato para graduados em praticamente qualquer curso universitário, os salários pagos pela iniciativa privada são baixos e vêm acompanhados de uma boa dose de estresse e insegurança quanto à demissão. Tudo isso faz com que muiiiiita gente com diploma esteja doidinha para ser empossada em um cargo público com ótimo salário, estabilidade, segurança, baixo nível de estresse. Você deve saber disso, pelo menos deveria. E você achou que seria fácil vencer essa guerra? Se achou, você não tem idéia de onde é que você se meteu e está na hora de enfrentar a dura realidade.

As reprovações fazem parte da guerra para conquistar uma função pública. Isso é fato. Talvez não seja para uma meia dúzia de gente que encara o primeiro concurso sabendo tudo e totalmente calmo, mas essas pessoas são a minoria da minoria da minoria. Para o restante dos concurseiros, o negócio é lutar e ser derrotado até o dia em que a derrota dará lugar à vitória.

Para facilitar sua vida, vou dar uma “receita de bolo” para quando você for reprovado:

1 – Se dê exatamente 1 minuto para se lamentar pela derrota, nem um segundo a mais.

2 – Faça uma análise cuidadosa do que você errou na prova. Essa informação valerá ouro e indicará o que você precisará estudar melhor para ter sucesso nas próximas provas e o que precisará alterar suas estratégia de fazer prova.

3 – Esqueça desse concurso entoando o seguinte mantra: “Concurso em que não passei é passado”.

“Das derrotas tiramos as armas para a vitória” já dizia um ditado chinês que tem tudo haver com a realidade dos concurseiros. Agora, se você prefere insistir como o Tiago fez, o problema é somente seu ... e enquanto isso a fila está andando.

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Como um punhado de concurseiros não conseguiu baixar a nova tabela de controle de horas líquidas de estudo que postei anteriormente, coloquei a danada em um novo server para download:


Instruções para baixar:

- Na tabela ao final da página, na última linha chamada “select your download”, clique no botão FREE.

- Talvez apareça um contador regressivo, nesse caso você deve aguardar o mesmo esgotar para então ser levado à página de download.

- Entre com o código no campo ao lado do “here:” e então clique no botão de download.

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DICAS

→ Português

Onde e aonde

"Onde" é usando quando a referência for a lugar fixo, que não encerra a idéia de movimento.

Exemplo:

"Onde você mora?"
"A casa onde nasci não existe mais.”

"Aonde" emprega-se sempre com verbos que dão idéia de movimento, como ir e levar.

Exemplo:
"Aonde Viviane vai?"
“Leve o carro aonde aquele menino está correndo”.

OBS: Onde se refere a lugar e não, a tempo. É incorreto, pois, dizer-se "É esse o momento onde entro", pois se está falando de tempo. O correto é "É esse o momento quando (ou em que) entro".

Enquanto isso ...




Quais são seus obstáculos?

Ontem descobri algo muito chato. A gravação que fiz da palestra do William Douglas na Semana do Concurso simplesmente estava micada. Não me perguntem o que aconteceu, mas a gravação era 80% ruídos e 20% voz do William. Desconfio que foi porque eu estava muito perto de uma caixa de som que estava sendo usada na palestra. A gravação está perdida, mas minha memória (ainda) funciona. Listei os três pontos que considero os mais importantes da palestra e escreverei sobre eles ao longo da semana.

Logo no início da palestra, William pediu para escrevermos em um pedaço de papel o que considerávamos os três maiores obstáculos que enfrentávamos para estudar e passar em concursos públicos. Cada concurseiro que assistia à palestra anotou seus obstáculos. Quando terminamos, William perguntou para algumas pessoas o que haviam escrito e então fez uma pergunta que mexeu com todo mundo. “Se vocês sabem quais são esses obstáculos, que é a parte mais difícil, porque ainda não os eliminaram?”. Foi uma bomba que ninguém esperava.

Todos nós temos obstáculos que nos impedem de estudar com a maior qualidade possível e o suficiente para sermos aprovados nos concursos públicos que prestamos. Se temos condições de identificar corretamente quais são esses obstáculos, já é meio caminho para solucioná-los. O problema maior é quando alguém não consegue identificar com clareza quais são seus obstáculos ou, pior ainda, quando nem ao menos desconfia de que tem algum obstáculo em seu caminho.

Muitas vezes é duro ter a frieza necessária para identificar e listar nossos obstáculos. Alguns deles incomodam (senão não seriam obstáculos, né?) e podem parecer sinais de fraqueza, de incompetência. Essa experiência espinhosa é, no entanto, necessária para que a fase seguinte seja possível, a fase de eliminação desses obstáculos.

Ótimo, você já identificou seus principais obstáculos. Chegou então a hora de dividi-los entre “sob meu controle” e “fora do meu controle”. Estão fora do nosso controle obstáculos como doenças ou a opinião de outras pessoas, mas podemos controlar a indisciplina para estudar, a falta de técnicas de estudo e resolução de provas, o ficar dando bola para opiniões negativas de outras pessoas. Se alguns obstáculos não estão sob seu controle, tente minimizar ao máximo seus reflexos sobre você. Quanto aos obstáculos que estão sob seu controle, elimine-os o quanto antes e então fique mais leve e tranqüilo para estudar com muito mais qualidade.

Essa é uma daquelas coisas que são mais fáceis de serem comentadas, descritas, escritas, do que feitas. Só que não tem jeito, eliminar os obstáculos que o estão atrapalhando é necessário se você quiser otimizar seus estudos e suas chances de ser aprovado nos concursos que você planeja prestar.

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Muito obrigados pelos emails e mensagens comentando de forma tão positiva esse blog. É um prazer para mim compartilhar com vocês alguns dos meus pensamentos. Fico feliz por poder estar ajudando a motivar alguns colegas concurseiros nessa dura caminhada que compartilhamos.

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ATENÇÃO – No mês passado escrevi um artigo sobre o Método de Horas Líquidas de Estudo e disponibilizei para os interessados uma tabela de controle semanal de horas líquidas de estudo. Como não estava muito satisfeito com aquela tabela, fiz algumas modificações e criei uma nova tabela de controle, que venho usando desde semana passada e que vem se mostrando bem mais prática e eficiente.

No topo está a indicação da semana que está sendo controlada, o que é muito importante para a correta comparação do controle ao longo das semanas do mês.

- No eixo horizontal estão os dias da semana, de domingo (D) a sábado (S).

- No eixo vertical estão as horas líquidas estudadas.

Para quem ainda não sabe, horas líquidas de estudo são horas efetivamente estudadas, controladas pelo cronômetro do relógio (começou a estudar, dispara o cronômetro, parou para pegar apostila, interrompe o cronômetro, voltou a estudar, dispara o cronômetro, parou para ir ao banheiro, interrompe o cronômetro e assim vai).

Desenhei três linhas de controle.

- A linha “meta” determina o número de horas líquidas de estudo diárias planejadas para a semana, ou seja, para cumprir 35 horas líquidas na semana será necessário estudar 5 horas líquidas diárias.

- A linha “Max” indica o máximo de estudo para a semana (evitando estourar para não cansar muito e comprometer a semana seguinte).

- A linha “Mín” indica o mínimo de estudo para a semana (estudar menos que isso é suicídio).

A idéia é controlar diariamente as horas líquidas de estudo e anotar com um pontinho no eixo do dia respectivo na tabela, ligando os pontos com retas para formar um gráfico de controle (como no exemplo). Por ser uma ferramenta de análise visual, o controle pelo gráfico é muito mais efetivo no sentido de “manter a disciplina de estudo”, um dos grandes problemas dos concurseiro.

Se você acha que esse método de controle é muito duro, não se engane, ser aprovado em concursos públicos exige, sim, esse tipo de disciplina!


Quase

Saiu o resultado do concurso do Inmetro. Fiz quatro pontos a menos que a nota de corte para meu cargo. Não passei. Quem saber? Estou feliz. Claro que não é porque fui reprovado, porque não sou louco, mas porque agora sei melhor das minhas deficiências de estudo e isso me deixa ainda mais perto da aprovação em um cargo tão bom quanto o do Inmetro ou melhor.

Em geral, os concurseiros morrem de medo do dia da prova, mas têm verdadeiro pavor do dia da divulgação do resultado. Tem muita gente, inclusive, que já vai fazer a prova com medo do resultado, o que, claro, é um complicador e compromete o desempenho. Será que esse pessoal não se dá conta que isso é uma grande bobagem, um atraso de vida?

Vestibulandos têm algum direito de temerem as provas, afinal de contas, os melhores vestibulares acontecem somente uma vez por ano. Quem tem como objetivo ingressar na USP, na Unicamp, no Ita tem somente uma chance no ano. Não passou, terá de esperar o vestibular do ano seguinte. Eu vivi isso como muita gente viveu, muita gente vive. Mas com concursos públicos é diferente, já que concursos acontecem durante todo o ano, para todas as áreas. Há concursos, claro, que acontecem em intervalos maiores, mas aí entra o fato de que ter como objetivo um único concurso pode não ser a melhor estratégia.

É como o velho ditado popular do copo de água, que algumas pessoas vêm como meio cheio e outras como meio vazio. Quem vê uma reprovação em concurso público como um copo meio vazio sempre terá motivos para se lamentar, para chorar, para se desesperar, para querer desistir, achar que não tem chance. Agora, quem vê uma reprovação como um copo meio cheio, ficará feliz por ver a reprovação como um sinal de que a aprovação está mais próxima, porque analisará a derrota buscando as fraquezas que corrigidas não impedirão mais a vitória.

É tudo uma questão de confiança na própria capacidade e no quanto e como se está preparando para as próximas provas. As reprovações são preciosas para ajudar a corrigir o curso dos estudos, saber quais matérias se sabe mais e quais precisam de mais atenção. Simulados ajudam a dar uma idéia dessas correções necessárias, mas somente provas reais proporcionarão informações exatas.

Há dezenas de artigos e livros que dizem que a reprovação não deve ser um fator de desmotivação para o concurseiro. Muita gente fala nisso, muita gente escreve e comenta sobre isso, pena é que pouca gente aplica isso em sua vida. Se não fosse dessa maneira, não seriam tão comuns as mensagens de desmotivação de concursandos reprovados, gente em desespero que está a ponto de desistir. Porque? Porque desistir é mais fácil que corrigir os erros e continuar lutando.

Como diz o guru William Douglas, concursos públicos é uma fila organizada segundo o quanto se sabe. Quem sabe mais está na frente, que sabe menos está no final. A fila anda, quem sabe mais é aprovado e dá lugar para quem está atrás. Não é porque você não estava na primeira, na segunda, na décima leva de aprovados, que deve pensar em desistir. Imagino quantos ótimos concurseiros na boca da fila, que seriam aprovados no próximo concurso que prestassem, não foram aprovados simplesmente porque desistiram. Isso, sim, é morrer na praia. O cara nadou, nadou, nadou, quando ia tocar a areia da praia, se deixou afogar achando que ainda estava em alto mar. Morreu e deu lugar para o concurseiro que vinha logo atrás e continuou nadando.

Se você for reprovado em algum concurso, não se dê um segundo para lamentar. Ao invés disso, analise friamente o motivo da reprovação, em quais matérias você não foi tão bem, que tipo de questões errou. Se fazer isso parece difícil, pense que se você não fizer, alguém fará e poderá com isso passar na sua frente na fila dos aprovados em concurso público. Você vai deixar? Eu, não.

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DICAS

→ Português

Risco de vida OU risco de morte?

Tanto faz. As duas formas são corretas.

Argumentos de quem defende o risco de morte:
1o) O risco é de morrer, e não de viver;
2o) O risco é uma palavra de carga negativa, ou seja, sempre corremos o risco de uma coisa ruim: corremos o risco de sermos demitidos, e não sermos promovidos; o risco é de cair para a segunda divisão, e não de ser campeão; ninguém corre o risco de ganhar na loteria, mas corre o risco de ser assaltado. Assim sendo o risco seria da morte, e não da vida.

Argumentos de quem defende o risco de vida:
1o) O que está em risco é a vida, e não a morte;
2o) Há uma elipse do verbo. Está subentendido “risco de perder a vida”.

Não é, portanto, um caso de certo ou errado. As duas formas são possíveis.

Há, entretanto, um fato poderosíssimo a favor do “risco de vida”: é indiscutivelmente a forma mais usada. O uso de “risco de morte” causa muita estranheza.

Em razão disso tudo, a forma preferencial deve ser RISCO DE VIDA.

3ª Palestra – Auditor Fiscal da Receita Federal – Lia Salgado

Como havia prometido, hoje trago os principais pontos que a famosa ex-concurseira Lia Salgado (agora uma feliz Fiscal de Rendas do Rio de Janeiro) tocou durante sua palestra que deu no mês passado em São Paulo durante o Fim de Semana dos concursos organizado pelo Meta Concursos.

Para não deixar esse artigo muito longo, vou listar esses pontos e escrever um pouco sobre cada um. Quem quiser ouvir a palestra, no final tem o link para baixar o arquivo MP3. Isso mesmo, consegui um conversor que desses um jeito de converter os arquivos do meu gravador digital em arquivos MP3, que podem ser ouvidos no computador ou em tocadores de MP3.

Persistência – O concurseiro tem de ser persistente na sua luta pela aprovação e investidura em um cargo público. Não é fácil, o caminho é árduo, requer paciência, esforço e muito, muito estudo, mas no final tudo compensa, o sentimento de vitória, o ótimo salário garantido, a tranqüilidade.

Saber estudar – O concurseiro precisa saber estudar para assim não ter de ralar mais que o necessário para obter a tão desejada aprovação (sobre as dicas de estratégias de estudo que ela passou, vou escrever um artigo especial na semana que vem, já que é um assunto extenso).

Evitar o martírio – Lia ressaltou que o concurseiro não deve pensar que somente ele está naquela situação, achar que ele está em desvantagem em relação a todos os outros candidatos, que só ele tem problemas, só ele tem grana curta, só ele tem dificuldades para estudar. Todos os candidatos têm de vencer alguma dificuldade, ou melhor, algumas dificuldades, ninguém está livre delas.

Água – Cérebro de concurseiro é igual a um motor de carro, sem água vai fundir. É provado cientificamente que uma pessoa desidratada tem maiores dificuldades de concentração e aprendizado. O correto é beber, no mínimo, dois litros de água todos os dias.

Saúde – Concurseiro doente não estuda direito, isso se tem condição de estudar. Então, nada de descuidar da saúde e dar chance para a doença o pegar pelo pé.

Alimentação – Concurseiro com fome não estuda por falta de combustível para o cérebro e porque o ronco do estômago e a fome tiram a concentração. Deve-se procurar ter uma alimentação regrada, dividida ao longo do dia, leves e saudáveis.

Sono – A falta de sono tira a concentração, deixa a pessoa irritada e predisposta à depressão. Então, nada de abrir mão do sono sagrado para estudar. Depois de um certo ponto, tudo o que for estudado ao custo de sono perdido praticamente não será retido pelo cérebro. O melhor é dormir entre sete e oito horas diárias e estudar descansado.

Atividade física – É fundamental que o concurseiro não abra mão de atividades físicas no mínimo três vezes por semana durante quarenta minutos por dia. Isso evitará dor nas costas e no corpo, que sofre com as famosas HBC (horas de bunda na cadeira para estudar), aumenta a capacidade de memorização e concentração por conta do aumento da oxigenação do cérebro e diminui o estresse por conta das substâncias liberadas e eliminadas durante a atividade física.

Folga semanal – Muitos concurseiros acham que devem estudar como máquinas e abrem mão do descanso semanal, o que se prova fatal em pouco tempo. O correto é tirar semanalmente de meio dia a um dia para descanso, onde não deve estudar ou pensar em matérias de estudo, mas deve-se relaxar, dormir até mais tarde, praticar esportes, divertir-se (regradamente, claro).

Esses pontos representam 70% do que a Lia passou em sua palestra, o restante é sobre estratégias de estudo, que como disse vou tratar separadamente semana que vem. Realmente, todos esses pontos são muito importantes na vida do concurseiro. Muita gente pensa que estudar para concursos públicos se limita a estudar o máximo possível sem se preocupar com mais nada. Não é a toa que muita gente desiste, fica doente ou estressada durante essa jornada.

Antes dessa palestra eu não bebia o tais dos dois litros de água diariamente. Sou um bom bebedor de água confesso, gosto do líquido insípido, incolor e inodoro, mas depende do dia. Antes a quantidade que eu tomava diariamente variava muito. Depois da palestra, passei a me disciplinar a tomar pelo menos os dois litros diários, aumentando quando tenho mais vontade. Posso afirmar com toda a sinceridade do mundo que uma semana depois os efeitos já começaram a aparecer na forma de um sensível aumento de concentração e diminuição daquela sonolência chata que aparece quando se estudanda alguma matéria difícil. Gente, funciona mesmo!

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Quem quiser conhecer melhor a história da Lia Salgado, sugiro que visitem o website dela. Tem muito material legal por lá, inclusive os MP3 de outras palestras.


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Não deixem de baixar o MP3 da palestrar e ouvir com muita atenção. No começo a gravação não parece tão boa, mas os ruídos ambientes diminuem muito e dá para entender claramente o que ela diz.

O arquivo tem 65mb e 1:09 horas de duração. A apresentação da palestra foi feita por Fábio Gonçalves, da Academia dos Concursos do Rio de Janeiro (com quem também assisti uma palestra, que tem um artigo nos arquivos de outubro). Para baixar click no link abaixo.


OBS - Aguarde até aparecer uma caixa com um link de download.


É para isso que serve o Google

Uma das ferramentas mais úteis que poderiam ter inventado para os concurseiros é o Google. Isso mesmo, o buscador mais famoso da Internet. Sabendo usar o Google, qualquer concurseiro tem acesso gratuito a editais de concursos atuais e passados, provas anteriores, apostilas, dicas, questões resolvidas, dicas, orientações, ou seja, de tudo.

Quando eu estudava para o vestibular, no início da década de 90, nem o Windows existia ainda, muito menos acesso a Internet. Para ficar sabendo dos vestibulares, tinha que ficar de olho nos jornais, ligar para as universidades, comprar o famoso Fovest (encarte do jornal Folha de São Paulo), ou seja, tudo era muito mais difícil. Concurseiro dessa época, então, só sabia de concursos por jornais ou quando via apostilas nas bancas de jornal, se tivesse sorte.

Hoje, com a Internet disponível em qualquer esquina, fico pasmo como tem gente que não sabe que existe muito mais que somente acessar o email, o Orkut e o YouTube. Todo mundo já ouviu falar que é possível fazer compras online, pesquisas, troca informações, mas só ouviu, nunca procurou esse tipo de coisa ... mas ver mulher pelada e fuçar nos scraps dos ex-namorados(as), todo mundo sabe.,

Já perdi a conta da quantidade de mensagens de concurseiros pedindo informações básicas de concursos que já vi em fóruns e comunidades dedicadas a concursos públicos. Tem gente pedindo editais, perguntando onde comprar apostilas, querendo saber de salário. Das duas uma, ou esse pessoal tem preguiça de pesquisar, mesmo porque 99% das respostas para essas perguntas são facilmente encontradas online, ou então é uma questão pura e simples de preguiça.

Se você está lendo esse blog, parabéns, você não faz parte do enorme contingente de concurseiros que não aproveitam nem uma parte do potencial de auxílio aos estudos e motivação que a Internet oferece aos concurseiros.

Sempre que calho com alguém perguntando onde encontrar editais ou provas anteriores, respondo da seguinte maneira, “Amigo(a), basta pesquisar no www.google.com.br que você encontrará o que quer saber. Poderia responder te enviando o link direto para o que você procura, mas assim você não encontraria vários outros links interessantes que você encontrará pesquisando você mesmo sobre sua dúvida”. Pode parecer cruel fazer isso, mas é como aquele velho ditado que diz “não se limite a somente dar o peixe para quem tem fome, dê o peixe, a vara, o anzol e ensine-o a pescar para que nunca mais passe fome e precise pedir”.

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Mais dicas para o concurso do TST – Seguinte, gente, vou postar as dicas à medida que for estudando para esse concurso. Acho que desse modo as dicas serão muito mais úteis e interessante.

Artigos sobre as palestras da Lia Salgado e Willian Douglas – Até parece lenda a postagem desses artigos, mas amanhã e depois a lenda se tornará realidade. Não percam.

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DICAS

→ Matemática (nível médio)

Hoje, para variar um pouco, a dica é de uma questão de matemática de nível médio muito interessante e que, tenho certeza, deixou muitos concurseiros com a pulga atrás da orelha.

Em um trajeto exclusivamente de subidas e descidas, um caminhante percorre 2 metros a cada segundo nas subidas e 3 metros a cada segundo nas descidas . Se o caminhante percorreu no trajeto todo,1380 metros em 9 minutos e 4 segundos , sem paradas pode se afirmar que, no total, ele:

A) subiu 50metros a mais que desceu
B) Subiu 60 metros a mais que desceu
C) Desceu 40 metros a mais que subiu
D)Desceu 50 metros a mais que subiu
E) Desceu 60 metros a mais do que subiu

Parece até questão de física, mas não é, não, é matemática mesmo. Vejamos os dados que temos:

Velocidade de subida: 2 m/s
Velocidade de descida: 3 m/s

Sabemos que velocidade = distância percorrida / tempo gasto

Temos também a distância total percorrida, de 1.380 metros, e o tempo total gasto, de 9:40 minutos, que convertido para segundos, dá 580 segundos (9 x 60 + 4).

Daqui tiramos duas equações:

Equação a: (Velocidade de subida x Tempo de subida) + (Velocidade de descida x Tempo de descida) = Distância percorrida

Equação b: Tempo de subida + Tempo de descida = Tempo total gasto

Substituímos com os dados que o problema nos deu teremos:

Equação a: 2.Ts + 3Td = 1380 (chamei o tempo de subida de Ts e o tempo de descida de Td)

Equação b: Ts + Td = 580

O que acontece quando temos duas equações com as mesmas incógnitas? Sim, um sistema de equações:

| 2Ts + 3Td = 1380
| Ts + Td = 580

Daí basta multiplicarmos a segunda equação por -2 para anularmos o 2Ts da primeira equação e somamos os termos {[(2Ts – 2Ts) + (3Td – 2Td)] = 1380 + (-2 x 580)}. Resolvendo descobriremos que Td=220. Então substituímos esse valor na segunda equação para descobrirmos que Ts=360.

Sabendo quais são os valores de Ts e Td, basta multiplicarmos cada um pela velocidade de subida e velocidade de descida, respectivamente, para descobrirmos que foram percorridos 720 metros de subida e 660 metros de descida, ou seja, o caminhante subiu 60 metros a mais do que desceu, que bate com a resposta correta segundo o gabarito, a opção B.

Resumo da ópera – Muito cuidado ao ler e analisar o comando das questões de matemática, pois muitas vezes a primeira impressão é errada e na verdade o que ó problema pede é algo totalmente diferente!

Dicas para o concurso do TST – II

Esse final de semana estava conversando via chat com uma amiga concurseira do Rio de Janeiro e claro que um dos assuntos que abordamos foi o concurso do TST. Ela, como eu, não é advogada e estava com um punhado de dúvidas sobre esse concurso, que procurei ajudar a sanar da melhor forma possível. Como tenho certeza de que são muitos os concurseiros que compartilham dessas mesmas dúvidas, achei legal tocar nelas nesse segundo artigo sobre esse concurso.

Prestar prova para analista, técnico ou os dois?

Particularmente penso que se os candidatos terão de viajar até Brasília para prestar provas e que por conta do horário e abertura no edital será possível prestar para os dois cargos, porque não fazê-lo? Claro que estou considerando que a pessoa tenha tempo para estudar todas as matérias e que não escolha cargos tão diversos. Eu, por exemplo, vou prestar para Analista Administrativo e Técnico Administrativo, cujas matérias têm uma grande afinidade. A lógica disso é simples, prestando provas para dois cargos, a chance de ser aprovado em pelo menos um deles é muito maior.

Prestar para qual especialidade?

Acho que depende mais da quantidade de vagas que da formação para os candidatos que não são formados em advocacia, mesmo porque o maior número de vagas para analista é para a área judiciária (que exige curso superior completo em Direito). Particularmente, prefiro concorrer para 100 vagas de um cargo que para 5 vagas de outro cargo, mesmo sabendo que a concorrência será maior no primeiro, pois também as chances de passar serão maiores.

Leia o edital

Concurseiro que se preze lê os editais dos concursos que pretende prestar não somente uma vez, mas várias, e com caneta grifa-texto para realçar as partes mais importantes. Afinal de contas, o Edital é a lei do concurso, são as regras do jogo, que precisam ser estudadas com cuidado para que não fiquem dúvidas. Já soube de muitos casos de concurseiros que perderam não só o dinheiro da inscrição, mas também a chance de serem aprovados, simplesmente porque não leram o edital com atenção.

O que estudar?

Simples, o que está no edital, dirão muitos. Sorte para quem sabe não só o que, mas como estudar, que tem muita gente que pensa dessa maneira simplista.

A maioria dos candidatos de qualquer concurso público investe a maior parte do tempo e esforço de estudo nas matérias específicas, deixando de lado as matérias básicas como se não tivessem muita importância. Só que essas matérias básicas são não somente o ponto mais crítico de qualquer concurso, como também muitas e muitas vezes a diferença entre ser aprovado e não ser aprovado.

Vejamos o que acontece nesse concurso:

Conhecimentos Básicos: Português, Noções de Informática e Regimento Interno do TST

Analista – 50 questões de Conhecimentos Básicos e 100 questões de Conhecimentos Específicos.
Técnico – 50 questões de Conhecimentos Básicos e 70 questões de Conhecimentos Específicos.

Como a CESPE dá o mesmo peso para questões de ambos os conhecimentos, temos que para os cargos de analista 33,3% das questões serão de conhecimentos básicos. Para os cargos de técnico essa percentagem sobe para 41,67%. Isso significa que ter um alto nível de acertos nas questões de conhecimentos básicos pode garantir de 30 a 40% de acertos no geral. Por outro lado, um alto nível de erros nessas questões significará a anulação de um punhado de acertos nas matérias de conhecimentos específicos, já que nas provas da CESPE cada erro anula um acerto. Eu dividi meu tempo de estudo em 40% para matérias básicas e 60% para matérias específicas.

As provas da CESPE são muito difíceis

Realmente tem essa mitologia de que as provas da CESPE são dificílimas ... mas se pensarmos bem, todas as provas são dificílimas, independente da banca, para quem não estudou direito! O candidato que estudou corretamente e com vontade achará todas as provas fáceis, independente da banca responsável pelo concurso.

O tal do "mata-mata" (cada erro anula um acerto) parece estranho e injusto à primeira vista, mas tem uma lógica de evitar o chute que realmente faz sentido.

A única maneira de se acostumar com a metodologia dessa banca é resolver questões de provas de concursos anteriores com ela. Simples assim.

Continua ...

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DICAS

→ Português

Vou à ou a minha casa?

Tanto faz. É um caso facultativo. Pode haver crase ou não. A diferença é a presença do pronome possessivo minha antes da casa.

Antes de pronomes possessivos é facultativo o uso do artigo; sendo assim, facultativo também será o uso do acento da crase: “Vou a ou à minha casa”; “Fez referência a ou à tua empresa”; “Estamos a ou à sua disposição”.

OBSERVAÇÃO 1: O uso do acento da crase só é facultativo antes de pronomes possessivos femininos no singular (=minha, tua, sua, nossa, vossa). Se for masculino, não há crase: “Ele veio a ou ao meu apartamento” e “Estamos a ou ao seu dispor”.

OBSERVAÇÃO 2: Se estiver no plural:

a)
haverá crase (preposição a + artigo plural as): “Fez referência às minhas idéias” e “Fez alusão às suas poesias”;

b)
não haverá crase (preposição a, sem artigo definido): “Fez referências a minhas idéias” e “Fez alusão a suas idéias”.


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